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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 001201300262 Lucas Henrique de Oliveira Leite USINAGEM Bragança Paulista 2014 001201300262 Lucas Henrique de Oliveira Leite USINAGEM Pesquisa apresentada ao curso de Engenharia de Produção da Universidade São Francisco para a disciplina Processos de Fabricação. Orientação: Prof. Eng. J. Armando Pádua Lima Jr. Bragança Paulista 2014 RESUMO Os processos de usinagem, assim como os de conformação plástica, de soldagem, de plástico, possuem sua importância. Para iniciarmos esse trabalho, precisamos introduzir a caracterização de usinagem. A usinagem é caracterizada pela remoção de material sob a forma de cavaco. O cavaco é a porção de material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma irregular. O cavaco pode ser contínuo, cisalhado ou arrancado, dependendo do processo empregado. São operações de usinagem: torneamento, aplainamento, fresamento, furação, brochamento e retificação. Esse trabalho aborda os processos citados, exceto torneamento e aplainamento, além disso, aborda o assunto fluídos de cortes, com funções de facilitar os processos. Palavras Chave: Usinagem, Cavaco, Fabricação, Furação, Fresamento, Brochamento, Retificação, Fluidos, Corte. SUMÁRIO 1. FURAÇÃO........................................................................................... 06 1.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................... 06 1.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS..................................................... 06 1.2.1 FURADEIRAS SENSITIVAS............................................ 06 1.2.2 FURADEIRAS DE COLUNA............................................ 06 1.2.3 FURADEIRAS DE ÁRVORES MÚLTIPLAS................... 07 1.2.4 FURADEIRAS RADIAIS................................................... 07 1.2.5 FURADEIRAS MÚLTIPLAS DE CABEÇOTE ÚNICO... 07 1.2.6 FURADEIRAS MÚLTIPLAS DE MULT CABEÇOTES.. 07 1.3 FERRAMENTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS..................... 07 1.4 APLICAÇÕES.............................................................................. 09 2. FRESAMENTO.................................................................................... 09 2.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................... 09 2.1.1 FRESAMENTO TANGENCIAL........................................ 09 2.1.2 FRESAMENTO FRONTAL............................................... 10 2.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS..................................................... 11 2.2.1 FRESADORA HORIZONTAL........................................... 11 2.2.2 FRESADORA VERTICAL................................................. 13 2.2.3 FRESADORA UNIVERSAL.............................................. 14 2.3 FERRAMENTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS..................... 14 2.4 APLICAÇÕES.............................................................................. 16 3. RETIFICAÇÃO.................................................................................... 16 3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................... 16 3.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS..................................................... 16 3.2.1 RETÍFICA PLANA............................................................. 16 3.2.2 RETÍFICA CILÍNDRICA................................................... 17 3.2.3 RETÍFICA SEM CENTROS............................................... 18 3.3 FERRAMENTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS..................... 19 3.4 APLICAÇÕES.............................................................................. 19 4. BROCHAMENTO................................................................................ 20 4.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................... 20 4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS..................................................... 20 4.3 FERRAMENTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS..................... 21 4.4 APLICAÇÕES.............................................................................. 22 5. BROCHAMENTO................................................................................ 22 5.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO................................................... 22 5.2 TIPOS DE FLUIDOS................................................................... 22 5.3 FERRAMENTAS E SUAS CARACTERÍSTICAS..................... 23 5.4 APLICAÇÕES.............................................................................. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 24 6 1. FURAÇÃO Processo muito utilizado na indústria manufatureira, a maioria das peças tem no mínimo 1 furo, e apenas em uma minoria de peças esse furo é obtido pelo processo de obtenção da peça bruta. 1.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Na furação, uma ferramenta (broca) de dois gumes executa uma cavidade cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é uma combinação de rotação (A) e deslocamento retilíneo (B). O cavaco gerado nesse processo pode causar entupimento ocasionando a quebra da ferramenta, provavelmente também, a perda da peça. Portanto, é fundamental a manipulação, a indução da formação dos cavacos para que tenham uma forma de fácil remoção. Os cavacos fáceis de serem removidos são os helicoidais ou em lacas, os demais podem trazer problemas. 1.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS Os equipamentos utilizados na furação são furadeiras, classificadas como: 1.2.1 FURADEIRAS SENSITIVAS Utilizadas para pequenas perfurações. O avanço do mandril se dá por meio de uma alavanca que o operador conduz, fazendo-a avançar aos poucos, assim sentido o avanço da broca dentro do material, entendo então o nome “Sensitiva”. 1.2.2 FURADEIRAS DE COLUNA Se caracterizam por apresentarem uma coluna de união entre a base e o cabeçote. Esse arranjo possibilita a furação de elementos com as formas mais diversificadas, singularmente ou em série. 7 1.2.3 FURADEIRAS DE ÁRVORES MÚLTIPLAS Úteis para trabalhos em peças que têm que passar por uma série de operações, como furar, contra puncionar, mandrilar, alargar furos e rebaixar cônica e cilindricamente. 1.2.4 FURADEIRAS RADIAIS Com sistema de cabeçote móvel que elimina a necessidade de reposicionamento da peça quando se deseja executar vários furo. Pode-se levar o cabeçote a qualquer ponto da bancada, diminuindo o tempo de produção. Recomendadas para peças de grandes dimensões, a serem, furadas em pontos afastados da periferia. 1.2.5 FURADEIRAS MÚLTIPLAS DE CABEÇOTE ÚNICO São mais úteis em peças a serem produzidas em série com necessidade de furação de muitos pontos em um ou vários planos. Originou-se da aplicação de cabeçotes de vários mandris a furadeiras de coluna, assim como as de Múltiplos Cabeçotes (abaixo). 1.2.6 FURADEIRAS MÚLTIPLAS DE MÚLTIPLOS CABEÇOTES Mais de um cabeçote executam a furação da peça, “atacando-a”, eliminando a necessidade de reposicionar e virara peça a cada vez que o pano de perfuração for alterado. Economizam tempo. 1.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS E SUAS CARACTERÍSTICAS No processo de furação, a ferramenta utilizada é a broca e o sucesso do processo terá relação com os ângulos desta ferramenta. 8 Os ângulos são: Da Hélice Da Incidência De ponta De ponta para chapas finas Ajuda a Desprender o Cavaco. Reduz o atrito entre broca e peça. Entre as arestas de corte. O ângulo deve ser mais aberto. Os tipos de furação também variam: a) Abertura de um furo cilíndrico em uma peça removendo todos o material compreendido no volume do furo final. b) É feito um furo anterior, com um determinado comprimento, para posteriormente utilização de uma broca de maior comprimento, num furo já existe. Tem como objetivo servir de guia para próxima broca e diminuir os esforços de corte. c) Função de embutir a cabeça do parafuso na fixação do mesmo. d) Fixação de eixos em tornos. 9 1.4 APLICAÇÕES Os furos podem ter funções como fixação de peças, alívio de peso, balanceamento, passagem de fluídos, elementos de refrigeração, etc. Operação de desbaste que é utilizada em conjunto com a maioria dos processos de fabricação com intuito de prover elementos de fixação, muitas vezes de importância secundária. . 2. FRESAMENTO A operação de usinagem caracterizada pela ferramenta chamada fresa, ser provida de arestas cortantes dispostas simetricamente em torno de um eixo, pelo movimento de corte ser proporcional a rotação da fresa ao redor de seu eixo e pelo movimento de avanço geralmente ser feito pela própria peça em usinagem, que está fixada na mesa da máquina, a qual obriga a peça a passar sob a ferramentas em rotação, que lhe dá forma e dimensão desejadas. 2.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO A remoção do cavaco é feita pela combinação de dois movimentos, efetuados simultaneamente, sendo eles o de rotação de ferramenta (a fresa), e o outro, o movimento da mesa da máquina, onde é fixada a peça a ser usinada. O movimento da mesa da máquina (movimento de avanço) que leva a peça até a fresa, possibilitando a usinagem. 2.1.1 FRESAMENTO TANGENCIAL Operações nos quais os dentes ativos estão na superfície cilíndrica da ferramenta – o eixo da fresa é paralelo à superfície que está gerando. As fresas recebem o nome de tangenciais ou cilíndricas. A profundidade de corte é significativamente maior que a penetração de trabalho. O movimento de avanço pode levar a peça contra o movimento de giro de dentre da fresa, sendo este denominado movimento discordante. O movimento também pode ser concordante, nesse caso, a peça é levada no mesmo sentido do movimento do dente da fresa. 10 No fresamento concordante temos as vantagens de menor desgaste e, maior vida da ferramenta, melhor qualidade superficial, menor potência requerida para o corte, a força resultante empurra a peça contra a mesa onde está fixada, reduzindo efeitos de vibração. O fresamento discordante deve ser usado quando existe folga no fuso da mesa da máquina- ferramenta, quando a superfície da peça tiver resíduo de areia de fundição, ou for muito irregular ou o material for proveniente de processos de forjamento. 2.1.2 FRESAMENTO FRONTAL Operações nas quais os dentes ativos da fresa estão na superfície frontal da ferramenta – o eixo da fresa é perpendicular à superfície gerada. As fresas são denominadas frontais ou de topo. A superfície usinada é gerado pelo gume secundário e encontra-se normalmente perpendicular ao eixo da fresa. Também e plana, sem relação com o contorno dos dentes da fresa. Penetração é consideravelmente maior que a profundidade de corte. Nesta operação ocorrem simultaneamente fresamento concordante e discordante. 11 Tomando um dente em particular, primeiro ele se engaja em fresamento discordante, a espessura do cavaco que se forma cresce até um valor máximo que passa pelo centro da fresa e com direção igual à do avanço. A partir deste ponto o corte passa a ser concordante. A espessura do cavaco decresce até o gume sair da peça. 2.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS Os equipamentos utilizados no fresamento são as fresadoras, essas máquinas são classificadas geralmente de acordo com a posição do seu eixo-árvore em relação à mesa de trabalho (é o lugar da máquina onde se fixa a peça a ser usinada. O eixo árvore é a parte da máquina onde se fixa a ferramenta. Classificamos então as fresadoras em relação ao eixo-árvore: horizontal, vertical e universal. 2.2.1 FRESADORA HORIZONTAL 12 A fresadora é horizontal quando seu eixo-árvore é paralelo à mesa da máquina e permitem as operações: 1) Fresamento de formas complexas: as fresas compostas são usadas no fresamento de formas complexas, associando várias fresas de forma mais simples. Também não conhecidas como trens de fresas. 2) Fresamento periférico ou tangencial: As fresas cilíndricas só cortam na periferia cilíndrica, gerando superfícies planas, paralelas ao eixo da ferramenta. Existem três tipos principais: N (Normal), H (Materiais duros), e W (Materiais Moles). 3) Fresamento de Ranhuras e Contornos: Para realizar este tipo de fresamento, são usadas fresas cilíndrico frontais. Essa ferramenta gera uma superfície plana, resultante da ação combinada dos gumes da periferia e da face frontal da fresa. 4) Ferramenta de ranhuras (chavetas) Woodruff: As fresas com haste para ranhuras Woodruff possuem a haste cilíndrica, utilizadas para abrir ranhuras para chavetas do tipo Woodruff. 13 5) Fresamento de guias prismáticas: Usadas na abertura de guias prismáticas para máquinas são padronizados os ângulos 45º, 60º e 90º. 6) Fresamento de ranhuras com perfil constante: As fresas detalonadas são utilizadas na usinagem de formas complexas, podem ser inteiriças ou o perfil a fresar pode ser obtido pela justaposição de várias fresas, formando o perfil desejado. 7) Fresamento de Canais: Fresas de disco, por serem diversas formas e tamanhos, além da possibilidade de poderem ser montadas como um trem de fresas, são aplicadas nas mais variadas operações de fresamento. 8) Fresamento de roscas: As fresas de mandril, para roscas, são ferramentas aplicadas neste tipo de abertura em parafusos e porcas. 2.2.2 FRESADORA VERTICAL b Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos que se trata de uma fresadora vertical. Podemos realizar as principais operações: 14 1) Fresamento frontal: a superfície fresada é plana e, pela sua alta produtividade, deve ser preferido sempre que possível. Podemos utilizar várias ferramentas para esse tipo de operação, como as fresas de topo e as cilíndricos-frontais. 2) Fresamento de contos a 90º: normalmente utilizada uma fresa de topo de haste cilíndrica. 3) Fresamento de ranhuras em T: primeiro é preciso abrir o canal da ranhura com uma fresa de topo, para depois executarmos a forma T com uma fresa de haste para ranhura T. 4) Fresamento de guias em forma de causa de andorinha: realizada com uma fresa frontal angular, a abertura de guias em forma de causa de andorinha podem ter ângulos de 45º, 50º, 55º, 60º. 5) Fresamento de canais: feita com fresas de topo (com haste cilíndrica ou cônica). 6) Faceamento: utilizado para desbaste e rebaixos, gerando superfícies planas perpendiculares ao eixo da ferramenta, quando usada esse tipo de fresadora. 2.2.3 FRESADORAUNIVERSAL Caracterizada por dispor dois eixos-árvores, um horizontal e outro vertical. O eixo vertical situa-se no cabeçote, parte superior da máquina. O eixo horizontal localiza-se no corpo da máquina. O fato de a fresadora universal dispor de dois eixos permite que ela seja utilizada tanto na posição horizontal quando na vertical. 2.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS E SUAS CARACTERÍSTICAS Como já mencionado anteriormente, as ferramentas utilizadas nos processos de fresamento são as fresas, que são ferramentas dotadas de dentes multicortante, suas vantagens estão no menor desgaste a ferramenta (quando os dentes não estão cortando, eles estão se refrigerando). A escolha da fresa deve ser feita com cautela, levando em consideração a resistência do material a ser usinado. Para a seleção, devemos analisar: 1) Os ângulos formados pelos dentes da fresa, que formam a cunha de corte, os ângulos são de saída, de cunha e de folga. Os ângulos de cunha da fresa dão a esta maior ou menor resistência à quebra: quanto maior a abertura, mais resistência, quanto menor, menos resistente. 15 A fresa tipo W, é menos resistente, tem menor abertura (57º). Por isso ela é recomendada para a usinagem de materiais não ferrosos de baixa dureza como o alumínio, o bronze e plásticos. A fresa tipo N, não é a mais resistente, mas é mais resistente que a de tipo W (abertura 73º), portanto, é recomendada para usinar materiais de média dureza, como aço com até 700N/mm² de resistência a tração. A fresa de tipo H, (abertura 81º), é a mais resistente, sendo recomendada para usinar materiais duros e quebradiços como o aço de maior resistência que os anteriormente citados. 2) O número de dentes da fresa também deve ser levado em conta, quanto mais mole o material, menor deverá ser o número de dentes, para que não ocorra desgaste dos dentes e para que não gere um mau acabamento da peça. Cada tipo de fresa possui sai aplicação: Fresas de perfil constante: são fresas utilizada para abrir canais, superfícies côncavas e convexas ou gerar engrenagens entre outras operações. Fresas planas: utilizadas para usinar superfícies planas, abrir rasgos e canais. Fresas Angulares: utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos, como rasgos prismáticos e encaixes do tipo rabo de andorinha. Fresas para rasgos: são utilizadas para fazer rasgos de chavetas, ranhuras retas ou em perfil I, como as das mesas das fresados e furadeiras. Fresas de dentes postiços: os dentes postiços são pastilhas de metal duro, fixadas por parafusos, pinos ou garras, e podem ser substituídos facilmente. Fresas para desbaste: utilizadas para o desbastes de grande quantidade de material de uma peça, servem para usinagem pesada, esta propriedade de desbastar grande quantidade de material é devida ao seccionamento dos dentes. 16 2.4 APLICAÇÕES Como podemos visualizar, cada fresadora tem uma aplicação, portanto, a aplicação do processo dependente do tipo de fresa escolhida, ou melhor, para a aplicação desejada, deve-se escolher a fresa correta, no feral, fresamento pode ser aplicado para abertura de rasgos, canais, ranhuras, chavetas, retas, perfis, encaixes, superfícies, gerar engrenagens, etc. 3. RETIFICAÇÃO Processo de usinagem muito utilizado na indústria metal-mecânica. Muitas das peças usinadas têm a retificação como a última operação de uma ou de várias superfícies. Tem como características a obtenção de tolerâncias apertadas e de baixas rugosidades, baixa capacidade de remoção de cavaco, por isso, no geral, é utilizada como processo de acabamento. 3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Processo de usinagem por abrasão que retifica a superfície de uma peça. Considere que retificar significa corrigir irregularidades da superfície da peça. O processo se dá pela peça girar em torno de seu próprio eixo, além de poder executar movimento de translação. A peça a usinar também pode movimentar-se. Esse processo é de alta precisão dimensional e proporciona grau de acabamento superior (polimento). 3.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS O equipamento utilizado na retificação é a retificadora, determinada pela retífica utilizada, que pode ser plana, cilíndrica ou sem centros. 3.2.1 RETÍFICA PLANA Retifica superfícies planas, paralelas, perpendiculares ou inclinadas. Nesse caso, a peça é presa a uma placa magnética, fixada a mesa da retificadora, está mesa se desloca em movimento retilíneo da direita para esquerda e vice versa, fazendo com que a peça ultrapasse o contato com o rebolo. O valor do deslocamento transversal depende da largura do rebolo. Usa-se 1/3 da largura do rebolo para a retificação de desbaste e 1/10 da largura do rebolo para acabamento. 17 3.2.2 RETÍFICA CILÍNDRICA Retifica superfícies cilíndricas, externas ou internas e em alguns casos, superfícies planas em eixos rebaixados que exijam faceamento. A pela é fixada a uma placa universal como utilizada no torno, que é dotada de um movimento de rotação, o rebolo entra em contato com a peça e remove o material. 18 3.2.3 RETÍFICA SEM CENTROS Também chamada de Center Less, esse tipo de retificadora é muito usada na produção em série. A peça é conduzida pelo rebolo e pelo disco de arraste, o disco de arraste possui uma inclinação de 3º a 5º, que é responsável pelo avanço da peça. No caso da Center Less, ela é automática, pois se trata de uma máquina utilizada para a produção em série. 19 3.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS E SUAS CARACTERÍSTICAS A ferramenta utilizada na retificação é o Rebolo. Este é um disco formado por material abrasivo, quando falamos em rebolo, também devemos considerar a granulação (o tramalho dos grãos abrasivos), o aglomerante (material que une os grãos abrasivos), o grau de dureza (resistência do aglomerante) e a estrutura (porosidade do disco abrasivo). As ligas mais empregadas são vitrificadas (feitas à base de mistura de feldspato e argila, são as mais utilizadas, pois não sofrem ataque ou reação química pela água, óleo ou ácidos. São usadas nas máquinas retificadoras com velocidade periferia de no máximo 35m/s), resinoides (feitos com base em resinas sintéticas (fenólicas) e permitem a construção de rebolos para serviços pesados com cortes frios e em alta velocidade que nunca deve superar 80 m/s), borracha (utilizada em aglomerante de ferramentas abrasivas para corte de metais e em rebolos transportadores das retificados sem centros) e/ou goma-laca e oxicloretos (atualmente em desuso e só aplicada em trabalhos que exijam cortes extremamente frios em peças desgastadas). Os rebolos podem ser obtidos através de grãos abrasivos obtidos artificialmente, sendo as principais matérias-primas: óxido de alumínio, óxido de alumínio comum, óxido de alumínio branco, Carbeto de silício e Carbeto de boro. 3.4 APLICAÇÕES A retificação é aplicada para a correção de irregularidades, ou seja, para dar acabamento. 20 4. BROCHAMENTO É uma operação voltada para a produção de grandes lotes, pois, cada operação exige o projeto e a execução de uma ferramenta própria, complexa e de alto custo. 4.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Nessa operação de usinagem, o cavaco da superfície de uma peça é arrancado linearmente e progressivamente, mediando uma sucessão ordenada de arestas de corte. O Brochamento pode ser interno, quando opera no interior de um orifício, nessa operação, os objetivos são realizar rasgos de chavetas em furos redondos ou transformaros perfis de furos redondos em perfis acanelados, estriados, quadrados, hexagonais etc. Porém, se a ferramenta opera sobre uma superfície livre, o Brochamento é chamado externo, tendo como objetivo realizar semi-acabamento ou acabamento de perfis externos. 4.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS Para o Brochamento utilizamos as brochadeira, ou brochadoras, máquinas de movimento retilíneo; podem ser horizontais e verticais e podem ser acionadas mecânica ou hidraulicamente. Brochadeira Vertical 21 As brochadeiras que comprimem são quase sempre verticais. Entretanto, podem também tracionar e, em alguns casos, utilizar ambas as forças, tanto para brochamento interno quanto externo. Quando não se dispõe de grande espaço físico, a brochadeira vertical é a mais indicada devido a sua característica estrutural. A brochadeira horizontal apresenta a vantagem de possibilitar o trabalho com ferramentas de grande comprimento. É bastante utilizada na indústria mecânica. Existem máquinas de cabeçotes múltiplos que podem executar operações em várias peças simultaneamente. Em alguns casos faz-se necessário o giro da ferramenta durante o movimento de usinagem para se obter o brochamento helicoidal, para isso, é mais utilizada, ou na maioria das vezes é a única opção, a brochadeira horizontal Brochamento helicoidal 4.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS E SUAS CARACTERÍSTICAS Para esse processo são utilizadas as brochas, as brochas podem ser: De Compressão: São forçadas através do furo, manualmente ou por pensa; De Tração: São puxadas através do furo permitindo um maior comprimento; Giratórias: utilizadas na produção de formas helicoidais, como ranhuras de armas; Sólida: fabricada em uma peça só, em geral, de aço rápido, incluindo os dentes; Tipo pote: uma brocha de superfície, envolve toda a peça, como ranhuras e engrenagens. 22 4.4 APLICAÇÕES A finalidade do brochamento é usinar superfícies especiais. O brochamento tem como objetivo a obtenção de rasgos de chavetas em furos redondos ou transformar os perfis de furos redondos em perfis acanelados, estriados, quadrados, hexagonais, etc. Também pode ser aplicado para realizar semi-acabamento ou acabamento de perfis externos. 5. FLUIDOS DE CORTE Introduzida na indústria em 1890, por F. W. Taylor, iniciou-se com a utilização da água para resfriar a ferramenta, depois, uma solução de água e soda, ou água e sabão para evitar a oxidação da peça e/ou da ferramenta, depois de Taylor, diversas pesquisas foram realizadas desenvolvendo novos tipos de fluídos além da água. Até hoje os fabricantes dos fluídos de corte buscam um maior desenvolvimento desses, sempre buscando minimizar o descarte e causar menor dano. 5.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO Os fluídos de corte são introduzidos durante os processos de usinagem em que se fazem necessários com finalidade de refrigeração, lubrificação, proteção e/ou limpeza. 5.2 TIPOS DE FLUIDOS Refrigerante: atua sobre a peça para evitar sua dilatação e com isto permite a obtenção de alta precisão dimensional, nas ferramentas, a refrigeração é importante para manter as características de resistência e dureza; 23 Lubrificante: atua facilitando o deslizamento do cavaco sobre e ferramenta e diminui o atrito entre a peça e a ferramenta. Evita o aparecimento da aresta postiça, reduz o coeficiente de atrito na região ferramenta-cavaco e diminui a solicitação dinâmica da máquina. Protetor: atua contra a oxidação, possui grande importância. Protege a peça e a ferramenta dos efeitos de oxidação, a próprio máquina terá partes em contato com o fluído de corte protegidas destes efeitos. Limpeza: atua na remoção do cavaco quando o fluído é aplicado em forma de jato, evitando danos na superfície usinada, que poderia ficar com acabamento comprometido com uma constante de atrito. 5.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS E SUAS CARACTERÍSTICAS O óleo solúvel e o EP são os mais utilizados nas operações. Os fluidos solúveis e sintéticos são usados com função de resfriamento. Óleos minerais são mais utilizados quando a lubrificação deve ser mais priorizada que o resfriamento. Também é possível usar água. 5.4 APLICAÇÕES Como mencionado, os fluídos podem ser aplicados para refrigeração, lubrificação, proteção e limpeza. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COPPINI, N. L.; DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 8ª ed. Artliber Editora. São Paulo. Fevereiro 2013. Pág. 175 a 269. CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica. 2ª ed. McGraw-Hill, São Paulo. 1986. Pág. 193 a 282. LIMA JR., J.A.P. Fresamento. Slides. 2013. LIMA JR., J.A.P. Furação e Retificação. Slides. 2013. LIMA JR., J.A.P. Usinagem. Slides. 2013. TELECURSO 2000. Processos de Fabricação: Brochamento. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=WknoGOpVbk8>. Acessado em 18 de abril de 2014. TELECURSO 2000. Processos de Fabricação: Fluidos de Corte. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=Wk14qeE2zK4>. Acessado em 18 de abril de 2014. TELECURSO 2000. Processos de Fabricação: Fresamento. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=euUA84vzjT8>. Acessado em 18 de abril de 2014. TELECURSO 2000. Processos de Fabricação: Furação. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=pnUy5ngY2kk>. Acessado em 18 de abril de 2014. TELECURSO 2000. Processos de Fabricação: Retificação. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=xl-Th8zR49I>. Acessado em 18 de abril de 2014.
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