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Gestao de Custos

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GESTÃO DE CUSTOS
MÓDULO IV
CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
Gestão de Custos 145
GESTÃO DE CUSTOS
Karla Stelzer da Silva
karlastelzer@bol.com.br
Gestão de Custos 146
Sumário
1 . Introdução
1.1 Importância da Gestão de Custos no universo empresarial
2. Custos
2.1 Conceito & Termologia
2.1.1 Distinção Custo x Despesa
2.2 Princípios aplicados a Custo
2.3 Classicifação dos Custos
2.3.1 Custo direto, indireto e integral
2.3.2 Custo fixo, variável e misto
2.4 Critérios de avaliação de materiais
2.4.1 Preço Específico
2.4.2 Peps
2.4.3 Ueps
2.4.4 Custo médio
2.5 Sistema de Custeio
2.5.1 Custo por absorção
2.5.2 Custo padrão
2.5.3 Custo ABC
2.5.4 Custo departamental
2.5.5 Custeio Variável
2.5.6 Curva ABC
2.6 Critérios de Avaliação de Estoque
2.6.1 Inventário permanente
2.6.2 Inventário periódico
2.7 Ponto de Equilíbrio
2.7.1 Econômico
2.7.2 Financeiro
2.7.3 Contábil
2.8 Formação de Preço de Venda
3. Referências Bibliográficas
Gestão de Custos 147
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1 2 3 4
Custo x Lucro
Custo: Lucro:
1- Introdução
1.1 Importância da Gestão de Custos
A preocupação com Custos teve início, basicamente, na Revolução Industrial, onde
surgiu à necessidade de avaliar os inventários, sejam eles, de matérias primas, de
produtos acabados, ou de produtos em processo; na verdade a contabilidade de
Custos teve seu processo evolutivo juntamente com o segmento industrial.
Nos dias atuais, a Gestão dos negócios requer mais astúcia, dedicação e também
muita persistência, os negócios estão diferentes, mais competitivos. Organizações,
empresas ou qualquer outra entidade não conseguem sobreviver a este novo
cenário, isoladas, necessitam de sinergia. A função econômica não é a principal,
contudo, imprescindível. Com isso lucro, torna-se a maior exigência de qualquer
atividade econômica. Nesta sinergia, o lucro torna-se conseqüência da soma parcial
ou total de qualidade, produtividade, emoção, intuição, lógica, capacidade
empresarial, fé, firmeza, equilíbrio, vontade e garra.
O lucro deixa de ser atributo da receita das vendas, para tornar-se função resultante
dos Custos incorridos, de tal modo que almejar lucro significa conter Custos. Lucros
e Custos são grandezas inversamente proporcionais. O lucro será máximo se o
Custo for mínimo, conforme ilustrado abaixo:
Gestão de Custos 148
A boa Gestão de Custos nas empresas é decorrente da coragem decisória dos
administradores em mudar processos e comportamentos, tem seu grande objetivo
na maximização dos lucros, cuja eficácia mais contundente é a conquista natural da
liderança em Custo, estratégia competitiva principal para levar uma empresa a
conquistar mais fatias e permanência assegurada no mercado.
2- Custos
2.1 Conceito & Termologia
A palavra Custo, possui significado muito abrangente, pode ser utilizado para
representar: o Custo das mercadorias vendidas em uma empresa comercial, o Custo
dos serviços prestados em uma empresa de prestação de serviços, o Custo de
fabricação de um produto, o Custo direto de fabricação, etc... Desta forma torna-se
necessário ter consciência de que poderão se encontrados conceitos distintos de
Custo, que vão carecer de análise particular. Assim, Custo é um gasto que se faz a
fim de obter um rendimento. Diferentes tipos de Custos são usados para diferentes
propósitos, e a escolha correta poderá assegurar o uso apropriado dos recursos do
departamento.
No ramo da Ciência Contábil, a Contabilidade de Custos possui sua finalidade na
apuração de quanto custou, realmente determinado produto, processo, atividade e
tudo que seja importante ao administrador saber para diminuir o risco de suas
decisões.
Para se obter sucesso na Gestão dos Custos, se faz necessário a compreensão de
alguns termos que serão muito utilizados no momento da análise:
- Gasto: Desembolso á vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços
independentemente da sua destinação dentro da empresa. O gasto se concretiza
quando os serviços ou bens adquiridos são prestados ou passam a ser de
propriedade da empresa.
Gestão de Custos 149
Exemplos:
 Gasto com mão-de-obra (salários e encargos sociais);
 Gasto com aquisição de mercadorias para revenda;
 Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização;
 Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de
energia;
 Gasto com aluguel de edifício (aquisição de serviços);
 Gasto com Reorganização Administrativa (serviço).
- Desembolso: É o pagamento efetuado ao se adquirir um bem ou serviço. O
desembolso pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada.
Portanto, defasada ou não do gasto.
- Despesa: Gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das
áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visam à
obtenção de receitas.
Exemplos:
 Salários e encargos sociais do pessoal de vendas;
 Salários e encargos sociais do pessoal administrativo;
 Energia elétrica consumida na sede administrativa;
 Gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas;
 Conta telefônica da administração e de vendas;
 Aluguéis e seguros da sede administrativa.
- Perda: Representa um gasto não intencional decorrente de fatores externos ou da
atividade produtiva normal da empresa.
Exemplos:
 Incêndio;
 Obsoletismo de estoques;
 Período de greve;
Gestão de Custos 150
 Enchente;
 Furto/roubo.
- Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a períodos futuros.
Exemplos:
 Aquisição de móveis e utensílios;
 Aquisição de imóveis;
 Despesas pré-operacionais;
 Aquisição de marcas e patentes;
 Aquisição de matéria-prima (Estoque);
 Contas a Receber.
2.1.1 Distinção Custo x Despesa
Custos ou Despesas? Como diferenciar?
Os Custos possuem a capacidade de serem atribuídos ao produto final. Despesas
são de caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.
Quadro comparativo:
Custos Despesas
Gastos de produção Gastos administrativos e de vendas
Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços Não se identificam diretamente à produção
Gastos com o objeto de exploração da empresa
(atividade-afim)
Gastos outras atividades não exploradas pela
empresa (atividade meio)
Gestão de Custos 151
Linha de ProduçãoInício
Produção
Produto
Final
Investimentos
GASTOS
Custos Despesas
PARA GUARDAR: Todo gasto efetuado antes da linha de produção é um
investimento. Na linha de produção é Custo e depois ou fora da linha de produção é
despesa.
São Três os elementos básicos do Custo Industrial:
- Materiais
Estes podem ser classificados em:
▫ Matérias-primas: São os materiais principais e essenciais que entram em maior
quantidade na fabricação do produto;
▫ Materiais secundários: São os materiais que entram em menor quantidade na
fabricação do produto;
▫ Materiais de embalagem: São os materiais destinados a acondicionar ou embalar
os produtos, antes que eles saiam da área de produção.
- Mão-de-obra
Gestão de Custos 152
Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial,
englobando salários, encargos sociais, refeições, estadias, seguros, etc.
- Gastos gerais de fabricação:
Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos como:
aluguéis, energia, manutenção da fábrica, etc.
2.2 Princípios aplicados a Custo
Princípios contábeis representam o conjunto de procedimentos que devem ser
seguidos pela contabilidade financeira, para registro dos fatos contábeis e
elaboração das demonstrações contábeis. Estes proporcionam interpretação
uniforme das demonstraçõesfinanceiras. No Brasil, os princípios de contabilidade
geralmente aceitos estão oficialmente estabelecidos pela lei nº. 6.404/76, que por
sua vez, baseia-se fundamentalmente em princípios contábeis calcados em
conceitos amplamente aceitos em grande parte dos países do mundo.
As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC – constituem um corpo de doutrina
contábil, que serve de orientação técnica e foi através da Resolução CFC (Conselho
Federal de Contabilidade) nº. 500-81 que foi aprovada a norma NBC-T-1, referente
aos princípios fundamentais da contabilidade para elaboração das demonstrações
contábeis.
Os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de
credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração
das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e
facilitam a adequada interpretação entre empresas do mesmo setor.
Um princípio é considerado aceito quando reúne aprovação das empresas em geral,
que passam a adotá-lo como elemento disciplinador no registro de eventos e
transações e na elaboração de suas demonstrações financeiras, uma vez aceito não
significa que seja imutável. Com a evolução da técnica contábil em função de novos
eventos sócio-econômicos, modificações na legislação, novos pontos de vista, ou
Gestão de Custos 153
outros fatores, faz com que um princípio que hoje é aceito, pode vir a ser
abandonado amanhã.
Assim, os princípios contábeis propriamente ditos representam as regras e normas
através das quais os conceitos fundamentais de contabilidade são traduzidos de
maneira mais específica e objetiva.
Abaixo se encontram aqueles aplicáveis ao Custo:
- Realização da Receita:
A realização da receita, em regra, ocorrerá quando da transferência do bem ou do
serviço para terceiros. Do ponto de vista econômico, o lucro surge durante a
elaboração do produto, pois há agregação de valor. Este princípio se responsabiliza
pela grande diferença entre conceito de lucro na economia x contabilidade. Existem
exceções como no caso de construção onde a receita e gastos são reconhecidos
antes.
- Competência ou da Confrontação entre Despesas e Receitas:
Após o reconhecimento da receita, deduzem-se dela todos os valores
representativos dos esforços para sua consecução (despesas). Esses esforços
podem ser subdivididos em dois grupos principais – despesas especificamente
incorridas para a consecução daquelas receitas que estão sendo reconhecidas e
despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas, e não necessariamente
daquelas que agora estão sendo contabilizadas.
- Custo histórico como base de valor:
Os ativos são registrados contabilmente por seu valor original de entrada, ou seja,
histórico. Quando há problemas de inflação, o uso de valores históricos deixa muito
a desejar.
Gestão de Custos 154
- Princípio da Consistência e uniformidade:
Existindo várias alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas
válidas dentro dos princípios geralmente aceitos, a empresa deve adotar uma delas
de forma consistente. Isto implica que a alternativa escolhida deve ser adotada
sempre, não podendo a entidade mudar o critério a cada período. Após adoção de
um método de apropriação de custos, deve haver consistência em seu uso, já que a
mudança pode provocar alterações nos valores dos estoques e, consequentemente,
nos resultados.
- Conservadorismo e prudência:
Quando o contador tiver dúvida fundamentada sobre tratar determinado gasto como
ativo ou redução do PL (básica e normalmente despesa), deve optar pela de maior
precaução, ou seja, neste caso pela segunda. Neste principio se faz necessário o
uso do bom senso. Na duvida deve prevalecer a hipótese mais pessimista, para não
provocar estoque do valor, e sim sua imediata transformação em despesa.
- Materialidade ou relevância:
Há uma desobrigação de um tratamento mais rigoroso aqueles itens cujo valor
monetário é pequeno dentro dos gastos totais. Porém a soma de diversos itens
irrelevantes pode ser material, e, nesse caso, um tratamento mais rigoroso precisa
ser utilizado.
2.3 Classificação dos Custos
2.3.1 Custo direto, indireto e Integral
Com relação aos produtos, o Custo pode ser Direto, Indireto ou Integral:
- Custo Direto:
Gestão de Custos 155
São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados,
porque existe uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.
Exemplos:
 Matéria-prima
Normalmente, a empresa sabe qual a quantidade
exata que está sendo utilizada para a produção de
uma unidade do produto.
 Mão-de-Obra direta
Trata-se dos Custos com os trabalhadores
utilizados diretamente na produção. Sabendo-se
quanto tempo cada um trabalhou no produto e o
valor da mão-de-obra, é possível apropriá-la
diretamente ao produto.
 Material de embalagem
 Depreciação de equipamento quando é utilizado para produzir apenas
um tipo de produto
 Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber quanto foi
consumido na produção de cada produto.
- Custo Indireto
São os Custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem
apropriados em diferentes produtos, portanto, são os Custos que só são apropriados
indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de
base ou critério de rateio.
Exemplos:
Gestão de Custos 156
 Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de
um produto;
 Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção;
 Aluguel da fábrica;
 Gastos com limpeza da fábrica;
 Energia elétrica que não pode ser associada ao produto.
- Custo Integral
Custo integral ou pleno envolve o Custo total ou contábil com as demais despesas
diversas apresentadas pela empresa.
2.3.2 Custo fixo, variável e misto
Com relação ao volume, o Custo pode ser Fixo Variável ou Misto:
- Custo Fixo
Custos Fixos são aqueles cujos valores serão os mesmos independentemente do
volume de produção e vendas da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da
fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção,
inclusive no caso da fábrica nada produzir.
Observe que os Custos Fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas
podem variar de valor no decorrer do tempo ou até o limite da capacidade do ativo
gerador do Custo fixo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em
determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez que terá o
mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Da mesma forma o aluguel da
fábrica só será constante até o limite do espaço do parque fabril disponível. Caso
aumente a demanda da empresa por espaço, haverá aumento no Custo fixo pela
necessidade de locação de nova área.
Exemplos:
Gestão de Custos 157
 Imposto Predial
 Depreciação dos equipamentos (pelo método linear);
 Salários de vigias e porteiros da fábrica;
 Prêmios de seguro.
Custos fixos
- Custo Variável
Custos Variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de
produção da empresa. Se não houver quantidade produzida, o Custo Variável será
nulo. Os Custos Variáveis aumentam na mesma medida do aumento da produção.
Exemplos:
 Materiais diretos consumidos (matéria-prima);
 Depreciação dos equipamentos (quando esta for feita em função das
horas/máquina trabalhadas);
 Gastos com horas-extras na produção.
Custos variáveis
Quantidade
Valor
Custo Fixo Total
Custo Fixo Unitário
Capacidade
Quantidade
Valor
Custo Fixo Total
Custo Fixo Unitário
Capacidade
Quantidade
Valor
Custo Variável Total
Custo Variável Unitário
Quantidade
Valor
Custo Variável Total
Custo Variável Unitário
Gestão deCustos 158
- Custo Misto
São os que variam de acordo com a produção, mas possuem uma parte fixa mesmo
que nada seja produzido. Também são denominados semifixos e semivariáveis.
Exemplo: energia elétrica, aluguel de máquinas de xérox etc.
2.4 Critérios de avaliação de materiais
O Custo dos materiais estocados é determinado com base no valor de aquisição
constante das Notas Fiscais de compra, acrescido das despesas acessórias e dos
impostos e taxas que não forem recuperados pela empresa industrial no momento
da venda de seus produtos.
Tendo em vista que uma empresa industrial poderá adquirir um mesmo tipo de
material em datas diferentes, pagando por ele preços variados, para determinar o
Custo destes materiais estocados, bem como o Custo dos materiais que forem
transferidos para a produção, se torna necessário adotar algum critério. Os critérios
mais conhecidos para avaliação dos estoques são: Preço específico, PEPS, UEPS,
e Preço médio.
2.4.1 Preço Específico
O critério de avaliação do Preço Específico consiste em atribuir a cada unidade do
estoque o preço efetivamente pago por ela. É um critério que só pode ser utilizado
para mercadorias de fácil identificação física, como imóveis para revenda, veículos
novos e usados, etc. Para facilitar o entendimento e análise, as sete operações
abaixo servirão de exemplo para os três casos a seguir:
Durante o mês de setembro, ocorreram as seguintes operações na Indústria de
Produtos Alimentícios São Luiz S.A.
Gestão de Custos 159
1- No dia 02 foram adquiridas, do fornecedor Moinho Redenção S.A., 100 sacas de
trigo conforme Nº. 5.321, série A, com valor de R$ 1.000.000. Da nota fiscal
constaram ainda:
ICMS: R$ 184.000
Frete: R$ 84.000
2- No dia 5 foram transferidas para a produção, conforme Requisição nº. 1, 60 sacas
de trigo.
3- No dia 10 foram adquiridas do mesmo fornecedor, a prazo, 50 sacas de trigo no
valor de R$ 608.000, conforme Nota Fiscal 6.001, série A. Da nota fiscal constaram
ainda:
ICMS: R$ 110.000
Frete: R$ 42.000
4- No dia 15 ocorreu nova compra do mesmo fornecedor, a prazo, de 100 sacas de
trigo no valor de R$ 1.500.000, conforme Nota Fiscal 6.110, série A. Da nota fiscal
constaram ainda:
ICMS: R$ 255.000
5- No dia 28 foram devolvidas ao fornecedor Moinho Redenção S.A. 10 sacas de
trigo, conforme nossa Nota fiscal nº. 521, Série, no valor de 150.000. Da nota fiscal
constam ainda:
ICMS: R$ 25.500
6- No dia 29 foram transferidas para a produção conforme Requisição nº. 2, 160
sacas de trigo.
7- No dia 30 o almoxarifado que controla os estoques recebeu, em devolução do
setor de produção 10 sacas de trigo.
Cálculo Custo Unitário:
Gestão de Custos 160
2.4.2 Peps
A sigla Peps, significa: Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, e é também conhecido
por FIFO, iniciais da frase inglesa: First In, First Out. Adotando esse critério para
avaliar seus estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais em estoque os
Custos mais recentes.
Veja agora, as operações apresentadas anteriormente na respectiva ficha de
controle de estoque:
Gestão de Custos 161
* Note que na coluna do saldo são controladas as quantidades com seus respectivos
Custos de aquisição. A transferência para a produção é sempre feita pelo Custo das
primeiras aquisições, guardadas as devidas proporções em relação às quantidades
adquiridas e seus respectivos Custos.
2.4.3 Ueps
A sigla Ueps, que significa Último que Entra, Primeiro que Sai, é também conhecido
por LIFO, iniciais da frase inglesa: Last In, First Out. Adotando este critério para
avaliar seus estoques, a empresa sempre atribuirá aos materiais em estoque os
Custos mais antigos.
Erro! Vínculo não válido.
* Note que na coluna do saldo são controladas as quantidades com seus respectivos
Custos de Aquisição. As transferências para a produção é sempre feita pelo Custo
das últimas aquisições, guardadas as devidas proporções em relação às
quantidades adquiridas e seus respectivos Custos.
2.4.4 Custo médio
Adotando este critério, os materiais estocados serão sempre avaliados pela média
dos Custos de aquisição, sendo estes atualizados após cada compra.
Gestão de Custos 162
Note que neste caso, a coluna destinada ao saldo indica as quantidades em estoque
e seus respectivos valores médios, atualizados sempre em função das últimas
compras.
Para o cálculo do Custo Médio, usa-se a seguinte fórmula:
Resumo
Veja a seguir o resumo elaborado com os dados extraídos das três fichas
apresentadas:
* Note que a adoção deste ou daquele critério tem Interferência direta no Custo da
produção e também no valor do estoque final. Os valores atribuídos ao Custo de
produção bem como ao estoque final foram diferentes.
Gestão de Custos 163
Então, quais dos critérios devem ser utilizados? Dos três o mais indicado é o do
Preço Médio, que espelha maior realidade aos Custos transferidos para a produção
do período, bem como aos estoques remanescentes. No entanto, a empresa poderá
adotar o método que achar conveniente, ressaltando que para o IR (Imposto de
Renda) o único não aceito seria o UEPS, pois distorce completamente os resultados,
também não é aconselhável que a empresa mude de critério de exercício para
exercício, pois isso provoca alterações no Custo e consequentemente na Apuração
do Resultado.
2.5 Sistema de Custeio
Em um ambiente de acirrada competição, a Gestão econômica das empresas
tornou-se bastante dinâmica e complexa, exigindo maior atenção por parte dos
gestores. Por isso, cada vez mais, é imprescindível a utilização de relatórios capazes
de informar com precisão de valor e tempo sobre os Custos das empresas. A
utilização de sistemas de custeio pelas empresas vem auxiliando os gestores no
momento de definir estratégias e gerenciar os Custos incorridos nos processos e
atividades.
2.5.1 Custo por absorção
O Sistema de custeio por absorção é o sistema que apura o valor dos Custos dos
bens ou serviços, tomando como base todos os Custos da produção incluindo os
Custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. O custeio por absorção é o método que
consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os Custos de produção, quer de
forma direta ou indireta. Assim todos os Custos, sejam eles fixos ou variáveis, são
absorvidos pelos produtos.
Outros critérios têm surgido através do tempo, mas o custeio por absorção é o único
adotado pela contabilidade financeira. Portanto, válido tanto para fins de elaboração
do Balanço Patrimonial como Demonstração de Resultado, além de ser admitido
pela legislação do Imposto de Renda, o Custeio por Absorção ou Custeio Pleno
consiste na apropriação de todos os Custos (sejam eles fixos ou variáveis) à
produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos.
Gestão de Custos 164
Exemplo:
O primeiro passo na operacionalização do método de custeio por absorção é a
separação entre Custos e Despesas do período.
O segundo passo na operacionalização é a classificação dos Custos de produção
em Custos variáveis e Custos fixos. Os Custos variáveis podem ser identificados
aos produtos. Já os Custos fixos, por sua vez, serão distribuídos aos diversos
produtos por meio de algum critério de rateio. Portanto, os Custos fixos são,
juntamente com os variáveis, estocados e levados a resultado somente na ocasião
da venda dos produtos.
Exemplo de uma empresa que produz dois produtos:
Aquisição Estocagem Produção Venda
Gestão de Custos 165
A empresa distribui os Custos fixos a cada um dos dois produtos, utilizando como
critério de rateio a proporção de Custos variáveis dos produtos. Como
conseqüência da utilização do custeio por absorção, fundamentalmente em função
da alocação dos Custos fixos aos produtos, observa-se que o Custo unitáriodo
produto fica impactado por dois fatores:
- Volume de produção do período;
- Critério de rateio utilizado para a alocação dos Custos fixos.
2.5.2 Custo padrão
É um Custo pré-atribuído, tomado como base para o registro da produção antes da
determinação do Custo efetivo. Em sua concepção gerencial, o Custo padrão indica
um “Custo ideal” que deverá ser perseguido (meta), servindo de base para a
administração mediar à eficiência da produção e conhecer as variações de
Custo. Esse Custo ideal seria aquele que deveria ser obtido pela indústria nas
condições de plena eficiência e máximo rendimento.
Algumas características essenciais do método de custeio padrão são:
1. Pré-fixação de seu valor, com base no histórico ou em metas a serem
perseguidas pela empresa;
2. Pode ser utilizado pela contabilidade, desde que se ajustem, periodicamente,
suas variações para acompanhar seu valor efetivo real (pelo método do Custo por
absorção).
3. Permite maior facilidade de apuração de balancetes, sendo muito utilizado nas
empresas que precisam grande agilidade de dados contábeis.
Gestão de Custos 166
Os Custos padrões auxiliam no controle de eficiência das ações. Por exemplo, pode-
se estabelecer uma relação entre a quantidade de roupa lavada em uma lavanderia
e a quantidade de sabão necessário. Este representa os recursos necessários para
o exercício da atividade lavagem de roupa que possui como saída o produto roupa
lavada.
Exemplo:
Existe uma clara relação entre o produto e o insumo necessário. Se a relação acima
descrita constituir-se um padrão aceitável para a atividade, pode-se estabelecer que,
se em determinado período para 10 kg de roupa lavada utilizou-se 0,9 kg de sabão,
houve eficiência no processo. Caso tivessem sido utilizados 1,1 kg de insumo, então
teríamos uma situação de atividade desempenhada com ineficiência. O controle dos
centros de atividade padrão é exercido através de Custos padrões e orçamentos
flexíveis.
PARA GUARDAR: Custo Padrão compreende o Custo estimado, calculado antes do
início do processo de fabricação, com base nos Custos Reais de períodos
anteriores, já o Custo Real ou Histórico, compreende o Custo calculado após o
encerramento do processo produtivo, com base nos valores efetivamente gastos na
produção.
2.5.3 Custo ABC
O Custeio Baseado em Atividades, conhecido como ABC, é uma metodologia de
custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio
arbitrário dos Custos indiretos.
Gestão de Custos 167
O ABC pode ser aplicado, também, aos Custos diretos, principalmente à mão-de-
obra direta, mas não haverá neste caso, diferenças significativas em relação aos
chamados "sistemas tradicionais". A diferença fundamental está no tratamento
dados aos Custos indiretos.
O Custeio Baseado em Atividades, restringe-se a uma limitação do conceito de
atividade no contexto de cada departamento. É uma visão exclusivamente funcional
e de custeio de produtos conhecida como "primeira geração do ABC". A utilidade do
Custeio Baseado em Atividades (ABC) não se limita ao custeio de produtos. É acima
de tudo, uma poderosa ferramenta a ser utilizada na Gestão de Custos.
Exemplo:
Gestão de Custos 168
A etapa seguinte é o cálculo do Custo do produto, cuja seqüência é:
- 1º: Custo Unitário do Direcionador = Custo da atividade / nº. total de
direcionadores;
- 2º. Custo da atividade atribuído ao produto = Custo Unitário do Direcionador x nº.
de direcionadores;
- 3º. Custo da atividade por unidade de produto = Custo da atividade atribuído ao
produto / Quantidade produzida.
Como exemplo, o cálculo para a atividade “Comprar Materiais para as camisetas”,
seria:
- Custo Unitário do Direcionador = R$ 16.000,00 / 750 = R$ 21,3333 / pedido;
- Custo da atividade atribuído ao produto = R$ 21,3333 / pedido x 150 pedidos = R$
3.200,00;
- Custo da atividade por unidade de produto = R$ 3.200,00 / 18.000 unid. = R$
0,1778 / unid.
Gestão de Custos 169
2.5.4 Custo departamental
O Custo Departamental é um sistema de atribuição dos Custos Indiretos de
fabricação aos produtos por departamento, este por sua vez constitui a menor
unidade administrativa de uma empresa, para efeito de acumulação dos Custos
Indiretos de fabricação. O Centro de Custo é a unidade mínima utilizada para
acumulação dos Custos indiretos. Um departamento poderá ter mais de um centro
de Custos desde que a subdivisão seja economicamente viável permitindo melhor
apropriação dos Custos indiretos aos produtos.
Na empresa Industrial existem dois tipos de departamentos:
- Departamentos Produtivos: composto de homens e máquinas responsáveis pela
fabricação do produto.
- Departamento de Serviços: composto por homens e máquinas que prestam
serviço para toda a empresa industrial.
Gestão de Custos 170
Exemplo:
2.5.5 Custeio Variável
Gestão de Custos 171
O sistema de custeio variável ou direto é um método que considera apenas os
Custos variáveis de apropriação direta como Custo do produto ou serviço. È o
critério utilizado para acumular os Custos de qualquer objeto ou segmento da
empresa. Este sistema só agrega os Custos variáveis aos produtos, considerando
os Custos fixos como despesas. O uso deste sistema exige a clara distinção entre
Custos diretos e indiretos.
A principal distinção de Custos nesta sistemática é o tratamento dado aos Custos
fixos de produção que são considerados como Custos do período, necessários para
manter a estrutura de produção, quer sejam produzidos ou não.
2.5.6 Curva ABC
A curva ABC é uma ferramenta utilizada para definir prioridades em situações nas
quais seja necessário estabelecer níveis de importância entre itens ou tarefas, que
apresentem maior relevância na execução, formando-se assim, classes de uma
curva. É importante ressaltar que a Curva ABC não é um controle e sim uma
importante e flexível ferramenta de análise.
Depois de ordenadas pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser
definidas do seguinte modo:
- Classe A: Principais itens em estoque e de alta prioridade (20% dos itens
correspondem a 80% do valor);
- Classe B: Itens que ainda são considerados economicamente preciosos (30% dos
itens correspondem a 15% do valor);
- Classe C: 50% dos itens em correspondem a 5% do valor.
Classe Itens Valor
Classe A 20% 80%
Classe B 30% 15%
Classe C 50% 5%
Gestão de Custos 172
* Esta parametrização, não é regra, serve apenas de parâmetro para avaliação da
curva, esta classificação vai depender do item analisado e principalmente do objetivo
do trabalho.
PARA GUARDAR: A curva ABC não é um controle e sim uma ferramenta.
Curva ABC
Exemplo:
Gestão de Custos 173
2.5.6 Inventário permanente
- Visualização Gráfica:
Gestão de Custos 174
2.6 Critérios de Avaliação de Estoque
2.6.1 Inventário Permanente
É um sistema de apuração dos Custos Unitários dos produtos fabricados pela
empresa. Por este sistema os estoques são controlados permanentemente,
permitindo a apuração do Custo Unitário da produção na medida que os produtos
são fabricados. Esse sistema, por necessitar de funcionários especializados, bem
como da adoção de controles que permitam o conhecimento do Custo Unitário do
produtos no momento que são fabricados, só é utilizado por empresas industriais de
grande porte.
Exemplo :
2.6.2 Inventário periódico
O sistema de Inventário periódico consiste em um sistema simplificado de apuração
do Custo de fabricação, pois não exige a prática de controles minuciosos, nem a
utilização de pessoal especializado.
Faz-se necessário a criação de grupos de contas específicas para registrar os
gastos com a fabricação dos produtos e aplicação da seguinte fórmula:
Gestão de Custos 175
Onde:Exemplo:
A Indústria de Temperos Mais Ltda., em 31 de dezembro de 2010, apresentou a
seguinte situação em relação à Gestão industrial do ano:
Gestão de Custos 176
2.7 Ponto de Equilíbrio
A empresa atinge o Ponto de Equilíbrio quando as vendas forem suficientes para
cobrir o total dos Custos e despesas. No Ponto de Equilíbrio, a empresa não tem
lucro e nem prejuízo.
Do ponto de vista gerencial a análise do ponto de equilíbrio, seja ela em termos
monetários ou em termos de unidade, é um instrumento precioso para a gerência
visualizar a situação econômica global das operações e tirar proveito das relações
entre as variáveis Custo-Volume-Lucro, dependendo da necessidade da informação
e da fórmula como é calculado, o ponto de equilíbrio recebe denominações
diferentes, conforme demonstra a figura abaixo:
Gestão de Custos 177
2.7.1 Econômico
É aquele que leva em consideração as despesas e as receitas financeiras,
acrescidas do saldo da correção monetária, isto é, quando a soma das margens de
contribuição totalizar um valor que, ao se deduzir os Custos e despesas fixas, forem
suficientes para remunerar o capital próprio da empresa a uma taxa satisfatória aos
acionistas e compatível com mercado.
2.7.2 Financeiro
Leva em consideração valores intrínsecos aos Custos e Despesas fixas totais e que
são apropriados sem o respectivo desembolso, como é o caso da depreciação, por
exemplo. Dessa forma, o cálculo levaria em conta a diferença dos Custos fixos e
despesas fixas totais com os valores sem desembolso de numerário, dividida pela
margem de contribuição unitária. Esse aspecto é considerado o mais completo para
uma análise detalhada.
Gestão de Custos 178
2.7.3 Contábil
O ponto de equilíbrio contábil ou operacional é o mais comum e tradicional para
análises, onde o valor das receitas iguala-se ao das despesas. É o quociente
simples da divisão dos valores dos Custos e despesas fixas pela margem de
contribuição unitária. Nesse aspecto, não haveria lucro e nem prejuízo contábil.
- Ponto de Equilíbrio Contábil em unidades:
Define a quantidade de unidades que se deve produzir e vender. Para definir essa
quantidade divide-se o gasto fixo total (Custo fixo) pela margem de contribuição
unitária (diferença entre o preço de venda e o gasto variável). A divisão do Custo fixo
pela margem de contribuição unitária demonstra a quantidade de produtos que
devem ser fabricados e vendidos para cobrir os Custos fixos.
- Ponto de Equilíbrio Contábil em valor:
Dessa forma, o ponto de equilíbrio em valor pode ser definido pelo valor mínimo que
deve ser vendido para que a empresa não tenha nem lucro nem prejuízo.
2.8 Formação de Preço de Venda
Em sentido amplo, preço é a soma dos valores que os consumidores trocam pelo
benefício de possuírem ou usarem um produto ou serviço. Os objetivos dos preços
podem ser assim definidos: sustentar a estratégia de posicionamento, atingir os
Gestão de Custos 179
objetivos financeiros propostos e ajustar a oferta à realidade de mercado. Dessa
forma, as decisões relacionadas a preço podem ser consideradas como estratégicas
para a empresa, e precisam ser embasadas em informações precisas.
• Preço de venda ideal é aquele que cobre todos os Custos e despesas e ainda
sobra o Lucro Líquido;
• Preço de venda ideal tem de ser competitivo, ser melhor do que o preço da
concorrência;
• Será determinante para os resultados da empresa
Cálculo do preço de venda:
DV – Despesas Variáveis
DF – Despesas Fixas
ML – Margem de Lucro
* Fator de Formação do Preço de Venda (Mark-up)
100% - (%DV + %DF + %ML)
A porcentagem é o mark-up ou margem de lucro. A margem de lucro deverá cobrir
todas as outras despesas ainda não incluídas nos Custos do produto, além de
permitir um retorno razoável aos investidores.
Assim sendo, se uma empresa varejista tem por política que o preço de venda do
produto é determinado através de uma porcentagem de 100% sobre seu Custo, o
preço de um produto que foi adquirido por $5, 00, será, para o consumidor:
Preço do Produto = 5 + (5 x 100%) = $10
Gestão de Custos 180
Exemplo:
Informações:
Custos do Produto = R$ 10,00
Despesas Variáveis = 15%
Despesas Fixas = 25%
Valor das Despesas Fixas/Valor das Vendas Totais
2.500,00/R$ 10.000,00
Margem de Lucro = 10%
- Margem de Contribuição
É a diferença entre o preço de venda e os gastos variáveis (Custos e despesas).
Representa quanto cada produto/serviço, contribui para cobrir as despesas fixas e
formar o lucro da empresa.
Cálculo da Margem de Contribuição:
Cv = Custo variável unitário
Dv = Despesa variável unitária
- Ponderada no caso de vários itens com margens diferentes:
- Margem x Participação nas vendas (peso).
Exemplo:
Gestão de Custos 181
Margem % x Participação (35% x 80%) = 28,00% (60% x 20%) = 12,00%
Margem Média % Ponderada = 26,25% + 13,25% = 39,50%
* Em função da participação nas vendas, o produto A contribui mais para cobrir
despesas fixas, apesar de apresentar menor margem unitária.
3. Referências Bibliográficas
RIBEIRO, Moura Osni. Contabilidade Básica Fácil. 2º Edição (Revisada). 1996
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 4º Edição. 1991
RIBEIRO, Moura Osni. Contabilidade Básica Fácil. 2º Edição. 1995
GOUVEIA, Nelson. Contabilidade Básica. 2º Edição (Revisada). 1993
BARKER, Morton e LYLE, E, Jacobsen. Contabilidade de Custos. 1º Edição. 1977

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