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INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA

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1
INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA
SAÚDE COLETIVA II
Prof. Moysés Francisco Vieira Netto
Livro: Odontologia em Saúde Coletiva, de Antônio 
Carlos Pereira e cols, CAP 4 – Paulo Frazão
O que é ?
� Estudo (logos)
� Sobre (epi)
� População (demos)
Ou seja, qualquer evento que pode ser 
objeto de pesquisa, desde que tomado a 
partir de sua expressão COLETIVA.
Estava relacionada ...
... Ou direcionada ao estudo das doenças 
transmissíveis.
.
Segundo Maxcy (1951), era o campo médico 
preocupado com fatores condicionantes que 
determinavam a frequencia e a 
distribuição de um processo infeccioso em 
uma comunidade humana.
HIV
ATAQUE
QUEM, QUANTOS 
PEGAM
FICAM DOENTES?
CURA
MORTE
LESÃO
2
QUEM? QUANTOS?
� GRUPO DE RISCO?
� REGIÃO DE RISCO?
� HÁBITO DE RISCO?
...
Hoje ela analisa -
� Distribuição;
� Fatores determinantes;
� Danos à saúde;
� Eventos associados;
� Propõe medidas específicas de prevenção, 
controle e erradicação;
� Fornece indicadores de suporte ao 
planejamento, administração e avaliação.
Epid da cárie
� População;
� Propor medidas específicas de prevenção, 
controle e erradicação.
Educação em saúde 
bucal
Acesso a 
informação
dieta Acesso a 
serviços 
Água fluoretada
Hábitos de higiene 
oral saudáveis
Visita periódica ao CD
Selantes ...
Objeto da epidemiologia -
� Processo saúde-doença (binômio) quando 
tomados em sua expressão coletiva.
� Por isso, por exemplo, que se fala em 
NÍVEIS DE SAÚDE – DOENÇA de uma 
população, sempre os dois pólos (opostos) 
estarão na balança. 
Ex: quanto mais saudável, menos doente 
o indivíduo ou a população.
Interação, processo dinâmico ...
� Os pesquisadores reconhecem que qualquer 
estímulo de doença e resposta humana, o 
resultado é um processo, uma série de eventos 
concomitantes ou sucessivos. 
Assim o nível de saúde-doença é o resultado de 
múltiplas causas que se traduzem em forças que 
interagem de forma contínua e complexa 
produzindo múltiplos efeitos. 
Um marco -
� John Snow, sec XIX, 
médico inglês, fez 
recuar uma 
epidemiologia de 
cólera que assolava 
Londres ...
3
Mapeamento -
� Interrupção de uma 
fonte de água.
O estudo estatístico -
591.422256.423Todas as 
outras
3798
26.107Vauxhall
3151.263
40.046Southwark
Taxa por 
10.000 casas
ÓbitosN° de casas 
abastecidas
Companhia 
fornecedora
1.361
Alguns estudos antes de 
John Snow -
� Hipócrates, na Grécia antiga : doenças e 
variações geográficas;
� John Graunt, sc XVII, quantificando 
eventos, publicou um ratado sobre 
mortalidade e sexo em regiões de 
Londres..
Londres , Sec XIX -
� A epidemiologia emergiu como 
disciplina científica.
(epidemias de cólera, de febre amarela e 
de febre tifóide resultando em graves 
problemas de saúde pública).
Europa, Sec XIX -
� Investigação de 
mortalidade e 
condições sócio-
econômicas
4
Epidemiologia e a clínica -
� Fatores que afastam o estudo epidemiológico e 
que aproximam:
- Identifica níveis de saúde-doença da 
população;
- Formula hipóteses de causalidade;
- Aplica métodos de verificação;
- Elabora diagnóstico de situação;
- Implementa ações e programas de saúde;
- Faz avaliação do impacto das ações nos 
níveis de saúde-doença da população.
- Faz diagnóstico individual;
- Formula hipóteses de diagnóstico;
- Aplica exames complementares;
- Conclui diagnóstico;
- Instaura tratamento;
- Faz avaliação clínica
Saúde coletivaclínica
Medidas -
� Uma forma simples de medir qualquer 
condição é por meio da contagem do 
número de casos, em áreas onde a 
frequência de ocorrência é pequena.
Medidas -
� Nº mortes
� Por doença
� Local (região geográfica ...moradia)
� Etnia
� Sexo
� Idade
� Acesso serviços
� Renda ...
� Apenas contar: 1000 casos identificados
� Estudo epid.: 1000 casos em quem, ou, 
quantos? 
� 1000 casos em 2000 pessoas (população)?
� Como está a incidência dessa doença 
nessa população em um dado momento / 
tempo?
Medidas -
� PREVALÊNCIA – nº casos de um 
determinado evento existente na 
população.
� INCIDÊNCIA – nº casos novos que 
surgiram num determinado período de 
tempo
?
10_____________________________ 
10__________________________
20 ________
10______
JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA DISTRIBUIÇÃO DE DIARRÉRIA EM 
CRIANÇAS, NO 2º SEMESTRE DO ANO DE 2007 (JULHO A DEZEMBRO) EM 
CAJALÂNCIA -
1) AO FIM DO ANO E DO ESTUDO PODEMOS DIZER QUE A PREVALÊNCIA DA ENFERMIDADE FOI DE?
2) QUAL A INCIDÊNCIA DA ENFERMIDADE NESSE SEMESTRE (JULHO A DEZEMBRO)?
3) QUAL O MÊS DE MAIOR INCIDÊNCIA E DE QUANTO FOI?
4) HOUVE CURA? DE QUANTAS CRIANÇAS?
5
Medidas -
2006 2007 2008
Estudo de 3 anos da doença cárie em crianças de 12 anos, no município de Cajalândia – ES.
Qual a INCIDÊNCIA da doença em 2006? Em qual mês foi?
Houve cura da doença em 2006?
Qual a incidência da doença em 2007? Em qual mês?
Houve cura da doença em 2007?
Qual a prevalência da doença em 2007?
Qual a incidência e prevalência da doença em 2008?
Ano /meses 
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Nº
DOENTES
HEPATITE
100 100
10
100 100100
Bom restante de dia p/ nós !
EPIDEMIOLOGIA
TIPOS DE ESTUDO
SAÚDE COLETIVA II
2ª AULA
Prof. Moysés Francisco Vieira Netto
Livro: Odontologia em Saúde Coletiva, de Antônio 
Carlos Pereira e cols, CAP 4 – Paulo Frazão
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS
� DESCRITIVOS OU ANALÍTICOS;
� OBSERVACIONAIS OU EXPERIMENTAIS;
� TRANSVERSAIS OU LONGITUDINAIS;
� PROSPECTIVOS OU RETROSPECTIVOS;
� CONTROLADOS OU NÃO-CONTROLADOS.
DESCRITIVO -
� Quando é planejada para colher dados sem o propósito de 
estabelecer alguma relação entre eles ou responder a uma 
determinada questão.
ANALÍTICO -
� Quando o estudo é desenhado para permitir que alguma hipótese seja 
testada.
DESCRITIVO / TRANSVERSAL / 
OBSERVACIONAL
� Entre os estudos descritivos pode-se destacar os surveys ou 
levantamentos epidemiológicos. Alguns autores os denominam de 
inquérito epidemiológico sem levar em consideração se os dados a serem 
coletados serão obtidos por meio de exames ou entrevistas;
� Os dados são coletados em um determinado momento. Por esse recorte 
no tempo, são também chamados de estudos transversais ou 
seccionais;
� Os mais conhecidos são os estudos de prevalência e incidência;
� Como não há a intenção de estabelecer relação entre as variáveis 
analisadas, podem ser denominadas ainda de estudos observacionais.
ex: analisar o flúor e cárie (experimental)
6
� Muitos são os critérios para classificar os estudos analíticos;
� Em relação ao tempo: 
- Prospectivos quando os sujeitos expostos e os fatores associados a uma determinada 
doença são acompanhados;
- Retrospectivo quando as características dos casos de uma determinada doença ou 
tipo de óbito são comparados com as características de um grupo populacional 
semelhante, mas sem a doença (grupo controle) ;
- PROSPECTIVO = ESTUDOS DE COORTE
- RETROSPECTIVO = CASO-CONTROLE.
� Ambos são chamados de estudos longitudinais e podem ser 
considerados observacionais porque não há intervenção ou 
exposição dos sujeitos a determinados fatores provocados pelos 
procedimentos de pesquisa;
� É graças aos estudos longitudinais que tanto os fatores de risco 
como os de proteção são identificados .
� Fator de risco: é definido como uma característica ou exposição que 
aumenta a probabilidade de ocorrência de óbito, de doença ou de 
agravo. Se ele não está incluído na cadeia causal da doença ou 
evento,é chamado de marcador de risco. Alguns autores 
denominam esse marcador – preditor de risco;
� Fatores de risco demográfico: são fatores que não são modificáveis, 
características imutáveis, como: idade, gênero, cor da pele ou etnia. 
� ESTUDOS ANALÍTICOS-
Podem ser produzidos apesar de vários estudos transversais 
realizados durante um determinado intervalo de tempo.
Ex: a comparação da prevalência de cárie dentária em escolares de 
12 anos hoje, com escolares de mesma idade 10 anos atrás. Pode 
ser um estudo de prevalência, descritivo e transversal, mas pode 
ser também um estudo analítico no qual pode verificada a 
influência de certas variáveis no fenômeno. Ex: flúor 
EXPERIMENTAIS -
� O estudo para saber se determinado fator é causa para um 
determinado efeito não é simples , e pode ser demonstrada 
rigorosamente somente por meio de estudos experimentais.
pesquisa
às características
da população
Fator ou 
variável
externo
Testar hipótese de que um particular agente ou procedimento 
modifica favoravelmente o curso esperado da doença.
ex
p
er
im
en
to
� Os experimentos são conhecidos também como ENSAIOS 
CLÍNICOS;
� Ex: comparar o efeito de determinados agentes em dois grupos de 
pacientes ou populações;
� Obs: Quando os sujeitos da pesquisa são incluídos aleatoriamente, 
tanto no grupo de estudo (onde certa substância será testada) 
quanto no grupo-controle, o ensaio clínico é chamado de 
RANDOMIZADO.
7
� Desenhos de estudos experimentais ou ensaios clínicos não-
randomizados não são incomuns em Odontologia devido aos aspectos 
ÉTICOS e OPERACIONAIS.
� Ex: estudos sobre a ação preventiva do Flúor sobre os dentes quando 
adicionado nas águas de abastecimento público. 
ANÁLISE DOS DADOS -
� A estatística é uma área que se preocupa, entre outros aspectos, 
da organização;
da descrição;
da análise; e
da interpretação.
O EMPREGO DA ESTATÍSTICA -
� Frequência absoluta;
� Frequência relativa;
� Medidas de tendência (média ... moda, ...);
� Medidas de variabilidade (variância, desvio padrão ...);
� Comparar grupos e dados;
� Fazer generalizações ou inferências a partir de resultados obtidos.
A ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS -
� A análise estatística dos dados requer aplicação técnicas com finalidade de 
organizar, descrever e sintetizar as observações. Entre os procedimentos 
que podem ser empregados na análise, destacam-se:
1 – organização dos dados do menor para o maior;
2- construção da distribuição de frequências;
3- desagragação, agrupamento e estratificação dos dados conforme a 
relevância das informações a serem produzidas;
4- cálculo de índices em determinados casos;
5- construção de tabelas e de gráficos auto-explicativos para comunicação 
eficiente dos resultados obtidos.
OS DADOS -
� QUALITATIVOS
� QUANTITATIVOS
IR ALÉM DA DESCRIÇÃO -
� quando o pesquisador pretende ir além da descrição dos dados, ou 
seja, produzir inferências sobre a população com base em amostras, é
necessário o emprego de técnicas de estatística analítica. Essas 
inferências possuem limitações e não se pode ter certeza absoluta de 
que estão corretas. A amostra, nesse caso, é de fundamental 
importância para as inferências.
A PRÁTICA EPIDEMIOLÓGICA -
� No Brasil, a Lei 8.080, de 19/09/90, conhecida como lei orgânica da saúde, 
determina (Art 7º, VII) a “utilização da epidemiologia para o 
estabelecimento de prioridades, a alocação dos recursos e a 
orientação programática”.
� Para a prática epidemiológica, alguns aspectos são considerados 
fundamentais para que os resultados das investigações sejam aceitos sem 
reservas pela comunidade científica:
- Seleção da população do estudo;
- Aferição do eventos;
- Expressão dos resultados; e
- Controle das variáveis ( que confundem a interpretação dos dados)
8
� Para o SANITARISTA que atua em atividades de promoção da 
saúde e de prevenção das doenças, ela auxilia na avaliação do 
impacto das ações e na identificação dos grupos ou das áreas 
geográficas de maior vulnerabilidade, entre outros aspectos.
� O CLÍNICO, pode empregar conhecimentos epidemiológicos como 
contágio, risco, precisão de testes diagnósticos, prognósticos e 
eficácia de tratamentos, entre outros, na relação com os pacientes e 
na proteção da saúde das pessoas.
A AMOSTRA -
� A seleção da população para o estudo é um fator de muita atenção para 
que o estudo seja viável ...
... Ex: pesquisas de morbidade realizadas em estabelecimentos de saúde, por 
atingirem somente um grupo específico de pessoas – aqueles que utilizam o 
serviço – em geral não são representativas da população.
Entre os epidemiologistas é reconhecido que, ao contrário dos estudos 
transversais de base populacional em que a prevalência da doença é
subestimada, em estudos de demanda efetiva ela, normalmente, é
superestimada 
� Para assegurar a representatividade da população, na maior parte 
das vezes, exige coleta dos dados diretamente em escolas (no caso 
de população em idade escolar) ou mesmo em domicílio;
� A aplicação de regras de sorteio dos elementos amostrais e de 
medida é essencial para a correta composição da população do 
estudo. Evita, por exemplo ausência de respostas (perda de exames 
ou entrevistas por recusa ou ausência do sujeito da pesquisa, erros 
de preenchimento do instrumento ...) (SILVA, 1998).
1- Qual a prevalência da doença representada inicialmente no quadro I?
2- Qual a incidência da doença no período de 1975 – 1990?
3- Qual incidência da doença no período de 1990 a 1998?
4- Qual a prevalência da doença em 1998?
5- Qual a incidência da doença no período de 1991 a 2000?
6- Qual a prevalência da doença em 2007?
7- Nos dias atuais, com base no enunciado da questão e nos quadros
apresentados, como você descreveria o comportamento da doença?

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