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ASSERTIVIDADE 
Aprendendo a dizer NÃO 
 Volume Bônus 
 
 
 
 
 © Creusa Brigatti 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
"Se não tiver a capacidade de dizer não, o seu sim 
não significa nada." (Osho) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu parceiro, Wanderlei Val, por 
toda parceria no refinamento constante e 
prazeroso da arte da autenticidade 
no amor e na vida. 
 
 
 
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SUMÁRIO 
Introdução .............................................................................. 5 
Quem sou eu? ........................................................................ 6 
Este e-book – Pra quem é? ................................................... 8 
O que é Assertividade? ......................................................... 10 
Tipos de comportamentos .................................................... 11 
 Assertivo 
 Não assertivo 
Agressivo 
Passivo-agressivo 
Momento de reflexão ............................................................ 14 
Você gostaria de ser mais assertivo? .................................. 15 
O poder do Não ..................................................................... 16 
 Sim OU Não? 
 Amadurecimento 
 Dois tipos de Não 
 Como sabemos quando o Não é demais? 
Tomando coragem de dizer Não ........................................ 26 
 O Não dói 
Trocando em miúdos ............................................................. 29 
Vantagens de saber dizer Não ............................................ 30 
Encontrando sua voz – 6 Dicas para começar .................. 31 
Conclusão ............................................................................... 35 
CV ............................................................................................ 37 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
Eu não conheço você, mas se está lendo esse material, já sei que 
você é o tipo de pessoa que está em busca de algo maior, que 
quer conhecer-se melhor e que sabe que é somente através do 
investimento em si mesmo que poderá transformar sua realidade e 
realizar seus sonhos, tanto em sua vida profissional, pessoal e 
amorosa e, finalmente, desfrutar da vida de forma abundante, 
como você merece! 
Ter a consciência de que sempre temos mais a aprender é uma 
característica de pessoas inteligentes e de sucesso. Muitas 
pessoas, infelizmente, não têm essa consciência e passam a vida 
inteira se sentindo insatisfeitas, sem tomar uma ação concreta e 
esperando que alguém as faça “felizes”. Você é o responsável 
pela sua felicidade. 
Portanto, antes de tudo, quero te dar os parabéns por sua 
atitude, por investir em você mesmo, pois isso requer humildade e 
coragem! E eu, apesar de não te conhecer pessoalmente, já sei que 
você tem qualidades de um vencedor: consciência, 
humildade e coragem. Agora só resta polir suas ferramentas e 
colocar seus conhecimentos em ação, porque informação por si só 
não transforma a vida de ninguém; é preciso sair da arquibancada 
e entrar em cena. Eu já estou torcendo por você! 
 
 
 
6 
 
QUEM SOU EU? 
Sou Creusa Brigatti, paulista de Rio das Pedras e uma pessoa que 
aprendeu, desde muito cedo, a ser determinada, muito 
determinada. E não acredito em coincidências. Acredito na 
sincronicidade da vida e sei que não é por acaso que você está 
lendo esse material; acredito mesmo que temos muito em comum. 
A primeira vez que exercitei essa determinação, instintivamente, foi 
aos seis meses de idade quando fui internada com uma 
desitratação profunda e venci a morte, contra todas as expectativas 
dos médicos. Escolhi a vida e penso que logo aí entendi que 
aquilo que não mata a gente, aumenta nosso repertório de histórias 
pra contar! E eu adoro ter histórias para contar, porque só tem 
histórias quem vive a vida e não simplesmente passa por ela 
como mero expectador. 
Mas não foi sempre assim. Sendo a caçula de cinco filhos, a 
comparação com os outros irmãos era inevitável. Sendo mulher, fui 
educada para ser “boazinha” e “conformada” com a minha “sina”, 
como era a maioria das mulheres do mundo em que eu vivia. Sinto 
muito! Sentia que minha missão era maior e fui à luta. 
Levei um bom tempo para encontrar a minha voz naquele ambiente 
que ficava cada vez mais estranho para mim. Quando adolescente, 
sofria de terríveis crises de dores de garganta, perdia a voz, porque 
queria me expressar, me fazer ouvir e não sabia como. Mas como te 
disse, aprendi a ser determinada e a não desistir de mim, 
porque decidi que eu sou o meu melhor projeto e sei que minha 
 
 
7 
 
vida me foi dada para que eu possa contribuir e agregar. Aliás, 
acredito que todos vieram ao mundo para agregar. 
Aos poucos, e mesmo me sentindo, às vezes, insegura e com medo, 
sai do papel da vítima e aprendi a assumir a responsabilidade sobre 
minhas próprias escolhas. Aprendi a sonhar, projetar meus sonhos 
e a manifestá-los; sonhos que muitos julgavam impossíveis. 
Impossíveis para quem? Não para mim. E continuo sonhando. 
Sonho com um mundo mais justo e humano, com pessoas mais 
felizes! 
Tudo começa com autoconhecimento, dentro de nós. Quanto 
mais nos lançamos na deliciosa aventura do autoconhecimento, 
mais fortes nos sentimos, e assim podemos definir o que queremos 
para nossas vidas e realizar nossos sonhos. Foi assim que encontrei 
minha voz e tem sido um aprendizado constante, porque a vida é 
plena de oportunidades, basta que estejamos prontos para sair 
da arquibancada e fazer o nosso show. E se eu consegui, você 
também consegue! 
O melhor ainda está por vir. Confie! Siga adiante. Você só tem a 
ganhar. 
 
 
 
“Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que 
escolhi me tornar.” (C.G.Jung) 
 
 
8 
 
ESTE E-BOOK – PRA QUEM É? 
Vivemos num mundo que avança a passos largos em todos os 
segmentos. As oportunidades se desenrolam diante de nós nos 
convidando para uma vida de maior significado em que possamos 
ser autênticos em nossas relações e, assim, contribuir para um 
mundo mais harmonioso e sermos mais realizados. 
Oportunidades, normalmente, não se repetem. Podem aparecer 
outras, mas o que passou, passou. Para que desperdiçar mais 
tempo? O momento de investir em você é agora. 
Por isso o desejo de criar esse e-book e compartilhar com você 
minhas reflexões e aprendizado sobre Assertividade – 
Aprendendo a dizer Não. 
Este e-book, portanto, é para... 
 Quem está pronto para investir em si mesmo; 
 Quem está buscando mais autenticidade em suas relações 
afetivas e profissionais; 
 Quem está pronto para se amar mais e melhor; 
 Quem sabe que viemos ao mundo para agregar. Temos 
uma missão. 
 Quem sabe que o tempo é implacável e o tempo de viver, 
e viver bem, é agora! 
Se quisermos um mundo mais harmonioso e onde haja mais 
felicidade, temos que começar por algum lugar. Como não temos a 
 
 
9 
 
habilidade de mudar ninguém além de nós mesmos, a melhor coisa 
a fazer é buscar essa harmonia, essa autenticidade, em nossas 
relações imediatas e começando com o nosso relacionamento 
conosco mesmos. 
A influência que podemos exercer sobre o nosso meio é muito 
grande! Quando você cuida de si mesmo, de sua felicidade, 
você se torna mais atraente e motiva as pessoas a fazerem o 
mesmo – a cuidarem de si. Assim, quase sem querer, você contribui 
para um mundo melhor, muito melhor! 
Nossas ações têm poder transformador; vamos, então, utiliza-las 
para imaginar e criar um mundo mais autêntico e com mais respeito,começando por nós mesmos. Você já começou a caminhar e está 
no caminho certo. Agora é dar um passo de cada vez. 
Boa jornada! 
 
 
 
 
 
 
"Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bonda-
de, a beleza e a verdade." (Albert Einstein) 
 
 
 
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O QUE É ASSERTIVIDADE? 
Assertividade ... 
 É a habilidade de expressarmos nossas opiniões, 
sentimentos, atitudes e direitos de uma forma direta e 
honesta, sem ansiedade e de uma forma que não agrida os 
direitos nem a integridade da outra pessoa; 
 É saber dizer sim, quando se quer dizer sim, e não, 
quando se quer dizer não; 
 Está ligada ao autoconhecimento. Quanto mais nos 
conhecemos, mais assertivos podemos ser em nossas 
relações. 
 É sinônimo de ética, honestidade, respeito a si próprio e 
aos outros, transparência e, por isso, uma das qualidades 
humanas mais apreciadas pelas pessoas que buscam por 
relacionamentos que agreguem valor. 
Saber expressar nossas emoções e opiniões com assertividade 
enriquece nossas experiências; demonstra o respeito que temos 
por nós mesmos e pelas pessoas que nos cercam, principalmente 
as que mais amamos. 
Além disso, o mercado de trabalho busca cada vez mais por 
pessoas que tenham essa característica, porque são, geralmente, 
líderes capazes e humanos. 
Saber dizer não é ter amor próprio e, se queremos atrair 
 
 
11 
 
respeito e amor em nossas vidas, precisamos ser os primeiros a 
exercitar isso. 
 
TIPOS DE COMPORTAMENTOS 
Quem é assertivo é assertivo o tempo todo? 
Mesmo as pessoas mais assertivas não são assertivas 100% do tempo. 
É claro que nossos relacionamentos ficam mais interessantes e mais 
ricos se formos assertivos na maioria do tempo. No geral, 
encontramos quatro tipos de comportamentos em nossos 
relacionamentos. 
 
Assertivo 
Pessoas assertivas têm um entendimento claro de seus objetivos e 
ideias, sabem identificar do que gostam e do que não gostam e 
sabem comunicar isso com clareza às outras pessoas. Elas também 
têm uma visão clara do porquê de suas ações e como estas 
impactam o meio em que vivem. 
Normalmente, pessoas assertivas têm uma boa autoestima e são 
capazes de se respeitar, respeitar suas vontades e seus direitos, bem 
como são capazes de respeitar as outras pessoas. Elas buscam 
igualdade nos relacionamentos e buscam resultados que sejam 
igualmente satisfatórios para as partes. São, geralmente, bons 
 
 
12 
 
ouvintes e conseguem negociar de tal forma que as outras pessoas 
se sentem à vontade e com vontade de cooperar. 
Assertividade é, sem dúvida, uma das características de um líder. 
 
Não Assertivo 
O comportamento da pessoa não assertiva demonstra passividade. 
A pessoa tem muita dificuldade em ser direta e sente-se inferior aos 
outros e, por isso, permite que os desejos e ideias de outras pessoas 
sobreponham os seus. Geralmente, se enxergam como vítimas de 
uma situação. 
No entanto, mesmo que sejamos assertivos, podem existir situações 
em que escolhemos ser não assertivos para manter a harmonia de 
uma relação, seja ela afetiva ou profissional. Quando isso é feito 
com consciência, o objetivo ainda é que o resultado seja positivo 
para as partes envolvidas. Isso demonstra amadurecimento. 
 
Agressivo 
Pessoas agressivas entendem que suas ideias e objetivos são mais 
importantes do que os dos outros. Julgam-se superiores e tendem a 
não respeitar as necessidades e direitos dos outros, direta ou 
indiretamente, e isso torna esse tipo de comportamento totalmente 
inapropriado. Entendem que o importante é ganhar, fazer sua 
 
 
13 
 
opinião valer, mesmo que outros tenham de perder por isso. 
Raramente existe parceria. 
Nas relações organizacionais e também nas pessoais, às vezes, é 
importante que nos posicionemos de modo mais enérgico para 
garantir o êxito de uma tarefa. Por exemplo, para garantir a 
segurança da equipe num momento de pânico; ou para garantir a 
segurança do filho adolescente que claramente não entende o 
perigo iminente envolvido numa determinada situação (um “racha”, 
por exemplo). No entanto, é sempre bom lembrar que esse 
comportamento não é bem aceito pela maioria das pessoas e que 
o melhor é não tomar isso como regra em nossos relacionamentos. 
 
Passivo-agressivo 
Este é o tipo mais curioso. É geralmente irônico e agride usando 
uma piadinha de mau gosto para em seguida dizer, “só estou 
brincando”. Uso de sarcasmo e indiretas é outra marca em seu 
discurso, além de fazer chantagem emocional e deturpar situações. 
O relacionamento com alguém que tenha esse comportamento é, 
geralmente, muito desgastante, porque nunca sabemos o que 
esperar. 
 
 
 
 
 
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MOMENTO DE REFLEXÃO 
 
1. Qual seu tipo de comportamento predominante: assertivo, não 
assertivo, agressivo, ou ainda passivo-agressivo? 
 
2. Você acha que deveria ser mais assertivo? Em que situações? 
Com quem? Por quê? 
 
3. Existem situações em que você é não assertivo? Se sim, existe 
algum benefício nesse comportamento? Você mudaria algo? 
 
4. E situações de agressividade? Consegue se lembrar de 
alguma? Se sim, qual é o ganho? Você mudaria algo? 
 
5. Você se percebe como passivo-agressivo, ainda que às 
vezes? Como se sente em relação a isso? 
 
Pense sobre essas questões e faça anotações. As anotações 
permitem que nossos pensamentos se organizem à medida que 
escrevemos, e sempre podemos retornar a elas e avaliar se estamos 
na direção certa e se estamos avançando naquilo em que nos 
propomos a fazer. 
 
 
 
 
 
 
 
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VOCÊ GOSTARIA DE SER MAIS 
ASSERTIVO? 
 
A assertividade permite que lidemos com os confrontos do dia a 
dia com menos estresse e com mais confiança, driblando situações 
de manipulação e chantagem emocional sem perder a classe. 
Pense um pouco, quantas vezes você “engoliu sapo” sabendo que 
poderia ter se posicionado de forma diferente e mais inteligente? 
Quantas vezes disse Sim, querendo dizer Não, só para agradar 
alguém e porque não consegue lidar com a culpa de dizer um Não? 
A realidade é que você não está sozinho. A grande maioria de nós 
tem ou teve dificuldade em ser mais assertivo e fazer valer sua 
vontade e seus direitos dizendo um bom e sonoro NÃO pelo menos 
alguma vez na vida. 
Mas, afinal, por que temos tanta dificuldade em dizer Não? 
 
 
 
“O mais importante que aprendi a fazer depois dos 
quarenta anos foi a dizer não quando é não”. 
(Gabriel Garcia Marquez) 
 
 
 
 
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O PODER DO NÃO 
 
Saber dizer Não é uma demonstração de nossa integridade e 
uma forma de nos proteger de sermos manipulados. É preciso 
sabedoria e também coragem para dizer Não. Além disso, 
precisamos aprender a receber Não, pois assertividade é uma via de 
mão dupla. 
Aprender a colocar limites é importante e libertador. 
Chega um momento em que você sente, bem lá no fundo da alma, 
que é simplesmente impossível prosseguir sem colocar limites claros 
em sua vida. Por exemplo: 
 Você diz: "Não me ligue mais!" e fica muito claro que você 
finalmente tomou coragem e essa é realmente a sua 
vontade; 
 Você retorna aquele presente, que é simplesmente um mimo, 
porque reconhece todas as segundas intenções que estão por 
trás desse “presente”; 
 Você sente que não dá para atender, novamente, o pedido 
de uma mão amiga daquela amiga que espera que você 
resolva outro problema em que ela se meteu; 
 Você finalmente decide que a expectativa de toda a família 
de que o jantar vai ser preparado todos os dias por você, 
enquanto todos continuam“ocupados” com as redes sociais, 
com a TV, ou com qualquer outra coisa que atenda às 
necessidades deles, tem de ser questionada. 
 
 
17 
 
Tudo tem um limite! 
Esses são apenas alguns exemplos de como você pode estar 
permitindo que outros se beneficiem de sua dificuldade em dizer 
Não. E cada uma dessas atitudes são exercícios de empoderamento 
dessa habilidade que é ainda tão mal compreendida: a habilidade 
de dizer Não. 
Aprender a entender seus próprios objetivos é o primeiro passo para 
estabelecer limites e, então, se recusar a desviar-se deles. 
 
Sim ou Não? 
Valorizamos o Sim porque ele demonstra uma atitude aberta para 
a vida. Você entra de coração em algo e essa atitude tem de ser 
celebrada! O Sim mostra que estamos prontos para assumir riscos, 
que estamos com coragem, engajados e conectados. 
Além disso – agora falando com as mulheres – não sei se isso já 
aconteceu com você, mas eu fui educada para dizer Sim, para ser 
doce e acomodar as necessidades dos outros, “porque era assim 
que uma menina boazinha deve ser.” A maioria das mulheres que 
conheço teve pelo menos um pouco de uma educação machista. 
Portanto, dizer Sim é o que esperam de nós. 
Quando dizemos Não é como se fechássemos a janela para a 
influência dos outros e isso raramente é comemorado. É facilmente 
mal interpretado e, geralmente, não favorece uma conexão. 
 
 
18 
 
Geralmente, não temos consciência da força que temos quando 
dizemos um Não, porque é facilmente confundido com 
negatividade, e temos receio desse julgamento. 
A diferença é que enquanto a negatividade é uma atitude 
permanente, saber dizer Não é ser capaz de fazer uma 
escolha clara. 
O Não anuncia, mesmo que indiretamente, algo afirmativo 
sobre você. 
"Eu não vou assinar", porque não concordo com o que está escrito. 
"Eu não vou participar do seu comitê... ajudar os seus filhos... rever o 
seu projeto... etc.", porque estou empenhada em algum projeto 
pessoal e importante pra mim neste momento. 
"Não, não conte comigo", porque eu não me sinto confortável com 
o que está fazendo; não estou de acordo. 
"Não, obrigado", sinto muito em recusar o seu convite, mas as minhas 
necessidades são prioridade agora. 
O Não consciente e sincero, que é um reconhecimento da 
própria necessidade e prioridade, carrega consigo a 
responsabilidade pessoal. Ele quer dizer que embora cada um de 
nós tenha relacionamentos com outras pessoas, que embora 
amemos essas pessoas, respeitemos e valorizemos todas essas 
relações, nós não queremos e não podemos permitir que 
sejamos sempre influenciados por alguém. 
 
 
 
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Amadurecimento 
A força que ganhamos em dizer Não é que ele reforça essa difícil 
verdade de amadurecimento: nós nos colocamos como 
prioridade em relação à necessidade do outro. 
O Não é tanto a ferramenta como a barreira pela qual 
estabelecemos e mantemos o limite do “Eu”. Quando dizemos Não 
estamos dizendo: "Esta sou eu; é isso o que valorizo; isso é o que eu 
vou, ou o que não vou fazer; esta é a forma como escolho agir 
agora”. 
Nós amamos os outros, nos doamos aos outros, cooperamos e 
agradamos aos outros, mas somos um ser único, distinto e separado 
de todas as outras pessoas que existem em nossas vidas. Nós 
precisamos saber usar o Não para estabelecer e manter esse 
equilíbrio em nossas vidas. Precisamos entender que isso não é 
egoísmo; é assertividade e é muito saudável para nós e para 
todos em nossas vidas. 
O Não reconhece que nós somos os agentes de nossos próprios 
limites. Para a maioria de nós, esta consciência de que estamos no 
controle e somos totalmente responsáveis por nossas 
escolhas parece muito poderosa e pede por muita maturidade. 
Geralmente, damos dois passos para frente nessa conquista do Não 
e um enorme passo para trás quando cedemos para a pessoa 
amada, ou para aquele bully, e até mesmo aos nossos próprios 
desejos de “apenas mais uma” bebida, ou aquela compra 
totalmente desnecessária. Quanto mais nos aproximamos dos limites 
 
 
20 
 
que estabelecemos para nos respeitar, mais forte nos tornamos, e 
precisamos dessa habilidade de dizer Não para manter essa força. 
 
Dois tipos de Não 
Existem dois tipos de Não: o que usamos conosco mesmos e o que 
estabelece as fronteiras entre nós e os outros. 
A luta para fortalecer o nosso Não interno, aquele que usamos para 
dar um basta em nossos próprios impulsos autodestrutivos, é a luta 
com a qual estamos mais familiarizados. Esse Não controla a nossa 
ira no trânsito e o nosso desejo de fumar e se entupir de doce, por 
exemplo. Chamamos esse Não de autodisciplina. 
Passamos nossa vida toda refinando essa autodisciplina e a 
produtividade e a paz de espírito são as grandes recompensas 
dessa capacidade de dizer Não, sempre em desenvolvimento. 
O Não que somos capazes de dizer aos outros também evolui ao 
longo da vida, começando com o Não primitivo de nossa infância. 
Qualquer um que já tenha tentado colocar uma criança de 2 anos 
de idade em uma cadeirinha de carro sabe do que estou falando. 
Quando a criança de 2 anos de idade começa a se entender como 
um ser diferente e separado da mãe, com suas próprias vontades e 
desejos, ele grita em alto e bom som: Nãoooooo! “Não, eu não 
vou colocar as meias... não vou comer esse mingau... não quero ir 
pra casa!” Esse poderoso Não é nossa primeira afirmação original de 
que somos separados do outro e que temos nossa própria vontade. 
 
 
21 
 
 Para o resto de nossos dias somos desafiados a encontrar a maneira 
correta e eficaz de estabelecer esse limite. 
 
Como sabemos quando o Não é demais? 
 Quem recusa ajuda a um amigo que está precisando para 
cuidar do próprio jardim? 
 Onde é que termina a autoafirmação e começa o egoísmo? 
 Quem se recusa a dar apoio ao projeto de um grupo de 
amigos? 
 Qual é o limite entre princípios importantes e uma simples 
oposição teimosa? 
De um modo geral, existem cinco situações em que podemos usar 
mais a nossa habilidade em dizer Não: 
 
1. Para reforçar nossos princípios e valores 
Ser generoso e solidário é uma coisa muito bonita. Porém, a 
integridade é tão essencial quanto a benevolência. 
Integridade é um requisito para a eficácia e sucesso, mesmo que, às 
vezes, isso tenha um custo. 
Veja o exemplo de Sergio. Sergio sempre foi visto pelos amigos como 
“o cara”, aquele que topa todas. Assim, quando Marcio, um amigo 
casado de Sergio, iniciou um romance com outra mulher, Sergio 
ficou na dele. No entanto, quando Marcio pediu a chave do 
apartamento de Sergio para se encontrar com a amante, Sergio 
 
 
22 
 
teve uma crise de consciência. Ele queria continuar sendo visto 
como “o cara”, mas não se sentia confortável com a ideia de ser 
cúmplice daquela situação. Ele disse exatamente isso ao Marcio. 
O Não de Sergio afetou um pouco a relação entre os dois e quebrou 
certo código de camaradagem implícito nas relações entre os 
homens. 
Se para que sejamos aceitos pelos outros ao nosso redor temos de 
dizer Sim, para estarmos de bem conosco mesmos, às vezes, temos 
de ser muito honestos e saber dizer Não. 
 
2. Para quebrar padrões negativos de relacionamentos 
É impressionante as coisas que algumas pessoas nos pedem; coisas 
que você mesmo jamais sonharia em pedir. E isso acontece muito no 
ambiente familiar, principalmente. Veja o exemplo de Carina. 
Carina é fluente em alemão. Sua sobrinha Susi, de 15 anos, que 
somente estuda, tem uma tradução para fazer como trabalho de 
escola. Sem cerimônias, ela pede para que a tia faça a tradução. 
Carina, querendo reforçaro relacionamento entre as duas, explica 
que não seria certo, mas se oferece para revisar o trabalho. A 
sobrinha se sente “indignada” com a resposta e envolve a mãe e a 
avó no assunto. Todas intercedem a seu favor junto à Carina. Carina, 
por sua vez, percebe que a manipulação está instalada na família e, 
desta vez, diz claramente que Não vai fazer a tradução e, 
tampouco, a revisão. A decisão de Carina deixou certo mal estar na 
família, mas depois passou. 
 
 
23 
 
Em casos como esse, fica claro que certos padrões familiares têm de 
mudar, seja pelo amor ou pela dor. Alguém tem de apostar um 
modo diferente de se relacionar que seja baseado em 
autenticidade e integridade. 
 
3. Para manter nosso foco em nossos próprios objetivos 
Cristina foi criticada pela segunda vez pelo chefe que a chamou de 
tagarela, apontando que seu trabalho estava atrasado porque ela 
ficou conversando; ela sentiu-se magoada e injustamente avaliada. 
Afinal, será que era culpa dela que as pessoas gostavam de parar 
na sua mesa? Ela sentia que seus colegas de trabalho precisavam 
de seu apoio. Encurtar a conversa com eles poderia ferir o 
relacionamento entre eles. 
Cristina precisa clara e urgentemente aprender a dizer Não, porque 
está perdendo de vista suas próprias responsabilidades. 
O Não é uma ferramenta necessária para que possamos manter 
nossos objetivos em mente. 
 
4. Para nos proteger de abusos 
Infelizmente, é em nossos relacionamentos mais importantes que 
muitas vezes temos mais dificuldades de comunicação. Em parte, 
isso é porque as pessoas mais próximas a nós despertam nossas 
emoções mais fortes e, em parte, é porque elas são as pessoas que 
mais tememos perder. O medo enfraquece a nossa 
habilidade de dizer Não. Temos outro exemplo de família. 
 
 
24 
 
Isabel afirma que ama sua mãe, mas ela também a acha irritante, 
porque enche seus filhos de lanchinhos fora de hora. Quando se 
irrita, ela explode e é muito rude com a mãe, mandando-a calar a 
boca, ou dizendo, “quer deixar meus filhos gordos como você?” Ou 
a trata com ironia e desprezo. As explosões frequentes de Isabel 
magoam profundamente a mãe, que se queixa com os outros 
membros da família, mas nunca enfrenta Isabel. Ela teme que a filha 
não fale mais com ela e não quer arriscar. 
Quando abrimos mão de nosso poder de dizer Não, nos tornamos 
vulneráveis à agressão verbal de outras pessoas. 
 
5. Para termos forças para mudar de rumo 
As situações podem ser as mais diversas: 
 Os convites já estão no correio, mas o casamento iminente é 
um erro. 
 O trabalho parece ser bom para todo mundo, mas só de 
pensar, seu estômago vira. 
 Sua família se sacrificou para pagar as mensalidades, mas 
você sente que a faculdade de direito não é para você. 
Quando você sente que se encontra no caminho errado, o 
Não é um poder necessário para transformar sua vida. 
Existem dois obstáculos para um Não que tem a missão de mudar 
nossa história: 
1. Ser capaz de reconhecer, mesmo que seja apenas para si 
mesmo, que você cometeu um erro. E a maioria de nós, 
 
 
25 
 
infelizmente, prefere ter razão do que ser feliz. Continuamos 
cegamente num caminho errado simplesmente porque não 
conseguimos aceitar que erramos, apesar de todos os sinais 
mostrarem isso. Na maioria das vezes, no entanto, sabemos 
quando precisamos colocar um basta na situação. 
2. Tomar coragem para dizer Não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
TOMANDO CORAGEM DE 
DIZER NÃO 
Vamos admitir, dizer Não é difícil, e em grande parte é porque 
nossa intuição nos diz que ele não será bem recebido. 
A neurociência, ciência que estuda nosso sistema nervoso, apoia 
o nosso palpite de que o Não é recebido e registrado de modo 
muito mais duro do que pretendemos. O cérebro humano é 
programado para responder a um Não mais rapidamente, de forma 
mais intensa e com mais persistência do que responde a um Sim. O 
Não é mais forte que o Sim. 
Pesquisas explicam que as experiências negativas têm um impacto 
mais duradouro na emoção do que eventos positivos de igual 
intensidade. O cérebro reage agradavelmente a estímulos positivos, 
mas dolorosamente a estímulos negativos. Não importa como você 
diga, o Não é sempre percebido um evento negativo. Isto vale para 
tudo: 
 Nas questões financeiras - ficamos muito mais chateados 
quando perdemos certo valor do que ficamos satisfeitos por 
ganhar o mesmo montante; 
 Eventos interpessoais – quando as primeiras impressões são 
negativas é muito difícil de superá-las; 
 Informação pessoal – um feedback negativo tem um efeito 
muito mais profundo do que um positivo. 
 
 
 
27 
 
O Não dói 
Mesmo que esteja coberto por um bom motivo ("Eu não posso te 
emprestar meu carro, porque eu não tenho seguro para outros 
motoristas"), ou que seja dito com toda diplomacia ("O seu pão de 
banana é o melhor do mundo, mas meu médico me passou uma 
dieta especial"), ou que seja dito com toda segurança ("Agradeço o 
convite, mas eu já tenho compromisso neste fim de semana"), 
quem ouve um Não acaba, geralmente, se sentindo mal. 
Somos todos igualmente vulneráveis, mas para alguns de nós é 
absolutamente intolerável desagradar os outros. Algumas pessoas 
têm a necessidade de agradar os outros, e cada um de nós sabe o 
quanto nos encaixamos nesse grupo de pessoas. 
Pessoas que se preocupam demais em agradar os outros são 
geralmente percebidas como "boazinhas", e geralmente as pessoas 
gostam bastante delas. O problema é que, muitas vezes, elas se 
sentem subestimadas, como se os outros estivessem se aproveitando 
delas e ficam sempre incertas na hora de tomar uma decisão. 
Não tem escapatória, quando você não consegue dizer Não para 
os outros, você desaparece. E não são os outros que te subestimam; 
você mesmo se subestima. 
Existe ainda outro custo que acompanha o Não, e que faz com que 
muitos de nós recue na hora H: o Não pode levar a um conflito 
e a maioria de nós prefere evitar esse caminho, se pudermos. 
 
 
28 
 
Outro detalhe: algumas pessoas vão confrontar o seu Não 
independentemente do assunto. Para algumas pessoas, ouvir um 
Não é como visto como uma afronta, até mesmo um insulto, e eles 
vão te desafiar, te pressionar para que se justifique. É como se eles 
tivessem o lema: “Não aceite Não como resposta!” E quando ouvem 
um Não eles tomam isso como um desafio e vão fazer de tudo para 
saírem vencedores dessa disputa. E como a maioria acaba 
cedendo para manter a paz. Existe até mesmo aquele ditado 
que diz, “prefiro ser feliz a ter razão”. Porém, é sempre bom lembrar 
que tudo tem um preço. 
Finalmente, podemos ter dificuldade em dizer um Não porque 
sabemos que vai causar certa dor naquele que vai receber, e é 
muito difícil lidar com um olhar magoado, ou até mesmo lágrimas de 
decepção. Esse é um tipo de Não que queremos evitar, mesmo se 
não devêssemos. 
É difícil, mas absolutamente necessário aprender essa arte. 
Afinal de contas, se não nos respeitamos, ninguém vai nos respeitar e 
nossos limites serão sempre ultrapassados e as consequências 
negativas disso, todos nós sabemos, podem ser inúmeras em nossas 
vidas. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
TROCANDO EM MIÚDOS 
Já ouviu a expressão, “Não tem almoço grátis”? Pois é, aqui ela 
se encaixa perfeitamente, especialmente se você for uma pessoa 
que, naturalmente, tem o coração aberto e generoso; dizer Não 
nunca será uma coisa natural. 
É um desafio muito necessário, porque constantemente abrir mão 
do que você quer ou precisa te enfraquece e te deixa cadavez 
mais distante de quem você realmente é. Cria um um abismo e, de 
repente, você já não se reconhece. 
Aprender a dizer Não é como aprender a usar um escudo para 
proteger o seu Eu verdadeiro. É aí que reside o poder do Não. 
 
 
 
 
 
"A capacidade de dizer não é uma das habilidades mais 
importantes que alguém pode ter, especialmente as 
pessoas generosas." (Adam Grant) 
 
 
 
30 
 
VANTAGENS DE SABER DIZER NÃO 
 
 Conseguimos colocar foco em nossos projetos e compromissos; 
 Ganhamos equilíbrio na vida pessoal e na vida profissional; 
 Os outros passam a nos respeitar mais e passarão a nos fazer 
somente pedidos que sejam significativos; 
 O nosso Sim passa a ter muito mais significado, porque será 
mais sincero do que simplesmente por necessidade de sermos 
aceitos ou amados; 
 É gratificante sentir-se no controle de nossas escolhas, tanto na 
vida pessoal quanto profissional. 
 Nossa energia e autoconfiança, com o tempo, estarão num 
lugar muito melhor; 
 O Não vai testar a qualidade de nossas relações mais 
próximas. Se sentimos que não podemos dizer Não, pelo menos 
para algumas coisas e pelo menos de vez em quando, então 
não estamos sendo amados – estamos sendo controlados; 
 Saber dizer Não é uma questão de integridade pessoal, 
sem isso, somos apenas “os bonzinhos” que querem agradar a 
todos e ser amados ao custo de nossos valores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
ENCONTRANDO SUA VOZ 
6 DICAS PARA COMEÇAR 
É claro que dizer Não tem seu preço. Porém, integridade e 
autonomia não tem preço! A dica é, comece a reforçar a sua 
capacidade de dizer Não enquanto diminui o custo em seus 
relacionamentos. Diversas estratégias podem ajudar você a atingir 
esse equilíbrio. 
 
1. Não se apresse em dizer Sim, diga, "Vou pensar no 
assunto". 
Se você nunca experimentou essa técnica, você vai se surpreender 
com os resultados. "Vou pensar no assunto" mostra que você está 
realmente considerando o assunto e te coloca no controle da 
situação. Se você decidir dizer Não depois, o terreno já estará 
preparado. Além disso, um Não bem pensado soa muito melhor 
do que um Não que é dito num primeiro impulso. 
 
2. Observe seu tom de voz e palavras usadas 
Experimente frases como: 
 "Eu não me sinto confortável com isso." 
 "Eu prefiro não ir." 
 "Eu preferiria..." 
 "Podemos discordar nesse ponto?" 
 
 
32 
 
 "Parece ser um bom plano... interessante, mas eu não 
posso...". 
A estratégia de comunicação em que você diz algo positivo 
primeiro ("Aprecio os seu convite..."), depois diz o Não que você quer 
dizer (“... mas já tenho outro compromisso nessa data”) e termina 
com outro comentário positivo (“Tenho certeza que vai encontrar 
uma companhia bem legal para ir com você.”), pode ser mais fácil 
do que ir diretamente ao ponto da questão ("Eu não quero ir a essa 
festa”). 
Você continua exercitando sua habilidade de dizer um Não claro e 
poderoso e a outra pessoa vai entender isso. Esse é um Não mais 
fácil de aceitar. 
O tom de voz usado é de extrema importância; nossa voz é um 
instrumento poderoso. Um bom exercício a se fazer é gravar a 
própria voz e observar, se ela parecer agressiva é porque você 
provavelmente está sendo agressivo e é assim que as pessoas estão 
te percebendo. A mesma coisa vale para assertividade ou não 
assertividade. Acredite! Esse exercício pode te revelar muita coisa 
sobre seu modo de comunicação e isso é de extrema importância 
para sua vida profissional e pessoal. 
 
3. Observe seus sentimentos 
O Não é sempre melhor quando dito de maneira tranquila. 
Manter a calma externa te ajuda a se acalmar internamente e reduz 
o impacto negativo do seu Não no cérebro do seu ouvinte. 
 
 
33 
 
4. Refira-se a outros compromissos 
Referir-se a um conflito de agenda é uma forma de você dizer Não 
sem parecer egoísta ou indiferente. "Eu adoraria ajudar, mas já 
combinei em ajudar a minha mãe / colega / aluno, e eu não tenho 
como cancelar agora." 
 
5. “Sinta” que está representando outras pessoas 
Mesmo que seja somente imaginação, temos mais condições de 
negociar algo se estivermos representando outros além de nós 
mesmos. Por exemplo, na negociação de um salário, pensar que 
está fazendo em nome de toda sua família pode te ajudar a dizer 
Não se a oferta não for interessante para você. 
 
6. A Prática faz a perfeição 
Se você praticar dizer Não em sua casa, na frente do espelho, 
ensaiando o texto e até sua postura física, com certeza terá mais 
segurança para enfrentar o chefe exigente que insiste em trabalho 
fora do horário; ou aquele primo/cunhado/irmão que acha que 
você é o caixa forte da família, ou até o seu companheiro(a) que 
insiste numa discussão em que vocês certamente discordam e que 
não agrega nada além de aborrecimentos. 
Não tem milagre. A princípio eles podem fingir que não te ouvem, 
mas insista, repita polidamente até que teu chefe te ouça ("Eu não 
posso ficar até mais tarde hoje novamente."), ou simplesmente e 
com muita calma, desconverse ("Querido, nunca entraremos num 
 
 
34 
 
acordo. O que acha de encerrarmos o assunto?"). Se ele continuar, 
você fica em silêncio. 
Se você praticar o suficiente, você pode tornar-se forte o suficiente e 
quando ouvir algo que nao seja apropriado, que te deixa 
desconfortável, ou um pedido descabido, dê uma pausa, respire, e, 
em seguida apenas dê seu veredicto sem explicação: Não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, 
de qualquer forma, você tem toda a razão." (Henry Ford) 
 
 
 
35 
 
CONCLUSÃO 
Nós somos as protagonistas de nossas histórias. E se, por algum 
motivo, ainda não sente que está nesse estágio em sua vida, o 
momento de mudar esse cenário é agora. Tudo começa com uma 
intenção e aos poucos. Determine que esse é o seu objetivo: 
encontrar a sua voz, e comece agora mesmo; um passo de cada 
vez. Pois se eu consegui, você também pode e merece! 
Busque ser transparente, honesto e objetivo. 
Assertividade é um direito e, como já vimos, uma via de mão dupla. 
Aprenda a ouvir Não, receber críticas e feedbacks, com serenidade 
e a respeitar o espaço do outro. AfinaI, ninguém é perfeito e o 
aprendizado é constante. Aceitar a assertividade do outro faz de 
você uma pessoa mais assertiva e fortalece o seu Eu verdadeiro. 
Assertividade vai permitir que seus relacionamentos, 
pessoais e profissionais, sejam mais autênticos. 
Aposte no autoconhecimento. Invista em si mesmo. Aprenda a se 
conhecer, a conhecer seus sentimentos, pensamentos, desejos e 
valores. Assim, poderá ser mais honesto consigo mesmo, firme e 
seguro em suas relações. Mas o melhor de tudo isso, é que, 
conhecendo a si mesmo e sendo mais verdadeiro com seus valores, 
você com certeza será mais feliz. 
Eu acredito que somente podemos ser felizes quando vivemos o 
nosso potencial, valorizando quem somos, o que sentimos e 
contribuindo com o bem maior deste mundo. Não precisamos fazer 
 
 
36 
 
coisas vultosas. Se conseguirmos fazer o bem a nós mesmos e às 
pessoas próximas a nós já estaremos fazendo mais do que muita 
gente. 
Pense. Reflita. Coloque em prática. Saia da arquibancada! Ouse 
sonhar e a escrever as histórias que realmente deseja para sua vida. 
E, acima de tudo, seja o protagonista de suas histórias e acredite na 
felicidade, porque você merece! 
Não sabe por onde começar? Está se sentindo paralizado? Busque 
por ajuda, não desista de você! 
Sua felicidade é sua responsabilidade.Viemos ao mundo para agregar. 
Eu já estou torcendo por você! Um forte abraço. 
Creusa Brigatti 
 
 
 
 
 
 
 “Faça a descoberta de si mesmo, e aos poucos você 
descobrirá que é mais seguro e compensador valorizar-
se.” (Clarice Lispector) 
 
 
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Creusa Brigatti – Coach de Bem Estar e certificada no método 
ARTbundance Creative Coaching Process, Mestre em Arteterapia 
(Concordia University-Canadá), mestre em PNL e em 
Desenvolvimento do Potencial Humano. É também formada em 
Letras e especialista em tradução. Nos últimos 11 anos, dedica-se à 
formação e supervisão de arteterapeutas, ministra palestras e 
workshops, no Brasil e no exterior, sobre o papel das artes, da 
criatividade e da espiritualidade no reencontro com o Eu 
Verdadeiro, para a resolução de conflitos e traumas, e para a 
ressignificação de nossa jornada. Atende online e presencialmente 
em Campinas, SP, onde reside. 
 creusa@porquevocemerece.com