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Citações livro Psicologia Jurídica (Paulo, 2012)

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“ No Direito das Obrigações, é mister que se reconheçam também como imigrantes desse fenômeno de humanização das relações jurídicas o afeto e amor como centros do Direito da Família, sendo este conteúdo, portanto, mais importante que a própria formalidade deste ramo do Direito e fundamento para proteção do Estado às Entidades Familiares. ” (p. 22)
“ A família é palco de realização de seus integrantes, sede de manifestação de afetos no qual é protagonista ao amor e também gerador de efeitos jurídicos. ” (p. 23)
“ A Natureza do poder familiar é a de tratar os filhos como seres humanos como independentes, que possuem dignidade própria, criando-se um ambiente de convivência familiar propício ao seu pleno desenvolvimento. ” (p. 26)
“ O pai ou a mãe que, autoritariamente, inviabiliza ou dificulta o contato do filho com o outro genitor exercer abusivamente seu poder parental, especialmente quando há prévia regulamentação de visitas. ” (p. 27)
“ A paternidade envolve a construção de um amor filial, a criação de ambiente propício para o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual, cultural e social da pessoa em formação, a educação da prole de forma sadia e em condições de liberdade e dignidade. ” (p. 37)
“ Acrescenta-se a necessidade de cautela que se deve ter com a adequada oitiva de crianças e adolescentes que se dirigem as essas instancias e equipamentos de rede de proteção para descortinarem as duras realidades que os assolam. ” (p. 43)
“ Muitos casos de abusos e exploração sexual, maus-tratos físicos e psicológicos são confidenciados perante os agentes da rede de proteção, os quais precisam ser devidamente capacitados para acolher essas vítimas e prove-las de atendimento célere e eficaz. ” (p. 43)
“ Eis que tal oitiva há de ser revestida de uma forma apropriada para a idade e condição especial da criança a ser inquirida. ” (p. 45)
“ A primeira opção deve ser sempre os pais biológicos da criança, seguidos dos avos, irmãos maiores, tios e demais parentes consanguíneos, dando preferência ao mais próximo em detrimento do mais distante, e ao mais velho em detrimento do mais novo. Somente no caso de não haver nenhum parente natural vivo o disposto a assumir a guarda ou tutela da criança é que seria considerado apto um “estranho”, isto é, alguém sem vínculo de parentesco com a criança, mas que fosse pessoa idônea e morasse no mesmo município que ela. ” (p. 51)
“ Irmãos, conforme demonstrou a pesquisa supracitada, não se constituem como tais com o mero nascimento, tendo o laco biológico muito pouca influência na formação desse elo, que se constitui a partir dos momentos partilhados, das experiências vividas em conjunto, e das lembranças comuns. ” (p. 55)
“ “ser mãe”, “ser pai” ou “ser irmão” é algo que vai muito além de laços consanguíneos. É preciso tempo e disponibilidade. O compartilhamento de experiências, a vivencia conjunta, o afeto trocado, as demonstrações de carinho e de preocupação, os cuidados e a proteção ofertados contam muitos pontos para que uma pessoa seja assim percebida pela criança e assuma esses papeis de grande importância em sua vida. ” (p. 56)
Conceito de família: “ Grupo de pessoas a quem o indivíduo é vinculado por laços afetivos e sentimento de pertencimento, que lhe servem de referência primeira na construção de sua personalidade, e a quem se pressupõe que ele possa recorrer, em caso de necessidade material ou emocional. ” (p. 56)
“ Torna-se, assim, premente que leis sejam elaboradas e/ou interpretadas de forma que favoreçam, em cada caso, acima de tudo, o vínculo psicosocioafetivo existente entre os membros da família e, com ele, certamente, o “melhor interesse da criança”. ” (p. 57)
A fim de atender ao melhor interesse da criança “ é necessário que se busque entender o contexto e a realidade em que essa criança vive hoje. ” (p. 57)
Quanto à Alienação Parental (AP): “consiste em um genitor “programar” de forma consciente ou inconsciente a criança para que rejeite e odeie o outro genitor sem justificativa, objetivando o afastamento e o desenvolvimento de afetos negativos da criança para com o outro genitor. ” (p. 60)
“ Esses pais superprotetores tornam-se alienadores, em razão de perceberem o mundo como perigoso, e o outro genitor como uma ameaça em potencial, alguém com a capacidade de colocar o filho em risco. ” (p. 62)
O Alienador: “ utiliza a criança como instrumento de vingança, sem hesitar em usar diversos artifícios e manobras para dificultar a relação do outro genitor com a criança e, dentre essas manobras, a acusação do abuso sexual praticado pelo genitor alienado contra a criança. ” (p. 63)
“ Para o filho, a falta de um dos genitores acarreta a identificação e a sobrecarga do outro, causando um desequilíbrio com prejuízos emocionais para a constituição da sua personalidade, pois será a presença de ambos os genitores que a permitirá vivenciar de forma natural os processos de identificação e diferenciação. ” (p. 64)
“ O abrigamento se dá como forma de proteger a criança de sua própria família: abandono, violência, dependência química, manutenção na rua e abuso sexual pelos pais, totalizando essas violações por parte de seus cuidadores diretos mais da metade dos casos de abrigamento. ” (p. 74)
“ Por mais que a instituição tente criar, artificialmente, um ambiente familiar, somente a relação familiar que é construída dia a dia com muito amor poderá proporcionar à criança um convívio mais afetuoso, personalizado, além de promover seu senso de confiança, segurança e competência. ” (p. 89)
“ A criança só irá desenvolver relações estáveis na vida se, durante sua infância, lhe for proporcionada uma relação segura, confiável, com as pessoas que cuidaram dela amorosamente, ou seja, construíram vínculos afetivos, duradouros e contínuos. ” (p. 89)
“ Os laços não são constituídos a partir da consanguinidade, são resultantes de um desejo que permite ou não a construção de laços a partir da falta que cada um traz consigo e transmite a seus sucessores. ” (p. 114)
“ Para acolher uma criança, é preciso lidar com o filho real, aquele que está ali e que não é o filho sonhado, e esse ponto se aplica a toda filiação. ” (p. 115)
“ Entende-se por negligente aquele que não faz aquilo que deve e pode para suprir as necessidades de uma criança/adolescente. ” (p. 131)
“Devemos ter sempre em mente que a criança/adolescente é sujeito de direitos, e um sujeito, segundo nosso ordenamento, cujo o maior interesse merece prioridade absoluta e deve ser integralmente protegido. ” (p. 138)
“ A adoção não pode ser vista como uma solução mágica, devendo ser aplicada em casos em que não é de fato possível ou aconselhável a manutenção da criança com a família original. ” (p. 138)
“ Família é uma sociedade de afeto, e que não pode o Poder Judiciário deixar de prestar tutela jurisdicional a um tipo de família por não se constituir a partir de uma diversidade de sexos, pois marginalizar essas entidades familiares seria equivalente a privá-las de diversos direitos, entre os quais o da dignidade humana e o da igualdade. ” (p. 146)
“ Considerando que a família é um grupo cultural, uma estruturação psíquica, em que cada um de seus membros ocupam o lugar, uma função, é perfeitamente possível que uma pessoa ocupe lugar de pai ou mãe, mesmo sem ser ascendente biológico da criança. ” (p. 151)
Sobre a lógica binária heteronormativa: “ Precisamos romper para compreendermos a família além das estruturas convencionais, buscando, a partir de novas interpretações elaborar novas políticas legislativas e sociais mais adequadas ao nosso mundo e a seus fenômenos, afetos, valores e expressões. ” (p. 152)
Referente a adoção: “ é preciso que sejam considerados os laços afetivos que a criança mantém por cada um, levando-se em conta o atendimento diário de suas necessidades biofísicas e psicológicas; o hábito desenvolvido na criança de receber de uma determinada pessoa amor e orientação; a habilidade e capacidade de prover a criança com comida, abrigo, vestuário e assistência médica; e a preferência dacriança. ” (p. 152)
“ Sua identidade pessoa vincula-se diretamente à de seu grupo familiar (não necessariamente biológico), que lhe fornece os elementos necessários para a sua individualização como pessoa e para a sua localização no mundo, fatores primordiais em seu desenvolvimento. ”(p. 153)

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