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DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS

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DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS 
Glicemia em jejum: deve ser coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas; 
TOTG (TESTE ORAL DE TOLERANCIA A GLICOSE): previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina; 
Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. Por fim, para que possa ser utilizada no diagnóstico de DM, a determinação da HbA1c deve ocorrer pelo método padronizado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) e certificado pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP).
A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames alterados, idealmente o mesmo exame alterado em segunda amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia.3 Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, tais como poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser submetidos à dosagem de glicemia ao acaso e independente do jejum, não havendo necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem caso se verifique glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL. Os valores de normalidade para os respectivos exames, bem como os critérios diagnósticos para pré-diabetes e DM mais aceitos e adotados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), encontram-se descritos no Quadro 6.
TESTE ORAL DE TOLERANCIA À GLICOSE 
O teste oral de tolerância à glicose (TOTG) é simples e amplamente utilizado na prática clínica para o diagnóstico de diabetes. Para a avaliação da resistência à insulina, utiliza-se um protocolo com número maior de coletas de sangue. Após 8 a 12 horas de jejum, são coletadas amostras de sangue antes e depois da ingestão oral, em 5 minutos, de uma solução contendo 75 g de glicose diluída em 300 mL de água. O protocolo mais tradicional inclui coletas de sangue nos tempos 0, 30, 60, 90 e 120 minutos, para determinação das concentrações de glicose e insulina. Por ser um teste oral, as taxas de esvaziamento gástrico, de absorção e utilização de glicose no trato gastrintestinal e de captação e produção hepáticas de glicose resultam em alta variabilidade, tornando-se impossível estimar com precisão a captação de glicose induzida pela insulina.
Ainda, a tolerância à glicose reflete a eficiência com que o organismo metaboliza a glicose após uma carga oral. Apesar de o TOTG imitar a dinâmica da glicose e da insulina em condições mais fisiológicas que as do teste de clamp, é importante reconhecer que tolerância à glicose e resistência à insulina não são conceitos equivalentes. Além dos efeitos da insulina na captação periférica de glicose, a secreção de insulina, o efeito incretina e outros fatores contribuem de maneira importante para a tolerância à glicose. Dessa forma, o TOTG fornece informações úteis sobre tolerância à glicose, e não sobre resistência à insulina.
IMC (ÍNDICE DE MASSA CORPORAL)
	Abaixo de 17
	Muito abaixo do peso
	Entre 17 e 18,49
	Abaixo do peso
	Entre 18,5 e 24,99
	Peso normal
	Entre 25 e 29,99
	Acima do peso
	Entre 30 e 34,99
	Obesidade I
	Entre 35 e 39,99
	Obesidade II (severa)
	Acima de 40
	Obesidade III (mórbida)

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