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AULA SUS

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
 
Denise Furlanetto 
SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
 SISTEMA: Formado por várias instituições dos 
três níveis de governo. 
 ÚNICO: Tem a mesma doutrina, a mesma 
filosofia de atuação, é organizado de acordo 
com a mesma sistemática. 
 SAÚDE: É responsabilidade de todos, Governo 
e sociedade, assegurado pelo conjunto das 
instituições e políticas públicas da sociedade. 
 
 
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 Conferência Mundial de Saúde em Alma Ata (1978) – 
“Saúde para todos”. 
 1986 - 8a Conferência Nacional de Saúde: consagra os 
princípios preconizados pelo Movimento da Reforma 
Sanitária. 
 1987- Sistema Unificado e Descentralizado da Saúde 
(SUDS). 
 1988 - SUS 
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HISTÓRICO DO SUS 
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“A saúde é direito de todos e 
dever do Estado” 
Constituição Federal 
de 1988 
ASPECTOS LEGAIS 
 
 
 Lei 8.080/90 - dispõe sobre as condições para a 
organização e funcionamento dos serviços. 
 
 Lei 8.142/90- dispõe sobre a participação da 
comunidade e das transferências de recursos 
financeiros na saúde. 
 
 
 
 
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Uma nova formulação política e 
organizacional para o re-
ordenamento dos serviços e 
ações de saúde no Brasil. 
SUS 
 Sistema – conjunto de unidades, de serviços e 
de ações que interagem para um fim comum. 
 
 
 Único – deve seguir a mesma doutrina e 
organização para todo o país. 
 
 
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 Objetivos: 
 alterar a situação de desigualdade na 
 assistência à saúde da população, tornando 
obrigatório o atendimento público a qualquer 
cidadão. 
 
 
 Rompimento com a lógica da assistência vinculada a 
interesses políticos-econômicos e rompimento com a 
ação curativista. 
 
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Universalidade de acesso; 
Eqüidade na assistência à saúde; 
Integralidade da assistência. 
Regionalização e hierarquização 
Descentralização político-administrativa; 
Controle Social participação da comunidade; 
Princípios doutrinários e 
organizativos do SUS 
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• Universalidade - o acesso às ações e serviços 
deve ser garantido a todas as pessoas, 
independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, 
e outras características sociais ou pessoais. 
 
• Equidade - é um princípio de justiça social que 
garante a igualdade da assistência à saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A 
rede de serviços deve estar atenta às necessidades 
reais da população a ser atendida. 
 
• Integralidade - significa considerar a pessoa 
como um todo, devendo as ações de saúde procurar 
atender à todas as suas necessidades. 
• 
 Regionalização e hierarquização 
 
 conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos 
para cada caso em todos os níveis de complexidade do 
sistema; referência e contra-refrência; 
 
 Permitir maior conhecimento dos problemas de saúde da 
população de uma área delimitada; 
 
 Acesso através dos serviços de nível 
 - primário - UBSs (80%) 
 - secundário – centros de especialidades (15%) 
 - terciário – hospitais de referência (5%) 
 
 
 
 
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 Descentralização 
 
 Consolidada com a municipalização das ações de saúde; 
 
 Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de 
saúde entre os vários níveis de governo (quanto mais perto 
do fato a decisão for tomada, mais chance de acerto) 
 
 Cabe aos municípios a maior responsabilidade na 
implementação de ações de saúde diretamente voltadas para 
os seus cidadãos. 
 
 
 
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Controle social – 
participação do cidadão 
 Democratização dos processos decisórios: 
 Conselhos de saúde 
 
 Conferências – avaliar a situação da saúde e propor 
diretrizes para a política de saúde nos municípios, 
estados e no país. 
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 são órgãos compostos por representantes 
do governo, dos prestadores de serviço, dos 
profissionais de saúde (50%) e dos usuários 
(50%); 
 atuam na formulação de estratégias e no 
controle da execução da política de saúde, 
inclusive nos aspectos econômicos e 
financeiros; 
CONSELHOS DE SAÚDE 
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São formas de participação social: 
 na elaboração das diretrizes gerais da política de saúde; 
 na formulação de estratégias de implementação dessa política; 
 no controle sobre a utilização de recursos; 
 no controle sobre a execução; 
 na mobilização da população. 
CONSELHOS DE SAÚDE 
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Ministério da 
Saúde 
 
 
Conselho 
Nacional de 
Saúde 
 
 
FEDERAL 
ESTADUAL 
MUNICIPAL Secretaria de 
Estado 
da Saúde 
 
Conselho Estadual 
de Saúde 
 
 
 
Secretaria 
Municipal de 
Saúde 
 
Conselho 
Municipal de 
Saúde 
Três Esferas de Governo 
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Entidades encarregadas de 
fazer com que o SUS seja 
implantado e funcione 
adequadamente dentro das 
diretrizes doutrinárias, da 
lógica organizacional e dos 
princípios organizativos do 
SUS. 
Gestores 
do SUS 
Três Esferas de Governo 
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Os três níveis de governo 
são responsáveis pela 
gestão e financiamento 
do SUS, de forma 
articulada e solidária. 
Gestão = Administração 
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• Formular, coordenar e controlar a política nacional de 
saúde; 
• promover, junto aos estados, o desenvolvimento das 
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde; 
• corrigir as distorções existentes. 
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO 
GESTOR FEDERAL 
Três Esferas de Governo 
20 
 
 
• coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde 
em nível estadual; 
• executar apenas as ações que os municípios não 
forem capazes de desenvolver e/ou que não lhes 
couberem; 
• promover junto aos municípios o 
desenvolvimento das ações de promoção, 
proteção e recuperação da saúde; 
• corrigir as distorções existentes. 
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO 
GESTOR ESTADUAL 
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• Coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde 
em nível municipal; 
• Executar as ações de atenção básica; 
• Co-responsabilidade de assistência de atenção à 
saúde de média e alta complexidade; 
• Promover o desenvolvimento das ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde; 
• Responsabilidade pelos Sistemas de 
Informações. 
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DO 
GESTOR MUNICIPAL 
Criadas com a função de definir 
aspectos operacionais da 
implementação do SUS 
Promoveram a integração entre as três esferas de 
governo; 
Propiciaram a descentralização, transferindo para 
estados e municípios responsabilidades até então 
concentradas no nível federal. 
22 
NORMAS OPERACIONAIS 
 
Normas operacionais básicas 
 NOB-SUS 01/91: 
 - instituiu o pagamento por produção 
 
 
 NOB-SUS 01/92: 
 -criado o Conselho Nacional de Secretários de 
Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) 
 - enfatizada a necessidade de descentralização de 
serviços 
 
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 NOB-SUS 01/93: 
- maior ênfase à municipalização da saúde 
 
 
 NOB-SUS 01/96: 
 - União normaliza e financia; município gera e executa; 
 - Repasse direto do Fundo Nacional para o Fundo Municipal de 
Saúde 
 - Criação do Piso Assistencial Básico- modalidade de pagamento 
das ações de Atenção Básica com base populacional (PAB); 
 - Mudança do modelo assistencial da atenção à saúde (PSF); 
 
 
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Normas Organizacionais de 
Assistência à Saúde 
 NOAS-SUS 01/2002: 
 - Amplia as responsabilidades dos municípios na 
Atenção Básica. 
 
 - Estabelece o processo de regionalização como 
estratégia de hierarquização dos serviços de saúde 
2526 
 NOAS-SUS 01/2002 objetivou: 
 
Promover maior eqüidade na alocação de recursos 
e no acesso da população às ações de saúde em 
todos os níveis de atenção. 
Integração entre sistemas municipais, ficando o 
Estado com o papel de coordenador e mediador. 
A NOAS recuperou e redefiniu o conceito de 
descentralização, associando-o ao de 
regionalização da assistência. 
27 
28 
Objetivo 
 Efetivar os princípios do SUS no 
cotidiano das práticas de atenção e de 
gestão, assim como estimular trocas 
solidárias entre gestores, trabalhadores e 
usuários para a produção de saúde e a 
produção de sujeitos. Queremos um SUS 
humanizado, comprometido com a defesa 
da vida e fortalecido em seu processo de 
pactuação democrática e coletiva. 
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 - Proposta de um trabalho coletivo para que o 
SUS seja mais acolhedor, mais ágil e mais 
resolutivo; 
 
- Compromisso com a qualificação da 
ambiência, melhorando as condições de 
trabalho e de atendimento; 
 
- Compromisso com a articulação dos 
processos de formação com os serviços e 
práticas de saúde; 
 
- Luta por um SUS mais humano, porque 
construído com a participação de todos e 
comprometido com a qualidade dos seus 
serviços e com a saúde integral para todos. 
 
 
 
30 
 
Na prática, os resultados que 
esperados são: 
 
- Redução de filas e do tempo de espera, com 
ampliação do acesso; 
 
- Atendimento acolhedor e resolutivo baseado 
em critérios de risco; 
 
- Implantação de modelo de atenção com 
responsabilização e vínculo; 
 
- Garantia dos direitos dos usuários; 
 
- Valorização do trabalho na saúde; 
 
- Gestão participativa nos serviços. 
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Sistema de Saúde Brasileiro 
COMPLEXIDADE DO CENÁRIO 
32 
 Dimensão geográfica do país (8,5 milhões 
Km²) 
 
 Intenso processo de urbanização 
 
 Estrutura econômica-social heterogênea 
 
 Convivência, na área da saúde, de doenças 
típicas do subdesenvolvimento, com 
demandas crescentes por serviços de ponta, 
como transplantes de órgãos 
 
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 Recursos financeiros insuficientes e gastos 
irracionalmente; 
 Pouca participação dos Estados no financiamento; 
 Deficiência quali-quantitativa de recursos 
humanos; 
 Precarização das relações de trabalho; 
 Baixa resolutividade e limitações no acesso aos 
serviços (filas); 
Sistema de Saúde Brasileiro 
 
PROBLEMAS 
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 País imenso, populoso e heterogêneo; 
 Alterações demográficas recentes: estrutura 
etária, urbanização acelerada; 
 Acentuadas desigualdades econômicas e sociais 
(entre regiões e grupos populacionais); 
 Mudanças epidemiológicas: “transição 
incompleta”; 
 Características do federalismo brasileiro. 
 
Sistema de Saúde Brasileiro 
 DESAFIOS 
 
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 Definição da divisão de 
responsabilidades entre união, estados e 
municípios; 
 Integração entre sistemas municipais; 
 Implantação de Política de Recursos 
Humanos em saúde; 
 Financiamento e critérios de alocação de 
recursos - orientação pelas necessidades 
da população; 
 Garantia de resolutividade e acesso aos 
serviços. 
Sistema de Saúde Brasileiro 
DESAFIOS 
 Recursos humanos 
 Grande desafio dos sistemas de saúde! 
 
 Principais problemas: 
 Formação 
 Condições de trabalho 
 Salário 
 Compromisso social 
 Humanização do atendimento 
 
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SUS nos dias atuais 
 Passa por dificuldades, ainda sofre consequências 
de um modelo centrado na assistência médica 
curativa, mas se encontra em fase de consolidação; 
 
 Na odontologia – momento de conscientização 
 da importância da saúde bucal e também do papel 
social dos profissionais da área. Mobilização para 
concretização de mudanças. 
 
37 
 Bibliografia 
 Pereira, Antonio Carlos e col. Odontologia 
em Saúde Coletiva. São Paulo: Artmed 
Editora SA, 2003. 
 
 Brasil. Ministério da Saúde. Disponível em: 
http:// www.saude.gov.br. Acesso em 11 de 
Março 2012. 
38 
FIM! 
39

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