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TCC ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AEE

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F3 - FACULDADE ASSOCIADA BRASIL 
MARINALVA ROSALINO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS E A SUA INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Polo Itapevi
2016
 F3 - FACULDADE ASSOCIADA BRASIL 
MARINALVA ROSALINO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS E A SUA INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Monografia apresentada como exigência parcial de avaliação para conclusão do Curso de pós-graduação em Atendimento Educacional Especializado (AEE). Apresentado à F3 - Faculdade Associada Brasil, como requisito parcial à obtenção do título de especialista em Atendimento Educacional Especializado na Educação sob a supervisão do (a) orientador (a)_____________________
Polo Itapevi
2016
 F3 - FACULDADE ASSOCIADA BRASIL 
MARINALVA ROSALINO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS E A SUA INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
APROVADA EM ______/______/_______
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
ORIENTADOR
_______________________________________
PROFESSOR (A)
________________________________________
PROFESSOR (A)
A Deus, que é digno de toda honra, glória e louvor.
A minha família pela força, que não me deixou desistir.
Ao meu esposo pelo apoio.
Aos meus filhos pela compreensão.
A todos que, colaboraram para que eu chegasse até aqui.
Rosalino, Marinalva 
Curso: Curso de pós-graduação em ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
F3 - FACULDADE ASSOCIADA BRASIL
Orientação: 
Páginas: 40
Monografia apresentada como exigência do curso de Pós-Graduação (lato sensu) para obtenção do título de Especialista em AEE
Palavras-chave: EDUCAÇÃO – INCLUSÃO - CRIANÇA
Agradeço imensamente: 
A Deus, meu Senhor, que é digno de toda honra, glória e louvor, que me ajudou em todos os momentos, dando-me condições para fazer desse sonho uma realidade. 
Aos meus pais, que sempre lutaram incansavelmente, pela minha educação. 
Aos meus filhos 	e meu esposo, que com paciência e compreensão soube entender os meus momentos de ausência.
Ao corpo docente do Curso de Atendimento Educacional Especializado da F3 - Faculdade Associada Brasil - que com a transmissão de seus conhecimentos, fez-me reconhecer que fiz a escolha certa, pela orientação, paciência, atenção e dedicação dispensadas a mim.
E a todos aqueles, que com palavras, gestos e orações contribuíram para que eu estivesse aqui.
"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades."
 	Hallahan e Kauffman
RESUMO
Muitas vezes não sabemos como devemos nos comportar quando nos deparamos com alguém com alguma deficiência. Talvez a falta de formação adequada nos coloque em algumas situações desconfortáveis no nosso dia a dia e este trabalho tem como objetivo mostrar o desenvolvimento do professor dentro da sala de aula com alunos especiais. 
Trazendo para a nossa realidade a questão da inclusão dentro da escola levantando quais são as nossas expectativas como professor e quais são as expectativas dos alunos e da comunidade como expectadores do trabalho desenvolvido. 
O objetivo da nossa pesquisa junto com os autores foi mostrar a importância da formação continuada para atender a essas pessoas, levantando aqui questões de acessibilidade e locomoção. 
Nós como professores saímos da graduação preparada para trabalhar com a inclusão? Com certeza não, mas cabe aos professores especializar-se na sua área desejada. Mesmo com a escola abrindo as portas para a inclusão nos dias de hoje ainda há muito no que avançar é claro respeitando os limites e o seu modo de pensar e agir.
O planejamento do professor de educação especial não deve ser diferente do professor de classes regulares, pois, num sentido mais amplo, deve atender a todos. É importante que os professores, demais alunos e famílias se adaptem ao meio que a criança inclusa está inserida, dando a devida importância para tamanha contribuição na vida escolar dessa criança.
Ao analisarmos essas dificuldades, sentimos grande necessidade de rever conceitos e a formação adequada para os professores, levantando suas dificuldades em sala de aula, tentando viabilizar melhores condições para o seu trabalho e trazendo para o meio escolar um aproveitamento melhor de ambas as partes. 
Este trabalho é baseado na dificuldade do educador, analisando os desafios que enfrentam os professores diante dos alunos com necessidades educacionais especiais, porque as escolas não oferecem subsídios para se trabalhar com esses alunos e suas dificuldades. 
É um desafio a todos, principalmente aos profissionais de educação, que têm de fato, que atender esses educandos com qualidade, para que os objetivos e o desenvolvimento aconteçam, fazendo com que a sociedade valorize a diversidade humana.
Palavras-chaves: CRIANÇA - ARTE – SALA DE AULA - CRIATIVIDADE
 
ABSTRACT
We often do not know how we should behave when we come across someone with a disability. Perhaps the lack of adequate training puts us in some uncomfortable situations in our day to day and this work aims to show the development of the teacher within the classroom with special students.
Bringing to our reality the issue of inclusion within the school by raising our expectations as a teacher and what are the expectations of the students and the community as spectators of the work developed.
The objective of our research together with the authors was to show the importance of continuing education to attend to these people, raising here questions of accessibility and locomotion.
Do we as teachers leave the graduation prepared to work with inclusion? Certainly not, but it is up to the teachers to specialize in their desired area. Even with the school opening the doors for inclusion these days, there is still a lot to go on, of course, respecting the limits and the way you think and act.
The planning of the special education teacher should be no different from the teacher of the regular classes, since, in a broader sense, he must attend to all. It is important that teachers, other students and families adapt to the environment that the included child is inserted, giving due importance to such a contribution in the school life of this child.
When analyzing these difficulties, we feel a great need to review concepts and adequate training for teachers, raising their difficulties in the classroom, trying to make better conditions for their work and bringing to the school a better use of both parties.
This work is based on the difficulty of the educator, analyzing the challenges faced by teachers in the face of students with special educational needs, because the schools do not offer subsidies to work with these students and their difficulties.
It is a challenge for all, especially education professionals, who have to meet these students with quality, so that goals and development take place, making society value human diversity.
Keywords: CHILD - ART - CLASSROOM - CREATIVITY
SUMARIO 
INTRODUÇÃO
Quando se fala em inclusão, há de se esperar que o termo aconteça de modo a tornar a vida das pessoas cada vez mais com qualidade. 
O trabalho tem como tema: Portadores de Necessidades Especiais e sua inclusão na escolar regular e, para tanto, buscará trazer subsídios que auxiliem os educadores no atendimento aos alunos portadores de necessidades educativas especiais. Sua relevância consiste no fato de que, a partir das considerações aqui expostas, pode-se refletir acerca do que é a inclusão e de como se deve incluir para que o portador de necessidades educativas especiais tenha uma vida digna e com qualidade.
A criança quenasce com alguma deficiência ou que a adquire no decorrer da sua vida tem no seu cotidiano uma série de dificuldades. São muitos obstáculos e muitos desafios a serem alcançados. Não é apenas a deficiência apresentada que torna o aprendizado, às vezes, difícil, mas também e, principalmente, a atitude da sociedade em relação às suas dificuldades. Nesse sentido, sofre a criança, diante de todos esses preconceitos e sofre a família, que geralmente não encontra muito apoio nas instituições por onde passa.
Os objetivos do trabalho consistem buscar subsídios para os educadores que atuam com alunos portadores de necessidades especiais além de mostrar como, de fato, a inclusão acontece no cotidiano brasileiro. Também e buscará apresentar as principais maneiras de atuação dos professores diante de alunos portadores de necessidades especiais. 
O trabalho buscará responder aos seguintes questionamentos: como incluir um aluno portador de necessidades educativas especiais na escola regular? As escolas possuem estrutura física para atender a estes alunos? Através da inclusão os alunos portadores de necessidades educativas especiais têm todo o desenvolvimento de que necessitam? Que atendimentos e orientações são destinados aos pais desses alunos?
A escola é uma instituição aberta a todos, é um direito de todos adentrar na escola e nela permanecer, tendo a sua individualidade respeitada. Portanto, este ambiente deverá estar preparado para atender a todos os alunos, independente das suas dificuldades. O espaço escolar deve ser adequado para os portadores de necessidades educativas especiais e nãos os estudantes que têm que adequar-se ao espaço escolar.
O trabalho foi realizado através da pesquisa bibliográfica. Foram pesquisados sites, revistas, livros e periódicos que tratam sobre a inclusão e sobre o atendimento dentro das escolas aos portadores de necessidades educativas especiais. Em seguida fez-se a seleção daqueles que são de interesse para o trabalho.
Dividiu-se o trabalho em três capítulos. O primeiro capítulo trata sobre a inclusão do aluno portador de necessidades educativas especiais na escola regular, ressaltando como estão estruturadas as escolas que recebem estes alunos. 
A segunda parte do trabalho ressaltará a importância que é dada ao tema inclusão dentro das instituições escolares, bem como ao que dizem as leis sobre o tema em questão. 
A terceira e última parte do trabalho trata sobre a parceria que deve ser estabelecida entre a escola e a família, ressaltando-se a importância do atendimento que se destina à família do aluno portador de necessidades educativas especiais. 
CAPITULO 1
1. A INCLUSÃO
Entendemos por Inclusão o ato ou efeito de incluir.
O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes.
 O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. 
Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. 
No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido as resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas.
Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência. Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, o movimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.
Tais crianças deverão fazer atividades no contra turno escolar.
Hoje as pessoas especiais têm seus direitos garantidos por várias leis basta estar cientes delas. Não são mais consideradas doidas. E sim pessoas especiais, estão incluindo na sociedade, no trabalho, em concursos tem 5% das vagas, em moradia, novelas, em escolas, etc. O mundo está adaptando á essas pessoas os ônibus, calçadas, escolas, etc.
1.1. A ADAPTAÇÃO DO SISTEMA EDUCATIVO 
A adaptação do sistema educativo a crianças com necessidades especiais deve procurar:
Incentivar e promover a aplicação das tecnologias da informação e comunicação ao sistema de ensino. Promover a utilização de computadores pelas crianças e jovens com necessidades especiais integrados no ensino regular, criar áreas curriculares específicas para crianças e jovens de fraca incidência e aplicar o tele-ensino dirigido a crianças e jovens impossibilitados de frequentar o ensino regular.
Adaptar o ensino das novas tecnologias às crianças com necessidades especiais, preparando as escolas com os equipamentos necessários e promovendo a adaptação dos programas escolares às novas funcionalidades disponibilizadas por estes equipamentos.
Promover a criação de um programa de formação sobre a utilização das tecnologias da informação no apoio às crianças com necessidades especiais, destinados a médicos, terapeutas, professores, auxiliares e outros agentes envolvidos na adequação da tecnologia às necessidades das crianças.
1.2. PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
Estas perspectivas históricas levam em conta a evolução do pensamento acerca das necessidades educativas especiais ao longo dos últimos cinquenta anos, no entanto, elas não se desenvolvem simultaneamente em todos os países, e consequentemente retrata uma visão histórica global que não corresponde ao mesmo estágio evolutivo de cada sociedade. Estas perspectivas são descritas por Peter Clough.
O legado psicomédico: (predominou na década de 50) vê o indivíduo como tendo de algum modo um deficit e por sua vez defende a necessidade de uma educação especial para aqueles indivíduos.
A resposta sociológica: (predominou na década de 60) representa a crítica ao legado psicomédico, e defende uma construção social de necessidades educativas especiais.
Abordagens Curriculares: (predominou na década de 70) enfatiza o papel do currículo na solução - e, para alguns escritores, eficazmente criando - dificuldades de aprendizagem.
Estratégias de melhoria da escola: (predominou na década de 80) enfatiza a importância da organização sistêmica detalhada na busca de educar verdadeiramente.
Crítica aos estudos da deficiência: (predominou na década de 90) frequentemente elaborada por agentes externos à educação, elabora uma resposta política aos efeitos do modelo exclusionista do legado psicomédico.
1.3. PERSPECTIVA ATUAL - CONVENÇÃO DA DEFICIÊNCIA
Um acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006 em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência, o qual realça, no artigo 24, a Educação inclusiva como um direito de todos. O artigo foi substancialmente revisado e fortalecido durante as negociações que começaram há cinco anos. 
Em estágio avançado das negociações, a opção de educação especial (segregada do ensino regular) foi removida da convenção, e entre 14 e 25 agosto de 2006, esforços perduraram até os últimos dias para remover um outro texto que poderia justificar a segregação de estudantes com deficiência. 
Após longas negociações, o objetivo da inclusão plena foi finalmente alcançado e a nova redação do parágrafo 2 do artigo 24 foi definida sem objeção. Cerca de sessentadelegações de Estado e a Liga Internacional da Deficiência (International Disability Caucus), que representa cerca de 70 organizações não governamentais (ONGs), apoiaram uma emenda proposta pelo Panamá que obriga os governos a assegurar que as medidas efetivas de apoio individualizado sejam garantidas nos estabelecimentos que priorizam o desenvolvimento acadêmico e social, em sintonia com o objetivo da inclusão plena. 
A Convenção preliminar antecede a assembleia geral da ONU para sua adoção, que se realizará no final deste ano. A convenção estará então aberta para assinatura e ratificação por todos os países membros, necessitando de 20 ratificações para ser validada. A Convenção da Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.
CAPITULO 2
2. EDUCAÇÃO
Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos dessas, responsável pela sua manutenção, perpetuação, transformação e evolução da sociedade a partir da instrução ou condução de conhecimentos, disciplinamentos (educar a ação), doutrinação, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade, ou seja, é um processo de socialização que visa uma melhor integração do indivíduo na sociedade ou no seu próprio grupo.
Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes. 
A prática educativa formal — que ocorre nos espaços escolarizados, que sejam da Educação Infantil à Pós-Graduação — dá-se de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar.
De acordo com a UNESCO a educação também é exercida para além do ambiente formal das escolas e adentra em outras perspectivas caracterizadas como: educação não formal e educação informal. Segundo a organização, a partir das Conferências Internacionais de Educação de Adultos - CONFINTEA  compreende-se por educação não formal todo processo de ensino e aprendizagem ocorrido a partir de uma intencionalidade educativa mas sem a obtenção de graus ou títulos, sendo comum em organizações sociais com vistas a participação democrática. 
E educação informal como aquela ocorrida nos processos quotidianos sociais, tais como com a família, no trabalho, nos círculos sociais e afetivos.
No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica. Outra prática seria a da Educação Científica, que dedica-se ao compartilhamento de informação relacionada à Ciência (no que tange a seus conteúdos e processos) com indivíduos que não são tradicionalmente considerados como parte da comunidade científica. 
Os indivíduos-alvo podem ser crianças, estudantes universitários, ou adultos dentro do público em geral. A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica, e se ajusta a forma considerada padrão na sociedade.
CAPITULO 3
3. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A Educação Especial é o ramo da Educação que se ocupa do atendimento e da educação de pessoas com deficiência, preferencialmente em escolas regulares, ou em ambientes especializados tais como escolas para surdos, escolas para cegos ou escolas para atender pessoas com deficiência mental. 
Dependendo do país, a educação especial é feita fora do sistema regular de ensino. Nessa abordagem, as demais necessidades educativas especiais que não se classificam como deficiência não estão incluídas. Não é o caso do Brasil, que tem uma Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e que inclui outros tipos de alunos, além dos que apresentam deficiências.
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenas a um tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. 
O ensino especial tem sido alvo de críticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por outro lado, a escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores especializados. 
O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.
O termo "educação especial" denomina tanto uma área de conhecimento quanto um campo de atuação profissional. De um modo geral, a educação especial lida com aqueles fenômenos de ensino e aprendizagem que não têm sido ocupação do sistema de educação regular, porém têm entrado na pauta nas últimas duas décadas, devido ao movimento de educação inclusiva. 
Historicamente, a educação especial vem lidando com a educação e aperfeiçoamento de indivíduos que não se beneficiaram dos métodos e procedimentos usados pela educação regular. Dentro de tal conceituação, no Brasil, inclui-se em educação especial desde o ensino de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, passando pelo ensino de jovens e adultos, alunos do campo, quilombolas e indígenas, até mesmo o ensino de competências profissionais. 
Dentre os profissionais que trabalham ou atuam em educação especial, estão educador físico, professor, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, psicopedagogo, entre outros. 
Sendo assim, é necessário antes de tudo, tornar reais os requisitos para que a escola seja verdadeiramente inclusiva, e não excludente.
CAPITULO 4
4. A CRIANÇA
Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até doze anos de idade.
A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-segundo ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na aquisição das bases de sua personalidade
CAPITULO 5
5. CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 
Crianças com necessidades especiais são aquelas que, por alguma diferença no seu desenvolvimento, requerem certas modificações ou adaptações complementares ou suplementares no programa educacional, visando torná-las autônomas e capazes serem mais independentes possíveis para que possam atingir todo seu potencial. 
As diferenças podem advir de condições visuais, auditivas, mentais, intelectuais ou motores singulares, de condições ambientais desfavoráveis, de condições de desenvolvimento neurológico, psicológico ou psiquiátrico específicos.
Reuven Feuerstein afirma que a inteligência pode ser "ensinada". A Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural, elaborada por ele, afirma que a inteligência pode ser estimulada em qualquer fase da vida, concedendo ao indivíduo (mesmo considerado inapto) a capacidade de aprender. Seu próprio neto (portador de síndrome de Down) foi auxiliado por seus métodos. 
No Brasil, muitas são as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com necessidades especiais, dificuldades de acessibilidade e falta de tecnologias assistivas, principalmente nas escolas que estão realizandoa inclusão de alunos com deficiências no ensino regular.
Ser uma criança especial é ser uma criança diferente, e essa diferença está também no professor atuante na área ou seja fazer e ser diferente.
CAPITULO 6
6. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE
O Atendimento Educacional Especializado, ou AEE, é um serviço da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, de caráter complementar ou suplementar à formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares no ensino regular. É realizado no turno inverso ao da sala de aula comum nas salas de recursos multifuncionais[3]. O atendimento na sala de recursos multifuncionais não é um reforço escolar, visa desenvolver as habilidades dos alunos nas suas especificidades, sendo importante a realização de um plano de desenvolvimento individual (PDI).
CAPITULO 7
7. A ESCOLA
A escola é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de professores. A maioria dos países têm sistemas formais de educação, que geralmente são obrigatórios. Nestes sistemas, os estudantes progridem através de uma série de níveis escolares e sucessivos. 
Os nomes para esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário) para os adolescentes que concluíram o fundamental. Uma instituição onde o ensino superior é ensinado, é comumente chamada de faculdade ou universidade.
Além destas, os alunos também podem frequentar outras instituições escolares, antes e depois do ensino fundamental. A pré-escola fornece uma escolaridade básica para as crianças mais jovens. As profissionalizantes, faculdades ou seminários podem estar disponíveis antes, durante ou depois do ensino médio. 
A escola também pode ser dedicada a um campo particular, como uma escola de economia ou de música, por exemplo.
Há também escolas particulares, que podem ser exclusivas para crianças com necessidades especiais, quando o governo não as fornecer, tais como escolas religiosas, ou as que possuem um padrão mais elevado de qualidade de ensino, ou buscam fomentar outras realizações pessoais. 
Escolas para adultos incluem instituições de alfabetização, de treinamento corporativo, militar e escolas de negócios.
7.1. A ESCOLA DE ENCONTRO ÀS NECESSIDADES DO ALUNO ESPECIAL
Quando a escola recebe um aluno portador de necessidades educativas especiais, deve estar preparada para atender às suas necessidades. Algumas orientações são norteadoras para que a atuação vá de encontro ao que cada sujeito necessita.
Quando a escola recebe um aluno que apresente deficiência auditiva, se faz necessário que na escola exista um professor ou um monitor que seja especializado na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Pois para que a comunicação com a criança aconteça é importante que o professor da sala e as demais crianças aprendam a comunicar-se através da Língua Brasileira de Sinais.
No caso de alunos que utilizam aparelho auditivo, o professor da sala deverá obter junto à família da criança o funcionamento e a potência do aparelho utilizado. Para que o aprendizado aconteça mais sistematicamente, o professor também poderá fazer uso de representações gráficas. Outro fator importante se refere à comunicação direta com o aluno, pois todos devem falar sempre de frente para ele, o que facilita a compreensão da situação comunicativa.
Quando o aluno atendido apresentar dificuldades visuais existem determinados materiais que devem ser usados para que as situações de aprendizagem sejam realmente significativas para ele: o uso de regletes ( uma espécie de régua para escrever em braile). Se faz importante que o professor saiba como se dá o uso desse material, que seja capacitado para este fim.
 Algumas orientações que devem ser passadas para o aluno no que diz respeito à locomoção, comunicação e acessibilidade. É necessário, por exemplo, colocar cercados no chão, abaixo dos extintores de incêndio e também deve ser instalados corrimões nas escadas, caso existam escadas na escola. Também é importante que não se modifique a disposição dos móveis e utensílios da sala, pois o aluno aprende a posição em que se encontram e usa essa orientação para locomover-se na sala de aula.
Quando a escola recebe um aluno portador de deficiência física os espaços das escolas devem ser adequados as suas necessidades e não o contrário. Não é o aluno que deve adaptar-se à escola, mas sim a escola que deve ser adaptada para atende às necessidades do educando. A adaptação do espaço físico deve conter: rampas de acesso, barras de apoio e portas largas, móveis adequados para tender as necessidades do aluno.
No caso de alunos que fazem uso de cadeiras de rodas, deve-se atentar para que a posição seja mudada constantemente evitando desconforto e cansaço para o aluno. Se faz importante questionar aos pais do aluno se existem posições adequadas para ficar e o professor deve certificar no decorrer das aulas se esta posição está correta.
Nos casos em que a escola recebe alunos portadores de deficiência mental deve possuir uma equipe que possa realizar um acompanhamento individual e contínuo. Sabe-se que, geralmente os deficientes mentais têm dificuldades para operar idéias abstratas. 
O professor deverá receber todo o apoio dos profissionais especializados para que possa oferecer ao aluno condições de aprendizagem adequadas às suas necessidades, de modo que o mesmo tenha todas as suas potencialidades desenvolvidas.
Existem algumas posturas que devem ser adotadas pelos educadores para favorecer o aprendizado e crescimento do aluno, tais como: posicionar o aluno já nas primeiras fileiras de modo que possa está a todo instante está sempre atento a ele; estimular o aluno a desenvolver habilidades interpessoais e ensiná-lo a pedir instruções e solicitar ajuda; trata-lo de acordo com a faixa etária, somente deverá adaptar os conteúdos curriculares se receber orientações de uma equipe de apoio multiprofissional; avalie a criança sempre com base no seu crescimento individual e respeitando o que ela é capaz de fazer até aquele momento, sem jamais comparar o seu desenvolvimento com o dos demais colegas da sala. 
CAPITULO 8
8. O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE A INCLUSÃO
Talvez o que deixe o professor mais preocupado, seja a insegurança em relação à sua inexperiência, já que nos cursos superiores aprendeu apenas a lidar com a teoria e não teve acesso às práticas pedagógicas, diretamente com alunos especiais. No que consiste à educação, o dia a dia da escola e da sala de aula exigem que o professor seja capaz de organizar as situações de aprendizagem considerando a diversidade dos alunos. 
Essa nova competência implica a organização dos tempos e dos espaços de aprendizagem, dos agrupamentos dos alunos e dos tipos de atividades para eles planejadas. É de extrema importância um planejamento flexível que se adapte de acordo com a necessidade e capacidade de cada um, o professor situa-se como mediador e facilitador na organização dos alunos, de forma que possibilite uma melhor interação, mesmo em níveis tão diferentes, incluindo a todos, seja na educação física, capoeira, teatro ou qualquer outra proposta pedagógica. 
O professor precisa repensar nas suas estratégias de ensino para não ficar preso ao espaço delimitado na sala de aula, faz se necessário repensar nas práticas pedagógicas até mesmo numa nova gestão da classe, porque ainda é muito forte a ideia de controle, principalmente quando se fala em delimitação de espaço físico. 
É de grande importância pensar não só no ambiente, como também no acesso e permanência nesse espaço como um todo, seja na escola como prédio ou até mesmo nas mesas e cadeiras, sempre utilizando os meios ofertados pela instituição.
Todos os materiais devem ficar aos cuidados apenas dos professores e nãoao alcance das crianças e a forma como o espaço físico é organizado também é definido por ele, pois é o professor que irá tomar partido da situação, seja ela qual for, pois o espaço realmente é de fundamental importância sendo um dos elementos essenciais na abordagem educacional. 
Talvez ainda seja preciso pensar na acessibilidade em relação ao espaço educativo: espaço tanto na cidade como na escola; espaço adequado para diferentes necessidades e diferentes idades; espaço organizado e adaptado. Segundo Mantoan (2009, apud SOARES; FIGUEIREDO, 2007, p.142), 
Compreender o espaço que cada um está inserido é compreender uma gama de possibilidades partindo da prática educativa dos professores”. 
A escola regular pode ser substituída pela escola das diferenças ou pela pedagogia da adversidade para ser capaz de organizar situações de ensino e gerar espaço em sala de aula capaz de incluir, com o intuito de que todos os alunos possam ter acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais oferecidas pelo âmbito escolar sem qualquer distinção. O professor como mediador deverá promover um ensino igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em inclusão não estamos falando só dos deficientes e sim da escola também, onde a diversidade se destaca por sua singularidade, formando cidadãos para a sociedade. 
[...] a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico. (MANTOAN,1997, p.120) 
É importante pensar no professor como agente transmissor de conhecimento que respeita as diferenças, e que cada aluno reage de acordo com a sua personalidade, seu estilo de aprendizagem, sua experiência pessoal e profissional, entre outras. 
O professor deverá estar atento às necessidades de cada aluno, para que a partir dessa observação possa auxiliá-lo nas dificuldades que o mesmo apresenta. É importante afirmar que nem sempre quando um aluno vai mal e toda a sala tem um desenvolvimento satisfatório, esse aluno apresenta algum tipo de deficiência. Deve-se considerar que, muitas vezes a forma como é ministrada a aula atinge determinados alunos, mas não foi a forma correta para atender a necessidade de aprendizagem de outro. Daí a importância do olhar sempre atento do professor.
CAPITULO 9
9. O PAPEL DOS PAIS FRENTE A INCLUSÃO
Para que se possa construir uma sociedade inclusiva é preciso antes de qualquer coisa, de toda uma mudança no pensamento das pessoas e na estrutura da sociedade, isso requer certo tempo, mas o que irá realmente nortear e desencadear essas mudanças nas pessoas é em um primeiro momento a real aceitação das pessoas com necessidades especiais, essa aceitação deve começar pela própria família.
Quando nasce uma criança diferente do que os pais imaginavam, esses ficam desesperados, sem rumo, sem saberem como agir, é como se o mundo caísse sobre suas costas, todos seus planos fossem por água abaixo, ficam se sentindo culpados por terem tido um filho (a) especial. Alguns, no início acabam tendo depressão, não aceitam a criança, as rejeitam etc.
Mas, como se diz, não dá pra rejeitar toda a vida, afinal, é sangue do seu sangue, é fruto de uma relação de amor, é uma vida nova que inicia, é uma benção de Deus e não se pode simplesmente desistir. Têm-se é que erguer a cabeça, aceitar e procurar toda ajuda possível, para oferecer o que estiver ao seu alcance para facilitar a vida dessa pessoa especial. 
Apoio da família, de médicos, especialistas, professores, município, etc. para que a criança possa se desenvolver por completo. Quanto mais cedo iniciar esse processo de consciência e apoio de todas as entidades a essa criança, maior e melhor será com certeza seu desenvolvimento e ela será feliz.
O que ocorre muitas vezes é um afastamento da família, e uma situação de total dependência dos médicos e demais profissionais:
Como ressalta Aranha, 2004:
Sabe-se, entretanto, que a família tem se encontrado, historicamente, numa posição de dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento, no sentido de receberem orientações de como proceder em relação às necessidades especiais de seus filhos.
A família deve buscar toda orientação que conseguir, no entanto, não podem transferir toda a responsabilidade de criação do filho a esses profissionais, tirando-a de suas costas, afinal de contas, o trabalho dos profissionais só irá obter sucesso se tiver o apoio e participação da família em casa. é difícil, sabe-se disso, com certeza não é fácil mesmo, mas é preciso haver esse enfrentamento e essa vontade para que se possa auxiliar essa criança que irá esperar e confiar plenamente nos pais para que possa melhor se desenvolver.
O poder público, por sua vez deve assegurar todo o atendimento nas áreas de saúde e educação para essa pessoa portadora de necessidades, e deve, além disso, promover a saúde física e mental não só da criança, mas de toda a família. 
O atendimento a gestante deve começar desde o pré-natal (onde já se podem detectar possíveis problemas) e deve seguir durante e após o parto e sempre que a família necessitar dos serviços.
Os sistemas de saúde devem divulgar, através de campanhas que atinjam toda a população, os cuidados que toda gestante deve ter para que possa ter uma criança saudável e para que já possa saber das possíveis limitações que seu bebê possa vir a ter, mas isso tudo é extremamente importante para que a mãe e toda a família em si já possam se acostumar com a idéia de ter uma pessoa com deficiência na família, para que possam aceitar e o quanto antes estudar a melhor  forma de atender todas as necessidades do novo membro da família.
Antigamente os pais não colocavam seus filhos especiais cedo na escola, pois achavam que não teriam capacidade de aprender, de se desenvolver, viviam no achismo de que a criança era repleta de limitaçõe, que o máximo que poderiam fazer era levá-la regularmente a médicos para acompanhar seu estado de saúde. 
Quando descobriam que eles precisavam também freqüentar escolas, espaços sociáveis, de interação, muitas vezes já era um pouco tarde e diversas habilidades que poderiam ter sido desenvolvidas, limitações que poderiam ter sido superadas não foram, pois o acesso a esses ambientes especializados foi tardio.
Neste sentido, Soares apud Gil (2001) ressalta:
Hoje na tentativa de assegurar a permanência de algumas crianças com necessidades especiais no ensino regular, percebo mais fortemente a importância de um trabalho junto às mães da população de baixa renda, uma vez que pobreza, infelizmente, está associada à falta de escolaridade e de acesso a determinadas informações, visando ao esclarecimento acerca da deficiência de seus filhos. 
Em meu dia-a-dia, tenho encontrado desde mães que acham que o problema de seu filho não tem solução, àquelas que acha que seu filho não tem problema algum, o que é muito mais grave. 
Os pais que não aceitam a deficiência de seu filho e nem acreditam em sua capacidade para superar as limitações, impedem que este tenha acesso à estimulação e ao atendimento educacional especializado".
Hoje em dia, os próprios médicos já fornecem os diagnósticos necessários e orientam as famílias a procurarem as escolas, APAEs, etc para fazerem o acompanhamento da criança desde sua mais tenra idade até o momento que for considerado necessário. As APAEs, principalmente, trabalham com bebês com poucos dias de vida, fazendo o trabalho que chama-se de estimulação precoce e também apoio aos pais.
Conforme Aranha,2004:
[...] A estimulação sensorial é essencial para seu desenvolvimento e contribui para prevenção de parte dos comprometimentos, quando ele tem, por exemplo
O que ocorria há alguns anos era que alguns "médicos", (entre aspas mesmo, pois nem poderiam ser assim chamados), descreviam aos pais um pré-diagnóstico para a vida inteira da criança, diziam de suas limitaçõescom total segurança, desestimulando dessa forma os pais a procurarem ajuda. Eles acabavam se conformando que a criança tinha limites muito claros (ditos pelo médico) e que não adiantava investir no filho (a). 
Felizmente, hoje, dificilmente encontra-se esse tipo de "profissional", pelo contrário o que se vê é a cada dia mais, pessoas de diversas áreas dispostas a estudarem e buscarem soluções para tornar a vida das pessoas com necessidades especiais cada dia mais próxima da dita "normal".
A ajuda das diversas entidades (APAE, grupos de apoio a pais de crianças com necessidades, psicólogas, etc) é de extrema importáncia para a família que se vê perdida ao saber da chegada de uma criança especial, muitas vezes o pai se afasta um pouco, as demais crianças da família sentem ciúme dos pais por eles terem (e com certeza) que se dedicarem mais ao cuidado do bebe especial, não por amá-lo mais que os outros filhos, mas porque muitas vezes requer realmente mais cuidados e atenção. Dessa forma muitas mães ficam sobrecarregadas de tarefas, acaba ficando depressiva, estressada, sob pressão constantemente.
A mãe tem que cuidar da casa, dos demais filhos, às vezes tem que trabalhar fora, tem que acompanhar o filho (a), e todos sabem que um filho assim requer visitas constantes a fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicólogo, médico, entre outros profissionais que às vezes faz-se necessário. Não se está querendo generalizar dizendo que todas as crianças com necessidades precisam de todos esses profissionais para atendê-los, mas com certeza a procura por ajuda de outras pessoas e profissionais é maior do que uma pessoa aparentemente saudável precise com tanta frequência.
Assim, Aranha (2004) afirma:
No entanto, "[....] Tudo isso pode ser transformado, se a família contar com um suporte terapêutico, onde deve ser trabalhado os sentimentos de cada segmento familiar e os padrões de relacionamento entre eles.
Pontua-se a releváncia de uma família unida, participativa, que realmente deseje o sucesso familiar, principalmente nos casos de crianças portadores de necessidades. 
Outro ponto importante aos pais é tentar tratar o filho (a) especial de maneira mais normal possível, deixando-o (a) que cresça naturalmente, que amadureça, crie responsabilidade, tenha noção dos direitos e deveres, do que é permito ou proibido. 
Essas noções são de extrema importáncia para a formação cidadã do indivíduo. Pois não é o fato de a pessoa possuir uma limitação que deverá ser tratado eternamente como um dependente, um "bebezão". Muitos pais erram justamente nesse ponto, nunca imaginam que seus filhos crescem e passam por todas (ou quase todas) delícias e frustrações da infáncia, adolescência, juventude, vida adulta,etc.
Anteriormente foi citada a situação de sentimento de abandono que os demais filho do casal que possui criança especial passa e sentem, ainda sobre isso é preciso dizer, que os pais realmente às vezes erram, dedicam-se só ao filho portador de necessidade e acabam "esquecendo" de dar atenção adequada aos outros, não que eles façam isso por querer, mais é uma situação que pode ocorrer e que os pais tem que observar com bastante carinho, para não trazer problemas futuros para a família e principalmente à personalidade dessa criança.
CAPITULO 10
10. PARCERIA ESCOLA E FAMILIA DO ALUNO PORTADOR DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS 
Sabe-se que para a família do aluno portador de necessidades educativas especiais não é tarefa fácil lidar com todas as adversidades encontradas na sociedade, pois elas vão desde barreiras reais até aquelas que existem baseadas nos preconceitos que ainda existe na sociedade. Como cita Wise (2003):
O entendimento de que um bebê é diferente, e de que pode apresentar uma variedade de limitações é o começo de uma longa e dura luta para garantir o melhor para tal criança. Alguns pais sabem, desde o nascimento, que seu filho terá problemas duradouros. 
Se o diagnóstico é óbvio, eles receberão a notícia logo após a criança nascer. Esse é um momento crítico, e a maneira como eles recebem o diagnóstico pode ter um efeito duradouro sobre a atitude e as respostas dos pais para com as dificuldades de seu filho. 
Os pais lembram para sempre a forma como a notícia foi dada, do quão apoiadores os profissionais foram e que mensagem subjacente foi transmitida. (WISE, 2002, p. 17)
Se faz importante que no contato com os pais, os professores e a coordenação da escola questionem que tipo de ajuda o aluno necessita, qual o tipo de medicamento faz uso, que horários são determinados para ir ao banheiro, por exemplo, se tem crise e quais procedimentos devem ser adotados.
Para incluir verdadeiramente os portadores de necessidades educativas especiais, a escola necessita contar com a participação da família do mesmo. A família tem um significado de grande importância, principalmente no que se refere ao lado emocional do aluno. 
É a partir do convívio familiar que se estabelecem as relações sociais, é a família a primeira instituição social que o sujeito está inserido. Por isso, a importância de que a escola a todo instante tenha a família como parceira.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) utilizaram como base o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e determinaram que existem princípios que servem de orientação para a educação escolar. Seguem as idéias centrais que regem esses princípios, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Dignidade da pessoa humana - Implica respeito aos direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de vida digna, respeito mútuo nas relações interpessoais, públicas e privadas.
Igualdade de direitos - Refere-se à necessidade de garantir a todos a mesma dignidade e possibilidade de exercício de cidadania. Para tanto há que se considerar o principio da equidade, isto é, que existem diferenças (étnicas, culturais, regionais, de gênero, etárias, religiosas, etc) e desigualdades (socioeconômicas) que necessitam ser levadas em conta para que a igualdade seja efetivamente alcançada. 
Participação - Como principio democrático, traz a noção de cidadania ativa, isto é, da complementaridade entre a representação política tradicional e a participação popular no espaço público, compreendendo que não se trata de uma sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe, étnicas, religiosas, etc... 
Co-responsabilidade pela vida social - Implica partilhar com os poderes públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos destinos da vida coletiva. É, nesse sentido, responsabilidade de todos a construção e a ampliação da democracia no Brasil. 
Se faz importante que a integração da pessoa portadora de necessidades educativas especiais também abarque a família, ela deve estar inserida nesse processo para que a aceitação e a adaptação aconteça de modo a fazer com que o pleno desenvolvimento do sujeito aconteça. A todo o momento o mais importante é o bem-estar do portador de necessidades educativas especiais, a sua melhor qualidade de vida e o atendimento às suas reais necessidades. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A escola é um espaço ao qual todos têm direito ao acesso, porém é de suma importância que aqueles que nela ingressam tenham todas as suas necessidades verdadeiramente atendidas. Os alunos portadores de necessidades educativas especiais não são diferentes dos demais ditos “normais”, pois, cada sujeito apresenta a sua singularidade e a escola como instituição que atende a todos deve levar essa singularidade em conta em cada sujeito que atende.
Sabe-se que ainda existe muito preconceito contra os portadores de necessidades educativas especiais, porém, também já foram quebradas muitas barreiras. Prova disso é o maior acesso destes à escola regular. E não apenas o acesso, mas o acompanhamento, o desenvolvimento que muitos têm conseguido atingir.
A sociedade, a família e as instituições têm buscado juntas soluções e encaminhamentos para fazer com que todos os portadoresde necessidades educativas especiais possam desenvolver todas as suas potencialidades. Não tem sido tarefa fácil, porém, há a cada dia melhores resultados. Isso mostra que quando todos se unem em prol de uma boa causa não há como não atingir os objetivos almejados. O melhor de tudo é observar que a inclusão dos alunos nas escolas regulares tem sido feita de modo a fazer com que sua qualidade de vida melhore, que ele se sinta parte de um grupo e que, neste grupo ninguém é exatamente igual. Cada sujeito que faz parte dele é diferente, aprende de uma forma diferente e deve ser tratado de acordo com as suas peculiaridades.
Ainda há muito para fazer, mas a bandeira da inclusão já foi levantada e tem conseguido fazer a luta valer a pena. Com isso ganham a sociedade, a escola, a família e os portadores de necessidades educativas especiais. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BAPTISTA, Cláudio Roberto e ROSA, Cleonice (orgs). Reflexões e projetos de intervenção. Porto Alegre. Artmed, 2002. 
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. 2. ed. Brasília: CORDE, 1997. 
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº9.394/96 , de 20 de dezembro de 1996. 
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos temas transversais e Ética. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
CAMARGO, Jr. Walter. Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º milênio. Secretaria Especial dos direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Brasília, 2005. 
CAVALCANTE, Meire. A escola que é de todas as crianças. IN: Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita,nº 183, 2005. p.40-45. 
GUIMARÃES, Arthur. Inclusão que funciona. IN: Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, 2003. p.43-47. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. 
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/26454/browse?value=Inclus%C3%A3o+escolar&type=subject.. Acessado em 24/01/17 às 21:40
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_do_d%C3%A9ficit_de_aten%C3%A7%C3%A3o_com_hiperatividade. Acessado em 25/01/17 às 19:45
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39548/000825089.pdf?sequence=1. Acessado em 04/12/16 às 22:00
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola. Acessado em em 06/12/16 às 20:40
http://elianepedagogia2012.blogspot.com.br/2014/03/a-crianca-portadora-de-necessidades.html. Acessado em em 07/12/16 às 20:30
http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Ana_Paula.pdf. Acessado em em 07/12/16 às 19:45
http://br.monografias.com/trabalhos908/o-papel-familia/o-papel-familia2.shtml. Acessado em em 08/12/16 às 22:00

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