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Online 6 Redemocratização

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Online 6 Redemocratização (1974-1988)
Introdução
Nesta aula, vamos entender como se deu o processo de abertura política, quando as instituições democráticas voltaram a fazer parte do cenário político do país. Vamos entender processos políticos como Anistia e Diretas Já. Além disso, vamos acompanhar a eleição do primeiro Presidente civil desde o golpe de 1964 e a criação da Constituição de 1988. Bons estudos!
Em nossa aula, discutiremos o processo de abertura política, que ocorreu no Brasil entre 1974 e 1988. Por este processo, a ditadura civil-militar foi gradualmente desarticulada, enquanto se reimplantava um regime democrático.
Como diversos processos sociais e políticos, este também teve falhas.
A partir da observação desta imagem, comente que falhas você imagina que tenha havido no processo de Abertura, sabendo que o cartaz foi produzido na década de 2010.
O fato de não ter havido transparência quanto aos desaparecidos políticos e não se ter cobrado responsabilidades a quem se deve de direito.
Pelo cartaz, vemos que ainda existem muitos presos políticos da ditadura desaparecidos ainda hoje. Isto significa que estas pessoas foram mortas pelo governo, mas este não foi responsabilizado.
 As famílias, diante disto, ficaram sem qualquer direito, nem mesmo o mais básico: enterrar os restos mortais de seus parentes.
No início da aula você assistiu Elis Regina cantando O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc. Na voz de Elis essa música se tornou o “hino” da Anistia, por ser cantada enquanto os exilados pela ditadura desembarcavam nos aeroportos, finalmente voltando a seu país.
Versos como “Meu Brasil, que sonha com a volta do irmão do Henfil/ De tanta gente que partiu num rabo de foguete” traduziam a euforia dos brasileiros naquele momento.
Finalmente, a ditadura dava mostras de estar chegando ao fim. Contudo, a letra também lembrava que a esperança é uma equilibrista e “em cada passo dessa linha pode se machucar”.
Ou seja, embora entusiasmadas com a nova situação, as pessoas ainda temiam retrocessos e represálias. Apesar disso, era importante seguir. Afinal, “a esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar”.
Nesta aula, você poderá acompanhar o processo que permitiu que situações como estas acontecessem.
O que estava em jogo no processo de Abertura? Até onde os militares aceitariam dar vazão à liberdade? Que cara teria a “Nova República” que nascia depois de 21 anos de ditadura? Vamos ver tudo isso agora.
Abertura
Em 1973, o Brasil ainda estava sob a ditadura civil-militar. Neste ano, foi eleito para a Presidência (ainda indiretamente) o general Ernesto Geisel, que daria início ao processo de abertura política – ou seja, a ditadura teria fim.
 Este processo, contudo, aconteceria de forma “lenta, gradual e segura”. O que teria levado Geisel a tomar essa decisão?
Em primeiro lugar, é preciso apontar o fim do “Milagre Econômico”. Você recorda que, na aula 5, abordamos este momento de grande crescimento que levou a uma onda de euforia? A onda, no entanto, acabaria rapidamente.
Devido a uma crise internacional causada pela alta do preço do petróleo, a economia brasileira sofreu um grande baque. Diante desta situação, ficou claro que o “milagre” dependia de um contexto internacional favorável, e que não se sustentaria.
Fora isso, é preciso nos lembrarmos de que tal política não era revertida em ganhos sociais. Por certo que as classes média e alta eram beneficiadas pelo aumento do poder de consumo, todavia os menos favorecidos não tiveram a sua parte no “milagre”.
O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) procurou dar continuidade ao primeiro PND, tentando, em vão, contornar a crise. Como o investimento em tecnologia de ponta era muito caro, o plano apenas serviu para elevar a inflação a níveis nunca alcançados na História do Brasil contemporâneo.
Em paralelo ao insucesso financeiro, estava o vazamento de informações sobre as prisões, torturas e assassinatos ocorridos ao longo da ditadura, sobretudo durante os Anos de Chumbo.
O caso Vlado
Um caso exemplar foi a morte do jornalista Vladimir Herzog (Vlado, como era conhecido pelos amigos).
 Em 1975, foi anunciado oficialmente seu suicídio, supostamente ocorrido na cela em que estava detido. Vlado havia sido preso no dia anterior, sem que a causa desta prisão fosse esclarecida.Observe ao lado a fotografia disponibilizada pelos órgãos oficiais.
O caso Vlado foi uma exceção. A maioria dos presos políticos mortos durante a ditadura foram dados como “desaparecidos” e um número grande continua nesta situação ainda hoje.
Sobre esse tema, leia o trecho a seguir:
Os desaparecimentos de oponentes políticos sucederam-se com extrema frequência: entre 1964 e 1981 são 341 pessoas que desapareceram nos porões dos órgãos de repressão [...].
Em 1971, o ex-deputado Rubens Paiva, da antiga Frente Parlamentar Nacionalista, é sequestrado em sua casa e desaparece; no mesmo ano, Stuart Angel, filho da figurinista Zuzu Angel, é brutalmente torturado e seu corpo jogado no mar – em 1976, Zuzu, incansável na busca do corpo do filho, morre em um acidente não explicado; [...] (Silva, in: Linhares, 1990. p. 371).
A partir da leitura do trecho, você pode perceber que Vlado, Rubens Paiva e Stuart Angel são apenas exceções. Afinal, foram casos em que a responsabilidade oficial pela morte (e a própria morte) vieram à tona.
O caso não passaria de curiosidade das páginas policiais, se em menos de um mês os editores de um jornal alternativo não tivessem publicado uma reportagem investigativa sobre o tema.
Nela, apontavam as incongruências da versão oficial, indicando a possibilidade de o suicídio ser uma farsa. Ou seja, denunciavam que Vlado tinha sido morto pela ditadura.
Como a polícia política não teve como refutar a denúncia, o caso virou notícia nacional, causando muita comoção.
O início do processo de Abertura
Levantamentos recentes apontam mais de 400 casos de “desaparecimentos”, um número que ainda pode aumentar.
Mesmo sem assumir a totalidade de crimes cometidos pelo DOI-CODI ou pelo DOPS (órgãos responsáveis por espionagem, prisão e tortura), em nome da Lei de Segurança Nacional, o Presidente despediu os responsáveis pela morte de Vlado.
Embora pequeno, esse gesto já indicava alguma mudança em relação ao que havia antes: a total impunidade.
Em tal contexto, em que até os ditadores assumiram a responsabilidade pelos crimes contra os direitos humanos, mesmo aqueles que ainda admiravam a ditadura começaram a vacilar.
Você se lembra do que conversamos, na aula 5, sobre a importância do “consentimento” da população para que uma ditadura seja sustentada? Se não, que tal relembrar?
A ditadura civil-militar no Brasil não foi imposta a todos os brasileiros: havia muitos que a desejavam e apoiavam. Ou seja, “consentiam” que ela existisse. A partir desta informação, você logo consegue imaginar o que aconteceria com a ditadura se ela perdesse este apoio, certo?
Se pensou na palavra “fim”, acertou! Com a crise do “Milagre Econômico” e constantes denúncias de tortura e assassinatos, a maioria dos brasileiros passa a desejar que a ditadura acabe.
Daí a explicação para o processo de Abertura. Ainda no governo Geisel, o AI-5 seria revogado. Isto significava que muitos dos direitos civis e políticos que os brasileiros haviam perdido em 1968 eram agora recobrados.
Mas a ditadura não acabaria tão simplesmente. Como vimos antes, a Abertura seria “lenta, gradual e segura”. Você já deve ter entendido que a expressão se referia à segurança dos ditadores, e não à da população.
Desse modo, é digno de nota o fato de que a desmontagem da ditadura tenha sido realizada por quem estava no poder, sempre em uma negociação desigual, que garantiu mais benefícios a eles do que ao restante dos brasileiros.
Ou seja, mesmo sem apoio, os ditadores continuavam a ter grande poder de barganha, sobretudo devido ao aparato de repressão, que ainda causava temor. 
Mesmo assim, muitos brasileirosestavam se envolvendo cada vez mais na causa da democratização.
Anistia ampla, geral e irrestrita
Antes de começarmos a comentar a luta pela Anistia no Brasil, que tal observar estas imagens?
Manifestação popular em São Paulo, pedindo a “Anistia ampla, geral e irrestrita”, em 1979.
O que significa a palavra “anistia”?
Anistia é o ato do poder legislativo pelo qual se extinguem as consequências de um fato que em tese seria punível e, como resultado, qualquer processo sobre ele. É uma medida ordinariamente adotada para pacificação dos espíritos após motins ou revoluções. É um perdão geral.
(1- Perdão de crimes em geral, voltados a um conjunto vasto de pessoas, sem julgamento caso a caso. Muito usado em caso de crimes políticos.)
2- A partir da observação do cartaz, você diria que a Anistia estava relacionada à que práticas da ditadura?
As práticas de repressão, ao fato das pessoas não poderem se manifestar e às práticas da tortura, pois elas saíam do país para não serem presas, torturadas e até mesmo assassinadas, por estarem questionando a Ditadura.
(O cartaz faz referência a “processos políticos”, à “repressão” e à “Lei de Segurança Nacional”. Como esta lei era usada para justificar a repressão, podemos concluir que a Anistia era pedida para os processos políticos referentes a pessoas que lutaram contra a repressão.)
Que sentido você imagina que tenha a expressão “ampla, geral e irrestrita”?
Que a anistia deveria ser dada a todos os exilados políticos, independente de quem fosse, sem restrições, a todos os crimes políticos.
(A expressão nos remete ao conjunto de pessoas que poderiam ser beneficiadas pela lei; sem restrições, a lei abarcaria mais tipos de crimes políticos e, em consequência, mais pessoas.)
A campanha
Agora que você já observou as fotos e respondeu às questões, já tem uma ideia do que foi a campanha “Anistia ampla, geral e irrestrita”. 
Ela começou em 1978, mobilizando amplos setores da sociedade em movimentos de massa, como você pode verificar na fotografia vista na atividade.
Assista ao vídeo abaixo sobre a lei de Anistia e a volta dos exilados (pessoas obrigadas a sair do país por conta da repressão):
Após ter assistido ao vídeo, você possui informação suficiente para interpretar a charge acima. Diante disso, diga o que entendeu.
Pelo vídeo, ficamos sabendo que a Lei de Anistia também atribuiu perdão aos crimes cometidos pelos torturadores.
 Na charge, um “carrasco” (torturador, assassino) festeja o fato de que a Anistia seria “restrita”. Ou seja, não seria completa. Afinal, sem a punição dos crimes cometidos pelos torturadores, a justiça não seria feita.
Enfim, o Brasil poderia vivenciar a emoção com a volta dos exilados e a libertação de alguns presos. 
Contudo, os condenados por envolvimento com a luta armada ainda não teriam a anistia. Além disso, os torturadores recebiam anistia junto com aqueles que haviam torturado.
Desse modo, não podemos considerar que a vitória da Anistia tenha sido completa, certo?
Agora, vamos mudar um pouco de assunto. No vídeo a que você acabou de assistir, reparou que os parentes e amigos dos exilados cantavam O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, canção que foi comentada no início da nossa aula?
Através deste exemplo, você percebe que as relações entre arte e política continuavam estreitas.
Uma das grandes falhas da lei de Anistia foi ter permitido que torturadores também fossem anistiados.
Interprete a charge, procurando identificar se seu autor, Carlos Latuff, concorda com essa afirmação.
R: Sim, pois identifica que os torturadores que tanto mal fizeram, receberam anistia do quê? Por terem matado, torturado, desaparecido e prendido quem lutava por uma democracia.
A charge apresenta um militante de esquerda nu, com as mãos atadas e hematomas pelo corpo. Ao seu lado, um militar torturador, uniformizado e em perfeitas condições físicas.
De cada lado, formulários nos mostram que, enquanto os militantes foram torturados, perseguidos e executados (mortos), os torturados nunca sofreram nada parecido.
Logo, não estariam em condições de igualdade e não mereciam o mesmo tratamento pela lei de Anistia. Logo, o chargista concorda com a afirmação.
Mas será que só se produzia arte engajada no Brasil?
 Para descobrir, basta continuar a leitura!
Artes e mídia
Resistência
O período abordado pela nossa aula vai até o fim dos anos 1980. Aqui, no entanto, vamos tratar das artes e mídias apenas até o fim dos anos 1970. Na próxima aula, conversamos sobre os anos 1980.
Na aula 5, tratamos um pouco de teatro, cinema e música durante a ditadura. Lá, observamos as pretensões dos artistas comprometidos com o nacional-populismo em conhecer e politizar os “homens simples”, você se lembra?
Como a Censura ainda não estava sistematizada, nesse período foram visados, sobretudo, os artistas e obras de arte próximos da UNE e do CPC.
Depois de 1968, contudo, a repressão sobre a arte engajada aumentou bastante. Uma área particularmente visada foi a música.
Compositores como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil tiveram muitas canções proibidas ou foram obrigados a mudar versos ou palavras. Por conta de constantes ameaças, os três – entre muitos outros artistas – foram para o exílio, mas voltaram ainda nos início dos anos 1970.
Canções censuradas
Cálice é uma canção de autoria de Chico Buarque. Como é anunciado pelo apresentador, é uma canção de 1973, mas só estava sendo exibida ao público, naquele contexto, em 1978.
Certamente, você já desconfia da causa desta diferença de tempo, não? Sim, Cálice havia sido censurada.
Meu caro amigo também é uma canção de Chico, em parceria com Francis Hime. O vídeo, de 1976, é igualmente fruto da Abertura.
Por essas canções, podemos ter uma ideia do caráter da “arte engajada” dos anos 1970.
Assista à execução das duas canções abaixo. Ambas usam linguagem cifrada para comentar o contexto repressivo do país. Ouça com atenção e aponte os trechos que passam uma “mensagem cifrada” sobre a ditadura.
Nas duas canções, há muitos versos que poderiam aparecer aqui.
Em Cálice, a ideia básica é de repressão e silêncio. O verso “Pai, afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue” joga com a sonoridade do título da canção: a palavra “cálice” também poderia ser ouvida como “cale-se”. Além disso, “tinto de sangue” é quase uma referência explícita à tortura.
Já Meu caro amigo é a carta de alguém que permaneceu no país enquanto seu amigo estava fora, no exílio. A ideia básica é resumida pelo verso “mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui está preta”. Ou seja, a situação era pesada, perigosa. Típica dos “Anos de Chumbo”.
Outras artes
Já menos comprometida com as ideias nacional-populistas, preferiam focar na crítica velada à ditadura. Estas características podem ser apontadas em diversas outras áreas, como o teatro e as artes plásticas.
No primeiro caso, se destacam os grupos Oficina e Arena, ambos de São Paulo. Com peças altamente politizadas, procuravam chamar o público à interação, com fins de conscientizá-lo da realidade política brasileira, em um método de encenação conhecido como “brechtiano” (por seguir as ideias de Bertolt Brecht).
Durante os Anos de Chumbo, seus idealizadores – José Celso Martinez Corrêa e Augusto Boal, respectivamente – também foram para o exílio.
Nas artes plásticas, a repressão não foi menor. Contudo, ainda assim alguns artistas conseguiram se manifestar contra o sistema. Criticavam não apenas a ditadura, mas também o capitalismo e os comportamentos conservadores.
Outras artes
Nas artes, alguns nomes, entre os muitos que poderíamos citar, são Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Lygia Clark e Rubens Gerchman.
A seguir, você pode ver dois exemplos, em que os artistas buscaram, através da experimentação de novos suportes para suas obras (uma bandeira e uma cédula), atacar convenções sociais.
Observe as obras com atenção e procure identificar o que elas discutem e criticam:Já que falamos de marginalidade, vale dizer que esta foi uma das ideias mais fortes em determinada vertente artística dos anos 1970.
Alguns movimentos adotaram o termo em suas denominações, como Cinema Marginal e Poesia Marginal, mas outros apenas dialogaram com a ideia básica que apontamos anteriormente para tratar da obra de Oiticica.
Você já deve ter percebido que o mundo das artes é muito vasto e que poderíamos fazer uma aula inteira só com ele, certo? Contudo, como não temos este espaço aqui, então precisamos parar.
Mas, se você tem interesse por este tema, pesquise mais! Procure conhecer os artistas e suas obras, além de procurar saber se estas têm alguma relação com a política.
A resistência da mídia
Agora, vamos mudar um pouco de área, para tratar das mídias. Como vimos na aula 4, a imprensa, o rádio e a TV sempre agiram a partir de posicionamentos políticos.
Após os anos 1950, contudo, estes ficaram menos evidentes, por conta da tentativa de privilegiar a objetividade. Mas você não deve se esquecer de que, mesmo “disfarçados”, eles ainda estavam lá.
Durante a ditadura, não foi diferente. Houve canais que sempre apoiaram o governo, recebendo benefícios por conta disto, e aqueles que ousaram burlar a Censura. Observe a imagem ao lado.
Aparentemente, não há nada demais em um jornal publicar poesia, certo? Errado! O que chamava a atenção do leitor é que os versos de Os Lusíadas, de Camões, não estavam em um caderno de literatura ou de cultura. Eles apareciam nas partes dedicadas à economia ou à política.
Percebeu como funcionava o “drible”? Mesmo que o leitor continuasse sem ter acesso à notícia censurada, ao menos ele desconfiaria que algo diferente dos versos deveria ter sido publicado ali. Não se dizia o que tinha sido censurado, mas, de forma indireta, denunciava-se a censura.
Às vezes, a Censura era implacável até mesmo com órgãos que apoiavam o governo. A Rede Globo, por exemplo, que foi fundada no mesmo ano em que a ditadura civil-militar e sempre apoiou o regime.
Contudo, em 1975 precisou cancelar uma novela que já estava em fase avançada de produção: Roque Santeiro, que só seria realizada dez anos depois. O motivo? O autor, Dias Gomes, era declaradamente comunista, e procurava fazer críticas à ditadura através da novela.
Talvez você tenha se perguntado: se a Rede Globo apoiava a ditadura, por que manter um autor comunista entre seus funcionários?
Segundo algumas interpretações, esta era uma estratégia da emissora para manter certa aparência de liberalidade. Contudo, os autores deveriam se manter “neutros” ou efetuarem críticas leves, que pudessem ser aceitas pelo serviço de Censura.
Já que começamos a tratar de novelas, que tal passarmos a falar do principal motivo de sua produção – o entretenimento?
A seguir, conversaremos sobre o “desbunde”, gíria dos anos 1970 para se referir àqueles que tinham abandonado a luta política para se entregar aos prazeres que a década tinha para oferecer.
“Desbunde”
O período ditatorial, apesar de marcado pela arte e pela mídia engajadas, também apresentou muitas formas de puro entretenimento. 
Cinema, música, teatro, TV: fossem nacionais ou importados, muitos produtos pretendiam não mais do que divertir.
Aproveitando que já nos referimos à censura de Roque Santeiro, podemos continuar no ramo das novelas. 
No lugar da obra proibida, foi feita outra, às pressas: Pecado capital, de Janete Clair (que, por sinal, era esposa de Dias Gomes). Apesar da pressa, a trama fez um enorme sucesso.
Aqui, vamos privilegiar as manifestações brasileiras, mas lembre-se que, em nosso país, o consumo da produção norte-americana é tão grande que podemos praticamente nos considerar um país bilíngue.
O ano de 1976 foi o primeiro em que o Brasil parou por conta de um final de novela. Todos queriam saber qual seria o destino de Carlão, o protagonista interpretado por Francisco Cuoco.
Para o regime militar, uma novela como esta era bem mais interessante do que Roque Santeiro. Afinal, era para isto que elas serviam: entreter o público. Enquanto esperava pelo último capítulo, ninguém pensava em política.
Sim, as novelas eram um dos meios pelo qual alguém poderia “desbundar”...Claro que aqui estamos simplificando um pouco o processo. Sabemos que existem pessoas capazes de gostar de novelas e, ao mesmo tempo, de política. Já foi o tempo em que se acreditava que a comunicação de massa só serviria à alienação.
Mas, como vimos que algumas novelas poderiam ser exibidas e outras não, entendemos que aquelas que distraíam mais do que informavam eram preferidas pelo regime.
 Em todo caso, é importante você perceber o poder de comunicação que essa mídia tinha alcançado: se usada para educar, em vez de apenas entreter, poderia ser uma arma poderosa.
Na aula 4, tivemos a oportunidade de conversar sobre o início da TV no Brasil, na década de 1950, lembra? Naquele tempo as coisas eram bem diferentes, não é mesmo?
Ao longo dos anos 1960, o veículo conseguiu encontrar uma linguagem própria, afastando-se do teatro, do rádio e do cinema, que haviam sido sua inspiração.
Agora, já tinha se expandido e conquistado um público amplo (que, antes, era o do rádio e do cinema). E tinha encontrado nas novelas um de seus produtos mais bem-sucedidos.
As novelas podem ser usadas para se comentar a sociedade brasileira, pois sempre dialogam com o que está acontecendo no momento. Através delas, podemos identificar a face que o Brasil deseja ver refletida no espelho. E, o mais importante: também percebemos a face que ele gostaria de esconder.
Só para deixar claro o que afirmamos, vamos usar uma novela para apresentar mais uma forma de desbunde: as discotecas. Dancin’ Days, novela de Gilberto Braga, foi responsável por popularizar esta forma de diversão no fim dos anos 1970.
Trata-se de uma relação de alimento mútuo: a existência das discotecas gerou inspiração para a novela que, por sua vez, ajudou a divulgá-las. Consideradas um dos espaços mais modernos de lazer no período, atraíram públicos os mais diversos, de todas as classes. 
A onda “disco”, produzida nos Estados Unidos, suplantou a música brasileira, não apenas nas boates, mas também nas paradas de sucesso das rádios.
Uso de drogas no período
As discotecas foram um dos lugares que favoreceram a popularização do uso das drogas sintéticas e da cocaína – outra válvula de escape para o clima repressivo da ditadura.
Claro que o uso de drogas em geral antecede em muito tempo a popularização da moda “disco”, mas o contexto e a forma de consumo eram outros.
No início dos anos 1960, era comum o uso da maconha, como forma de contestação da “moral e dos bons costumes”. Ela entrava no pacote junto com o uso da minissaia, o abandono do sutiã e o sexo antes do casamento.
Já no fim da década, as drogas sintéticas – como o LSD – passaram a ser usadas como forma de “abrir as portas da consciência”, principalmente no âmbito do movimento hippie, mas não só.
Já o uso de drogas nos ambientes “disco” não precisava de qualquer desculpa: visava apenas o prazer, assim como o sexo com muitos parceiros, sem preocupações com compromissos considerados fora de moda, como o namoro ou o casamento.
Décadas agitadas, não? Claro que você deve levar em conta que tudo de que tratamos aqui não deve ser entendido em termos absolutos.
Houve pessoas que atravessaram os anos 1960 e 1970 sem usar drogas ou manter relações sexuais antes do casamento. Outras não aderiram à moda “disco” e continuaram fiéis ao movimento hippie.
Outras ainda conseguiram conciliar a experimentação de novas vivências (como sexo, drogas e “disco”) com a luta política.
A questão da diversidade brasileira
Enfim, vale atentar à ideia de diversidade. O Brasil do século XX, sobretudo depois dos anos 1950, é uma sociedade complexa. Isto significa, entre outras coisas, que é muito difícil classificar os brasileiros.
Você, por exemplo, seria capaz de se definir escolhendo apenas um conjunto de características? Ou apenas uma “tribo”?
Para encerrareste assunto, é importante que você entenda algo fundamental: a arte e os meios de comunicação de massa poderiam ser usados para a simples diversão ou para convidar os espectadores a pensar.
Contudo, nem sempre estas duas possibilidades estiveram separadas. Muitas vezes produtos aparentemente feitos apenas para entreter foram capazes de ajudar as pessoas a repensar o país, a política e as suas vidas.
Agora, vamos mergulhar novamente nos movimentos políticos e na arte engajada.
Diretas já!
O movimento parcialmente vitorioso em prol da Anistia animou os brasileiros, que começaram a se mobilizar para exigir a volta das eleições diretas para Presidente.
Daí, o nome do movimento que ganhou força em 1984: “Diretas Já”.
A ideia era que as eleições presidenciais, em 1985, já se realizassem com voto popular.
Antes de chegarmos às Diretas Já, porém, precisamos entender como havia sido o governo de Figueiredo. 
Você se lembra de que ele assumiu prometendo manter a Abertura, mesmo que fosse através da repressão, certo? De fato, seu mandato foi dedicado a desarticular a ditadura.
Isso, porém, não acontecia porque o Presidente tivesse pendores democráticos. A ditadura, na verdade, estava insustentável, já que a inflação atingia níveis cada vez mais altos ao longo da década de 1980. Você se lembra da insatisfação geral que o fim do “milagre” causou nos brasileiros, não?
Ainda neste período houve demonstrações de repressão e censura.
Em 1981, um show pelo Dia dos Trabalhadores, no Riocentro, no Rio de Janeiro, foi marcado pela explosão de uma bomba em um carro, que matou um homem, deixando outro ferido.
Embora grupos de esquerda tenham sido responsabilizados, logo ficou claro que as bombas se destinavam aos espectadores do show, e seria instalada pelos dois agentes que estavam no carro.
Para a sorte dos que assistiam ao show, a bomba explodiu antes da hora. O atentado havia sido planejado por setores conservadores do governo, que pretendiam, com ele, convencer o Presidente de que a repressão ainda era necessária.
Já no ano seguinte, a banda Blitz, de B-rock (rock brasileiro, sobre o qual conversaremos na próxima aula) teve duas faixas de seu álbum de estreia censuradas. No lugar de não registrá-las no vinil, a gravadora optou por arranhar as faixas no disco, deixando clara a existência da repressão.
Mas, apesar destes eventos, que já poderiam ser considerados isolados e raros, o clima era mesmo de retorno à democracia.
Um processo fundamental para entendermos as pressões pela Abertura são as greves do ABC paulista, iniciadas no fim dos anos 1970 e ganhando força nos anos 1980.
Os operários da região do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), liderados por Luís Inácio da Silva, mais conhecido como Lula, mobilizaram o apoio nacional da população.
Além de lutarem por melhores salários e condições de trabalho, também engrossaram o coro dos que exigiam as Diretas Já.
Diante destas pressões, o governo permitiu a volta do pluripartidarismo. Este fato, claro, representava um avanço em direção à democracia. Os dois partidos até então existentes foram fechados, gerando novos arranjos políticos.
Os conservadores da ARENA foram para o Partido Democrático Social (PDS), liderado por José Sarney, ex-UDN e fiel ao regime.
O MDB, a única oposição consentida durante a ditadura, transformou-se em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
O PMDB, contudo, não abarcou todas as linhas de esquerda. Os políticos liberais de centro fundaram o Partido Popular (PP), enquanto a bancada trabalhista se dividiu em três: PTB, PDT e PT.
O PTB, o mesmo que já existia no Período Democrático, ressurgiu com força concentrada em São Paulo.
O PDT (Partido Democrático Trabalhista), sob a liderança de Leonel Brizola, plantou bases no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Finalmente, o Partido dos Trabalhadores (PT), sob a liderança de Lula, se articula em torno do movimento sindicalista, atraindo também socialistas e grupos de esquerda não reformista. Sua fundação foi feita na esteira das greves do ABC que, como vimos, haviam conseguido atrair a simpatia do país. Diante dessa divisão das esquerdas, os militares ainda pensavam ter conseguido desarticular a oposição. Imaginavam que, com tantos partidos, nenhum conseguiria força para eleger um candidato. Contudo, as eleições de 1982 para os governos dos estados contrariaram as expectativas: a oposição ganhou em dez localidades. Diante disto, a ideia das Diretas Já ganhou força, atingindo o ápice no ano de 1984, véspera das eleições para Presidente.
Assista ao vídeo ao lado sobre a campanha e o resultado da votação das propostas pela Câmara dos Deputados:
Depois de assistir ao vídeo, comente o contraste entre a postura das pessoas no comício e no Plenário da Câmara, quando ouvem o resultado da votação.
No comício era de esperança e na Câmara de que a luta continuaria, para que se instalassem as diretas já. (No comício, as pessoas parecem confiantes e esperançosas. No Plenário, a decepção é evidente, com algumas pessoas chorando. No entanto, outras ainda gritam: “A luta continua!”.).
O clima da campanha
O vídeo que você assistiu nos dá uma boa ideia do clima das Diretas Já. 
Nele, podemos ouvir a cantora Fafá de Belém entoando mais um exemplo de arte engajada: Menestrel de Alagoas, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Trata-se de uma homenagem ao político Teotônio Vilela, que, apesar de ter iniciado a carreira em partidos conservadores, como a UDN e a Arena, defendia a redemocratização. Durante as Diretas Já, Teotônio já havia passado para a oposição.
Também podemos ver outras figuras que levantaram a bandeira da Redemocratização, ganhando destaque nos anos 1980: Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Leonel Brizola e Lula.
O resultado da campanha não foi o esperado, mas ainda havia uma solução: como o Brasil continuaria tendo eleições indiretas, a esperança residia na escolha de um candidato da oposição. Como você deve ter reparado, todos os Presidentes do período ditatorial eram militares filiados à Arena.
Logo, o candidato do PMDB se tornaria o favorito. Tancredo Neves foi escolhido por sua moderação política e capacidade de dialogar com os adversários.
Prova disto foi a escolha do vice, José Sarney, que fora líder da Arena, presidente do PDS (partido que substituiu a Arena) e agora fazia parte da coligação Aliança Democrática, formada pelo PMDB e dissidentes do PDS.
As eleições tiveram um bom resultado: Tancredo foi eleito, acenando para uma definitiva transição entre a ditadura e a democracia. Para tanto, havia a promessa de se instalar, rapidamente, uma Assembleia Nacional Constituinte.
Mas, para decepção profunda dos brasileiros, Tancredo adoeceu vindo a falecer antes de assumir o cargo.
Desse modo, José Sarney, mais identificado com a ditadura do que com a oposição, se tornaria o primeiro Presidente civil do período. Contudo, não deixou as promessas de Tancredo de lado, logo acenando com a Constituição.
A Constituição cidadã
Como temos visto ao longo de nossas aulas, a troca de Constituições é típica de nossa História. Depois dos AIs e da Constituição autoritária de 1967, finalmente o Brasil teria uma Constituição que novamente prezasse a democracia.
Ulysses Guimarães, líder da Assembleia Nacional Constituinte, batizou a nova carta de “Constituição cidadã”, devido ao fato de garantir direitos políticos e civis negados durante 21 anos (e mesmo antes).
Até hoje, é esta a Constituição do Brasil, o que indica a continuidade institucional desde a Abertura. Ou seja, a democracia vem sendo mantida pelos sucessivos governos desde então.
Antes de chegarmos à Constituição, que tal saber como estava se saindo o primeiro Presidente civil da ditadura?
O governo Sarney foi marcado pelas altas da inflação, atingindo níveis assustadores. Os preços aumentavam, literalmente, da noite para o dia. 
O trabalhador, assim que recebia seu salário, deveria correr para fazer as compras do mês, pois no dia seguinte o dinheirojá valia menos.
Por conta disto, o governo investiu no Plano Cruzado, criando uma nova moeda (que emprestou o nome ao plano) e investindo no congelamento de preços.
O Cruzado valia mil Cruzeiros, que era a moeda antiga. Além disso, o governo garantiu o recebimento adiantado do salário, estimulando o consumo.
No início, o plano foi bem sucedido, garantindo a eleição de 22 governadores do PMDB, havendo apenas uma exceção em todo o país.
Ainda em 1986, contudo, o plano já dava mostras de desgaste, fazendo faltar produtos nas prateleiras e levando pequenos comerciantes à ruína.
A tentativa do Plano Cruzado II de restabelecer a normalidade econômica, liberando os preços dos produtos, levou novamente às altas taxas de inflação, que assim permaneceram até o fim de seu mandato.
Não era bem isso que os brasileiros esperavam de um regime democrático, concorda?
Mas se, pelo aspecto econômico, o governo Sarney deixou marcas bastante negativas, na política ele cumpriu tudo que se esperava de um governo comprometido com a Abertura.
O Presidente encontrou-se com líderes de esquerda, legalizou partidos proibidos, como o PCB e o PC do B, e incentivou a incorporação de garantias individuais ao exercício da democracia na nova Constituição.
A Assembleia Nacional Constituinte, presidida por Ulysses Guimarães, como já vimos, redigiu uma Carta que teria na proteção ao cidadão e no reforço democrático suas características mais fortes.
Além disso, estabeleceu as eleições diretas, o voto dos analfabetos e o voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos. Também consolidou o fim da Censura nas artes e meios de comunicação.
É digno de nota o fato de que a própria Constituição dificulta emendas, o que atrapalha a governabilidade, mas gera uma proteção contra governos autoritários.
Para entender bem como funciona esse mecanismo, você deve lembrar-se de que os AIs usados no início da ditadura civil-militar para aumentar o poder dos golpistas eram, na prática, emendas à Constituição de 1946.
Apesar desta proteção, em sua História de mais de 25 anos, a Constituição sofreu emendas, mas sempre através de processos complexos e demorados.
Em nossa próxima aula, discutiremos a vida dos brasileiros sob a nova Constituição até a atualidade.
Atividade de revisão:
Um dos assuntos que debatemos em nossa aula foi o crescente poder de influência exercido pela TV no Brasil.
O gráfico a seguir está relacionado a esse debate: apresenta a quantidade de aparelhos de TV no Brasil das décadas de 1950 e 1960.
 Depois de uma leitura atenta dos dados apresentados, responda: que diferenças básicas há entre a TV da década de 1950 e a da década de 1960?
R: Antes a TV não era tão influente, pois não atingia a grande parte da população, já que era cara e somente a classe média alta tinha acesso à mesma! Com o tempo a TV foi popularizada, mais pessoas passaram a possuir uma e sua influencia passou a atingir a uma maior parcela da população.
( É nítido, pelo gráfico, o crescimento acelerado do número de aparelhos de TV no país ao longo dos anos 1960. Além disso, a TV conseguiu encontrar uma linguagem própria, herdada do teatro, do rádio e do cinema. Enfim, seu poder de influência cresceu substancialmente.
Na década anterior, além de ainda serem artesanais e pouco atraentes, os programas de TV chegavam a um número muito reduzido de lares. Mesmo assim, já demonstravam ter algum poder de convencimento, o que aumentou bastante nos anos 1960.)

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