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Terapia nutricional em gestantes de risco

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TERAPIA NUTRICIONAL 
EM GESTANTE DE ALTO 
RISCO
Nutrição Materna Infantil 2018.2
DIABETES 
GESTACIONAL
A gestação consiste em condição diabetogênica,
uma vez que a placenta produz hormônios
hiperglicemiantes e enzimas placentárias que
degradam a insulina. Podendo evoluir com
disfunção das células β.
Diabetes gestacional
Classificação das gestantes 
com DM:
 Portadoras prévias de DM 
I e II
 Portadoras de diabetes 
gestacional (algum grau 
de intolerância à glicose 
com início ou 
reconhecimento na 
gestação)
Diabetes gestacional
EPIDEMIOLOGIA:
• o problema metabólico mais comum na gestação e tem prevalencia em 3 a 25% 
das gestações, dependendo do grupo étnico, da população e do critério 
diagnostico. (SBD, 2017)
Diretrizes/ SBD/2017-2018
ETIOLOGIA
1. Redução na secreção pancreática de insulina
- Pâncreas não produz resposta extra de insulina para a elevada
demanda do 3º trimestre – excessivo transporte
transplacentário
2. Desequilíbrio dos hormônios
-Possível desequilíbrio liberação de glucagon ( glicose
sangüínea)
 Estimula a degradação do glicogênio
- aumento de hormônios na gestação (especialmente cortisona)
 Estimula a degradação protéica e a síntese de glicose a partir de
aminoácidos
Rastreamento do Diabetes gestacional
Fonte: SBD, 2017
Sem diagnóstico prévio de 
DM
Ou glicemia <92
92-126 mg/dL
DIABETES
gestacional
≥126 mg/dL
DIABETES
Pré-gestacional
Gestantes
Repetir
TOTG
24-28 SG
TOTG
24-28 SG
JEJUM < 
92MG/DL
Normal
Interpretação do 
TOTG 75g (ADA/SBD)
Jejum – 92 mg/dL
1 hora – 180 mg/dL
2 horas – 153 mg/dL
Solicitação de glicemia de jejum na 1ª consulta
Solicitar outra glicemia de jejum para 
confirmar 
Rastreamento do Diabetes gestacional
Repetir TOTG
24-28 SG
Metas após 2 semanas de dietoterapia:
Jejum ≤ 95ml/dl
1h pós prandial ≤ 140mg/dl
2h pós prandial ≤ 120mg/dl
Diabetes gestacional
CONDUTA NUTRICIONAL
Cálculo das necessidades:
1. Manter cálculo usado para gestantes não-diabéticas
2. Recomendação da SBD (2013/2014)
* Ganho de 300 a 400g/semana, a partir do 2º 
trimestre
VALOR ENERGÉTICO DA DIETA, DE ACORDO COM A ADEQUAÇÃO DE PESO
ESTADO NUTRICIONAL/GRAVIDEZ KCAL/KG/DIA
Baixo peso 36 a 40
Eutrófica 30
Obesidade 24
Obesidade mórbida 12 a 18
ADA, 2000
SBD (2013/2014)
Diabetes gestacional
Macronutriente Recomendado
Carboidrato 40 a 55%
Proteína 15 a 20% 
Lipídio 30 a40 % 
Deve-se dar preferência ao consumo de alimentos que 
contenham carboidratos com baixo índice glicêmico. 
TERAPIA NUTRICIONAL
SBD, 2017
Diabetes mellitus prévia
Macronutriente Recomendado
Carboidrato 40 a 45%
Proteína 15 a 20% 
Lipídio 30 a40 % 
TERAPIA NUTRICIONAL
SBD, 2017
Diabetes gestacional
USO DE INSULINA – Atenção aos cuidados básicos! 
USO DE ADOÇANTES
Adoçantes nutritivos são aceitáveis para a gestação : frutose, manitol, sorbitol. 
Os adoçantes não nutritivos considerados seguros na gestação são: 
acessulfame-K, sucralose, aspartame, sacarina ( ?). (SBD, 2017) 
 O ciclamato cruza a placenta e os níveis sanguíneos fetais 
chegam a 25% do nível plasmático materno
 Baixa capacidade do feto excretar
Ciclamato
ADOÇANTES
Os adoçantes considerados seguros na gestação são
acessulfame-K, sucralose, aspartame e estévia.
• Sacarina e ciclamato: deve ser evitado pois a placenta é permeável a ela e pode
permanecer nos tecidos fetais; Efeito carcinogênico – evitar na gestação e na
lactação;
• Aspartame: impossibilidade de ingerir as quantidades nocivas ;
• Acessulfame-k: sal de potássio, uso seguro, excretado na urina;
• Sucralose: açúcar invertido, derivado da sacarose;
• Stévia – não tem estudos sobre uso na gestação, seguro.
− Sacarina: 2,5 mg/kg de peso corporal;
− Ciclamato: 11 mg/kg de peso; 
− Aspartame: 40 mg/kg de peso;
− Acessulfame-K: 15 mg/kg de peso;
− Esteviosídeo: 5,5 mg/kg de peso; 
− Sucralose: 15 mg/kg de peso . 
DOENÇA 
HIPERTENSIVA 
ESPECÍFICA
DA GESTAÇÃO 
(DHEG)
Doença hipertensiva específica
da gestação (DHEG)
- Alta prevalência - cerca de 7,5% das gestantes (Brasil)
- Importante causa de internações, morbimortalidade
materna e perinatal.
- 2,5 % das gestantes com pré-eclâmpsia
e eclâmpsia
FATORES DE RISCO:
Obesidade, baixa estatura
Hereditariedade
Raça Negra
Idade materna (>40 anos)
Tabagismo
Primigestas
HAS 
Doença renal
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS:
Baixo peso ao nascer
Morte fetal
RCIU 
(Retardo de 
crescimento 
intra-uterino)
Asfixia fetal
≥140/90 mmHg
Se existe proteinúria (≥ 300 mg em urina de 24h)
Se existe presença de cefaleia, turvação visual, dor 
abdominal.
Convulsões
Para o diagnóstico deve-se atentar
IV Consenso de Hipertensão Arterial , 2010 e 2016
Sinal clínico:
Edema súbito
> 0,5Kg/semana
> 3Kg/mês
CLASSIFICAÇÃO
1- Hipertensão arterial crônica 
≥140/90 mmHg antes ou até a 20ª SG
2- Hipertensão gestacional
Hipertensão sem proteinúria após a 20ª SG, podendo evoluir para pré-eclâmpsia
3 - Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
≥140/90 mmHg, após a 20ª SG + proteinúria (≥300 mg/24 horas)
... + convulsão = eclâmpsia
3- Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta
Mulher hipertensa com proteinúria trombocitopenia ou anormalidades da função 
hepática, com idade gestacional superior a 20ª SG
VI Diretriz de Hipertensão arterial, 2016
Síndrome HELLP (HEMOLYSIS, ELEVATED LLIVER ENZYMES, LOW 
PLATELETS)
• Forma grave de pré-eclampsia caracterizada pelo aparecimento
de hemólise, elevação das enzimas hepáticas e queda de plaquetas em 
paciente cursando com hipertensão.
• Altas taxas de mortalidade materna e perinatal.
Etiologia
• Ainda não está bem esclarecida
• Intervenção de diversos fatores acarretando redução do fluxo 
uteroplacentário e vasoespasmo generalizado
Deficiência de vit. 
C, E, B6, B12 e B9
Doença hipertensiva específica
da gestação (DHEG)
TERAPIA NUTRICIONAL
NECESSIDADES ENERGÉTICAS
-Energia adequada para garantir ganho ponderal 
recomendado
- Calcular VET segundo gestantes sadias
Doença hipertensiva específica
da gestação (DHEG)
TERAPIA NUTRICIONAL
MICRONUTRIENTES:
Sódio – recomendações controversas – 2 a 3g (?) de sódio por dia
• Essencial: controle compartimento fluido extracelular, expansão volume 
plasmático, líquido amniótico, necessidades fetais
• Restrição perda peso (redução ingestão alimentar macro e 
micronutrientes)
• Não há respaldo atual - dieta hipossódica
Doença hipertensiva específica
da gestação (DHEG)
TERAPIA NUTRICIONAL
Cálcio
Gravidez na 
adolescência 
Gravidez na adolescência 
• Gravidez com idade igual ou inferior a 15 anos
• Avaliação individualizada
Nutriente Recomendação
Energia 38 a 50 Kcal/Kg peso ideal
Proteína: ≤ 15 anos – 1,7 g/Kg de peso
> 15 anos – 1,5 g/Kg de peso
Calcio 1300mg
Fóstoro 1205mg
Risco para deficiência devido baixa ingestão de alimentos nutritivos, 
omissão de refeições, dietas restritas e estado fisiológico 
Cuidado com o ferro!!
Gravidez 
Gemelar
Gravidez gemelar 
• Aumento do número de gestação gemelar 
nos últimos anos 
• Estão associadas à maior morbidade e 
mortalidade
• Maior frequência de complicações como 
prematuridade, baixo peso ao nascimento, 
pré-eclâmpsia, anemia, hemorragia pós-
parto, crescimento uterino restrito.
Nutriente %
Carboidrato 40
Proteína 20
Lipídeo 40
TERAPIA NUTRICIONAL
Para melhor 
controle glicêmico e 
evitar cetonúria
Redução de risco de 
prematuridade
Obrigada!!!

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