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resumo Direito Penal I -Márcia Leardini

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Direito Penal
Conceito de Direito Penal
Quais condutas são consideradas crimes e fará sanções para essas condutas
Conceito de direito penal objetivo- parte do ordenamento jurídico que é responsável por definir as características do fato punível e a sua consequência jurídica como 
PENA ou MEDIDA DE SEGURANÇA 
O Direito Penal é uma parte do ordenamento jurídico que define as características do fato punível, então quais seriam as características do fato punível
PENA e MEDIDA DE SEGURANÇA como consequência jurídica 
Tipo penal- Tipologia, descrição de um comportamento 
O legislador tipifica na lei o que ele quer proibir
 
Ex- Uma pessoa mata outra em legitima defesa, a conduta dela não deixa de ser igual a descrita na lei, a conduta é a mesma, mas vai existir alguma característica na sua conduta que vai ter que se amoldar a alguma previsão da lei penal que vai afastar o caráter criminoso da conduta, conduta típica mas nao será crime
Então crime não é apenas definir na lei os comportamentos que o legislador quer proibir ex- crime de furto que uma mãe comete para o filho, subtrai para outrem, a conduta dela é típica, porem a mãe furtou para um bem maior, a vida
Ou seja, para ser crime não basta estar definido na lei penal
O que é o Direito Penal? Parte do ordenamento jurídico que define a característica do fato punível
O DP define as características do fato que será punido e também determinar a consequência jurídica para quem pratica o comportamento com todas as características do fato punível 
Se o comportamento não contem todas as características a consequência jurídica não virá, nem pena e nem medida de segurança, mas se contempla todas as características pode ser determinada a consequência jurídica desse comportamento
Medida de segurança – uma escolha do legislador para dar segurança a sociedade e ao autor da conduta onde se cumpre ao complexo medico penal. Ou medida de tratamento medico 
As características do fato punível serão definidas na norma, norma define o crime
Direito penal Subjetivo- identificar quem tem o poder de punir, identifica o detentor do direito de punir, o Único detentor do direito de punir penalmente é o ESTADO
Direito penal Objetivo- Define o crime e a pena
Missão função do direito penal
Crime é um fenômeno social presente em todas as sociedades do mundo 
A sociologia não estuda a lei penal, ela estuda o fenômeno do crime sobre outros aspectos como, o que leva um legislador a escolher alguns comportamentos como crime e outros não 
Proposito que entrega a essa área do direito, o que se pretende produzir com o direito penal
Missão do Direito Penal é de exclusiva proteção dos bens jurídicos 
Função do direito penal
Aquilo que efetivamente se produz com ele 
Efeito do direito penal na sociedade
O que eu efetivamente alcanço 
Bens Jurídicos- Surgem a partir de consensos sociais- bem da vida material ou imaterial que seja essencial para o desenvolvimento do indivíduo nos aspectos de sus personalidade em sociedade, essencial para o desenvolvimento como individuo.
Bens- Normas- Conduta das pessoas 
Nem todo bem jurídico merece tutela penal
O direito penal protege bens jurídicos 
Podemos extrair da constituição quais são os bens essenciais para desenvolvimento do individuo
Claus Roxin- Missão do direito penal é exclusiva proteção de bens jurídicos, se a conduta do sujeito não ferir um bem jurídico merecedor de tutela penal não pode ser crime, se aconduta não produz nada relevante deixa fora fo Direito Penal- menos interventor
A pena quando aplicada deve ter caráter preventivo para o direito penal
Para Roxin, a pena produz prevenção do crime, previne o crime, dividida em duas. 
Prevenção Geral Positiva- Pro Roxin só pode ser positiva, para ser democracia, confiança na norma , quem viola a norma sofre as consequências, previne comportamento, pois ela vai causar impressão pedagógica , a norma protege um bem jurídico relevante 
 ≠
Prevenção Geral Negativa- A norma produz medo, direito penal seria a retiubuicao do mau com mau pelo Estado, medida de vingança do estado, a pena teria função meramente retributiva
Prevenção Individual ou especial positiva -Recai sobre aquela pessoa que suporta a pena, a pena nao pode ser meramente retributiva
Quem está nas cadeias violou a norma, a norma que protege o bem jurídico, bens jurídicos que são essenciais para proteger a dignidade humana
A pena nao pode ser um suplício, senão vira negativa
Não pode haver criminalização de conduta que não produza lesão ou perigo ao bem jurídico 
Para Claus Roxin, para poder criar um crime, primeiro tem que identificar qual é o bem merecedor de tutela penal 
Roxin diz que a missão do direito penal é fazer o desvalor de resultado, o DP pune pelo resultado da ação que você produziu ou gerou risco de produzir
Valora negativamente a ação quando produz risco ao bem jurídico 
Hans Wezel- A proteção de bem jurídico seria secundariamente protegida pelo direito penal, o DP só atua após a lesão ao bem jurídico. Proteção da consciência etica social e 
Consciência etica e depois bens jurídicos 
O direito protege valores, os bens jurídicos, o que reconhecemos como valor é o que está na consciência etica social 
Violar ou não o bem jurídico não é o mais importante para justificar uma intervenção do direito penal, o mais importante é violar a consciência etica social 
Para proteger um bem jurídico eu crio um comando, para proteger o bem jurídico vida eu crio o comando não mate
O Direito Penal e a consciência etica social primeiro, depois bem jurídico
 A consciência etica é criada pela sociedade 
A consciência pode ser violada por religião 
Pune mais que o Roxin
Consciência criada por uma cultura, a sociedade vai elaborando uma forma de viver
A consciência é o que é certo para sociedade
Identifica o desvalor de ação, o DP vai agir não pelo resultado que você produziu, mas pela ação que praticou e violou a consciência etica social 
Desvalor é valorar negativamente
O resultado pode acontecer ou não 
Em uma democracia o Direito Penal deve ser menos interventor 
Desvalor de resultado é o menos interventor 
O Direito Penal Brasileiro adota tanto o desvalor de ação como o desvalor de resultado, com preferência ao desvalor de resultado, por ser menos interventor
DP brasileiro sempre parte de um Bem Jurídico para criar um tipo penal 
No DP Brasileiro a diferença da pena nos crimes culposos e dolosos é expressão do desvalor de ação 
BEM JURÍDICO
Lesão- pena é maior
Perigo de lesão- pena menor 
- isso é desvalor de resultado 
Art 14
Crime
Culposo- Não queria ao resultado, produziu sem querer, não assume o risco de produzir
Doloso- Quer o resultado ou não, não se importa se acontecer, insiste na conduta
Art. 17 crime impossível, desvalor de resultado
Características do Direito Penal
O DP é um ramo do direito público 
Área do direito no plano vertical, Estado e cidadão 
Bens jurídicos tutelados pelo direito penal
Garante que não vivemos em uma guerra
O caráter publico do direito da força a Direito Penal
Criminaliza a justiça pelas próprias mãos para ele ter o poder do julgamento
Coercitivo e altamente interventor
Excepcionalmente constitutivo, já era ilícito em alguma área do direito, so trouxe para o direito penal
Não cria ilicitude, traz para o direito penal
O DP é a ultima ratio
Fragmentário, O DP é um ilha de ilicitude, pinça algumas mais graves e coloca na ilha, não pega tudo. 
Sancionador , apenas
Coercitivo, impõe sobre o sujeito 
Protetivo, proteger bens ou valor 
Garantidor – garante 
Classificação do Direito Penal
Fundamental- encontra a base do DP, constituição e código penal Art. 5 inc.78
Complementar- O que complementa, lei complementar, crimes fora do código 
Lei especial- é especifico, dirigido a uma categoria especial de pessoas, código penal militar 
Comum- é aquele dirigido a generalidade das pessoas
Objetivo- positivado na lei
Subjetivo – indentifica o detentor ius puniendi, poderde punir 
Principios limitadores do poder punitivo do estado 
- Direito penal clássico, século 18, foram as ideias iluministas que lançaram as ideias deste princípio( ideias absolutistas, modelo estatal, e eles se opuseram ao soberano)
- Direito penal clássico nasce depois da Rev Francesa
-Origem histórica 
-Liberalismo econômico, não intervenção do estado
- A sociedade atual pune o dano, a tentativa de dano e o perigo de dano
- Devem se submeter ao Zut Gust, espirito do tempo, reinterpretação do direito no passado e no presente 
LEGALIDADE -Toda intervenção estatal se submete ao principio da legalidade 
O princípio da legalidade, conhecido por meio da expressão nullum crimen, nulla poena sine lege, que significa que 'não há crime, nem pena, sem lei anterior que os defina', é muito importante no estudo do Direito, sendo um norteador para leis e dispositivos.
 - O estado apenas se relaciona com o cidadão pela legalidade
- Ancelmo Von de Fuerbah- escreveu o tratado de DP alemão. Defendeu que toda intervenção penal estatal deve estar prevista em lei 
- nullum crimen, nulla poena sine lege, que significa que 'não há crime, nem pena, sem lei anterior que os defina',
Fonte da lei material - lei ordinária federal, somente a união pode legislar em matéria penal
 As 4 funções do Principio da legalidade 
Princípio da anterioridade da lei penal
 A lei penal não pode retroagir para alcançar os atos praticados antes da sua vigência 
Exceção- Retroatividade da lei penal mais benéfica 
 Legalidade previa- Exige que a lei penal esteja vigendo antes das condutas. Focada na segurança juridica sobre aos limites do meu agir na sociedade e os limites do estado 
Legalidade escrita 
Impede o uso da costumes para punir ou criar crimes
Direito 
Consuetudinario- costumes 
Escrito – positivado , não impede o uso de costumes para interpretar a lei, impede se a criação da lei pelos costumes *Os costumes só podem ser usados em bonam parte, em malam parte não pode 
Legalidade estrita
Proíbe a incriminação com base na analogia, comparação entre semelhantes. 
 A analogia só pode ser usada em bonam parte 
Legalidade certa
Impede a criação de tipos penais como uso de expressões vagas ou sem significado semântico único. Uso de costumes e analogias a favor 
Princípio da intervenção mínima 
- Estado mínimo, iluministas 
- Todos os outros princípios se relacionam com a intervenção mínima
- A subsidiariedade decorre do PIM
- O Princípio da Subsidiariedade é um princípio legal que determina caber ao direito penal ou ao estado resolver um conflito apenas se nenhum outro meio civil for capaz de resolve-lo.
- Fragmentariedade: O direito penal só deve se ocupar com ofensas realmente graves aos bens jurídicos protegidos. O direito penal não cuida de tudo que é ilícito, apenas os mais relevante
Intervenção mínima VS vedação da proteção deficiente 
- O Estado reconhece que deve proteger os meus bens 
 Princípio da culpabilidade 
- A responsabilidade penal é SEMPRE pessoal e SEMPRE subjetiva, ou seja, sempre depende da verificação de dolo ou culpa, nunca é objetiva 
- Caso fortuito é irrelevante para o DP, mesmo sem culpa haverá indenização
- A pena só atinge a pessoa do sentenciado
- Responsabilidade pelo fato , o direito penal não pune modos de vida
- Direito penal de fato X Direito penal de Autor 
- Individualização da pena 
- Presunção de inocência
 Principio da lesividade ou ofensividade 
- Não é todo o tipo de lesão que o Direito penal vai tutelar 
- Precisa ser grave e é preciso que haja a lesão, não poder ser o pensamento. 
-“não há crime sem lesão”
- Dano, lesão ao bem jurídico, matou ou causou dano
-Perigo de dano, violação ao princípio, não podemos esperar o dano aos bens jurídicos acontecerem 
- O que violaria esse princípio seria o excesso legislativo na criação de crime de perigo
 
4 Funções do principio da lesividade 
Proibir a incriminação de atitudes internas- pensamento não pode ser punido , cogitação do crime 
 Proíbe a incriminação de meros estados existenciais - punir pelo que fez não pelo o que é) direito de fato e não de autor 
Proíbe a incriminação de conduta que não ultrapassam a esfera do próprio agente 
Proíbe a incriminação de condutas que não afetem qualquer bem jurídico de relevância penal 
Principio da insignificância 
- Não são autônomos, decorrem do principio da lesividade 
-O tipo penal descreve um modelo de conduta
-A lei descreve a conduta que viola a norma 
Mínima ofensividade da conduta do agente
Nenhuma periculosidade da ação
Pequeno grau de reprovação
Inexpressividade da lesão jurídica
 
Para ser condenado deve ter 3 requisitos 
-Conduta típica 
-Anti juridica 
-Culpabilidade
O principio da lesividade confere materialidade ao tipo
-Materialidade- percebe-se pelos sentidos, existência do fato o tempo espaço 
- A lesão é perceptível 
- Exige lesão ao bem jurídico, descrever a lesão ao bem jurídico, a materialidade é a lesão ao bem jurídico 
Tipicidade material- Lesão ao bem jurídico tutelados, não existe tipo penal sem um bem jurídico merecedor de tutela
Tipicidade Formal- descrição da lei, lei é forma, da a forma de fazer de como fazer ou não fazer as coisas 
*Quando o crime é insignificante sai a tipicidade material, sem tipicidade material não tem crime 
Requisitos
- O princípio da insignificância exige a configuração de 3 requisitos definidos pela jurisprudência 
1)Mínima ofensividade da conduta 
2)Mínima ou inexistência de periculosidade da conduta 
3)Inexpressividade da lesão juridica 
Principio da Adequação social 
- Aquilo que é socialmente aceito, não pode ser penalmente punido, mesmo que a conduta seja, em algumas hipóteses, formalmente típica, e que tenha produzido uma lesão importante ao bem jurídico 
* A lesão ao bem jurídico, quando admitida pela vitima, na esfera de sua disponibilidade, não pode ser penalmente punida, pois assim o DP intervem demais na sua vida
Princípio da humanidade das penas 
- A dignidade da pessoa humana não permite que a sanção penal seja utilizada pelo Estado como modelo de intimidação social. Esta dignidade exige que o ser humano seja o fim da atividade estatal, jamais um meio para alcançar determinado resultado. A pena deve ter caráter pedagógico, não podendo se igualar a crueldade com a conduta que mereceu a punição Art. 5 
A pena não pode ser eterna 
	 Giovanna Falavinha

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