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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 1 Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária -AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado na Diretoria de Programação e Orçamento, ou seja, estou diariamente trabalhando com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Este é material gratuito com dicas rápidas para esta reta final (e também apostas minhas para a prova). Ressalto que este material não o exime de fazer uma revisão geral de todos os assuntos: são dicas finais e apostas minhas (apostas, lembrando rs rs)! Então, não sejam tendenciosos e deem atenção a todos os conteúdos e não somente aos que trarei aqui. Sou concurseiro, assim como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: • SEDUC-CE (Professor do Estado) - 2013 • Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 (Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses. • Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo • Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista Judiciário (Área Administrativa) - 34º lugar • Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista Judiciário (Área Administrativa) - 6º lugar • Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico Judiciário (Área Administrativa) - 92º lugar Quer adquirir os meus materiais, PDFs e provas comentadas na íntegra? Manda um email pra mim: leandro.ravyelle@gmail.com ou direct nas minhas redes sociais! Agora, meu querido (a), é bunda na cadeira e correr para o abraço! Avante! ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 2 DICA 1 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. D IM E N S Õ E S D O O R Ç A M E N T O JURÍDICA O Orçamento Público tem caráter e FORÇA DE LEI, e a elaboração e a aprovação do Orçamento Público seguem o PROCESSO LEGISLATIVO de discussão, emenda, votação e sanção presidencial como qualquer outra lei. ECONÔMICA O Orçamento Público é basicamente o INSTRUMENTO POR MEIO DO QUAL O GOVERNO EXTRAI RECURSOS DA SOCIEDADE E OS INJETA EM ÁREAS SELECIONADAS. POLÍTICA É corolário da dimensão econômica. Se o Orçamento Público tem um inequívoco caráter redistributivo, o processo de elaboração, aprovação e gestão do orçamento embute, necessariamente, PERSPECTIVAS E INTERESSES CONFLITANTES QUE SE RESOLVEM EM ÚLTIMA INSTÂNCIA NO ÂMBITO DA AÇÃO POLÍTICA DOS AGENTES PÚBLICOS e dos inúmeros segmentos sociais. FINANCEIRA Representa o FLUXO FINANCEIRO GERADO PELAS ENTRADAS DE RECURSOS OBTIDOS COM A ARRECADAÇÃO DE RECEITAS E OS DISPÊNDIOS COM AS SAÍDAS DE RECURSOS PROPORCIONADO PELAS DESPESAS, evidenciando a execução orçamentária. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 3 DICA 2 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO A Lei Orçamentária Anual é uma lei formal ou material? NÃO HÁ CONSENSO entre os doutrinadores com relação à natureza jurídica do orçamento. Segundo Paludo (2017), o ORÇAMENTO É UMA LEI NO QUE SE REFERE AO ASPECTO FORMAL, visto que passa por todo o processo legislativo (discussão, votação, aprovação, publicação), MAS NÃO O É EM SENTIDO MATERIAL. Esse posicionamento é coerente com a maioria dos autores e com o ENTENDIMENTO DO PRÓPRIO STF, assim resumido: "o orçamento é lei formal que apenas prevê receitas e autoriza gastos, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e financeiras". Contudo, na ADI 2925, vislumbrou-se a existência de NORMAS ABSTRATAS inseridas na lei orçamentária de 2003, o que abriu, assim, espaço para controle de constitucionalidade. Registre-se que, atualmente, o STF admite o controle de constitucionalidade de lei, independentemente de ser apenas lei em sentido formal - ADI 4048 e ADI 4049. (VER TAMBÉM A ADI 5449-MC DE 10.03.2016). Conforme Teori Zavascki, “leis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a controle de constitucionalidade em processos objetivos.” Segundo a decisão da ministra Rosa Weber nos dois mandados de segurança, o Executivo somente está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias. Inexistindo incompatibilidade, não há amparo no ordenamento jurídico para a sua alteração, ainda que sob o pretexto de promover o equilíbrio orçamentário ou obtenção de superávit primário. Ainda segundo a ministra, concluída a fase de apreciação legislativa e submetido o projeto de lei orçamentária anual à Presidência da República há possibilidade de veto total ou parcial. Em suma, o Executivo somente está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 4 DICA 3 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. ORÇAMENTO EXECUTIVO X LEGISLATIVO X MISTO ORÇAMENTO LEGISLATIVO a elaboração, a votação e o controle do orçamento são competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891 ORÇAMENTO EXECUTIVO a elaboração, a votação, o controle e a execução são competências do Poder Executivo. É típico de regimes autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937 ORÇAMENTO MISTO a elaboração e a execução são de competência do Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle. Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE@profleandroravyelle Página 5 DICA 4 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. FUNÇÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO ALOCATIVA Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços públicos puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo mercado, ou o seriam em condições ineficientes. Oferece também bens meritórios ou semipúblicos (ex.: educação e saúde). E ainda cria condições para que bens privados sejam oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização desses recursos. DISTRIBUTIVA Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e de transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais pobres da população etc. ESTABILIZADORA trata da aplicação das diversas políticas econômico-financeiras a fim de ajustar o nível geral de preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento econômico, mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à manutenção da estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 6 DICA 5 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. T É C N IC A S O R Ç A M E N T Á R IA S / T IP O S D E O R Ç A M E N T O T R A D IC IO N A L O U C L Á S S IC O Era um documento de previsão de receitas e autorização de despesas com ênfase no gasto, o objeto de gasto. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político do Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o planejamento. O critério utilizado para a classificação dos gastos era a Unidade Administrativa (classificação institucional) e o elemento de despesa (objeto do gasto). O R Ç A M E N T O B A S E - Z E R O O U P O R E S T R A T É G IA Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do "zero" - daí o nome Orçamento Base-Zero. Memorizem que no orçamento Base Zero toda despesa é considerada uma despesa nova, independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda de período passado ou de uma despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o passado, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar a experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazos. O R Ç A M E N T O D E D E S E M P E N H O / F U N C IO N A L O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento Tradicional; buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos dos programas. A ênfase era no desempenho organizacional, e avaliavam-se os resultados (em termos de eficácia, não de efetividade). Procurava- se medir o desempenho por meio do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento de gerenciamento para a Administração Pública. Era um processo orçamentário que se caracterizava por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda não havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o critério de classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho e a classificação por funções. O R Ç A M E N T O P R O G R A M A Esse orçamento foi determinado pela Lei nº 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-lei nº 200/1967, e teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas foi apenas com a edição do Decreto nº 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000- 2003 que se tornou realidade. O Orçamento Programa é o atual e mais moderno Orçamento Público. Está intimamente ligado ao planejamento, e representa o maior nível de classificação das ações governamentais. É a única técnica que integra planejamento e orçamento e, como o planejamento começa pela definição de objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. Essa integração é feita através dos "programas", que são os ''elos de união" entre planejamento e orçamento. Levem para a prova que, atualmente diz-se que o Orçamento Programa é o elo entre planejamento, orçamento e gestão, portanto, no Orçamento Programa a ênfase é no que se realiza e não no que se gasta. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 7 O R Ç A M E N T O P A R T IC IP A T IV O Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e, excepcionalmente, estadual. O principal benefício do Orçamento Participativo é a democratização da relação do Estado -sociedade com fortalecimento da democracia. orçamento participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela participação da sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso se dá em substituição ao poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária que é posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não uma substituição à atribuição devida pelo poder público. O R Ç A M E N T O IN C R E M E N T A L O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é aquele que, a partir dos gastos atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de alternativas possíveis. É possível identificar algumas características desse tipo de orçamento: as ações não são revisadas anualmente, logo não se compara com alternativas possíveis; é baseado no orçamento do último ano, contendo praticamente os mesmos itens de despesa, comaumentos e diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de despesas em vez de objetivos de programas. P P B S Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vinculação com o planejamento governamental, partiu-se para uma técnica mais elaborada, que foi o orçamento-programa, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da década de 50, sob a denominação de PPBS (PLANNING PROGRAMNING BUDGETING SYSTEM). Este orçamento foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64 e do Decreto-Lei 200/67. A concepção fundamental do PPBS consiste na introdução da análise custo/benefício e da análise entre as prioridades conflitantes. O R Ç A M E N T O P O R R E S U L T A D O S ( O p R ) O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação de programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado implemente políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos interesses e às expectativas dos cidadãos, criando valor público. O orçamento por resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão pública. O ponto de partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os programas do plano plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada em resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que um órgão ou entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o vínculo entre os recursos orçamentários a serem alocados nos programas e esses resultados e utiliza indicadores para acompanhamento dos programas, com vistas a aprimorá-los e a subsidiar o processo orçamentário. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 8 DICA 6 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. São características do Orçamento Programa: O ORÇAMENTO É O ELO ENTRE O PLANEJAMENTO E O ORÇAMENTO A ALOCAÇÃO DE RECURSOS VISA À CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS E METAS AS DECISÕES ORÇAMENTÁRIAS SÃO TOMADAS COM BASE EM AVALIAÇÕES E ANÁLISES TÉCNICAS DE ALTERNATIVAS POSSÍVEIS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO SÃO CONSIDERADOS TODOS OS CUSTOS DOS PROGRAMAS, INCLUSIVE OS QUE EXTRAPOLAM O EXERCÍCIO A ESTRUTURA DO ORÇAMENTO ESTÁ VOLTADA PARA OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E DE PLANEJAMENTO O PRINCIPAL CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO É O FUNCIONAL- PROGRAMÁTICO UTILIZAÇÃO SISTEMÁTICA DE INDICADORES E PADRÕES DE MEDIÇÃO DO TRABALHO E DE RESULTADOS O CONTROLE VISA AVALIAR A EFICIÊNCIA, A EFICÁCIA E A EFETIVIDADE DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 9 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 10 DICA 7 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. A LDO PODE também ser instrumento de autorização de despesas, se constar no seu texto a possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos orçamentários, E se o orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro. Ou seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas somente se preenchidas as duas condições anteriores. DICA 8 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. A vigência da Lei de Diretrizes Orçamentárias, se considerados os meses, é de dezoito meses, e se considerarmos os anos, de dois anos; desde a sua aprovação, que deve ocorrer até o final do primeiro período da sessão legislativa (17/7), até o final do exercício financeiro seguinte (31/12). Atente para o fato de que, embora durante seis meses de cada ano haja vigência simultânea de duas LDOs, elas não incidem sobre o mesmo PL e LOA, mas sobre PLs e LOAs diferentes: cada LDO incide sobre um único PL-LOA e sobre a LOA oriunda desse PL-LOA aprovada pelo Congresso Nacional. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 11 DICA 9 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. Ainda, são atribuições da LDO, consoante a LRF: CONTER AUTORIZAÇÃO PARA QUE OS MUNICÍPIOS CONTRIBUAM PARA O CUSTEIO DE DESPESAS DE COMPETÊNCIA DE OUTROS ENTES DA FEDERAÇÃO ESTABELECER EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA ESTABELECER CONDIÇÕES PARA A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA, DIRETA OU INDIRETAMENTE, COBRIR NECESSIDADES DE PESSOAS FÍSICAS OU DÉFICITS DE PESSOAS JURÍDICAS DISPOR SOBRE O IMPACTO E O CUSTO FISCAL DAS OPERAÇÕES REALIZADAS PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, O QUAL SERÃO DEMONSTRADOS TRIMESTRALMENTE DISPOR SOBRE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E O CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO MENSAL DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO PELO PODER EXECUTIVO ATÉ TRINTA DIAS APÓS A PUBLICAÇÃO DOS ORÇAMENTOS ESTABELECER PARA OS PODERES E O MINISTÉRIO PÚBLICO CRITÉRIOS DE LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA SE VERIFICADO, AO FINAL DE UM BIMESTRE, QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA PODERÁ NÃO COMPORTAR O CUMPRIMENTO DAS METAS DE RESULTADO PRIMÁRIO OU NOMINAL ESTABELECIDAS NO ANEXO DE METAS FISCAIS RESSALVAR AS DESPESAS QUE NÃO SERÃO SUBMETIDAS À LIMITAÇÃO DE EMPENHO DISPOR SOBRE A CONCESSÃO OU AMPLIAÇÃO DE INCENTIVO OU BENEFÍCIO DE NATUREZA TRIBUTÁRIA DA QUAL DECORRA RENÚNCIA DE RECEITA DISPOR SOBRE DESPESA CONSIDERADA IRRELEVANTE, PARA EFEITOS DE GERAÇÃO DE DESPESA DISPOR SOBRE A INCLUSÃO DE NOVOS PROJETOS NA LOA OU NAS LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS, APÓS ADEQUADAMENTE ATENDIDOS OS EM ANDAMENTO E CONTEMPLADAS AS DESPESAS DE CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO EXCEPCIONALIZAR A CONTRATAÇÃO DE HORA EXTRA, QUANDO FOR ALCANÇADO O LIMITE PRUDENCIAL DAS DESPESAS COM PESSOAL, O QUAL É DE 95% DO LIMITE PREVISTO NA LRF ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 12 DICA 10 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. O PPA 2016-2019 aproximou a orientação estratégica dos Programas Temáticos, demonstrando como a estratégia geral do governo se conecta com os objetivos e metas e permitindo ver as principaisdiretrizes de governo e sua relação com os Objetivos dos Programas Temáticos. Nesse PPA são os Eixos e as Diretrizes Estratégicas que norteiam a implantação das políticas e a construção dos Programas Temáticos. Com essas inovações iniciadas em 2012, o PPA tornou- se mais estratégico. Assim, o PPA representa o Planejamento Estratégico do Governo Federal, logo, cabe ao PPA declarar as escolhas do governo e indicar os meios para a implementação das políticas públicas e, ainda, orientar a ação do Estado para o alcance dos objetivos pretendidos.Com o intuito de alcançar os objetivos constitucionais estabelecidos no art. 3." da CF /1988, o critério utilizado para o estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas é a regionalização (não é por estado nem por municípios) e o critério populacional. Essa regionalização não se refere apenas ao PPA, mas a todos os demais planos que, conforme o art. 165, § 4.º, devem ser elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. As regiões às quais o PPA se refere são as macrorregiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A essas macrorregiões é necessário acrescentar uma outra possibilidade: a nacional - visto que existem diretrizes, objetivos e metas de caráter nacional, pois todos os brasileiros serão beneficiados, independentemente da Região ou do Estado em que residam. Atente para isso, pois a CESPE ama cobrar este tópico em provas. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 13 DICA 11 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. O PPA 2016-2019 mantém as dimensões estratégica, tática e operacional, assim descritas: • A DIMENSÃO ESTRATÉGICA é a orientação estratégica do plano, composta pela Visão de Futuro, Eixos e Diretrizes Estratégicas; precede e orienta a elaboração dos Programas Temáticos. • A DIMENSÃO TÁTICA define caminhos exequíveis para as transformações da realidade anunciadas nas Diretrizes Estratégicas, considerando as variáveis inerentes à política pública e reforçando a apropriação, pelo PPA, das principais agendas de governo e dos planos setoriais para os próximos quatro anos. É expressa nos Programas e reflete as entregas de bens e serviços pelo Estado à sociedade. • A DIMENSÃO OPERACIONAL relaciona-se com a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues, sendo especialmente tratada no Orçamento. O novo modelo de gestão (adotado a partir de 2012) pauta-se pela flexibilidade, criatividade e informação, pela ampliação da comunicação e da coordenação entre os Órgãos Centrais de Governo e os órgãos executores, pelo respeito à diversidade política e suas relações de complementaridade, pelo diálogo, pelo fortalecimento do pacto federativo e pela transparência. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 14 DICA 12 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. O PPA pode ser revisado periodicamente. A revisão do PPA não é obrigatória, para que ela ocorra é necessário que haja interesse e autorização do Poder Executivo, e aprovação da lei de revisão pelo Congresso Nacional. A revisão do PPA inclui: inclusão, alteração e exclusão de Programas e de Ações Plurianuais. Outro ponto importante que quero que você leve para a prova da banca CESPE é o seguinte: NÃO DEPENDE DE LEI E PODEM SER FEITAS DIRETAMENTE PELO PODER EXECUTIVO AS ALTERAÇÕES: VALOR GLOBAL DO PROGRAMA ADEQUAR VINCULAÇÃO ENTRE AÇÃO X OBJETIVO ALTERAR/REVISAR METAS E ALTERAR ATRIBUTOS (INDICADOR, ÓRGÃO RESPONSÁVEL POR OBJETIVO E META, INICIATIVAS, VALOR GLOBAL alterar o Anexo II - Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, em decorrência de criação, extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos. Atente para o fato de que quaisquer modificações realizadas com fulcro na autorização prevista no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em portal eletrônico do governo federal. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 15 DICA 13 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. Conforme a Lei nº 13.249/2016 (Lei que instituiu o PPA 2016-2019), são prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019: AS METAS INSCRITAS NO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (LEI NO 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014); O PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC, IDENTIFICADO NAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS POR MEIO DE ATRIBUTO ESPECÍFICO; E O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA - PBSM, IDENTIFICADO NAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS POR MEIO DE ATRIBUTO ESPECÍFICO. Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes: O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ORIENTADO PELA INCLUSÃO SOCIAL A MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS COM REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS, REGIONAIS, ÉTNICO-RACIAIS, GERACIONAIS E DE GÊNERO O ESTÍMULO E A VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO DIREITO DO CIDADÃO A VALORIZAÇÃO E O RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL O APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA COM FOCO NO CIDADÃO, NA EFICIÊNCIA DO GASTO PÚBLICO, NA TRANSPARÊNCIA, E NO ENFRENTAMENTO À CORRUPÇÃO A GARANTIA DO EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 16 DICA 14 TÓPICOS DO EDITAL: 2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.2 PLANO PLURIANUAL. 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim definidos: PROGRAMA TEMÁTICO ORGANIZADO POR RECORTES SELECIONADOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPRESSA E ORIENTA A AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA A ENTREGA DE BENS E SERVIÇOS À SOCIEDADE PROGRAMA DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS AO ESTADO EXPRESSA E ORIENTA AS AÇÕES DESTINADAS AO APOIO, À GESTÃO E À MANUTENÇÃO DA ATUAÇÃO GOVERNAMENTAL NÃO INTEGRAM O PPA 2016-2019 OS PROGRAMAS DESTINADOS EXCLUSIVAMENTE A OPERAÇÕES ESPECIAIS. Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional e as ações orçamentárias serão discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias. Nos Programas Temáticos, cada ação orçamentária estará vinculada a um únicoObjetivo, exceto as ações padronizadas. As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA constarão das leis orçamentárias anuais. O investimento plurianual, para o período de 2016 a 2019, está incluído no Valor Global dos Programas. A gestão do PPA 2016-2019 observará os princípios da PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA, IMPESSOALIDADE, ECONOMICIDADE E EFETIVIDADE e compreenderá a implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano. Caberá ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão definir os prazos, as diretrizes e as orientações técnicas complementares para a gestão do PPA. O Poder Executivo manterá sistema informatizado de apoio à gestão do Plano e adotará, em conjunto com representantes da sociedade civil, mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de gestão do PPA 2016-2019 (ORÇAMENTO PARTICIPATIVO). ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 17 DICA 15 TÓPICOS DO EDITAL: 1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO Este princípio está consagrado no art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário. Praticamente em todos os anos esse princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's, visto que o "equilíbrio" é mantido com as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que são na verdade empréstimos que escondem o déficit existente. O princípio do equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não durante sua execução. Durante a execução o equilíbrio será perseguido, mas não será exato porque a execução comporta variações envolvendo receitas e despesas. Esse princípio orçamentário com assento constitucional e comumente indicado pela doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de ouro”, uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO E DA PROGRAMAÇÃO Esses princípios são modernos e recentes. O princípio do planejamento, de acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 165, § 1", refere-se à obrigatoriedade de elaboração do Plano Plurianual (PPA), e a obrigatoriedade de todos os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com ele (art. 165, § 4º), reforçado pela LRF, art. 1º, § 1º, que exige a ação planejada: "a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas". Haja vista a importância do planejamento plurianual para a Administração Pública, ele obrigatoriamente deverá ser aprovado mediante lei, não sendo admitida sua formalização mediante Medida Provisória (CF /1988, art. 62, § 1º, d). O princípio da programação surgiu a partir da instituição do orçamento- programa, e apregoa que o orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como instrumento de administração do Governo, facilitando a fiscalização, gerenciamento e planejamento. Todas as despesas são inseridas no Orçamento sob a forma de programa. Programa é o instrumento que o Governo utiliza para organizar suas ações de maneira lógica e racional, a fim de otimizar a aplicação dos recursos públicos e maximizar os resultados para a sociedade. Como o "programa" é o elo entre planejamento e orçamento, esses princípios são apresentados juntos. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 18 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 19 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 20 DICA 16 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO. 1.5 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO. NÃO CONFUNDA PROCESSO (CICLO) COM SISTEMA ORÇAMENTÁRIO. O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO compreende as fases de elaboração e execução das leis orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Cada uma dessas leis tem ritos próprios de elaboração, aprovação e implementação pelos Poderes Legislativo e Executivo. Entender esses ritos é o primeiro passo para a participação da sociedade no processo decisório, fortalecendo, assim, o exercício do controle social na aplicação dos recursos públicos. Já o SISTEMA ORÇAMENTÁRIO é a estrutura composta pelas organizações, recursos humanos, informações, tecnologia, regras e procedimentos, necessários ao cumprimento das funções definidas no processo orçamentário. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 21 DICA 17 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO. 1.5 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO. CICLO ORÇAMENTÁRIO AMPLIADO O ciclo orçamentário ampliado ou ciclo de planejamento e orçamento federal corresponde a um período mais amplo que quatro anos. Ele inicia com a elaboração, discussão, votação e aprovação do PPA; continua com a elaboração, discussão, votação e aprovação da LDO; e, por fim, a elaboração, discussão, votação e aprovação, execução, controle e avaliação da LOA. Segundo Sanches, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam: 1 FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO PLURIANUAL, PELO EXECUTIVO 2 APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO PLANO, PELO LEGISLATIVO 3 PROPOSIÇÃO DE METAS E PRIORIDADES PARA A ADMINISTRAÇÃO E DA POLÍTICA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PELO EXECUTIVO 4 APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DA LDO, PELO LEGISLATIVO 5 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO, PELO EXECUTIVO 6 APRECIAÇÃO, ADEQUAÇÃO E AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA 7 EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS APROVADOS 8 AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO E JULGAMENTO DAS CONTAS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 22 DICA 18 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO. 1.5 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO. Funções da Comissão Mista Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMOADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 23 DICA 19 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 24 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 25 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 26 DICA 20 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA RECEITA ORIGINÁRIA - é a receita efetiva oriunda das rendas produzidas pelos ativos do Poder Público, pela cessão remunerada de bens e valores (aluguéis e ganhos em aplicações financeiras), ou aplicação em atividades econômicas (produção, comércio ou serviços). As receitas originárias são provenientes do patrimônio público (bens e direitos). O Estado obtém essas receitas colocando parte do seu patrimônio à disposição da sociedade, que paga pela sua utilização. São formadas por receitas correntes e também são denominadas receitas de economia privada. Ex.: receitas patrimoniais, receitas agropecuárias, receitas comerciais, receitas de serviço, participações e dividendos, receita de aluguel de imóveis etc. Podem ser subclassificadas em: I- PATRIMONIAIS: receitas que provêm das rendas geradas pelo patrimônio do próprio Estado (mobiliário e imobiliário). Exs.: receitas de aluguéis, receitas decorrentes das vendas de bens e as operações de crédito. Incluem-se também as decorrentes de pagamento de royalties pela exploração do seu patrimônio por concessionários e permissionários de serviços públicos. II- EMPRESARIAIS: são aquelas provenientes das atividades realizadas pelo Estado como empresário, seja no âmbito comercial, industrial ou de prestação de serviços. RECEITA DERIVADA - é a receita efetiva obtida pelo Estado em função de sua soberania, por meio de tributos, penalidades, indenizações e restituições. As receitas derivadas são formadas por receitas correntes, segundo a classificação da receita por categoria econômica. Ex.: receita tributária, receita de contribuições etc. São receitas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. O Estado exerce a sua competência, o seu poder, e tributa os rendimentos e o patrimônio das pessoas e das empresas, exigindo compulsoriamente que o particular entregue determinada quantia na forma de tributos. Essa receita é derivada porque deriva do patrimônio dos particulares, da sociedade em geral. Embora utilizada no meio acadêmico, a diferenciação originária X derivada não é utilizada como classificação oficial da receita pelo Poder Público. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 27 DICA 21 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação patrimonial líquida, a receita pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”: a. RECEITA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA aquela em que os ingressos de disponibilidade de recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes. b. RECEITA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de registro do reconhecimento do direito ou constituem obrigações correspondentes, como é o caso das operações de crédito. DICA 22 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. RECEITA VINCULADA - é a receita arrecadada com destinação específica estabelecida em dispositivos legais. A vinculação da receita torna a programação financeira menos flexível, reservando parte dos recursos disponíveis para determinada destinação. Receita vinculada é a receita arrecadada que, em função da legislação, tem sua destinação estabelecida. Essas receitas não poderão ser utilizadas para outro objeto, conforme o parágrafo único do art. 8º da LRF: "Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso". ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 28 DICA 23 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MCASP 7ª EDIÇÃO A classificação da receita orçamentária é de utilização obrigatória para todos os entes da Federação, sendo facultado seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades. Nesse sentido, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios: NATUREZA DE RECEITA FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO O detalhamento das classificações orçamentárias da receita, no âmbito da União, é normatizado por meio de portaria da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG). OBSERVAÇÃO: Quero que tenham cuidado redobrado com relação à classificação trazida pelo Manual Técnico Orçamentário MTO 2019, pois temos uma mudança significativa na classificação. Segundo este manual, a classificação da receita orçamentária, a exemplo do que ocorre na despesa, é de utilização obrigatória por todos os entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas necessidades. Sobre o assunto, as receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes critérios: NATUREZA DE RECEITA INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS ESFERA ORÇAMENTÁRIA Como vemos, há uma mudança, pois no MCASP não temos a classificação por esfera orçamentária. Trataremos desse tema mais adiante. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 29 DICA 24 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. RECEITAS DE OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. De fato, define-se como intraorçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. As receitas intra-orçamentárias decorrem da realização de despesas intra-orçamentárias, mas não alteram o saldo da Conta Única do Tesouro no Banco Central, traduzindo-se em meros lançamentos contábeis. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338/2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 30 DICA 25 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. ORIGENS DA RECEITA CORRENTE Tomem cuidado com as definições das seguintes origens, pois caem bastante em prova! TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: são provenientes do recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento que não impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou essa transferência. É o ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se à determinação constitucional ou legal, ou ao objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades públicas e instituições privadas. O órgão que transfere as receitas executa as três fases da despesa: empenha, liquida e paga a despesa, transferindo somente o valor financeiro. Quem recebe classifica como receita sua, no momento em que o repassador liquida a despesa. OUTRAS RECEITAS CORRENTES: constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais classificações da receita corrente, tais como indenizações, restituições, ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas, entre outras. Também se classificam como outras receitas correntes a alienação de móveis e imóveis apreendidos e/ ou caucionados. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 31 DICA 26 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. ORIGENS DA RECEITA DE CAPITAL Tomem cuidado com as definições das seguintes origens, pois caem bastante em prova! TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas com investimentos ou inversões financeiras, independentemente da contraprestação direta a quem efetuou essa transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se ao objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades públicas e instituições privadas. A origem dos recursos não é determinante; pode ser corrente ou de capital. A destinação/aplicação sim é que deve ser obrigatoriamente em despesas de capital. É a única receita de capital classificada como efetiva. As demais são não efetivas. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL: registram-se nesta origem receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais classificações da receita de capital, tais como resultado do Banco Central, remuneração das disponibilidades do Tesouro, entre outras. Chamo a atenção de vocês para o seguinte: nem todas as receitas de capital são não efetivas. As transferências de capital são receitas e despesas efetivas, haja vista que não há uma contrapartida em relação ao valor recebido ou transferido. Além disso, O§ 22 do art. 2º da Lei nº 4.320/1964 inclui o "superávit do orçamento corrente" como receita de capital, e, em seguida, no § 3º, diz que esse superávit não constituirá item de receita orçamentária. Esse superávit do orçamento corrente é classificado como receita de capital porque a receita corrente se esgota dentro do exercício financeiro. É EXTRAORÇAMENTÁRIA porque foi arrecadada em um exercício e será utilizada num exercício posterior. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 32 DICA 27 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. Importante destacar que a Portaria SOF no 45, de 26 de agosto de 2015, que dispôs sobre o desdobramento da classificação por natureza de receita para aplicação no âmbito da União, publicou apenas as naturezas agregadoras, ficando criadas automaticamente, para todos os fins, as naturezas valorizáveis, terminadas em “1”, “2”, “3” e “4”. Além disso, de acordo com o art. 2o, § 4o, inciso V, alínea “f”, da Portaria Interministerial STN/SOF no 163, de 4 de maio de 2001, os dígitos correspondentes aos tipos “5” a “9” serão utilizados quando se tratar de outros desdobramentos a serem criados, caso a caso, pela Secretaria de Orçamento Federal, mediante Portaria específica. EXEMPLO LOA DA UNIÃO DE 2017 E PLOA 2018 (ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS) LOA 2017: ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS IMPOSTOS TRIBUTÁRIA TRIBUTÁRIA MULTAS PELO ATRASO NO PAGAMENTO DE IMPOSTOS TRIBUTÁRIA OUTRAS RECEITAS CORRENTESDÍVIDA ATIVA DE IMPOSTOS TRIBUTÁRIA OUTRAS RECEITAS CORRENTES ALUGUEIS PATRIMONIAL PATRIMONIAL MULTAS PELO ATRASO NO PAGAMENTO DE ALUGUEIS PATRIMONIAL OUTRAS RECEITAS CORRENTES DÍVIDA ATIVA DE ALUGUEIS PATRIMONIAL OUTRAS RECEITAS CORRENTES MULTAS DE TRÂNSITO OU MULTAS PELO ATRASO NA DEVOLUÇÃO DE LIVROS NA BIBLIOTECA PÚBLICA OUTRAS RECEITAS CORRENTES OUTRAS RECEITAS CORRENTES ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 33 DICA 28 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO Conforme esta classificação, as receitas do Governo Federal podem ser divididas em: a) primárias (P), quando seus valores são incluídos no cálculo do resultado primário; e b) financeiras (F), quando não são incluídas no citado cálculo. As RECEITAS PRIMÁRIAS referem-se, predominantemente, às receitas correntes que advêm dos tributos, das contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte das compensações financeiras, das decorrentes do próprio esforço de arrecadação das UOs, das provenientes de doações e convênios e outras também consideradas primárias. As RECEITAS FINANCEIRAS são aquelas que não alteram o endividamento líquido do Governo (setor público não financeiro) no exercício financeiro correspondente, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um direito, ambos de natureza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo. São adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da emissão de títulos, da contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das receitas de aplicações financeiras da União (juros recebidos, por exemplo) e outras. Resultado primário quer dizer quanto o governo economizará para pagamento do serviço da dívida pública: principal, juros e encargos. Resultado nominal quer dizer quanto vai sobrar após o pagamento dos juros. Portanto, a meta é o resultado primário a ser alcançado, sendo o resultado nominal apenas o saldo. E o Anexo de Metas Fiscais apenas expõe o resultado primário, ou seja, o número a ser alcançado para o pagamento do serviço da dívida pública. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 34 DICA 29 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS O registro da arrecadação dos recursos é efetuado por meio de códigos de natureza de receita, sendo que cada receita possui normas específicas de aplicação. Essas normas, por sua vez, podem especificar tanto “quem” deverá aplicar a receita quanto “qual” atividade estatal (qual política pública, qual despesa) deverá ser financiada por meio dessa receita. Dessa forma, uma mesma atividade estatal pode ser financiada por recursos de diferentes receitas, tornando necessário, portanto, agrupar e catalogar, sob o mesmo código comum, as diferentes origens de receita que porventura devam ser aplicadas da mesma forma, no financiamento da mesma atividade estatal. Denomina-se “Fonte/Destinação de Recursos” a cada agrupamento de receitas que possui as mesmas normas de aplicação. A Fonte, nesse contexto, é instrumento de Gestão da Receita e da Despesa ao mesmo tempo, pois tem como objetivo assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas para financiar atividades (despesas) do governo em conformidade com Leis que regem o tema. Dessa forma, a Fonte/Destinação de Recursos contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º, parágrafo único, e do art. 50, inciso I, da LRF: Art. 8º [...] Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. [...] Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados. Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não vinculadas: a) DESTINAÇÃO VINCULADA: processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma. b) DESTINAÇÃO NÃO VINCULADA (OU ORDINÁRIA): é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade. A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes, órgãos, entidades ou fundos. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 35 DICA 30 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento. ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA PLANEJAMENTO PREVISÃO EXECUÇÃO LANÇAMENTO ARRECADAÇÃO RECOLHIMENTO EXCEÇÃO ÀS ETAPAS DA RECEITA Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 36 DICA 31 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. LANÇAMENTO --> é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível. TIPOS DE LANÇAMENTO CARACTERÍSTICA EXEMPLO DIRETO OU DE OFÍCIO SEM A PARTICIPAÇÃO DO CONTRIBUINTE IPTU, IPVA DECLARAÇÃO OU MISTO CONTRIBUINTE PRESTA INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO LANÇAMENTO ITBI, II, IE E ITCMD HOMOLOGAÇÃO OU AUTO-LANÇAMENTO REALIZADO PELO SUJEITO PASSIVO QUE ANTECIPA IMPOSTOS ICMS, IPI, IR, PIS E Confins. DICA 32 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição tributária),a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor. Se houver parcelas a serem restituídas, em regra, esses fatos não devem ser tratados como despesa orçamentária, mas como dedução de receita orçamentária, pois correspondem a recursos arrecadados que não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em programas e ações governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua execução. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 37 DICA 33 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. DÍVIDA ATIVA A Dívida Ativa, regulamentada a partir da legislação pertinente, abrange os créditos a favor da Fazenda Pública, cuja certeza e liquidez foram apuradas, por não terem sido efetivamente recebidos nas datas aprazadas. É, portanto, uma fonte potencial de fluxos de caixa, com impacto positivo pela recuperação de valores, espelhando créditos a receber, sendo contabilmente alocada no Ativo. Em observância aos dispositivos legais pertinentes, mais uma vez repito, os créditos classificáveis em Dívida Ativa devem ser inicialmente registrados no Ativo de Longo Prazo, considerando a incerteza intrínseca de sua condição. A definição de CURTO ou LONGO prazo dependerá da expectativa de recebimento. Se a expectativa de recebimento for até o término do exercício seguinte, constituirá curto prazo; caso contrário, integrará os direitos de longo prazo. Tenham atenção também para o que traz o MCASP 7ª edição, Parte III: A inscrição do crédito em dívida ativa configura fato contábil permutativo, pois não altera o valor do patrimônio líquido do ente público. No órgão ou entidade de origem é baixado o crédito a receber contra uma variação patrimonial diminutiva (VPD) e no órgão ou entidade competente para inscrição é reconhecido um crédito de dívida ativa contra uma variação patrimonial aumentativa (VPA). Dessa forma, considerando-se o ente como um todo, há apenas a troca do crédito a receber não inscrito pelo crédito inscrito em dívida ativa, sem alteração do valor do patrimônio líquido. QUANTO À EXPECTATIVA DE REALIZAÇÃO, HÁ TROCA DO CRÉDITO A RECEBER NO ATIVO CIRCULANTE (REGISTRADO NO ÓRGÃO OU ENTIDADE DE ORIGEM DO CRÉDITO) PELO CRÉDITO DE DÍVIDA ATIVA NO ATIVO NÃO CIRCULANTE (REGISTRADO NO ÓRGÃO OU ENTIDADE COMPETENTE PARA INSCRIÇÃO DO CRÉDITO EM DÍVIDA ATIVA), TENDO EM VISTA QUE O INADIMPLEMENTO TORNA INCERTO O PRAZO PARA REALIZAÇÃO DO CRÉDITO.” CONFORME O MTO/19, CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA DEVERÃO SER REGISTRADOS NO ATIVO NÃO CIRCULANTE, E CASO O ÓRGÃO TENHA CONDIÇÕES DE ESTIMAR COM RAZOÁVEL CERTEZA O SEU MONTANTE COM EXPECTATIVA DE RECEBIMENTO EM ATÉ 12 (DOZE) MESES, O REGISTRO PODERÁ SER ALTERADO DE ATIVO NÃO CIRCULANTE PARA ATIVO CIRCULANTE. O recebimento de dívida ativa corresponde a uma receita, pela ótica orçamentária, com simultânea baixa contábil do crédito registrado anteriormente no ativo, sob a ótica patrimonial. O recebimento da dívida ativa não altera o Patrimônio Líquido (PL) do Estado, mas altera as contas, pois há uma mutação, um fato permutativo, NAS CONTAS. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 38 DICA 34 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3 FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA. FUNDOS ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 39 DICA 35 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorçamentários. Segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964: Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; II - as despesas nele legalmente empenhadas. Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada. Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios. Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação patrimonial líquida em: DESPESA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA AQUELA QUE, EM GERAL, O COMPROMETIMENTO DO ORÇAMENTO (EMPENHO) NÃO CONSTITUI O RECONHECIMENTO DE UM BEM, UM DIREITO OU UMA OBRIGAÇÃO CORRESPONDENTE DESPESA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA AQUELA QUE, EM GERAL, O COMPROMETIMENTO DO ORÇAMENTO (EMPENHO) CONSTITUI O RECONHECIMENTO DE UM BEM, UM DIREITO OU UMA OBRIGAÇÃO CORRESPONDENTE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 40 DICA 36 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos. A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva. DICA 37 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 41 DICA 38 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PIPROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 42 DICA 39 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. AÇÃO As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros. As ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. a. ATIVIDADE É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”. b. PROJETO É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”. c. OPERAÇÃO ESPECIAL Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Em grande medida, as operações especiais estão associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas do orçamento, NÃO INTEGRANDO O PPA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 43 DICA 40 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. SUBTÍTULO / LOCALIZADOR DE GASTO A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da localização física das ações, todavia, considerando a dimensão do orçamento da União, a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem determinado a identificação da localização do gasto, o que se faz por intermédio do Subtítulo. O subtítulo permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicasadotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. No caso da União, as atividades, projetos e operações especiais são detalhadas em subtítulos, utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para priorização da localização física da ação em território é o da localização dos beneficiados pela ação. A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por estado ou município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação orçamentária. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 44 DICA 41 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. ATRIBUTOS DO SUBTÍTULO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 45 DICA 42 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. PLANO ORÇAMENTÁRIO (PO) Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que, tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução, ocorram num nível mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto. Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-unidade orçamentária-função- subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes classificadores, o conjunto de POs varia também. Em termos quantitativos, no entanto, os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus subtítulos/localizadores de gasto. Ou seja, se uma ação possui POs vinculados, a captação da proposta orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação subtítulo +PO. A proposta de dotação para o subtítulo será, pois, a soma das propostas dos POs associados àquele subtítulo. Já a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o produto do PO em geral é diferente do produto da ação, impedindo o somatório. DICA 43 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 46 DICA 44 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO DICAS FINAIS PARA O MPE-PI PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 47 DICA 45 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 5.2 ESTÁGIOS. 2.6 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS. 2.7 ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. 3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA. Segundo a Lei 4320/64: DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS
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