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Murilo zurchimitten atividade04

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Pelotas
2018
MURILO ZURCHIMITTEN JARDIM
SAÚDE DO IDOSO:
A importância dos cuidados de enfermagem junto ao idoso com
depressão.
MURILO ZURCHIMITTEN JARDIM
SAÚDE DO IDOSO:
A importância dos cuidados de enfermagem junto ao idoso com
depressão.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Anhanguera, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em
Enfermagem.
Orientador: Tamires Silva
Pelotas
2018
MURILO ZURCHIMITTEN JARDIM
SAÚDE DO IDOSO:
A importância dos cuidados de enfermagem junto ao idoso com
depressão.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Anhanguera, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em
Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Pelotas, deJunho de 2018 
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, por ter me proporcionado força e persistência nos
momentos difíceis desta caminhada, me concedendo essa oportunidade da
realização de um sonho.
Agradeço a minha mãe que sempre me incentivou e fez o que estava em seu
alcance para realização desse objetivo.
Ao meu namorado Daniel, que sempre me incentivou e fez o que estava em s
alcance para realização desse objetivo.
Aos professores eu agradeço a orientação incansável, o empenho e a
confiança que ajudaram a tornar possível este sonho tão especial.
As colegas Amanda, Sandra e Bruna pelas dicas, pela amizade, pelo apoio
incansável e troca de conhecimento.
RESUMO
Este trabalho baseia-se no mapeamento de artigos científicos a partir da relação
entre depressão no idoso e a enfermagem. O objetivo deste estudo foi analisar a
produção científica nacional acerca das relações entre depressão e idosos no
período entre 2008 a 2017, bem como elencar os principais tratamentos e/ou
estratégias utilizadas nos quadros de depressão em idosos observados nos artigos
científicos. A pesquisa foi realizada a partir do levantamento bibliográfico nas Bases
de Dados Nacionais em Enfermagem (BDENF), encontrando 98 artigos, sendo 17
analisados por atenderem os critérios do estudo. Partindo da metodologia de Análise
de Conteúdo, emergiram duas categorias do estudo intituladas: “A depressão como
foco de estudo e seus tratamentos em unidades de saúde da família” e “Relação
entre depressão e outras enfermidades na terceira idade”. A primeira categoria
evidencia que a capacitação dos profissionais de enfermagem que atuam nas
instituições de longa permanência é tido como essencial, uma vez que a detecção
precoce de sintomas depressivos pode evitar o desenvolvimento de um quadro mais
grave nos idosos, prevenindo-os de efeitos negativos para a saúde e para a sua
qualidade de vida. No que se refere a segunda categoria, aponta-se para a
importância de uma formação dos profissionais da saúde que contemple a avaliação
do idoso na sua capacidade funcional, atendendo suas necessidades e
desenvolvendo ações que vislumbram a minimização das incapacidades destes
sujeitos. Destarte, este estudo permitiu concluir que o enfermeiro pode contribuir na
recuperação do idoso depressivo através do diálogo e na orientação, para o
crescimento pessoal e o desempenho de novos papéis do sujeito da terceira idade
na sociedade, na prática de atividades físicas e na participação em grupos de
idosos, para melhor restabelecimento de sua saúde.
Palavras-chave: Depressão;Enfermagem; Estratégia Saúde da Família;Idoso.
ABSTRACT
This work was based on the map of scientific students in the depression between an
elderly and a nursing. The present study was published from 2008 to 2017, as well as
to relate the main problems and / or strategies used in the picture of depression in
the elderly observed in scientific articles. The research was carried out from the
bibliographic survey in the National Databases in Nursing (BDENF), being found in
98 articles, being 17 of them according to the study criteria. "The first category of
training of nursing professionals in long-stay institutions is death as an essential
warning for the early prevention of depressive symptoms that impede the
development of health and quality of life. which is one of the health initiatives.This
way, this study can help the recovery of the elderly through dialogue and direction, for
the growth of the staff and for the realization of new roles of the elderly in society, in
the practice of physical activities and participation in older people's groups to improve
their health.
Key-words: Depression; Nursing; Family Health Strategy; Elderly.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Níveis do trabalho monográfico .............................................................00
LISTA DE ABREVIATURAS ESIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. TÍTULO DO PRIMEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)...16
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO). .19
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO (COLOQUE UM TÍTULO ADEQUADO)..22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................23
REFERÊNCIAS...........................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO
O envelhecimento é parte do ciclo da vida, é uma fase marcada por
mudanças morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e sociais que
acometem todas as pessoas com o aparecimento de várias doenças, inclusive a
depressão. A depressão é um importante problema de saúde pública no Brasil,
alcançando principalmente os idosos pelo fato de terem sofrido muitas perdas,
como, por exemplo, dificuldades nas relações pessoais, viuvez e solidão, das
quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados.
O interesse pelo tema surgiu devido ao crescimento da população idosa no
Brasil, com quadros depressivos (ASSIS; GUIMARÃES, 2014), e motivado pelo
fato de observar uma necessidade latente que o idoso tem de um
acompanhamento diante da depressão que em muitas situações acabam
agravando quadros de doenças associadas, bem como o tratamento destas. Além
disso, sentiu-se a necessidade de, com um acompanhamento mais pontual com
relação a quadros de depressão, minimizar o impacto de outras doenças próprias
de idades mais avançadas, o que pode melhorar a qualidade de vida e até reduzir
impactos para a saúde.
O presente estudo busca determinar os fatores que mais impactam o idoso
a desenvolver quadros de depressão e também elencar quais as principais
consequências desse quadro, principalmente associado a outras doenças, bem
como no respectivo tratamento. Para tanto, partimos do seguinte questionamento:
Qual a importância dos cuidados de enfermagem junto ao idoso com
depressão?
Para atender a esse questionamento, objetivou-se determinar, por meio da
investigação em periódicos científicos, quais os principais fatores de risco que
levam o idoso a depressão identificando os cuidados a serem tomados pela
enfermagem no tratamento da depressão em idosos. Para tanto, foi necessário: (i)
analisar a produção científica nacional acerca das relações entre depressão e
idosos no período entre 2008 a 2017; (ii) elencar os principais tratamentos e/ou
estratégias utilizadas nos quadros de depressãoem idosos observados nos
artigos científicos; 
Como caminho metodológico buscou-se, em periódicos científicos, meios
para tecer considerações de forma descritiva acerca da importância dos cuidados
13
de enfermagem junto ao idoso com depressão. Sendo assim, optou-se por
investigar as Bases de Dados Nacionais em Enfermagem (BDENF), no período
de 2008 a 2017, com relato sobre as relações entre depressão no idoso e
enfermagem.
14
2. MAPEAMENTO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS: ENLACES ENTRE 
DEPRESSÃO NO IDOSO E ENFERMAGEM
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS-2005), a
depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua
história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa
autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Devido
a isso, é necessário o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto
para o tratamento adequado.
Os idosos estão mais vulneráveis a depressão uma vez que sofrem perdas
ao longo da vida. A quantidade de anos vividos lhe permitiu experienciar diversos
fatos e, especialmente na velhice, a soma de perdas pode acarretar
consequências negativas em sua saúde. A perda financeira, da situação
econômica decorrente da aposentadoria; a perda da beleza, do vigor da
juventude; a perda de um corpo saudável para dar lugar à convivência com
doenças crônicas; a perda de independência e/ou autonomia; a perda de
familiares, amigos e, finalmente, a proximidade da perda da própria vida são
fatores que podem potencializar a depressão (DUARTE; WANDERLEY, 2011).
Com o envelhecimento, ocorrem várias alterações que podem
dificultar o diagnóstico da depressão em idosos como a presença de
patologias crônicas dolorosas, a diminuição da libido, o retardo
psicomotor, os sintomas subjetivos de perda da concentração e da
memória e diversas alterações do sono (PARADELA, 2011, p. 32).
Desta forma os indivíduos com condições crônicas são mais propensos a
desenvolver sintomas depressivos e menos capazes de controlar diversos aspectos
de suas vidas, o que reflete diretamente na percepção subjetiva, na avaliação das
situações e no enfrentamento de fatores estressantes. Assim, para Wagner (2015) é
necessário minimizar os fatores socioculturais que interferem de forma negativa na
qualidade de vida dessa população, de forma a contribuir com a promoção da
saúde.
Ademais, a depressão caracteriza-se por alterações psicopatológicas diversas
que podem diferenciar-se em relação à sintomatologia, gravidade, curso e
prognóstico. É caracterizada pela presença de humor predominantemente
depressivo e/ou irritável e diminuição da capacidade de sentir prazer ou alegria,
15
podem ainda estar seguidos de uma sensação subjetiva de cansaço e/ou fadiga,
acompanhados de alterações do sono e apetite, desinteresse, pessimismo, lentidão
e ideias de fracasso (LIMA, et al., 2016).
Para Stella et al. (2002) o diagnóstico da depressão passa por várias etapas:
anamnese detalhada, com o paciente e com familiares ou cuidadores, exame
psiquiátrico minucioso, exame clínico geral, avaliação neurológica, identificação de
efeitos adversos de medicamentos, exames laboratoriais e de neuroimagem. Esses
são procedimentos preciosos para o diagnóstico da depressão, intervenção
psicofarmacológica e prognóstico, especialmente em função da maior prevalência de
comorbidades e do maior risco de morte.
A depressão é uma doença como outra qualquer, cujo tratamento tem sofrido
avanços significativos nos últimos anos. Medicamentos antidepressivos, que atuam
nos neurotransmissores permitem uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro
com a melhoria dos sintomas da depressão. Essa recuperação demora algumas
semanas, durante as quais o apoio dos familiares é também fundamental. Segundo
Neto (2010), o acompanhamento psicoterápico permite uma complementação do
tratamento medicamentoso, propiciando a recuperação da qualidade de vida do
idoso.
A presença de depressão entre as pessoas idosas tem impacto negativo em
sua vida. Quanto mais grave o quadro inicial, aliado à não existência de tratamento
adequado, pior o prognóstico. As pessoas idosas com depressão tendem a
apresentar maior comprometimento físico, social e funcional afetando sua qualidade
de vida. Evidências sugerem que é necessário instituir precocemente o tratamento,
bem como a construção de um projeto terapêutico singular, a partir do acolhimento e
da avaliação, incluindo diferentes estratégias que possam atender às necessidades
dos usuários.
Por isso, visando atender as necessidades dos idosos, o papel dos
profissionais da saúde, especialmente dos enfermeiros, requer um processo
reflexivo com vista a produzir registros sobre determinantes de sintomas depressivos
entre os idosos, especificamente no âmbito da comunidade e da atenção básica, o
que pode favorecer, assim, a identificação e terapia precoce de casos, aumentando,
com isso, a chance de uma velhice saudável para esses senescentes. Além disso,
Fernandes, Nascimento e Costa (2010), salientam que especial atenção deve ser
16
dada aos idosos com outras doenças físicas, que fazem uso de múltiplos
medicamentos e que possuem precárias condições sociais.
O enfermeiro é o profissional que trata do conjunto de técnicas e
procedimentos voltados para o bem-estar do docente, para a
promoção da saúde e prevenção das doenças. Logo não apenas em
saúde mental ou psiquiatria é necessário que este profissional tenha
habilidades/conhecimento para reconhecer e intervir
apropriadamente nos casos em que o indivíduo está em sofrimento
psíquico (ALMEIDA, et al., 2014, p. 67). 
Para enfermagem, o cuidado vai além do embasamento teórico, envolve o
cuidar humanizado, considerando aspectos biopsicossociais e espirituais do idoso.
De modo geral, os profissionais da enfermagem contribuem para o desenvolvimento
funcional, para a independência e a autonomia do idoso, orientam-no a respeito das
doenças crônicas e de como agir em situações de urgência e emergência.
Então, com a intenção de justificar a importância do papel do enfermeiro
em lidar com situações de idosos depressivos, buscou-se as publicações
científicas que discutem as relações entre depressão no idoso e enfermagem.
Iniciou-se o trabalho de levantamento bibliográfico nas Bases de Dados Nacionais
em Enfermagem (BDENF), demarcando como critério temporal o período de 2008
a 2017. Em consulta às bases de dados, utilizou-se como chaves de pesquisa
para seleção dos artigos as palavras: depressão e idoso; e assistência a idosos
com depressão.
Os critérios de inclusão dos artigos definidos para o presente mapeamento
foram: (i) publicação em idioma português; (ii) publicados entre 2008 a 2017; e (iii)
com relato sobre as relações entre depressão no idoso e enfermagem. Sendo
assim, foram encontrados após várias buscas na base BDENF através das
chaves de pesquisa, 98 artigos. Destes apenas 17 foram analisados (Tabela 1)
pois, alguns eram teses e outros não se incluíam nos critérios do estudo.
Tabela 1 - Artigos investigados e selecionados na base BDENF
Periódico Código Título Ano
Revista Mineira de Enfermagem
A1
Depressão: conhecimento de idosos atendidos
em unidades de saúde da família no município de
Limoeiro PE
2014
A2 Depressão em idosos na estratégia saúde da
família: uma contribuição para a atenção primária
2016
17
A3 Prevalência de sintomas de depressão em idosos
assistidos pela estratégia de saúde da família
2017
Cogitare Enfermagem A4
Perfil sociale funcional de idosos assistidos pela
estratégia da saúde da família
2011
A5 Indicadores de depressão em idososinstitucionalizados
2011
Revista Latino-Americana de
Enfermagem
A6
Protocolo de consultas de enfermagem ao
paciente após a revascularização do miocárdio:
influência na ansiedade e depressão
2010
A7 Depressão, ansiedade e estresse em usuários de
cuidados primários de saúde
2011
Revista Brasileira de
Enfermagem
A8 Envelhecimento, estratégias de enfrentamento do
idoso e repercussões na família
2010
Revista da Escola de
Enfermagem da USP
A9 Avaliação funcional de idoso vítima de fraturas na
hospitalização e no domicílio
2010
Revista de Pesquisa: cuidado é
fundamental
A10 Sintomatologia da depressão em idosos atendidos
em unidades básicas de saúde
2011
A11
Rede de suporte social a pessoas idosas com
sintomas depressivos em um município do
nordeste brasileiro
2013
Revista de Enfermagem UERJ
A12 Prevalência de depressão em idosos
institucionalizados
2011
A13 Perfil sociodemográfico e de saúde de idosos com
sintomas depressivos
2013
Revista da Rede de
Enfermagem do Nordeste
A14
Condições sociais e de saúde de idosos
acompanhados pela Atenção Primária de Sobral
CE
2011
A15 Avaliação da depressão em idosos com
hipertensão arterial sistêmica
2014
A16 Perfil sociodemográfico e clínico de idosos com
depressão e o uso de substâncias psicoativas
2015
Revista de Enfermagem da
UFSM
A17 Depressão em idosos de uma instituição de longa
permanência
2012
Fonte: Elaborada pelo autor.
Sinaliza-se que o número de trabalhos científicos que discutem as relações
entre a depressão no idoso e enfermagem ainda não é expressiva, pois de 2008 a
2017, apenas 17 trabalhos foram divulgados. Na Figura 1, a seguir, demonstra-se
o número de artigos publicados nos últimos 10 anos.
18
Figura 1: Número de artigos científicos publicados nos últimos 10 anos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
0
1
2
3
4
5
6
7
Artigos publicados no período de 2008 a 2017
Fonte: Elaborado pelo autor
Nota-se que no período entre 2010 e 2011, ocorreu um crescimento nas
publicações sobre a temática investigada e nos últimos cinco anos houve um
decréscimo. No entanto, para Horta, Ferreira e Zhao (2012) considerando a
dimensão da saúde, estima-se que em 2020 a depressão será a segunda causa da
população idosa brasileira, o que gera potência para que novas pesquisas possam
ser realizadas, e consequentemente possa aumentar o número de trabalhos
publicados nos próximos anos.
Sendo assim, a partir dos trabalhados selecionados, realizou-se uma análise
das informações por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) para se constituir
compreensões sobre o tema investigado. Nesse sentido, a seguir, será discorrido
acerca dos principais tratamentos aplicados nos quadros de depressão em idosos,
observados nos artigos científicos mapeados.
19
3. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES: O QUE NOS DIZEM OS ARTIGOS 
MAPEADOS?
Os artigos mapeados foram analisados através da Análise de Conteúdo,
constituído por “um conjunto de técnicas de análise de comunicações que utiliza de
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens”
(BARDIN, 2011, p. 45). Nesse estudo a análise realizada ocorreu por meio de artigos
científicos que debatem sobre as relações entre depressão no idoso e enfermagem.
A sistematização do estudo foi efetuada através da pré-análise, exploração do
material, tratamento dos resultados e interpretação.
Na pré-análise sistematiza-se as ideias iniciais com seleção dos 17 artigos,
para organizar as próximas etapas (BARDIN, 2011). Na exploração do material é
realizada a codificação e a categorização dos artigos selecionados. A partir disso, foi
efetuada a classificação das unidades de registro e unidades de contexto, com a
finalidade de se obter as categorias, realizando uma análise por temas.
Salienta-se que as unidades de registro são elementos que correspondem a
um segmento dos textos que podem expressar um tema sobre os recortes
realizados. Já as unidades de contexto, são expressas por uma temática que
possibilita a compreensão e significação exata da unidade de registro a fim de
codificá-las (BARDIN, 2011).
Após gerar as unidades de contexto, se obteve duas categorias por meio de
um reagrupamento de elementos comuns. Na Tabela 2, é evidenciado como
resultado seis unidades de contexto, das quais emergiram as categorias do estudo
intituladas: “A depressão como foco de estudo e seus tratamentos em unidades de
saúde da família” e “Relação entre depressão e outras enfermidades na terceira
idade”.
Tabela 2- Unidades de contexto e categorias
Unidades de contexto Categorias
Idosos e as unidades de saúde da família A depressão como foco de
estudo e seus tratamentos
em unidades de saúde da
família
Indicadores de depressão em idosos
Envelhecimento e estratégias de enfrentamento do
idoso
Avaliação funcional de idoso vítima de fraturas Relação entre depressão e
outras enfermidades na
terceira idade
Condições sociais e de saúde de idosos
Depressão em idosos com hipertensão
Fonte:elaborada pelo autor
20
As informações da Tabela 2 possibilitam compreender, no processo de
interpretação dos registros, que a temática da depressão nos idosos se faz presente
nos artigos mapeados sob dois focos:(Foco 1) - a depressão como foco de estudo e
seus tratamentos em unidades de saúde da família; (Foco 2) - a relação entre
depressão e outras enfermidades na terceira idade. Esses focos balizam a análise
dos artigos científicos selecionados, conforme classificação expressa na Tabela 3.
Tabela 3 - Análise das informações e classificação
Código dos
artigos
Foco 1 Foco 2
A1, A2, A3, A5, A7, A8, A10,
A11, A12, A13, A16, A17 A4, A6, A9, A14, A15
Fonte: elaborada pelo autor
A Tabela 3 sintetiza o processo de classificação desenvolvido para análise das
informações registradas a partir dos artigos científicos. Na próxima seção,
explicitaremos as compreensões expressas nos distintos artigos mapeados sobre as
relações entre depressão e idosos.
3.1 A depressão como foco de estudo e seus tratamentos em unidades de
saúde da família
Nesse item de análise dialoga-se sobre os artigos científicos que
evidenciaram a depressão como foco de estudo e a indicação de
tratamentosrealizados nas unidades de saúde da família. O discurso inicial contido
nos artigos elucida que o aparecimento de doenças durante a fase idosa, a perde de
vínculos afetivos, solidão, perda de um parente ou amigo e aposentadoria, são
fatores que potencializam nos sujeitos vulnerabilidade a transtornos mentais como a
depressão.Além disso, cabe salientar que os artigos os quais compõem este
primeiro foco de estudo, desenvolveram suas pesquisas em unidades de saúde da
família.
O artigo A1 tem como foco investigativo a análise dos conhecimentos dos
idosos atendidos em unidades de saúde da família sobre depressão. Aponta em
seuestudo que um sujeito para ser diagnosticado com depressão precisa apresentar
ampla variedade de manifestações clínicas, como “sentimentos de tristeza profunda,
angústia, solidão, baixa autoestima, visões pessimistas, pensamentos de morte,
21
perda de interesse, diminuição de concentração, perda de prazer nas atividades
diárias, além de insônia” (SILVA et al., 2014a, p. 85). O estudo evidencia ainda que a
maioria dos idosos com depressão não é identificada pelos profissionais de saúde,
incluindo-se os enfermeiros, visto que ainda existem fragilidades na capacitaçãoprofissional sobre esse fenômeno em pessoas idosas.
Por outro lado, destaca-se que algumas estratégias como palestras, reuniões
e visitas domiciliares podem ajudar os sujeitos da terceira idade a identificar,
prevenir ou se recuperar da depressão. Para isso, é importante que durante as
conversas nestes espaços de visitas ou de reuniões sejam articuladas ações de
educação popular em saúde com a integralidade como elementos produtores de
conhecimento coletivo, o que podeestimular os sujeitos a autonomia para o
autocuidado da família e da comunidade evitando perturbações afetivo-emocionais.
As perturbações afetivo-emocionais (depressão, ansiedade e estresse) em
usuários de cuidados primários de saúde foi objeto de estudo do artigo A7, em
que se buscou descrever seus níveis, analisar a comorbilidade entre elas e as
diferenças de sexo. De acordo com o estudo, as pessoas ansiosas e deprimidas
partilham uma estrutura básica, a afetividade negativa ou distresse geral
(APÓSTOLOet al., 2011), os quais são responsáveis pela associação entre as
medições de ansiedade e depressão principalmente em mulheres idosas. Sendo
assim, os resultados encontrados no estudo contribuem para o desenvolvimento
de estratégias de intervenção em cuidados de saúde da comunidade, atentando
as mulheres da terceira idade por apresentarem níveis mais elevados de
ansiedade, depressão e estresse que os homens.
O artigo A8 trata-se de um estudo qualitativo para conhecer a percepção de
idosos, usuários de Unidade Básica de Saúde, acerca do envelhecimento,
estratégias de enfrentamento e repercussões na família.Para Horta, Ferreira e
Zhao (2010), as alterações na saúde decorrentes do envelhecimento é fator que
causa diminuição do “bom humor” em pessoas da terceira idade, bem como
problemas de saúde de pessoas próximas e do próprio sujeito são evidenciados
como fenômenos estressantes que contribuem para depressão. Ademais, para os
mesmos autores, outros fenômenos podem potencializar a depressão como é o
caso de expressões negativas; tentativas de controle sobre o ambiente;
religiosidade como elemento amortecedor; comportamentos de esquiva; inibição
de emoções e recolhimento ao mundo interno.
22
Por outro lado, o artigo destaca a pertinência de se discutir sobre a finitude no
contexto do envelhecimento e na prática profissional, pois a atenção aos sujeitos
da terceira idade ao fim da vida viabiliza a práxis paliativa. Acrescenta-se ainda,
como alternativa na prevenção ou na intervenção da depressão em idosos, a
família e os amigos como suporte as situações cotidianas e de crise (relações
sociais e íntimas).
O artigo A2 e A10apresentam como objetivos de estudo estimar e conhecer a
prevalência de depressão em idosos em uma Unidade Básica de Saúde. Estas
pesquisas colocam que a depressão é mais recorrente em pessoas que não
possuem “relações interpessoais íntimas ou são divorciadas ou separadas,
enfatizando que a morte de um ente familiar ou pessoa muito importante representa
evento de vida que desencadeia a ocorrência de quadros depressivos”
(MAGALHÃES et al., 2016, p. 1-6), bem como o cruzamento de diferentes fatores
(psicológicos, biológicos, sociais, culturais, econômicos e familiares) fazem com que
a depressão se manifeste em determinados sujeitos (BELTRÃOet al., 2011).
Para tanto, conhecer a sintomatologia da depressão em idosos e associar a
psicofarmacologia com psicoterapia geram bons resultados nos tratamentos. Além
disso, a participação em ações comunitárias envolvendo atividades físicas,
moderadas e de longa duração, em parceria com outros sujeitos, pode aliviar o
estresse ou tensão, reduzindo o impacto do ambiente e prevenindo transtornos
depressivos e o não uso de farmacológicos.
No artigo A3, assim como nos artigos A11 e A13, os fatores
sociodemográficos, a determinação de prevalência de sintomas de depressão e a
rede de suporte social foram os objetos de investigação. Pessoas do sexo feminino,
com maior faixa etária, de restrições socioeconômicas, baixa escolaridade,
distúrbios do sono, déficit no suporte social e declínio cognitivo, são fatores de risco
envolvendo depressão e que muitas vezes não são considerados no diagnóstico.
Sousa (2017), destaca que apesar de comum em idosos, a depressão é
frequentemente subdiagnosticada e não tratada.
Diante do exposto, investigar as características sociodemográficas e de saúde
é uma estratégia para a compreensão de condições de vulnerabilidade dos
sujeitos (ALVES et al., 2013). Corroborando nessa perspectiva, Souza et al.
(2013, p. 359), apontam que “conhecer uma situação de risco de determinado
agravo à saúde é ter a possibilidade de planejar e implementar ações capazes de
23
evitar ou reduzir seus dados”. Para isso, é necessário que os profissionais da
saúde atuem em parceria com os componentes da rede de suporte social, e a
prática de consultas com uma avaliação e uma assistência mais holística,
contribuam para o desenvolvimento de ações de saúde que promovam a
autonomia e participação do idoso na comunidade, bem como na prevenção,
intervenção em fatores de risco, diagnóstico precoce e tratamento da depressão.
O artigo A16, vai ao encontro do que foi discutido nos artigos A3, A11 e A13,
mas soma-se ainda ao seu estudo os transtornos depressivos ao uso de drogas.
Para Cantão et al. (2015), idosos deprimidos podem iniciar o uso de substâncias
psicoativas com a finalidade de amenizar o desconforto dos sintomas da
depressão, o que acarreta no abuso e dependência dos medicamentos. 
Estes fatores contribuem para o uso de substâncias como forma de fuga ou
canalização dos sintomas do diagnóstico depressivo. No entanto, é expresso através
dessa pesquisa que a dificuldade dos profissionais em identificar e assistir as
demandas psiquiátricas dos sujeitos, geram impasses desde o manejo até o
encaminhamento para serviços especializados. Por isso, há necessidade de se
instituir e promover cursos de formação continuada que atendam as especificidades
dos profissionais para lidar com as diferentes situações e quadros depressivos, seja
no ambiente hospitalar ou em instituições de longa permanência.
No que concerne o artigo A5, A12 e A17, focam seus debates acerca da
redução da possibilidade de apoio e cuidado familiar aos idosos, o que tem
contribuído para a ocorrência da fragilização do suporte familiar ao idoso e como
consequência são internados em instituições de longa permanência. A recorrência
nessas instituições, possivelmente, é um dos fatores que podem gerar a
prevalência de sintomas de depressão no sujeito da terceira idade, uma vez que
“a institucionalização também pode ser considerada um fator estressante e
desencadeador dessa patologia” (NEU et al., 2011, p. 419). 
Embora o ambiente asilar atenda em parte às necessidades básicas dos
sujeitos internados, nem sempre potencializa a atividade deles, os quais tendem a
se tornar mais introspectivos e isolados do contexto social (CARREIRAet al., 2011).
Por isso, é apontado por Rosseto (2012), a criação de programas para idosos
asilados, a fim de promover participações em movimentos assistenciais e sociais e
envolvimento com atividades culturais, desportivas e de lazer. Na próxima seção,
24
serão analisados os artigos que discutem sobre a relação entre depressão e outras
enfermidades na terceira idade.
3.2 Relação entre depressão e outras enfermidades na terceira idade
Neste item foi analisado os artigos que discorrem a respeitode diferentes
enfermidades na terceira idade que implicam na geração de quadrosdepressivos. Os
artigos apontam de forma geral que durante o processo de envelhecimento, o déficit
cognitivo, problemas de locomoção e doenças crônicas como, por exemplo, a
hipertensão, problema na coluna e artrite, colaboram para o desenvolvimento da
depressão na terceira idade.
Os artigos A4 e A14, estudaram o perfil social e funcional de idosos assistidos
pela estratégia saúde da família. A partir destes estudos, identificou-se que idosos
com déficit cognitivo é um dos agravantes da depressão e predomina sob o gênero
feminino, bem como foi constatado que sintomas depressivos em pessoas da
terceira idade estavam atrelados a baixa renda, a moradia em residências precárias,
a não participação em ações sociais e a ausênciade atividade física.Para Alvarenga
et al. (2011), especificamente, a falta de práticas de atividade física, acometem
muitas vezes no idoso o comprometimento da capacidade funcional, o que pode
gerar doenças crônicas (acidente vascular cerebral, doença pulmonar obstrutiva
crônica, distúrbios digestivos e problemas de coluna) e a autopercepção de saúde
ruim.
Já o artigo A6, verifica a influência do protocolo de consultas de enfermagem
nos aspectos relacionados à ansiedade e à depressão em pacientes após
revascularização miocárdica. Constata-se neste estudo que idosos com
acompanhamento recorrente após a cirurgia de coração costumam ter níveis
menores de depressão (LIMA et al., 2010). Todavia, mesmo neste contexto, os
profissionais da saúde devem ficar atentos as características de alteração do humor,
entre elas, ansiedade e depressão, uma vez que podem contribuir para não adoção
de dieta saudável e na falta de prática de exercícios físicos, comportamentos não
adequados para à saúde cardiovascular.
25
O artigo A15, corrobora com a pesquisa do artigo anterior, uma vez que avalia
a depressão em idosos com hipertensão arterial sistêmica. Na pesquisa realizada
nesse artigo, Silva et al. (2014b), afirma que a presença de sintomas depressivos
está relacionada a realização de atividades básicas da vida diária, o que agrava a
imobilidade física do idoso, pois ele perde o interesse pelo autocuidado,
prejudicando sua autoestima, o que intensifica a perda de interesse pelas atividades
do cotidiano.
No tocante ao artigo A9, foi investigado a avaliação sobre a independência
funcional de idosos com fratura, bem como suas relações com as variáveis
demográficas e de saúde. De acordo com Monteiro e Faro (2010), a depressão é
fator agravante em pacientes fraturados devido a falta de condicionamento motor e
pelas incapacidades cotidianas.
26
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste trabalho de conclusão de curso, buscou-se constituir
elementos que permitisse entender a importância dos cuidados de enfermagem
junto ao idoso com depressão. Assim, analisou-se a produção científica nacional
acerca das relações entre depressão e idosos no período entre 2008 a 2017; e
elencou-se os principais tratamentos e/ou estratégias utilizadas nos quadros de
depressão em idosos observados nos artigos científicos. Para isso, o caminho
utilizado neste trabalho está alicerçado na Análise de Conteúdo, uma vez que a
partir do operar dessa técnica pode-se analisar os artigos mapeados, constituir
unidades de contextos e categorias, para compreender as concepções,
possibilidades e impossibilidades, bem como as contribuições para os cuidados de
enfermagem junto ao idoso depressivo.
Inicia-se discorrendo sobre a importância de se dialogar a respeito do
crescimento de idosos com depressão no Brasil e a necessidade recorrente que
estes sujeitos têm de serem assistidos. Dessa forma, apontou-se o fenômeno
investigado e os objetivos do trabalho buscando determinar os fatores que impactam
os sujeitos da terceira idade desenvolverem quadros de depressão, assim como
evidenciar as doenças associadas e algumas estratégias utilizadas para os
tratamentos.
Pelos estudos realizados, se torna urgente discutir com mais recorrência e em
diferentes espaços a temáticade idosos depressivos, uma vez que na dimensão da
saúde, a depressão será a segunda causa da população brasileira até 2020. No
entanto, percebe-se ao longo do mapeamento dos artigos que ainda são poucas as
publicações nos últimos anos sobre essa temática no campo científico.
Durante a análise, foram gerados dois focos discursivos a respeito dos artigos
científicos mapeados. O primeiro foco foi estabelecido a partir das discussões sobre
a depressão e seus tratamentos em unidades de saúde da família. Já o segundo
foco versou acerca das relações entre depressão e outras enfermidades na terceira
idade. 
Ao se refletir sobre o primeiro foco, cabe destacar que alguns artigos
apresentam estudos e resultados, demostrando que os níveis mais elevados de
ansiedade, depressão e estresse está associado as mulheres da terceira idade.
Além disso, evidencia-se que a capacitação dos profissionais de enfermagem que
27
atuam nas instituições de longa permanência é tido como essencial, uma vez que a
detecção precoce de sintomas depressivos pode evitar o desenvolvimento de um
quadro mais grave nos idosos, prevenindo-os de efeitos negativos para a saúde e
para a sua qualidade de vida.
Pela tessitura realizada, a partir da análise do segundo foco, acredita-se na
importância de uma formação dos profissionais da saúde que contemple a avaliação
do idoso na sua capacidade funcional, atendendo suas necessidades e
desenvolvendo ações que vislumbram a minimização das incapacidades destes
sujeitos. Recomenda-se, ainda, a participação ativa da família como agente no
cuidado domiciliar do idoso após um trauma e como propiciadora de seu retorno as
práticas cotidianas e a vida social.
Assim, finda-se este trabalho apontando alguns encaminhamentos que
permitiu compreender a importância do papel do enfermeiro na recuperação do
idoso depressivo, uma vez que se baseia em orientá-los acerca da terapia
medicamentosa, esclarecendo dúvidas, gerando espaço para escutar suas
angústias para poder compreender e atender suas demandas com mais amor e
carinho. Ademais, o profissional da saúde, mais especificamente o enfermeiro, pode
contribuir através do diálogo e na orientação, para o crescimento pessoal e o
desempenho de novos papéis do sujeito da terceira idade na sociedade,
vislumbrando novas possibilidades como, por exemplo, a prática de atividades
físicas e a participação em grupos de idosos, para melhor restabelecimento de sua
saúde.
Como desdobramentos da pesquisa, visa-se potencializar redes de conversas
tanto no espaço universitário, como também na comunidade, em uma perspectiva
recorrente de reflexão que perpassa intenções, desejos e práticas em relação ao
cuidado dos idosos com depressão, como possibilidade para transformar e dirimir os
fatores e ações que acarretam em quadros depressivos. Assim, espera-se que esta
pesquisa contribua para a constituição de redes de conversação e que através do
conversar se possa ampliar os espaços de formação dos estudantes de
enfermagem, bem como dos enfermeiros e das enfermeiras, conhecendo as
experiências vividas durante a suas atuações, para significar e contribuir nas
práticas futuras de todos estes profissionais.
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	1. INTRODUÇÃO
	2. Mapeamento de trabalhos científicos: enlaces entre depressão no idoso e enfermagem
	3. ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES: O QUE NOS DIZEM OS ARTIGOS MAPEADOS?
	4. CONsiderações finais
	REFERÊNCIAS

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