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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Biomedicina 4° Período Febre amarela Delineamento de Pesquisa Professora: Alzira Batista Cecilio Alunas: Bruna Lorena de Paula Lorrany Gracy Mariana Queiroz Artigo de Revisão Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa. (2003). Febre amarela. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36(2), 275-293. https://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822003000200012 Autor: Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Mar./Abr. 2003 Introdução A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa que se mantém endêmica ou enzoótica nas florestas tropicais da América e África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos , a diferença está apenas nos transmissores. Introdução Vetor: No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). Introdução Infecção:A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. RESULTADOS E DISCUSSÃO Sintomas O paciente fica 3 a 6 dias em um período de incubação, e após esse período inicia o quadro clínico apresentando febre alta, cefaleia, dor muscular, injeção conjuntival, rubor facial e bradicardia relativa (sinal de Faget). Sintomas Após esse período o paciente apresenta uma breve melhora da febre, que volta aparecer depois de aproximadamente 24 horas, dando início ao período de intoxicação Nesse estágio da doença o paciente apresenta além da febre, manifestações hemorrágicas, como epistaxe, gengivorragia, hematêmese (vômito com sangue), hemorragias petequiais (capilar), purpúricas e icterícia causada pela lesão no fígado Diagnóstico Exame específico IgM-ELISA: Captura anticorpos IgM em ensaio enzimático ou conversão sorológica em testes de inibição da hemaglutinação. Identifica-se o vírus em testes de imunofluorescência indireta usando anticorpos monoclonais ou alternativamente mediante testes de fixação do complemento. Diagnóstico Biópsia do fígado: Deve-se procurar antígenos específicos pela técnica de imunohistoquímica em tecidos hepáticos. Tratamento Não existem tratamentos médicos específicos contra o vírus da febre amarela. Normalmente o tratamento visa a melhora dos sintomas e em casos mais graves é realizado o atendimento em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reposição do sangue perdido nas hemorragias, diálise para os rins afetados e controle geral das complicações. Profilaxia A vacinação é considerada pela Organização Mundial da Saúde a forma mais importante de prevenir a febre amarela. Tanto que é a vacinação frequente que impede que a doença se espalhe mesmo em áreas endêmicas. É preciso que ao menos 80% da população seja imunizada contra um vírus para prevenir a doença nestas regiões. Conclusão Devemos ter em mente que o risco de adoecer permanece. Porém, a ingenuidade e a ignorância das pessoas favorecem o vírus. Portanto, deve-se melhorar a vigilância principalmente nos municípios e estados, ou seja, permanecer alerta, suspeitando da doença. Procurar educar melhor o pessoal sobre saúde, vacinar as populações suscetíveis e estudar as epidemias. Assim aumenta-se o conhecimento acerca da história natural da doença e evita-se o retorno de outro flagelo que já mostrou o seu poder destruidor na história médica do Brasil. Referências Bibliográficas ● Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa. (2003). Febre amarela. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36(2), 275-293. ● Benchimol JL. Febre amarela: A doença e a vacina, uma história inacabada. Editora Fiocruz, Rio de Janeiro, 2001. ● Costa ZGA, Oliveira RC, Tuboi SH, Silva MM, Vasconcelos PFC. Redefinição das áreas de risco para febre amarela silvestre no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 35 (supl I): 84, 2002. ● Carmo EH, Martins E, Pelucci HH, Maia ML, Duzzi R, Tuboi S, Costa ZG. Brote de fiebre amarilla selvática en Minas Gerais, Brasil. Boletin Informativo PAI, Organización Pan-Americana de la Salud, Washington, 24:5-6, 2002. ● Barrett ADT. Yellow fever vaccines. 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