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Trabalho Teologia 07 05

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE TEOLOGIA
CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA
 
MATHEUS RICARDO NAPOLEÃO BAIENSE DA SILVA
História do pensamento Cristão
VILA VELHA
2018
MATHEUS RICARDO NAPOLEAO BAIENSE DA SILVA
História do pensamento Cristão
Trabalho apresentado ao prof. Douglas Nassif , com vistas à aprovação no módulo de teologia Sistemática – 3º Ano, 2018, do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista — Universidade Metodista de São Paulo.
                             
VILA VELHA
 2018
A escolástica tem como um dos temas centrais de sua teologia a relação entre fé e razão, nesse sentido os teólogos eram divididos em duas correntes, os que não defendiam e os que defendiam a realidade das ideias, independentemente de sua materialidade, o primeiro grupo chamados de nominalistas ou via moderna, defendia a realidade da matéria, as ideias eram abstrações do mundo material, eram como nomes dados às coisas a Universidade de Wittemberg, situada na Alemanha, era por força regimental nominalista, ela foi o berço da reforma luterana, já o segundo grupo partia do princípio inverso, pois acreditava que real não é a matéria, e assim o acesso à verdade só é possível por meio da abstração, quanto mais abstrata for uma ideia, mais próxima da verdade ela se encontra, esta escola ficou conhecida como realista, por defender a realidade das ideias, o método teológico e a elaboração teológica, foram dois pressupostos decisivos para os rumos do movimento da Reforma e para a história do pensamento protestante.
O pensamento da Reforma se encontra novamente com a escolástica na relação entre a teologia e o contexto histórico é inegável a influência da escola nominalista, por mais que não exista consenso sobre a repercussão deste pressuposto na teologia protestante, pois nem todos os teólogos da primeira geração de reformadores podem ser caracterizados como nominalistas desta forma não é de se surpreender que um anunciado debate acadêmico tenha se transformado no estopim do movimento da Reforma e suas consequências não se limitaram à esfera eclesiástica. Ao lado de temas eminentemente teológicos, a teologia protestante influenciou a concepção do Estado moderno, posicionou-se sobre questões sociais e econômicas e participou decisivamente da estruturação da sociedade de sua época.
A absolvição de pecados cometidos contra Deus, concedida por autoridades eclesiásticas a pessoas vivas, bem como a remissão destes mesmos pecados, por meio da intercessão, caso a pessoa já tivesse morrido foi o tema do debate que foi o estopim do movimento de Reforma, o esclarecimento sobre o valor das indulgências, essa absolvição não dispensava a penitência pessoal, que podia variar de uma situação para outra, abrangendo deste a distribuição de esmolas aos necessitados, até a participação em cruzadas ou mesmo em peregrinações, a igreja se tornou hegemônica na produção de sentido para a sociedade como um todo, adequando a sua espiritualidade ao mundo. Desta forma, o ser humano nunca se pensava só diante de Deus, pois contava com a mediação da Igreja, as indulgências haviam se transformado em uma vigorosa fonte arrecadadora de recursos, e sua teologia, num meio de coagir consciências, levando os reformadores não só a reformular a teologia da graça, mas a repensar toda a condição humana e sua relação com Deus
É fundamental advertir que a Reforma Protestante não gerou um único pensamento teológico, ela tirou consequências políticas de longo alcance da teologia dos reformadores, fazendo reinvindicações que não se prendiam somente a reforma da Igreja, mas também de toda a sociedade. A reforma também incorporou ao primado do texto bíblico a “voz interior”, uma inspiração direta do Espírito, como critério para a enunciação teológica. A Guerra dos Trinta Anos foi conflito político de maior alcance envolvendo a Reforma Protestante, que resultou na Paz de Westfália, assinada em 24 de outubro de 1648.
O princípio da tolerância religiosa, foi importante para a teologia, pois esse princípio reconhecia a existência de três denominações religiosas definitivamente marcadas pelo processo estimulado pela Reforma Protestante do século XVI: luteranos, católicos e calvinistas. Trata-se de uma paz religiosa, porém com um princípio excludente, pois não contemplava outras denominações, como os anabatistas e muitas outras.
A Reforma foi um movimento operado por homens falhos, mas mesmo com falhas foi um instrumento que foi poderosamente utilizado pelo Espírito Santo de Deus para fazer o resgate de suas verdades e preservar a igreja. Não devemos deixar de ensinar a sua mensagem, que reflete o ensinamento verdadeiro da Palavra de Deus aos dias de hoje. Os problemas e situações tendem a repetir-se, até no seio da igreja, já que a natureza humana continua a mesma. O Deus da Reforma não mudou continua o mesmo, e fala ao mundo hoje, com a mesma mensagem eterna. Devemos com termo e oração, ter a coragem de proclamar essa mensagem em nossa igreja.

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