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Resumo dos 3 capítulos do livro política social fundamentos e historia

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Neste livro a Política Social é analisada nos vários períodos históricos, desde a sua origem relacionando com a economia, a luta de classes, a política e a cultura. O segundo capítulo associa a origem das políticas sociais aos movimentos de massa social-democratas e a afirmação dos Estados-nação, que vêm do conceito de Estado razão, onde o Estado é na sua essência conservador e tendencialmente totalitário. Quanto a sua generalização se dá no pós Segunda Guerra Mundial quando há a passagem do capitalismo concorrencial para o monopolista.
No texto, podemos observar nas sociedades pré-capitalistas proformas das políticas sociais que correspondiam a algumas responsabilidades sociais, mas que não tinham o objetivo de garantir o bem comum, e sim, de manter a ordem social e punir a ‘’ vagabundagem’’. Nesse período surgem as Legislações Seminais ou leis dos pobres, leis inglesas que estavam longe de ter caráter protetor, pois possuíam caráter punitivo e repressor. O objetivo era obrigar o pobre a aceitar qualquer trabalho que lhe fosse oferecido, e as ações assistenciais previstas tinha o propósito de induzir esses trabalhadores a se manter por meio do seu trabalho, garantia auxílio mínimo como alimentação ao pobres ‘inválidos’ reclusos em albergues, mas o acesso a esse tipo de benefício era muito restrito e seletivo e mesmo os selecionados eram obrigados a exercer algum tipo de trabalho.
A lei de Speenhamland de 1795 diferente das anteriores tinha um caráter menos repressor, estabelecia o pagamento de um abono financeiro, em complemento aos salários, era mais abrangente, pois garantia assistência social a empregados ou desempregados, permitia ao trabalhador minimamente negociar o valor da sua força de trabalho impondo limites ao mercado de trabalho competitivo.
A sua anulação em 1834 pela Nova Lei dos Pobres revogou os direitos assegurados pela Lei Speenhamlad, restabeleceu a assistência interna nos albergues para os pobres ‘inválidos’, reinstituiu a obrigatoriedade de trabalhos forçados para os pobres capazes de trabalhar deixando a própria sorte uma população de pobres e miseráveis sujeitos a exploração sem lei no capitalismo nascente. O sistema de salários baseados no livre mercado exigia a abolição do ‘direito de viver’ provocando o pauperismo como fenômeno mais agudo decorrente da chamada questão social.
As autoras apresentam as políticas sociais como respostas e formas de enfrentamento às várias expressões da questão social do capitalismo, questão essas que se origina das relações de exploração do capital sobre o trabalho. A questão social se expressa em suas refrações e, por outro lado, os sujeitos históricos produzem formas de seu enfrentamento.
Na segunda metade do século XIX 1848 a força de trabalho estava sob forte exploração, fundada na mais valia absoluta, longas jornadas de trabalho, exploração do trabalho de crianças, mulheres e idosos. A luta das classes surge marcante em todas as suas formas, expondo a questão social e as estratégias burguesas para lidar com a pressão dos trabalhadores. A resposta burguesa foi repressiva e apenas incorporou algumas demandas da classe trabalhadora transformando as reivindicações em leis que estabeleciam melhorias parciais nas condições de vida dos trabalhadores, sem atingir portanto o cerne da questão social. tem-se também o ambiente cultural do liberalismo e a ênfase no mercado como via de acesso aos bens e serviços socialmente produzidos
 Em meados do séc. XIX os trabalhadores organizaram caixas de poupança e previdência (sociedades de mutualidade) como estratégia de fundo de cotização para fomentar a organização operaria e manter os trabalhadores em greve. 
A mobilização e a organização da classe trabalhadora foram determinantes para a mudança da natureza do estado liberal no final do séc. XIX início do séc. XX. Conseguir asseguram importantes conquistas na dimensão dos direitos políticos, como direito ao voto, de organização em sindicatos e partidos, livre expressão e manifestação 
 O surgimento das políticas sociais foram gradual e diferenciado entre os países. Os autores são unanimes em situar o sec. XIX como o período em que o Estado capitalista passa a assumir a realizar ações sociais de forma mais ampla, sistematizada, planejada e com caráter de obrigatoriedade. 
A origem Welfare State foi com a introdução de políticas sociais orientadas pela lógica do seguro social na Alemanha, a partir 1883 marca a social democracia alemã com reconhecimento público que da incapacidade para trabalhar devia-se as contingencias (idade avançada, enfermidades, desemprego).
O segundo elemento apontado pelo autor é que as políticas sociais passam a ampliar a ideia de cidadania e desvocalizar suas ações, antes direcionadas para pobreza extrema.
O governo de Bismarck instituiu o 1º seguro saúde nacional obrigatório em 1883, no contexto de fortes mobilizações da classe trabalhadora. As iniciativas tomaram a forma de seguro social público obrigatório, destinado a algumas categorias específicas de trabalhadores que tinham como objetivo desmobilizar as lutas.
O modelo Bismarckano é identificado como sistema de seguros sociais assemelha a seguros privados, contudo só cobriam os trabalhadores contribuintes e sua família.
Dentre as características do liberalismo temos: predomínio do individualismo, o bem estar individual maximiza o bem estar coletivo, predomínio da liberdade e da competitividade, naturalização da miséria, predomínio da lei da necessidade, manutenção do Estado mínimo, as políticas sócias estimulam o ócio e o desperdício, a política social deve ser um paliativo. O papel do Estado, uma espécie de mal necessário, um mediador civilizador. 
Há de se chamar atenção para um ponto em comum entre o estado liberal predominante do sec. XIX e o estado social capitalista no séc. XX: As primeiras iniciativas de políticas sociais, o reconhecimento de direitos sem colocar cheque os fundamentos do capitalismo.
A Crise de 1929(crack) e 1932. Se alastrou pelo mundo reduzindo o comércio mundial a um terço do que era antes. Com ela instaura-se a desconfiança de que os pressupostos do liberalismo econômico (livre comercio) poderiam estar errados, seus efeitos: forte crise econômica, desemprego em massa, crise de legitimidade política do capitalismo abrindo portas para se instaurar em paralelo a revolução socialista em 1917. 
Lavando o capital a sumir uma postura defensiva e fez algumas concessões de direitos de cidadania para os trabalhadores, possibilitou o crescimento do movimento operário e as políticas sociais se generaliza nesse momento atuando como umas das mediadas de Keynes anticíclicas. Há também uma mudança profunda na perspectiva do Estado que abandonou seus princípios liberais e incorporou orientações social-democrata assumindo um caráter mais social com investimentos em políticas públicas.
Terceiro capitulo
FUNDAMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS DOS “ANOS DE OURO” John Maynard Keynes (economista britânico) preocupou-se em compreender e encontrar respostas para a crise de 1929 (livro teoria geral do emprego, do juro e da moeda - 1936). Defendeu a intervenção estatal com vistas a reativar a produção. Keynes propunha a mudança da relação do Estado com o sistema produtivo e rompia parcialmente com os princípios do liberalismo. A proposta era uma saída democrática para a crise. O Estado com o keynesianismo tornou-se produtor e regulador, o que não significava o abandono do capitalismo ou a defesa da socialização dos meios de produção. Sendo esse Estado um agente externo em nome do bem comum (supondo que seja um Estado neutro) tem legitimidade para intervir por meio de um conjunto de medidas econômicas e sociais. Cabe ao Estado o papel de restabelecer o equilíbrio econômico por meio de uma política fiscal e de gastos.
3. O Estado na perspectiva keynesiana, passa a ter um papel ativo na administração macroeconômica, ou seja, na produção e regulação das relações econômicas e sociais. O bem-estar ainda deve ser buscado individualmente no mercado, masse aceitam intervenções do Estado em áreas econômicas, para garantir a produção, e na área social, sobretudo para as pessoas consideradas incapazes para o trabalho: idosos, deficientes e crianças. Nessa intervenção global, cabe, portanto, o incremento das políticas sociais. Ao keynesianismo agregou-se o fordismo que foi bem mais que uma mudança técnica com a introdução da linha de montagem e da eletricidade, foi também uma forma de regulação das relações sociais, em condições políticas determinadas. A introdução em 1914 da jornada de oito horas a cinco dólares para os trabalhadores da linha mecânica de montagem nas fábricas de Henry Ford foi uma novidade. Após 1945, tecnologias incrementadas no esforço de guerra transformaram- se em meios de produção na indústria civil (ocorre o boom de produção de bens de consumo duráveis - carros, geladeiras, televisores, rádios e outros - combinado a urbanização e suburbanização nas cidades)
4. O keynesianismo e o fordismo associados, constituem os pilares do processo de acumulação acelerada de capital no pós- 1945, com forte expansão da demanda efetiva, altas taxas de lucros, elevação do padrão de vida das massas no capitalismo central e um alto grau de internacionalização do capital, sob o comando da economia norte-americana, que sai da guerra sem grades perdas físicas e com imensa capacidade de investimento e compra de matérias-primas, bem como de dominação militar.
5. 2. AS POLÍTICAS SOCIAIS E A EXPERIÊNCIA DO WELFARE STATE A primeira grande crise do capital, com a depressão de 1929-1932, seguida dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, consolidou a convicção sobre a necessidade de regulação estatal para seu enfrentamento. Para enfrentar a crise foi necessário a união de alguns fatores. a) Políticas keynesianas com vistas a gerar pleno emprego e crescimento econômico num mercado capitalista liberal b) Instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demanda e ampliar o mercado de consumo c) Um amplo acordo entre esquerda e direita, entre capital e trabalho
6. ELEMENTOS QUE MARCARAM A IDADE DE OURO DAS POLÍTICAS SOCIAIS: O primeiro é o crescimento do orçamento social em todos os países da Europa que integravam a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), havia passado de 3% em 1914 para 25% em 1970. O segundo foi o crescimento demográfico expresso pelo aumento da população idosa nos países capitalistas centrais, que ampliou os gastos com aposentadorias e saúde. O terceiro é o crescimento sequencial de programas sociais do período - a expansão de programas sociais foi bastante similar em quase todos os países: primeiro a cobertura de acidentes de trabalho, seguida pelo seguro-doença e invalidez, pensões a idosos, seguro-desemprego e por último, auxílio-maternidade.
7. Essas iniciativas começaram com as reivindicações da classe trabalhadora durante o século XIX, tendo sido ampliadas no consenso pós-guerra, sobretudo com a influência do Plano Beveridge de 1942, que propunha uma nova lógica para a organização das políticas sociais a partir da crítica aos seguros sociais bismarckianos (tais seguros eram destinados a reduzidas categorias profissionais no final do século XIX e se espalharam no início do século XX, mas não tinham caráter universal nem recebiam a designação de Welfare State). PRINCÍPIOS ESTRUTURAIS DO WELFARE STATE 1. Responsabilidade estatal na manutenção das condições de vida dos cidadãos, por meio de um conjunto de ações em três direções: regulação da economia de mercado a fim de manter elevado nível de emprego; prestação pública de serviços sociais universais, como educação, segurança social, assistência médica e habitação; e um conjunto de serviços sociais pessoais 2. Universalidade dos serviços sociais e implantação de uma "rede de segurança" de serviços de assistência social
8. Importante reconhecer que o termo Welfare State tem origem na Inglaterra, mas há outras designações que nem sempre se referem ao mesmo fenômeno e não podem ser tratadas como sinônimo de Welfare State. É o caso do termo Etat-Providence (Estado providência) que tem origem no Estado social na França e o designa, enquanto na Alemanha o termo utilizado é Sozialstaat, cuja tradução literal é Estado social; Os seguros sociais (a garantia compulsória de prestações de substituição de renda em momentos de riscos derivados da perda do trabalho assalariado pelo Estado, foi uma inovação da Alemanha na era bismarckiana). O modelo inglês de Beveridge tem como principal objetivo a luta contra a pobreza. Os princípios fundamentais do sistema beveridgiano são a unificação institucional e a uniformização dos benefícios. As políticas sociais vivenciaram forte expansão após a Segunda Guerra Mundial, tendo como fator decisivo a intervenção do Estado na
9. Dois modelos predominantes para os estudiosos: Quando ocorre predomínio da lógica do seguro, é identificado o sistema como sendo de seguros ou bismarckianos. Quando predominam amplos serviços não contributivos, tendem a identificá-lo como sistema beveridgiano ou de seguridade social. Os "anos de ouro" do capitalismo "regulado" começam a se exaurir no final dos anos 1960. HOBSBAWM As taxas de crescimento, a capacidade do Estado de exercer suas funções "mediadoras civilizadoras" cada vez mais amplas, a absorção das novas gerações no mercado de trabalho, restrito já naquele momento pelas tecnologias poupadoras de mão-de-obra, não são as mesmas, contrariando as expectativas de pleno emprego, base fundamental daquela experiência. As dívidas públicas e privadas crescem perigosamente. A explosão da juventude em 1968, em todo o mundo, e a primeira grande recessão - catalisada pela alta dos preços do petróleo em 1973-1974 - foram os sinais contundentes de que o sonho do pleno emprego e da cidadania relacionada à política social havia terminado no capitalismo central e estava comprometido na periferia do capital, onde nunca se realizou efetivamente.
Brasil e a Política Social
Marcas da particularidade histórica da política social no Brasil: sentido da colonização (complexa articulação da dinâmica do mercado mundial com os movimentos internos com a economia e a sociedade brasileira. – séc. XVI e XIX) serviu de acumulação do capitalismo nos países centrais.
  Tendência de subordinação e dependia ao mercado mundial. (Heteronímia) 
 Peso do escravismo no Brasil implicações condições de trabalho e nas relações sociais e no ambiente cultural brasileiro, carregados até hoje de desqualificação profissional. 
 Desenvolvimento desigual e combinado 
Pilares do capitalismo foram introduzidos nos pais no contexto do estatuto colonial (lenta substituição do trabalho escravo para o livre), só é realmente impulsionado com estado nacional ai advém a importância da dependência em 1822.
  Foram decisivos os processos com a ruptura a homogeneidade da aristocracia agrária, ao lado do surgimento de novo agentes econômicos, sobre a pressão da divisão social do trabalho na direção da construção de uma nova sociedade nacional. Contudo esse movimento é marcado pela ausência de compromisso com qualquer defesa mais contundente dos direitos dos cidadãos por parte das elites econômicas e políticas – marca indelével da nossa formação, fato fundamentação para pensar a configuração da política social no brasil. 
 Característica do liberalismo no Brasil: é filtrado pelas elites nativas de uma lenta singular – a equidade como uma emancipação das classes dominantes e a realização de um status desfrutado por elas sem incorporação das massas. O Estado é visto como um meio de internalizar os centros de decisão política e de institucionalizar o predomínio das elites nativas dominantes, numa forte confusão entre o público e privado. O significado da Independência e de seu componente cultura liberal para sua formação da sociedade e dos estados nacionais: e como o senhor colonial metamorfoseia se em senhor cidadão. 
 A Independência criou as condições para o florescimento do espírito burguês, mas não em sua plenitudesem romper com entrosamento visceral com o mercado externo, do que decorre uma não equiparação entre atomização econômica e política. Prevalece os interesses do setor agroexportador.
No novo setor e urbano, cada vez mais diferenciado, cresceu a insatisfação com a situação do país, com críticas dirigidas a escravidão. 
 São ingredientes da entrada brasileira no capitalismo, num processo de transição condicionado pelo dinamismo do mercado mundial e marcada pela adaptação do sistema colonial aos novos tempos, um aspecto dessa transição é a incongruência entre as normas legais e as normas práticas. Dessa forma garantia-se o controle do ritmo de modernização, segundo os interesses dos antigos senhores. 
 O surgimento da política social no Brasil não acompanha o mesmo tempo histórico dos países de capitalismo central. A questão social, em especial após a escravidão e com a imensa dificuldade de incorporação dos escravos libertos no mundo do trabalho, só se colocou como questão política a partir da primeira década do século XX- primeiras lutas dos trabalhadores e primeiras iniciativas de legislação voltada ao trabalho. Manifestação de pauperismo e iniquidade.
  Algumas leis foram elaboradas para algumas categorias e setores da sociedade a exemplo: criação da caixa de socorro para burocracia publica (1888); pensão e 15 dias de férias funcionários ferroviários e do ministério da fazenda (1889); primeira legislação para assistência a infância no Brasil regulamento o trabalho infantil nunca foi cumprida (1891), (1892) pensão funcionários da marinha, a passagem do século XX sacudida pela formação dos primeiros sindicatos, na agricultura e nas industrias rurais a partir de (1903); e dos demais trabalhadores
Terceiro capitulo Brasil 
O BRASIL APÓS A GRANDE DEPRESSÃO E AS CARACTERÍSTICAS DA POLÍTICA SOCIAL O advento da crise internacional de 1929-1932 teve como principal repercussão no Brasil, uma mudança da correlação de forças no interior das classes dominantes, mas também trouxe consequências significativas para os trabalhadores. Com a paralisia do mercado mundial em função da crise de 1929- 1932, as oligarquias agroexportadoras cafeeiras ficaram externamente vulneráveis econômica e politicamente. As oligarquias do gado, do açúcar e outras, que estavam fora do núcleo do poder político, aproveitaram as circunstâncias para alterar a correlação de forças e diversificar a economia brasileira. Assim, chegam ao poder político, as outras oligarquias agrárias e também um setor industrialista, quebrando a hegemonia do café, e com uma agenda modernizadora. O esforço regulatório inicial no período Vargas se deu entre os anos de 1930.
11. Principais medidas do período: Em relação ao trabalho, o Brasil seguiu a referência de cobertura de riscos ocorrida nos países desenvolvidos, numa sequência que parte da regulação dos acidentes de trabalho, passa pelas aposentadorias e pensões e segue com auxílios doença, maternidade, família e seguro-desemprego. Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, e em 1932, a Carteira de Trabalho, a qual passa a ser o documento da cidadania no Brasil: eram portadores de alguns direitos aqueles que dispunham de emprego registrado em carteira. O período de introdução da política social brasileira teve seu desfecho com a Constituição de 1937 - a qual ratificava a necessidade de reconhecimento das categorias de trabalhadores pelo Estado - e finalmente com a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, promulgada em 1943. O Brasil acompanha as tendências internacionais de incremento da intervenção do Estado diante das expressões da questão social, mas com características muito particulares
12. Em 1946, após 15 anos no poder, Vargas caiu, e abriu-se um novo período no país, de intensas turbulências econômicas, políticas e sociais. O Brasil tornou-se um país mais urbanizado, com uma indústria de base já significativa e com um movimento operário e popular mais maduro e concentrado, com uma agenda de reivindicações extensa. A constituição de 1946 foi uma das mais democráticas do país, chegando até a retirar o Parido Comunista da ilegalidade. O período de 1946-1964 foi marcado por uma forte disputa de projetos e pela intensificação da luta de classes. Pode-se concluir que de 1946 até 1964 o país foi marcado pela expansão lenta dos direitos, que se mantiveram ainda no formato fragmentado da era Vargas.

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