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Resumo de Fisiologia Sistemas

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Resumo de Fisiologia Sistemas
Sistema Digestório
Início da pesquisa: Fístula  estudo do conteúdo estomacal; perfura todas as camadas do trato digestório.
Encontrando e consumindo o alimento: 
Como obter o alimento: sistemas neurosensoriais; comportamentos da caça, procura, etc. Algumas estratégias, como a filtração, dependem do acaso. 
Os animais usam combinações de processos mecânicos e sensoriais para adquirir e ingerir alimento. A visão e o olfato são importantes para as estratégias alimentares na maioria dos vertebrados.
Evolução: 
Porifera: ausente.
Cnidaria: enzimas digestivas + cavidade gastrovascular.
Platelmintos: intestino de duas vias simples com câmara única; alguns possuem canais laterais (divertículo); ausência de ânus. 
Nematelmintos: tubo com via de mão única (simples)  Permite especialização de cada região do trato digestório; boca + ânus.
Anelídeos: maior especialização, surgimento do celoma permite o surgimento de órgãos especializados que podem contribuir.
Artrópodes: trato gastrointestinal completo, mas variado, vide a grande diversidade do grupo.
Moluscos: Cefalópodes possuem estrutura para captura de alimento diferente; TGI completo.
Vertebrados: glândulas acessórias
Peixes: menor capacidade de armazenamento, estão sempre eliminando; digestão pouco eficaz: trato menos complexo, não faz uma digestão tão lenta; 
Anfíbios: intestino simples, digestão não tão eficaz;
Répteis: intestino mais complexo, maior capacidade de absorver água e elementos. Saída do ambiente aquático: muda quantidade de água para excretas, o quanto de água e eletrólitos é necessário absorver, etc. Maior delimitação intestino delgado/grosso. 
Aves/Mamíferos: aumento do comprimento do tubo  vilosidades (guarda uma superfície enorme em um espaço pequeno). 
Domesticado x Selvagem: a galinha doméstica cresce rapidamente em comparação à galinha d’angola selvagem. O intestino mais longo das galinhas domésticas permite que assimilem nutrientes a altas taxas, e, como resultado, cresçam rapidamente. 
Ruminantes: câmaras derivadas do TGI, onde vivem bactérias que podem fermentar celulose. São poligástricos: 4 cavidade no estômago (vacas). Fermentadores pré-gástricos: digerem a celulose através de bactérias antes do estômago, que formam proteínas para si e são levadas junto com alimento, sendo digeridas e liberando as proteínas para uso animal. Ou seja, fonte de proteínas = bactérias. *Goteira esofágica: desvia o esôfago, para o leite ir direto para o abomaso, porque se for para o rúmen, fica armazenado lá, tornando-o estufado e provocando a morte do bezerro (TGI = alterações ao longo do desenvolvimento fetal)
Cavalos: fermentadores pós-gástricos  fazem a digestão no ceco, não se beneficiam das proteínas microbianas (são eliminadas nas fezes).
Girafa: ruminante, tgi longo, estômago grande; Elefante: fermentador pós-gástrico, muito intestino, alimentação pouco específica; Camelo: pseudoruminante, 3 câmeras apenas; Hipopótamo: fermentador pós-gástrico.
Homem: monogástricos. 
Evolução do Sistema Digestório está atrelada à complexidade/variedade do alimento. 
*Herbivoria: condição secundária – nenhum animal produz enzima para digerir a celulose  necessidade de simbiose com bactérias. Assim, a condição ancestral é de carnivoria.
O comprimento relativo do intestino reflete a capacidade de digestão da dieta: 
Carnívoros: digestão simples, intestinos mais curtos;
Herbívoros: digestão complexa, intestinos mais longos.
Variação das estruturas alimentares de acordo com a dieta
Quelíceras: aranhas; ajudam a prender, manipular e destruir a presa;
Rádula: gastrópodes; 
Probóscide: insetos;
Mandíbula: vertebrados; estrutura mais importante; superior imóvel, articulada ao crânio e inferior articulada e móvel;
Bicos de aves: estruturas queratinizadas, variam de acordo com hábito alimentar; alcançar partes profundas de flores, peneirar o alimento na água, etc;
Dentes ósseos: mamíferos; proporção e morfologia mudam de acordo com a alimentação; roedores: crescem continuamente para compensar o desgaste
Função do Trato Gastrointestinal
Prover o organismo de água e nutrientes, que suprem as necessidades energéticas do animal;
Ingestão de grandes moléculas, digestão em moléculas menores, absorção para utilização dessas pequenas moléculas;
Material indigerível: perdido nas fezes; nutrientes absorvidos no intestino: uma parte vai pra urina por não ser metabolizável; outra parte é liberada como calor e o restante é utilizado como combustível para atividade, crescimento, reprodução, etc. 
Processos básicos que coordenam a fisiologia do Sistema Digestório
Motilidade, Secreção, Digestão e Absorção.
	
	Cavidade Oral
	Estômago
	Intestino Delgado
	Intestino Grosso
	Motilidade
	Mastigação; deglutição
	Peristaltismo
	Peristaltismo, movimento segmentar
	Peristaltismo, movimento segmentar
	Digestão
	Amido
	Proteínas
	Bile, Proteases, Amilase, Lipase
	Muco
	Secreção
	Amilase salivar
	HCl, Pepsina, Muco, HCO3-
	Proteínas, gorduras, amido
	/
	Absorção
	////////////
	Álcool
	Nutrientes
	Água e sais
Tipos de sistema digestório: monogástricos, ruminantes e fermentadores pós-gástricos.
Classificação quanto ao alimento ingerido: carnívoros, herbívoros ou onívoros.
Estrutura do TGI
Não depende do encéfalo, mas sofre influência;
Camadas: mucosa, submucosa, muscular, serosa
*Vilosidades (Intestino)
Motilidade no TGI
Funções: deslocamento do alimento, mistura, propulsão, auxílio na absorção de substâncias, auxílio na secreção, defesa (reflexo do vômito, diarreia).
Mastigação: desintegração parcial dos alimentos, digestão mecânica;
Deglutição: condução dos alimentos através da faringe, para o esôfago;
Movimento Peristáltico: responsável pelo movimento propulsivo ao longo do TGI e movimentos do estômago;
Movimento de mistura: ou contrações segmentares – movimento de mistura no Intestino Delgado;
Contrações Haustrais: movimentos segmentares lentos que conduzem a massa fecal pelo cólon;
Movimentos de massa: peristaltismo de grande propulsão;
Defecação: eliminação de substâncias não digeridas.
Distensão das paredes sigmoidais  reflexo parassimpático  contração das paredes do colón sigmoide e reto, até o esfíncter anal interno esfíncter anal externo sob controle voluntário  redução da frequência respiratória e aumento da pressão abdominal local  defecação  inibição do reflexo por alguns minutos.
*valva pilórica: conteúdo sai lentamente do estômago em direção ao Duodeno.
*Reflexo gastrocólico: quando o estômago está vazio, e ocorre a entrada de alimento, há um aumento do movimento muscular no TGI. A distensão gástrica estimula atividade do cólon. Então, não é raro que se coma e tenha vontade de evacuar depois.
Secreção e Digestão
Para manter a homeostase, o volume de líquido que entra no lúmen do TGI, por ingestão ou secreção, deve ser igual ao volume que deixa o TGI. 
Secreções:
Cavidade Oral: glândulas salivares (4 conjuntos: sublingual, orbital, parótida, mandibular)
Glândulas parótidas: secreção serosa;
Glândulas submandibulares: secreções serosa e mucosa;
Glândulas sublinguais: secreções serosa e mucosa;
Saliva: secreção serosa = ptialina/α-amilase (digestão de amido); secreção mucosa = mucina (lubrificação e proteção), pH 6,0-7,0 ótimo para ação da ptialina.
HCO3-: efeito tampão.
Tipos Celulares:
Células Acinares: serosa, mucosa ou sero-mucosa;
Células Ductais: intercalar, estriado e excretor;
Células mioepiteliais: localizadas entre a membrana basal e as células acinares.
Esôfago: secreção de muco, facilita a chegada do alimento ao estômago
Estômago: alimento fica armazenado no fundo e é liberado aos poucos para o corpo, que é onde ocorre a maior parte da digestão.
Glândulas Oxínticas: corpo e fundo, secretam muco, muito pepsinogênio e HCl
Glândulas Pilóricas: antro e piloro, secretam muito muco e pouco pepsinogênio e HCl
Tipos celulares: 
Célula mucosa do colo: secreta muco (secreção tônica; irritação da mucosa) e bicarbonato (secretado juntocom o muco) – proteção contra o HCl (barreira física e tampão)
Células Parietais: produção de HCl e fator intrínseco, liberados pelo estímulo dado pela acetilcolina, gastrina e histamina. (ativa a pepsina e mata bactérias, combina-se com vitamina b12, promovendo sua absorção)
Células Enterocromafins: Histamina, liberada pelo estímulo causado por acetilcolina e gastrina. Estimula a secreção do HCl
Células Principais: pepsina (pepsinogênio) e lipase gástrica, digerem proteínas/gorduras, são liberadas pelo estímulo da acetilcolina e do ácido
Células D: secreção de somatostatina, liberada pelo estímulo do ácido, inibe a secreção do HCl
Células G: gastrina, estímulo: acetilcolina, peptídeos e Aas, estimula a secreção do HCl
*Secreção do HCl: as células parietais secretam HCl na forma de íons (H+ e Cl-), e eles se juntam apenas no lúmen estomacal (célula = pH 7,0). O ácido é responsável pela conversão do pepsinogênio em pepsina. (é mais favorável secretar o pepsinogênio, porque as enzimas duram muito pouco, são instáveis – otimização da ação enzimática).
*Neutralização do HCl: muco, HCO3- (neutraliza íons H+, formado a partir do gás carbônico e do OH- da água, na célula parietal), secreção indireta do ácido (primeiro os íons).
*Vitamina B12: essencial para a formação de Hemácias. Uma deficiência: necessidade de injetar na corrente sanguínea a B12 diretamente.
Pâncreas: ácinos (pâncras exócrino), secreção de água, íon bicarbonato, e íons sódio, potássio e cloreto. Enzimas secretadas: tripsinogênio (tripsina), quimiotripsinogênio (quimiotripsina), procarboxipeptidase (carboxipeptidase), que se tornam ativas na luz intestinal; amilase pancreática; lipase pancreática.
O tripsinogênio é ativado pela sua clivagem proteolítica, realizada pela enterocinase. A tripsina ativada ativa o quimiotripsinogênio e a carboxipeptidase por clivagem proteolítica dos mesmos.
Fígado: bile, produzida pelos hepatócitos, secretada pelo ducto hepático comum, que, quando o esfíncter do ducto biliar está fechado, leva a secreção para a vesícula biliar, para ser armazenada; e, quando está aberto, a bile é levada para o duodeno.
Sistema porta hepático: a maioria dos nutrientes absorvidos no intestino passa pelo fígado, que atua como um filtro, impedindo que xenobióticos potencialmente nocivos entrem na circulação sistêmica.
Destoxificação, produção de ureia...
Digestão e Absorção
Digestão é a degradação dos alimentos ingeridos até moléculas absorvíveis através de ação enzimática;
Absorção é o movimento dos nutrientes, da água e dos eletrólitos do lúmen intestinal para o sangue.
Estrutura celular intestinal (outros tipos celulares):
Enterócitos: células absortivas que possuem microvilosidades, 
Células caliciformes: secretam muco
Células enteroendócrinas secretam hormônios que controlam a motilidade no TGI
Carboidratos
Amido e glicogênio são quebrados na cavidade oral e no duodeno pelas amilases, e, os dissacarídeos resultantes são processados no duodeno pelas dissacaridases específicas. 
Quando a concentração de glicose é alta, o número de transportadores de glicose na célula aumentam, elevando a capacidade de captar glicose.
Proteínas
Pepsina: quebra grandes proteínas em polipeptídeos. Proteases do pâncreas hidrolisam os polipeptídeos em polipeptídeos menores e peptídeos. Aminopeptidases, carboxipeptidases e dipeptidases intestinais completam a proteólise, produzindo aa’s.
Endopeptidases: pepsina, tripsina, quimiotripsina; digerem as ligações peptídicas internas.
Exopeptidaes: carboxipeptidase, aminopeptidase: digerem as ligações peptídicas terminais, liberando aminoácidos. 
Após a digestão, as proteínas são absorvidas principalmente como aa’s livres.
Lipídeos
Os sais biliares cobrem os lipídeos, formando emulsões.
Micelas: sais biliares, fosfolipídeos, ácidos graxos, colesterol e mono e diacilgliceróis.
Transporte de lipídeos através do intestino: os lipídeos chegam ao intestino na forma de grandes glóbulos insolúveis. O alto pH, os sais biliares e fosfolipídeos (lectina) emulsificam esses lipídeos, formando pequenas gotículas de gordura (micelas). Depois, as micelas encostam-se nas microvilosidades, onde ácidos graxos e monoacilgliceróis podem atravessar para dentro do enterócito. Dentro da célula, os lipídeos são reempacotados e secretados da célula para os vasos linfáticos. 
Produção de LDL e HDL: digestão produz quilomícrons, que entram nos vv sanguíneos e são enviados para os tecidos periféricos, os remanescentes são captados pelo fígado. O Fígado reempacota-os e produz VLDL, que produzirá HDL e LDL.
*Em mamíferos, os quilomícrons são liberados no sistema linfático  absorvemos a gordura pelos vasos linfáticos, porque é muito grande para os vv sanguíneos caminho mais longo até o fígado. 
Água, íons e vitaminas
Maior parte da absorção é feita no Intestino Delgado e o volume restante é absorvido no Intestino Grosso. 
Ao longo do TGI, mudam-se os transportadores presentes nas células. Assim, o transporte de sódio varia de acordo com a região do intestino.
Na+: pode ser transportado junto com a glicose (transporte ativo secundário), com o Cl- (transporte ativo secundário), e por antiporte, ou seja, para entrar algo, tem que sair alguma outra coisa (entra sódio, sai H+). 
Cl-: pode ser transportado por três meios: transporte transcelular (entre as células), transporte ativo secundário com sódio, antiporte com bicarbonato (pH do intestino tende a subir porque o bicarbonato não é reabsorvido).
Ca2+: precisa da ação do hormônio calcitriol, que faz a síntese da proteína ligante do cálcio, que ajuda o cálcio a ser absorvido pela célula.
K+: absorvido pelo transporte de água, pelo gradiente de osmolaridade.
Fe: absorvido absorvido pela célula na forma de Fe 2+, e sofre oxidação por uma enzima chamada heme oxigenase, formando Fe 3+. Este passa pela ferroportina e se liga a uma transferrina, formando uma proteína chamada ferrotransferrina, que leva o ferro até a hemácia, formando o grupo Heme e sofrendo uma redução de volta ao ferro 2+.
Vitaminas: Lipossolúveis (A, D, E, K) são processadas juntamente com os lipídeos da dieta e incorporadas em quilomícrons. Hidrossolúveis (complexo B, exceto a B12, e C) são transportadas em co-transporte de sódio na porção superior do Intestino Delgado. A vitamina B12 precisa do fator intrínseco para ser absorvida
Defecação
Reingestão de fezes no coelho (cecotrofia): é uma maneira de suprir as necessidades energéticas, porque esses animais apresentam rápido trânsito intestinal. Os coelhos produzem dois tipos de fezes: duras e moles, somente as moles, com alta concentração de vitaminas e nutrientes são ingeridas, aproveitando o que não foi absorvido na primeira passagem pelo TGI.
Bactérias do TGI
Funções metabólicas: fermentam carboidratos não digeríveis, sintetizam vitaminas do complexo B e vitamina K
Função trófica: estimulam crescimento e diferenciação de células epiteliais
Função Protetora: auxiliam na prevenção de invasão por bactérias patogênicas como parte da barreira mucosa.
Digestão em Aves
Trato digestivo adaptado ao voo, mais curto que o de mamíferos (herbívoros tem o trato maior).
Presença da moela (ventrículo: digestão mecânica, ingestão de pedregulhos), do pró-ventrículo (estômago glandular, melhor desenvolvido em aves carnívoras, digestão de proteínas com secreção de pepsina e HCl), do papo (armazenamento de alimento, preparação para a próxima etapa de digestão; regurgitação do alimento para filhotes), e do bico (ausência de dentes, auxílio na trituração de alimentos), ceco (principal local de digestão da celulose, mais desenvolvido em granívoras, pode ser ausente em carnívoras).
Bico, cavidade oral e faringe: 
A morfologia da língua varia de acordo com a dieta: pica-pau barbeada, para facilitar a captura de insetos; beija-flor armadilha especializada para conduzir o néctar.
Não existe uma distinção entre faringe e cavidade oral (ausência de palato mole)
Glândula salivar bem desenvolvida em espécies granívoras.
Esôfago, estômago eintestino:
Esôfago cervical e esôfago torácico
Papo = expansão do esôfago cervical, possui muitas glândulas mucosas. Algumas aves: espessamento do epitélio do papo durante a incubação de ovos, e após a eclosão, essas células se desprendem, formando o “leite de pomba”, rico em gorduras e proteínas, que é regurgitado para os filhotes.
Estômago: pró-ventrículo e moela. Pró-ventrículo é grande e distensível em carnívoras e quase não há divisão com a moela, que pode ser pouco desenvolvida. Em insetívoros, onívoros e herbívoros a divisão é clara e a moela é bem desenvolvida.
Intestino: não há diferenciação histológica entre duodeno, jejuno e íleo; há um divertículo entre jejuno e íleo. Longo em granívoros, herbívoros e pscívoros. Curto em carnívoros, frugívoros e insetívoros. Organizado em vilos, mas não possuem lácteo central.
Absorção de nutrientes: lipídeos: reesterificados em triglicerídeos, como em mamíferos, mas em vez de serem empacotados como quilomícrons, são feitos em portomícrons, e seguem diretamente pelo sangue, em vez de pelos vasos linfáticos, para o fígado pelo sistema porta hepático.
Ceco: geralmente pares, tamanho influenciado pela dieta.
O tempo do transito do alimento no TGI é menor do que em mamíferos, digerem da forma mais rápida e eficiente possível. Devido às condições de peso, há um limite na quantidade de gordura que uma ave pode estocar, exceto quando há migração.
Digestão Fermentativa
Endosimbiose e Exosimbiose 
Formigas se alimentam de fungos, que produzem enzimas; estas passam intactas pelo TGI e saem nas fezes. As formigas defecam próximo a folhas, que serão alimento dos fungos, e, pelas enzimas liberadas, esse alimento é pré-digerido.  Exosimbiose.
Ruminantes: endosimbiose com bactérias para a fermentação de carboidratos não digeríveis.
Ruminantes, pseudo ruminantes e fermentadores pós-gástricos
1º mamífero: provavelmente carnívoro, insetívoro – TGI simples.
Fermentadores pós-gástricos: estômago simples, ceco e cólon desenvolvidos (elefante, cavalo, hipopótamo); intestino longo. Bactérias agem mais rápido, porque o alimento já foi degradado.
Pseudo ruminantes: 3 câmaras gástricas, ausência de omaso típico (camelos, alpacas, lhamas)
Ruminantes: presença de 4 câmaras gástricas (búfalo, vaca, girafa, ovelha). Rúmen, retículo, omaso e abomaso; fermentação no rúmen por bactérias anaeróbias facultativas.
Vantagens e Desvantagens dos ruminantes: 
Vantagens: permite dietas muito fibrosas (ocupação de ambientes inóspitos); capacidade para desdobrar celulose; síntese de proteínas microbianas de alto valor biológico, através do substrato de baixo valor (matéria vegetal).
Desvantagens: despender grande parte do tempo com mastigação e ruminação; manutenção do ambiente do rúmen adequado; necessidade de vias metabólicas adequadas para utilizar produtos peculiares da fermentação.
Tipos de ruminantes: 
Pastejadores grosseiros (bovinos): relativamente não seletivos;
Intermediários (caprinos)
Comedores seletivos: ingerem somente as partes mais nutritivas da planta, comem mais frequentemente, ruminam com mais frequência (girafas, antílopes).
A digestão fermentativa
Fermentação: atividade metabólica das bactérias  digestão fermentativa = enzimas de origem microbiana; ocorre em compartimentos especializados que mantém condições favoráveis para o crescimento microbiano: rúmen, ceco e cólon.
Existência de protozoários: ingerem bactérias, impedindo que alguns substratos energéticos, como amido e proteínas, sofram ação bacteriana, e ajudando a controlar a população de bactérias. É um bom indicador da qualidade da flora ruminal.
Ruminantes neonatos nascem sem bactérias e protozoários, e os adquirem com o contato com o meio ambiente e outros animais.
Substratos e produtos da digestão fermentativa:
Parede celular: celulose, hemicelulose, pectina, lignina. Outros nutrientes também sofrem digestão fermentativa: as bactérias consomem os nutrientes, tornando-os indisponíveis ao hospedeiro. A celulose não pode ser digerida pela amilase, assim como o amido, porque a amilase age nas ligações alfa, e a celulose apresenta ligações beta, quebradas somente pela celulase. 
A atividade bacteriana no meio anaeróbio leva à produção de Ácidos Graxos Voláteis (AGVs), são um substrato importante para o hospedeiro, usados de forma passiva .
Outros produtos da fermentação: CH4 e CO2.
Manutenção do ambiente ruminal: presença do substrato para fermentação, temperatura ideal (37ºC), osmolaridade ideal, excreção de resíduos não digeríveis, equilíbrio entre remoção de regeneração de microorganismos, remoção dos AGVs.
A fermentação deve ser anaeróbia, porque, se fosse aeróbia, o piruvato entraria no ciclo de Krebs e seria metabolizado como dióxido de carbono e água, e o NADH seria oxidado. 
A absorção de agv’s supre de 60 a 80 por cento das necessidades energéticas do hospedeiro; acontece no pré-estômago, sendo que o epitélio responsável pela sua absorção é muito diferente de outros epitélios absortivos do TGI, e todos os agvs parecem ser absorvidos pelo mesmo mecanismo, mas terão diferentes destinos dentro das células epiteliais: 
Acetato: oxida completamente ou é absorvido sem sofrer alteração;
Proprianato: absorvido, pequena porção convertido em lactato;
Butirato: extremamente modificado, formação de corpos cetônicos.
*A eficiência digestiva depende da taxa de crescimento bacteriana e dos substratos energéticos disponíveis. A proteína microbiana pode ser sintetizada no rúmen a partir de fontes não protéicas de nitrogênio, como a ureia e amônia. 
Monogástricos: ureia excretada pelo rim
Ruminantes: ureia pode ser excretada pelo rúmen
Em condições de dieta baixa em proteínas, os ruminantes são conservadores eficientes de nitrogênio. Quando essa situação passa, a vantagem desaparece. Isso porque os ruminantes podem utilizar parte do que seria excretado para produzir proteínas
Motilidade ruminorreticular
Dois padrões de motilidade: Contrações primárias (de mistura): mistura o alimento e auxilia na separação de partículas; contrações secundárias: eructação  ocorre eventualmente ao final das contrações primárias, permitem a passagem do gás acumulado no rúmen para o esôfago, para ser eliminado, porque o acúmulo de gases no rúmen é prejudicial para seu funcionamento e poderia causar sua distenção.
Movimentos do rúmen  seguem padrões relativamente circulares
*Regurgitação: ocorre antes da contração primária: é uma combinação da onda peristáltica reversa com movimentos da caixa torácica.
A motilidade ruminal é controlada pelo nervo vago, ruminantes vagotomizados (nervo vago rompido) não sobrevivem.
O efeito da motilidade e da gravidade separam o conteúdo ruminal: partículas menores deixam o rúmem em direção ao abomaso; enquanto as partículas não atingirem tamanho adequado, elas não deixam o rúmen. 
Fermentadores Pós-gastricos
Herbívoros não ruminantes; tipos de substrato e padrões de fermentação ~ aos de ruminantes. Trânsito lento no intestino grosso e rápido no delgado  digestão fermentativa e absorção dos nutrientes.
Primeiro ocorre a digestão enzimática e depois a microbiana. 
Vantagem: ataque microbiano facilitado pela digestão prévia;
Desvantagem: só os produtos da fermentação estão disponíveis para o hospedeiro e não os corpos bacterianos (não se beneficia da proteína microbiana).
Requisitos para sustentar a digestão microbiana no ceco/colon:
Neutralizar produtos finais ácidos liberados pelos micróbios;
Tempo de retenção longo do bolo alimentar;
Ambiente fluido com alta capacidade neutralizante (muita água e tampões);
Remoção contínua dos produtos finais.
A passagem muito rápida pelo intestino delgado faz com que muitos carboidratos solúveis cheguem intactos no intestino grosso: digestão por enzimas bacterianas, produzindo AGVs e gases, que pode ser absorvido pelo hospedeiro (agv).
Mecanismos de controle das funções do TGI
Controle Nervoso: sistema nervoso entérico, sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, reflexos longos e curtos.
SN Entérico: presentedo esôfago ao ânus, e é constituído de dois plexos: Mioentérico (controle da motilidade) e Submucoso (controle das secreções). Sofre influência do SNAS e SNAP.
SNA: Simpático: inibe a atividade do TGI através da Norepinefrina; Parassimpático: estimula através da Acetilcolina.
Reflexos Curtos: originados do SNE e são executados por neurônios internamente na parede do TGI. Reflexos Longos: são integrados no SNC.
Ondas lentas: despolarizações espontâneas no músculo liso gastrointestinal
Controle Endócrino
Hormônios: 
Gastrina: produzida pelas células G do estômago, a partir de estímulos olfativos (gera estimulo vagal, reflexo longo) ou pela chegada do alimento no estômago (gera estímulo local, reflexo curto). Tem efeito trófico sobre a mucosa gástrica e estimula as células parietais a liberarem HCl. 
Colecistocinina (CCK): Liberada pelas células I do intestino delgado, a partir da presença de subprodutos da hidrólise de lipídeos e proteínas. Estimula a secreção biliar, inibe as células parietais, estimula a secreção exócrina pancreática e a contração do piloro. 
Secretina: secreção estimulada pela chegada de conteúdo ácido no duodeno, produzida pelas células endócrinas S do duodeno e jejuno proximal; promove a contração do piloro, estimulação da secreção de bicarbonato pelas células dos ductos pancreáticos e biliares, inibição da secreção de gastrina, inibição da secreção de HCl gástrico.
Peptídeo Inibidor Gástrico (GIP): estimulado pela presença de subprodutos da hidrólise de carboidratos, lipídeos e proteínas; produzido pelas células endócrinas do duodeno e jejuno; diminui a velocidade de esvaziamento gástrico; estimula a liberação de insulina; reduz a secreção de HCl.
Peptídeo Semelhante ao Glucagon: secreção estimulada pela presença de subprodutos da hidrólise de carboidratos, proteínas e lipídeos; produzido pelas células endócrinas do ID, diminui a velocidade de esvaziamento gástrico; estimula a liberação de insulina; inibe a liberação de glucagon.
Motilina: estimula a motilidade do TGI, produzida por células endócrinas do ID. 
Substâncias Parácrinas
Histamina: chegada de alimento no estômago estimula as células enterocromafins da mucosa gástrica, que produzem histamina. Estimula secreção de HCl.
Somatostatina: O pH gástrico baixo estimula as células D da mucosa gástrica e intestino delgado, que produzem somatostatina. Inibe diretamente as células G, produtoras de gastrina  redução da liberação de HCl. 
Interação das Funções Gastrointestinais
A visão, o cheiro e o gosto da comida iniciam reflexos longos (cefálicos) que preparam o estômago. A distenção ou a chegada do alimento iniciam reflexos curtos.
O bolo alimentar ou os reflexos cefálicos iniciam a secreção gástrica  a gastrina estimula a secreção de HCl  estimula secreção de pepsinogênio por reflexo curto  somatostatina estimulada pelo H+ é sinal de retroalimentação negativa que modula a liberação de ácido e pepsina.
Fase cefálica: visão, cheiro, gosto, sons, pensamento.
Fase Gástrica: chegada do alimento no estômago.
Fase Intestinal: A presença do quimo no intestino delgado inibe a motilidade e secreção gástrica.
Controle da Ingestão Alimentar
O comportamento alimentar está relacionado com a manutenção da homeostase do organismo, equilíbrio entre obesidade e caquexia. 
Para manter a homeostasia, informações sobre o estado nutricional chegam de vários locais do organismo.
A fome desencadeia comportamentos complexos, como busca pelo alimento e ajustes metabólitos do organismo.
Palatabilidade dos alimentos: receptores gustativos, olfativos e somestésicos. 
Visualização/Cheiro do alimento: produção reflexa de saliva. Pode ser condicionado.
Hipotálamo: centro integrador; função de regular a fome e saciedade. Animais com lesões hipotalâmicas apresentaram afagia e hiperfagia.
Altos índices de glicose não são capazes sozinhos de abolir a ingestão de alimento. Diversos peptídeos podem ser produzidos e liberados pelas células do TGI em resposta à ingestão de nutrientes ou ao jejum, que caem na corrente sanguínea e chegam ao SNC. Pode ter função orexígena: induz o consumo de alimentos (grelina, orexina, GABA, neuropeptideo Y) , ou anorexígena: reduz o consumo de alimentos (Insulina e Leptina, secretina e peptídeo YY).
Insulina tem função semelhante á leptina no controle do apetite.
Sistema Circulatório
Na ausência de sistema circulatório, o transporte de substâncias acontece por difusão, sendo rápido a curtas distâncias, mas lento e pouco eficiente para longas distâncias. Assim, em animais maiores, tem-se a movimentação de líquidos, através de um processo chamado fluxo de massa ou transporte convectivo, que é importante para a respiração, digestão e excreção.
O líquido é transportado através de câmaras ou tubos, e o seu fluxo pode ser direcionado por valvas e condicionado pela pressão. 
Funções do Sistema:
Distribuir nutrientes;
Transporte e troca de oxigênio e dióxido de carbono;
Remoção de subprodutos;
Distribuir secreções de glândulas endócrinas;
Regular a temperatura corpórea.
Componentes do Sistema:
Fluido circulatório: sangue ou hemolinfa;
Tubos: vasos sanguíneos;
Uma ou mais bombas: coração
Padrões de circulação: aberto (o líquido circulatório, em algum ponto, entra em um seio e passa a ter contato direto com o tecido, ocorrendo mistura entre o fluido circulante e o líquido extracelular  volume sanguíneo elevado; baixa pressão; baixa resistência periférica; ausência do sistema linfático; menor regulação da velocidade e distribuição do sangue) ou fechado (ocorre dentro dos vasos e os nutrientes e íons e outras substâncias chegam aos tecidos por difusão nos capilares; separação entre sangue, líquido intersticial e linfa; sangue move-se no organismo por bombeamento do coração ou movimento do corpo; alta pressão, alta resistência periférica; presença do sistema linfático; velocidade de distribuição bem regulada).
Bombas circulatórias
Bombas de câmaras contráteis: corações; normalmente possuem mais de uma câmara;
Bombas musculares: fluido move-se por contração dos músculos esqueléticos; pode ocorrer conjuntamente com a locomoção;
Bombas musculares peristálticas: ocorre durante a contração das paredes musculares dos vasos.
Fluidos Circulatórios
Dois componentes básicos: plasma (água e proteínas, moléculas dissolvidas) e elementos celulares (hemócitos na hemolinfa, funções imunes, transporte de oxigênio e coagulação; no sangue = eritrócitos, leucócitos e plaquetas).
Eritrócitos: mamíferos = esféricos, bicôncavos e anucleados; outros vertebrados: ovais e nucleados.
Pigmentos Respiratórios: hemoglobina: 4 cadeias de globina + 4 grupamentos Heme (anel de porfirina com Fe no centro); pigmento respiratório dos vertebrados; homocianina, clorocruonina e hemeritina.
Leucócitos: ou glóbulos brancos, defesa do organismo contra ags invasores; realizam fagocitose; 5 tipos básicos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos).
Plaquetas: ou trombócitos; são fragmentos anucleados de células, promovem a coagulação sanguínea, impedindo a hemorragia.
Circulação em Invertebrados
Não apresentam sistema cardiovascular: cnidários, platelmintos, nematódeos, poríferos. As trocas gasosas ocorrem por difusão em toda a superfície corpórea. 
Moluscos
Sistema cardiovascular aberto em bivalves e gastrópodes e fechado em cefalópodes. Sangue com hemocianina e alguns com hemoglobina. Presença de coração.
*Cefalópodes: 3 corações (1 sistêmico e 2 branquiais); circuito pulmonar e sistêmico separados. 
Anelídeos
Sistema fechado; em geral composto por dois vasos principais: dorsal – leva sangue para a região anterior; e ventral – leva sangue para a região posterior. Sangue com Hb.
Artópodes – Insetos
Sistema aberto, hemocianina, em geral o sangue é responsável pelo transporte de nutrientes hormônios e toxinas, mas não é vinculado ao sistema respiratório. Em alguns, a circulação também tem papel na distribuição de calor. 
O sistema é composto por um tubo simples, aberto em todas as extremidades, que pulsavagarosamente o fluido. Corações acessórios: importantes para a circulação nos apêndices. Enchimento do coração ocorre por sucção.
Artrópodes – Aracnídeos
Sistema aberto, com vínculo com a respiração, coração dorsal, hemocianina.
Função hidráulica da hemolinfa: aranhas não tem músculos extensores; a contração de músculos da parte anterior da aranha achata a carapaça, aumentando a pressão na hemolinfa, causando a extensão da perna. 
Artrópodes – Crustáceos
*Decápodes: coração no tórax dorsal, dentro do seio pericárdico; sangue entra no coração pelos óstios e sai pelas artérias. 
Circulação em Vertebrados
Circuito simples x Duplos
Peixes
Circuito simples: passagem única pelo coração, apenas sangue venoso. Circulação fechada, sem mistura sanguínea (completa).
Coração com 1 A e 1 V.
Anfíbios e Répteis Não-crocodilianos
Coração com três câmaras, 2 A e 1V, circulação fechada e incompleta ( há mistura sanguínea), circuito duplo. 
Mamíferos, Aves e Crocodilos
Coração com 4 câmaras (2 A e 2 V), circulação fechada, dupla e completa, circuito pulmonar e sistêmico totalmente separados. 
*Crocodilianos: existência de um septo incompleto  pouca mistura sanguínea devido a grande pressão existente e ao tempo em que cada cavidade está contraindo ou relaxando. 
Plano Circulatório dos Vertebrados
Artérias, arteríolas, vênulas, veias, coração. 
Diferenças estruturais no coração de vertebrados: 
Mamíferos e Aves: coração compacto  suprido com oxigênio das coronárias
Peixes e Anfíbios: coração esponjoso  suprido com oxigênio do sangue que flui através do coração; pouco vascularizado.
Répteis, alguns peixes e anfíbios: misto.
Estrutura dos vasos sanguíneos
Túnica adventícia; túnica média, túnica íntima, e endotélio. 
Microcirculação: é onde ocorre o transporte de nutrientes para os tecidos e a remoção dos produtos do metabolismo. 
Estrutura dos capilares
Contínuo: encéfalo; Fenestrado: rins, órgãos endócrinos e intestino; Sinusoidal: fígado. 
CIRCULAÇÃO EM PEIXES
Circulação em Teleósteos
Consiste em quatro câmaras em série, porém apenas um átrio e um ventrículo. 
O átrio é precedido por uma câmara maior, o seio venoso, que ajuda a assegurar o fluxo contínuo de sangue para o coração. 
O coração do teleósteo é seguido por um segmento elástico, não contrátil, o bulbo arterial
Circulação em Elasmobrânquios
O coração dos elasmobrânquios está contido em um saco pericárdico rígido. As contrações do ventrículo reduzem a pressão na cavidade pericárdica e auxiliam no enchimento do átrio.
No lugar do bulbo arterial tem-se o cone arterial, que se contrai em sequência do ventrículo
Circulação em Ciclóstomos 
(lampreias e peixe-bruxa)
Sistema parcialmente aberto com grandes seios sanguíneos. 
Possui coração branquial e três corações acessórios (coração portal, coração cardinal e coração caudal). As brânquias atuam na propulsão do sangue arterial.
Peixes não pulmonados: 
Problemas potenciais: O coração precisa vencer a resistência da vasculatura branquial e sistêmica; e há relativa falta de oxigênio para o miocárdio. 
O coração bombeia sangue venoso anteriormente para a aorta ventral, a qual se divide em vasos branquiais aferentes que conduzem o sangue para os arcos branquiais. O sangue passa pelas brânquias, pelos vasos branquiais eferentes, aorta dorsal e tecidos sistêmicos. O sangue venoso retorna ao coração pelas veias cardinais anterior e posterior.
Comparação peixes x mamíferos
Peixes sem circulação coronariana: nutrição do miocárdio a partir de sangue da cavidade 
Peixes com circulação coronariana: vasos coronarianos são ramificações de vasos pós-branquiais 
Mamíferos: circulação coronariana parte da base da aorta 
Peixes com órgãos de respiração aérea
Arranjo em paralelo da circulação vinda de órgãos aéreos e tecidos sistêmicos implicam mistura de sangue oxigenado e não oxigenado. 
Peixes Pulmonados
Átrios divididos, ventrículo e cone arterial parcialmente divididos. Apesar disso, há pouca mistura de sangue oxigenado e não oxigenado. 
O sangue desoxigenado sai dos tecidos em direção ao lado direito do átrio e ventrículo e dali partem para a parte dorsal do cone arterial, que levará para os arcos 5 e 6, na vasculatura branquial, seguindo para a artéria pulmonar, pulmões, veia pulmonar, e lado esquerdo do átrio e ventrículo, de onde seguem para a parte ventral do cone e seguem para os arcos vasculares branquiais 3 e 4, que direcionam para a aorta dorsal, e de volta aos tecidos. 
A respiração aérea é intermitente (ocorre em fases). Em momentos de mergulho, os pulmões, conforme o ar vai sendo extraído, passam a não ser funcionais. Neste caso a circulação branquial é mais importante para a oxigenação do sangue. 
Circulação em Anfibios
Seu sistema mostra adaptações à vida aquática e terrestre. 
Átrio parcialmente dividido nos Urodelas e completamente dividido em Anuros. Ventrículo: Único, sem septo. 
As trabéculas dentro do ventrículo ajudam a manter separados o sangue oxigenado e o sangue desoxigenado. 
A válvula espiral está presente no cone arterial garantindo pouca mistura entre sangue oxigenado (direcionado para as artérias sistêmicas) e pouco oxigenado (direcionado para artéria pulmocutânea). 
 Dos tecidos sistêmicos, o sangue se mistura com o proveniente da pele (oxigenado) e segue para o coração direito, que bombeia para os pulmões e para a pele, para a oxigenação. De volta para o coração, no lado esquerdo, o sangue rico em oxigênio segue para os tecidos.
	Quando estão submersos: trocas acontecem através da pele, desta forma, a concentração de oxigênio que entra pelo lado direito é maior do que o que vem do pulmão (esquerdo). Os vasos sanguíneos que seguem para o pulmão sofrem vasoconstrição, o que reduz o fluxo sanguíneo e conserva energia. Alteração da resistência vascular promove alteração no direcionamento do fluxo. 
Sistema linfático em anfíbios: 
Bem desenvolvido;
Vasos de fundo cego, que retornam fluidos, proteínas e íons para o sistema circulatório. 
Sãõ os únicos que possuem vasos contráteis, chamados corações linfáticos, que bombeiam fluido através do sistema linfático. 
Circulação em répteis
Possuem 2 átrios e 1 ventrículo parcialmente dividido (quelônios, serpentes e lagartos). Em crocodilianos há 4 câmaras. 
As artérias partem diretamente do ventrículo, uma vez que o cone arterial desaparece. 
Existem dois arcos aórticos (direito e esquerdo). 
O coração é predominantemente esponjoso
Répteis não crocodilianos
O ventrículo é divido em três compartimentos: 
Cavum arteriosum: Recebe o sangue oxigenado. 
Cavum venosum: Recebe o sangue desoxigenado, é uma via de passagem tanto para o sangue venoso quanto o arterial. De onde partem as aortas direita e esquerda. 
Cavum pulmonale: De onde parte da artéria pulmonar. 
São capazes de distribuir seletivamente o sangue entre a circulação pulmonar e a sistêmica, por meio de um atalho. 
Répteis crocodilianos 
Átrios e Ventrículos totalmente separados. 
O arco sistêmico direito sai do VE e o arco sistêmico esquerdo origina-se do VD. 
Há a presença do foramen de Panizza entre os arcos sistêmicos direito e esquerdo. 
A aorta do arco sistêmico esquerdo envia sangue para o cérebro, de onde, pela veia jugular, o sangue retorna ao coração, no átrio direito. Dali o sangue segue em direção ao pulmão pela artéria pulmonar, onde é oxigenado e levado pela veia pulmonar de volta ao coração. Pelo arco aórtico sistêmico direito, o sangue é levado para os tecidos, e deles, pela veia cava posterior, retorna ao coração, também no átrio direito. 
Sangue oxigenado – ventrículo esquerdo (maior pressão) – aortas direita (maior pressão) e esquerda (evita a ida de sangue desoxigenado do ventrículo direito para a circulação sistêmica). 
Possuem valvas com dentes de engrenagem controlados por níveis de adrenalina. Embaixo d’agua, o nível de adrenalina é baixo e faz com que as engrenagens fechem, desviando o sangue da artéria pulmonar. Quando ele está ativo, os dentes se abrem, permitindo o fluxo para os pulmões. Porisso há conexão ainda entre os arcos sistêmicos. 
Circulação em Aves e Mamíferos
Características principais:
Bombas duplas nos corações de aves e mamíferos 
Circulação fechada, dupla e completa. 
Características morfológicas do coração:
2 átrios - câmeras de armazenamento 
2 ventrículos que produzem pressão para bombear o sangue para o circuito sistêmico 
Septo interventricular e interatrial – tecido muscular que separa as câmeras.
Vasos Acoplados:
Artérias: levam sangue do coração para a circulação
Veias: Retornam o sangue para o coração
Diferenças morfológicas entre o coração de aves e mamíferos:
Aves: Arco aórtico direito, 3 veias cavas, válvula muscular entre átrio e ventrículo direito. 
Mamíferos: Arco aórtico esquerdo, 2 veias cavas e válvula membranosa entre átrio e ventrículo direito
As válvulas garantem o fluxo unidirecional
Valvulas atrioventriculares:
	Aberta: Sangue passa pelo átrio, cúspide da válvula AV, cordão tendíneo, musculo papilar e segue para o ventrículo. 
	Fechada: Sangue fica no ventrículo, impede o retorno para o átrio.
Valvulas semilunares: 
Com a contração ventricular, a pressão intraventricular aumenta e o sangue é forçado contra as cúspides da válvula forçando sua abertura. 
Com o relaxamento ventricular, a pressão intraventricular cai e o sangue retorna para os ventrículos e há o fechamento das cúspides da válvula. 
Demanda metabólica nas aves: 
	As aves possuem um sistema eficiente, o que permite o suprimento da alta demanda metabólica durante o voo (corridas, nados e mergulhos). 
O coração é potente, com fortes contrações musculares.
Quanto menor a espécie, maior é o tamanho relativo do coração. 
Comparado aos mamíferos seus corações são maiores e batem mais forte. 
Demanda metabólica em mamíferos:
Quanto maior a taxa metabólica, menor o peso do animal.
Regra da Superfície de Rubner: um cão menor tem maior superfície corpórea em relação à massa, do que um cão maior. Como os cães pequenos perdem calor a uma taxa mais alta (graças à sua superfície relativa maior), eles devem produzir uma quantidade maior de calor por unidade de massa.
As grandes diferenças nas taxas metabólicas entre vertebrados não se refletem claramente no tamanho do coração. Diferenças na demanda de O2 estão relacionadas às diferenças na frequência de bombeamento (Frequência Cardíaca)
Qual a principal vantagem da divisão completa entre a circulação esquerda e direita?  A pressão pode ser diferente nas circulações pulmonar e sistêmica. A resistência ao fluxo no sistema pulmonar é muito menor que na circulação sistêmica, assim como a pressão. 
Coração de Aves x Mamíferos
Aves: paredes com grande massa muscular e menor cavidade, válvulas mais simples, menor gasto energético na abertura das válvulas, maior tamanho/peso corporal.
Mamíferos: paredes musculares mais finas e maior espaço de cavidade; válvulas complexas; maior gasto energético na abertura das válvulas; menor tamanho/peso corporal.
O funcionamento do coração e a hemodinâmica da circulação
Irrigação do coração: artérias coronárias, sangue oxigenado, desaguam no átrio direito.
Ramo das coronárias obstruído: infarto do miocárdio  mais fácil de acontecer no lado esquerdo pela maior pressão. Ponte de Safena: desvio do fluxo, desobstrução. Cateter: desobstrução por balão. 
Veias coronárias drenam o sangue do próprio coração. 
Anatomia Interna do coração
Parede Ventricular: epitélio escamoso simples; tecido de conexão e gordura; epicárdio; miocárdio; endocárdio; trabéculas cárneas
Tecido muscular cardíaco: estriado cardíaco (controle involuntário). 
Célula muscular cardíaca: mitocôndria e núcleo, túbulo t, reticulo sarcoplasmático e sarcolema.
Disco intercalar: desmossomo, junção comunicante (passagem da corrente elétrica).  não há a necessidade de neurônios motores; um potencial gerado numa célula, passa para as vizinhas.
O coração como bomba
Para funcionar como bomba, o coração deve ter seus ventrículos eletricamente ativados.
Coração miogênico: ativação não tem origem nervosa; sinal conduzido de forma ordenada e rápida, através de uma via de condução do sinal; vertebrados, moluscos e alguns insetos
Coração neurogênico: depende da inervação extrínseca; crustáceos, aracnídeos e alguns insetos
O coração Miogênico
Sistema de condução cardíaco: 
Marcapasso do coração (células de gênese): grupo especializado de células musculares cardíacas localizado no seio venoso(peixes e anfíbios) ou no nodo sinoatrial (outros vertebrados). – onde inicia-se o potencial de ação.
Células de condução: funcionam para propagar os potenciais de ação por todo o miocárdio;
Nodo atrioventricular: menor velocidade de condução  assegura que os ventrículos tenham tempo suficiente para se encher de sangue.
Vias internodais: propagação do Potencial de Ação do nodo Sinoatrial para átrios direito e esquerdo. 
Feixe de His e seus ramos: do nodo atrioventricular, o potencial de ação entra no sistema condutor especializado dos ventrículos.
Fibras de Purkinje: idem feixe de His
Células de condução não são as responsáveis pela contração e geração da força;
Cardiomiócitos: células de gênese de atividade elétrica; células de condução; células contráteis. 
Sequência Temporal da Excitação Cardíaca: 
Excitação Atrial: começa no nodo SA. e termina no nodo AV. (0,1s).
Excitação Ventricular: nodo AV., feixe de His e ramos, fibras de purkinje. De 0,17s (início) a 0,22s (fim), tempo maior para enchimento dos ventrículos. 
Os cardiomiócitos são células capazes de deflagrar um potencial de ação: 
Potencial de Ação lento: NSA e NAV
Potencial de Ação rápido: átrios, ventrículos, feixe de His e células de purkinje. (chega a uma ddp mais elevada).
Fases do potencial de ação na célula contrátil:
Fase de despolarização: das células nodais; movimentação de íons positivos através das junções abertas, para as células contráteis adjacentes. Isso causa alteração na voltagem, promovendo a despolarização celular. Influxo de sódio: canais vazantes de sódio.
Repolarização Inicial: influxo lento de cálcio e rápido efluxo de potássio. O cálcio intracelular inicia a contração do miócito.
Platô: causado pela repolarização inicial: não consegue repolarizar totalmente, e o potencial permanece elevado.
Repolarização: canais de cálcio fecham-se e mais canais de potássio se abrem, promovendo uma rápida repolarização da membrana da célula contrátil. 
Potencial de Repouso
Potencial de ação na célula nodal:
Canal de sódio;
Canal de Potássio;
Canal Lento de Cálcio.
Fases: 
Potencial Marcapasso: contínuo e lento influxo de sódio  meio intracelular torna-se menos negativo (reduzido efluxo de potássio).
Despolarização: acontece quando o limiar é alcançado e os canais lentos de cálcio se abrem e há o influxo desse íon.
Repolarização: a reversão do potencial de ação estimula a abertura dos canais de potássio; rápido efluxo.
Nodo Sinoatrial: Gênese da atividade elétrica  marcapasso elétrico. O ritmo de despolarização do nodo sinoatrial é mais rápido, por isso é ele que dita o ritmo cardíaco.
Inervação Extrínseca do Coração
Inervação Simpática: norepinefrina – receptores beta; ampla distribuição  nodo sinoatrial e atrioventricular, tecido de condução e cardiomiócitos contráteis.
Efeitos: aumento da permeabilidade ao cálcio, facilitação da despolarização e aumento do trabalho contrátil.
Aumento da frequência cardíaca; 
Aumento da velocidade de condução e excitabilidade cardíaca
Aumento da força de contração
Inervação Parassimpática: ACh – receptores M2; musculatura atrial e nodos
Efeitos: aumento da permeabilidade ao potássio e diminuição da permeabilidade cálcio. 
Diminuição da frequência cardíaca; 
Diminuição da excitabilidade das fibras atrioventriculares.
Ou seja, vias da despolarização: nodo sinoatrial  vias intermodais  nodo atrioventriculas  feixe de His  ramos do feixe  fibras de purkinje.
Atividade elétrica: repouso e potencial de ação.
Atividade mecânica: sístole e diástole.
O ciclo cardíaco
Inclui todos os eventosrelacionados com o fluxo sanguíneo através do coração, que ocorrem no início de cada batimento cardíaco até o início do seguinte. 
Sístole: contração do coração;
Diástole: relaxamento do coração.
Fases do ciclo cardíaco: 
Contração Isovolúmica
Início da sístole ventricular, válvulas semilunares fechadas, pressão ventricular aumenta, volume não se altera. (Preparação para ejeção do conteúdo do ventrículo).
Ejeção Ventricular
Válvulas semilunares abrem-se, redução do volume ventricular;
Ejeção rápida: responsável pela ejeção de 75% do sangue;
Ejeção lenta
Relaxamento Isovolúmico
Início da diástole; válvulas semilunares e atrioventriculares fechadas; pressão ventricular diminui; volume não se altera.
Enchimento Ventricular
Válvulas atrioventriculares abrem-se; 
Enchimento rápido
Enchimento lento
Sístole Atrial
Enchimento adicional do ventrículo (25%).
Definições e considerações gerais
Volume sistólico (VS): corresponde ao volume ejetado durante a sístole ventricular (~70 ml).
Débito Cardíaco (DC): corresponde ao volume de sangue ejetado pelo coração a cada minuto (VS x FC)
Volume Diastólico Final (VDF): corresponde ao volume de enchimento ventricular durante a diástole (~135 ml).
Volume Sistólico Final (VSF): corresponde ao volume remanescente ao final da sístole (~65 ml).
Fração de Ejeção: corresponde a fração do volume diastólico final que é ejetado (50 a 65%).
Hemodinâmica Cardíaca
É a relação de princípios físicos e fisiológicos que governam o movimento do sangue através do sistema circulatório. 
Fluxo Sanguíneo: é o volume de sangue que flui através de um vaso, um órgão ou da circulação inteira, num dado período de tempo. O fluxo ao longo de um vaso sanguíneo é determinado por dois fatores:
Diferença de pressão do sangue entre as duas extremidades do vaso (gradientes de pressão).
Impedimento ao fluxo sanguíneo ao longo do vaso – resistência vascular.
Fluxo = Pressão / Resistência
*Resistência ao fluxo: é o impedimento ao fluxo sanguíneo por determinado vaso. Referida como resistência periférica  Medida da quantidade de fricção que o sangue encontra ao passar pelos vasos. Geralmente encontrada na Circulação Sistêmica
R = 8 x n x L/ pi x r^4 n = viscosidade do vaso; L= comprimento do vaso; R = resistência, r= raio do vaso.
Diâmetro dos Vasos 
Pequeno diâmetro → maior quantidade de fluido em contato com a parede do vaso → maior resistência → aumento da pressão.
O diâmetro dos vasos é regulado pelas fibras vasomotoras, fibras nervosas simpáticas que invadem a camada de musculo liso do vaso.
Fibras vasomotoras liberam constantemente noradrenalina, um potente vasoconstritor. 
Embora os vasos recebam predominantemente inervação simpática, o efeito final depende do receptor (se vai dilatar ou contrair). Com epinefrina, por exemplo, nas artérias e arteríolas contraem e nas arteríolas coronárias e musculatura esquelética dilatam. 
Comprimento dos Vasos
Quanto mais longo o vaso, maior a resistência encontrada.
Viscosidade Sanguínea
Resulta principalmente da presença de hemácias em suspensão no sangue. 
Aumento da viscosidade → Aumento da resistência → aumento da pressão
*Hematócrito: porcentagem do sangue constituída por células.
Velocidade do fluxo sanguíneo: 
d/t  distância sobre tempo.
Relação inversa entre a área de secção transversal e a velocidade do fluxo, na circulação sistêmica. Capilares: velocidade baixíssima (área de secção transversal enorme – contando todos os capilares).
O objetivo final da circulação é alcançado na microcirculação, onde há o transporte de nutrientes para os tecidos e a remoção de produtos da excreção celular. 
Os capilares têm sua parede reduzida a uma única camada de células endoteliais. A espessura da túnica íntima propicia a rápida transferência de metabólitos entre o sangue e o tecido. 
Fluxo sanguíneo nos leitos capilares
O sangue não flui continuamente pelos capilares, porque há o controle dos esfíncteres pré-capilares. 
O fator regulador de abertura ou fechamento é a concentração de oxigênio dos tecidos. 
Distribuição de sangue para os tecidos:
Artérias: elásticas e resistentes;
Arteríolas: controlam o fluxo sanguíneo e a pressão;
Capilares: finos e com extensa área de difusão;
Veias: complacentes, baixa resistência; válvulas que asseguram o retorno venoso.
Débito Cardíaco
DC= VS x FC (volume sistólico x frequência cardíaca)
Frequência cardíaca: é o numero de batimentos por minuto. 
Modulada pelo sistema nervoso autônomo 
Simpático: Aumenta a frequência cardíaca (efeito conotrópico positivo)
Parassimpático: Diminui a frequência cardíaca (efeito conotrópico negativo)
Volume sistólico: Quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo a cada contração (VS= VDF ( o que chega no ventrículo) – VSF (o que sobra depois da ejeção).
Retorno Venoso 
Devido à circulação fechada, todo sangue que retorna ao coração (retorno venoso) é bombeado na mesma proporção. Assim, Débito Cardíaco = Retorno Venoso= quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa.
Controle do débito cardíaco
Lei de Frank-Starling: à medida que o retorno venoso aumenta durante a diástole, o volume ejetado durante a sístole também aumenta. Isso é resultado da capacidade intrínseca do coração para se adaptar aos volumes variáveis de sangue que chegam a ele.
Sistema Nervoso e Endócrino
Substância que aumenta a contratilidade: inotrópico positivo
Substância que diminui a contratilidade: inotrópico negativo
Pressão Arterial
É a força exercida pelo sangue nas paredes arteriais.
P = Fluxo Sanguíneo x Resistência da parede
A pressão sanguínea é gerada quando o fluxo sanguíneo encontra a resistência da parede dos vasos. 
Pressão arterial = DC x RV (resistência variável).
Na contração ventricular, a válvula semilunar está aberta, e todo o líquido presente no ventrículo extravasa para a artéria, que expande. Assim, toda a pressão recebida é armazenada nas paredes elásticas. 
Pressão sistólica = maior, pressão diastólica = menor.
Pressão arterial sistólica (PAS): É o valor da pressão existente no sistema arterial no momento exato da sístole cardíaca. 
Pressão arterial diastólica (PAD): É o valor da pressão existente no sistema arterial no momento exato da diástole cardíaca.
Pressão arterial média (PAM): PAD + {(PAS-PAD)/3}
A PAM é mais próxima da PAD, pois a diástole dura 2x mais do que a sístole. 
Fatores que afetam a pressão sanguínea 
Resistencia periférica: se a resistência aumenta, maior será a pressão necessária para manter o sangue em movimento. É afetada por três fatores: diâmetro dos vasos, viscosidade do sangue, comprimento total dos vasos; 
Elasticidade vascular: uma artéria elástica saudável expande, absorvendo o aumento da pressão sistólica, enquanto que uma artéria com arteriosclerose é rígida e calcificada, e, por isso, não se expande e a parede da artéria é submetida a uma pressão elevada; 
Volume sanguíneo: volume maior  maior quantidade de fluido pressionando a parede  maior pressão;
Débito cardíaco: maior DC, maior pressão.
Mecanismos para regulação da pressão arterial
Mecanismo em curto prazo: regula o diâmetro dos vasos, a frequência e a contratilidade cardíaca. 
Mecanismo em longo prazo: regula o volume sanguíneo.
Compensação do sistema circulatório: Vaso dilatação e diminuição do débito cardíaco = resposta rápida para o aumento do volume e consequente aumento de pressão. Compensação pelos rins = excreção de líquido na urina = resposta lenta para reduzir a pressão.
Reflexo Barorreceptor 
A pressão sanguínea é monitorada por terminações nervosas sensíveis à pressão conhecidas como barorreceptores. Os barorreceptores enviam impulsos aferentes para o sistema nervoso central (SNC), o qual, reflexamente, altera o débito cardíaco ou a resistência periférica total para conservar a pressão sanguínea em nível normal.
O reflexo barorreceptor arterial se inicia pela ativação de terminações nervosas especializadas que estão embutidas nas paredes das artérias carótidas e arco aórtico (mecanorreceptores).Essas terminações nervosas são sensíveis à distensão ou ao alargamento da parede arterial. Os barorreceptores estão concentrados na origem de cada artéria carótida interna nas paredes mais largas das artérias, denominadas seios carotídeos.
Os barorreceptores sinalizam aumentos na pressão, por aumentar a frequência de seus potenciais de ação.
Barorreceptores aórticos nervo depressor aórtico nervo vago
Barorreceptores carotídeos nervo sinusal  nervo glossofaríngeo
Destino final das aferências dos barorreceptores: Núcleo do Trato Solitário (NTS).
*Monitoram a pressão para o cérebro e a PAM. 
Aumento da pressão  disparo de barorreceptor  diminui ação do SN simpático (vasodilatação, resultando na diminuição da resistência periférica) e aumento do parassimpático (diminuição da força de contração, diminuição da frequência cardíaca, resultando na redução do débito cardíaco), tudo resultando na redução da pressão arterial.
Regulação a longo prazo da pressão arterial
É acompanhada primariamente por alterações no volume sanguíneo:
Aumento da pressão arterial  aumento da excreção urinária de água e sódio  redução do volume sanguíneo  redução do débito cardíaco redução da pressão arterial (DIURESE).
O contrário seria natriurese
A perda de sangue por hemorragia irá reativar processos de restabelecimento de volume e pressão arterial.
Células justaglomerulares dos rins monitoram alterações da pressão sanguínea. Se a pressão sanguínea diminui e permanece baixa, estas células liberam a enzima renina na corrente sanguínea.
Etapa 1: Formação da angiotensina I: a renina é liberada na corrente e atura sobre uma proteína plasmática, o angiotensinogênio, liberando o peptídeo angiotensina I
Etapa 2: Conversão do Ang I em Ang II: quando anf I flui através dos pequenos vasos do pulmão, a enzima conversora, encontrada no endotélio, remove 2 aas, formando o ang II. ECA = enzima conversora da angiotensina.
Efeitos da Ang II: atua sobre receptores AT1, causando vasoconstrição; atua diretamente nos rins = aumenta retenção de sódio e água; atua na hipófise posterior, aumentando a secreção de ADH; aumenta a ativação simpática e aumenta a sede.
Etapa 3: Aldosterona: ang II persiste no sangue até alcançar a glândula suprarrenal, onde estimula as células corticais a liberarem aldosterona.
Ação da aldosterona: promove reabsorção de sódio e água.  retenção de água,  aumento do volume  aumento da pressão.

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