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Crimes Contra a Pessoa - Homicídio e homicídio privilegiado

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Crimes Contra a Pessoa 
Título I (art. 121- 154
Rodrigo Ferro
 
 
“A pessoa humana, sob o duplo ponto de vista material e moral, é um dos mais relevantes objetos da tutela penal. Não a protege o Estado apenas por obséquio ao indivíduo, mas, principalmente, por exigência de indeclinável interesse público ou atinente a elementares condições da vida em sociedade. [...]
(Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, vol. V, 1979, pp. 15 e16)
CRIMES CONTRA AS PESSOAS
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Artigos 121 a 128
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
Artigos 130 a 136
DAS LESÕES CORPORAIS
Artigo 129 
DA RIXA 
Artigo 137
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Artigos 146 a 154 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
Artigos 138 a 145 
3
A lei penal, com sua próvida e reforçada tutela, procura resguardar a incolumidade do indivíduo Humano, até mesmo antes do nascimento, ou, mais precisamente, desde a sua concepção: não só protege a segurança ou conservação do “ser vivo, nascido de mulher”, como a da spes hominis, da spes personae, do germe fecundado no seio materno. Segundo o código, são os seguintes crimes contra a vida: o “homicídio” (doloso ou culposo), o “induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio” o infanticídio e o aborto.
(Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, vol. V, 1979, p. 21)
CRIMES CONTRA A VIDA
Crimes contra a vida
1. Homicídio;
2 .induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio;
3. infanticídio;
4. aborto.
Crimes qualificados pelo resultado morte
Aborto qualificado 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Crimes qualificados pelo resultado morte
Lesão Corporal Seguida de Morte 
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Crimes qualificados pelo resultado morte
Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Homicídio Art. 121
O homicídio é o tipo central dos crimes contra a vida e é o ponto culminante na orografia dos crimes. É o crime por excelência. É o padrão da delinquência violenta ou sanguinária, que representa como que uma reversão atávica às eras primevas [...]. É a mais chocante violação do senso moral médio da humanidade civilizada. 
(Nelson Hungria. Comentários ao Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, vol. V, 1979, p. 21)
Bem jurídico tutelado
É a vida humana. O Direito Penal protege a vida desde o momento da concepção até que ela se extinga, sem distinção da capacidade física ou mental das pessoas.
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Marco inicial da vida 
A vida começa com o início do parto, com o rompimento do saco amniótico; é suficiente a vida, sendo indiferente a capacidade de viver. Antes do início do parto, o crime será de aborto. Assim, a simples destruição da vida biológica do feto, no início do parto, já constitui o crime de homicídio. 
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Vida biológica e vida extrauterina
Modernamente, não se distingue mais entre vida biológica e vida autônoma ou extrauterina. É indiferente a existência de capacidade de vida autônoma, sendo suficiente a presença de vida biológica, que pode ser representada pela “existência do mínimo de atividades funcionais de que o feto já dispõe antes de vir à luz, e das quais é o mais evidente atestado a circulação sanguínea”. (Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
TACRSP : “(...) a morte do feto durante o parto configura crime de homicídio, a menos que seja praticado pela própria mãe, sob influência do estado puerperal, caso em que o crime a identificar-se será infanticídio. Desde o início do parto (que se dá com o rompimento do saco aminiótico) a morte do feto constituirá homicídio” (RT 729/571)
EMENTA 
Apelação criminal. Homicídio culposo. Médico plantonista. Erro. Parto tardio. Morte de recém-nascido. Provas suficientes. 
Quando o evento morte de recém-nascido ocorreu em virtude do parto tardio, ou seja, por obra da negligência e imperícia do médico plantonista, que, com seu agir, embalado pela desatenção ao seu dever de cuidado, não evitou o fato previsível, a condenação por homicídio culposo é o caminho a seguir. 
(TJRO – 0039950-02.2006.8.22.0007 Apelação – Rel. Desembargador Valdeci Castellar Citon – j. 23/04/2014 - Unânime) 
PENAL E PROCESSUAL PENAL APELAÇAO CRIMINAL - HOMICÍDIO CULPOSO - ERRO MÉDICO - MORTE DE RECÉN-NASCIDO DURANTE O PARTO - IMPERÍCIA E NEGLIGÊNCIA - INOBSERVÂNCIA DE DEVER DE OFÍCIO OU PROFISSAO - APELO PROVIDO. 1) Em sua estrutura dogmático-normativa, o tipo culposo exige a caracterização dos seguintes elementos: conduta humana voluntária, comissiva ou omissiva; não-observância de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não desejado e nem assumido pelo agente; nexo de causalidade entre a conduta representativa da inobservância do dever de cautela e o resultado lesivo; a previsibilidade e a tipicidade. 2) É forçoso reconhecer que, no mínimo, não houve por parte do apelante o diagnóstivo adequado da vítima sobre a gravidade de seu quadro nem o cuidaddo que lhe era exigido no seu atendimento pós-parto. Isto sem perquirir-se se o Médico realmente empregou da melhor técnica que deveria na condução do parto, o fato da criança nascer com vários hematomas após parto cesariano é um forte indício de que o acusado não teria agido empregado a melhor técnica. 3) Exsurge das provas dos autos que o réu realmente agira com imperícia, ou no mínimo, negligência, na realização da operação bem como diagnóstico pós-parto, sem ter tomado os devidos cuidados profissionais que deveria. 4) Apelação provida. (TJ-ES - ACR: 32050006777 ES 032050006777, Relator: ADALTO DIAS TRISTÃO, Data de Julgamento: 20/02/2008, SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 02/04/2008)
Sujeito ativo 
O sujeito ativo do crime de homicídio pode ser qualquer pessoa, pois em se tratando de crime comum não requer nenhuma condição particular. O sujeito ativo pode agir só ou associado a outrem. 
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Vítima como sujeito ativo do homicídio
Não se admite como sujeito ativo do homicídio, por fim, a própria vítima, uma vez que não é crime matar a si próprio, e, ainda que crime fosse, não seria homicídio, mas suicídio. Essa conduta, isoladamente, constitui um indiferente penal. Típica é a conduta de matar alguém, isto é, terceira pessoa e não a si mesmo. 
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Sujeito passivo 
Sujeito passivo pode ser qualquer ser vivo, nascido de mulher, isto é, o ser humano nascido com vida. A vida começa com o início do parto, com o rompimento do saco amniótico. Antes do início do parto, o crime será de aborto. É suficiente a vida, sendo indiferente a capacidade de viver. 
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Sujeito passivo especial
Quando o sujeito passivo de homicídio for o Presidente da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal, o crime será contra a segurançanacional (art. 29 da Lei n. 7.170/83). Quando se tratar de vítima menor de 14 anos, a pena será majorada em um terço (2ª parte do § 4º , com redação da Lei n. 8.069/90 — ECA). (Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Sujeito passivo especial
Art. 29 - Matar qualquer das autoridades referidas no art. 26.
Pena: reclusão, de 15 a 30 anos.
 Art. 26 - Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, conhecendo o caráter ilícito da imputação, a propala ou divulga.
Tipo objetivo 
A conduta típica consiste em matar alguém, isto é, eliminar a vida de outrem. A ação de matar é aquela dirigida à antecipação temporal do lapso de vida alheia. Circunstâncias particulares que ocorrerem na realização do homicídio estão fora do tipo, mas poderão integrar as qualificadoras ou privilegiadoras do crime.
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 309) 
Tipo subjetivo 
O elemento subjetivo que compõe a estrutura do tipo penal do crime de homicídio é o dolo, que pode ser direto ou eventual. Dolo é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal; no caso do homicídio, é a vontade e a consciência de matar alguém. (Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 310) 
Dolo genérico – não exige qualquer finalidade especial, bastando a vontade de matar (animus necandi)
Dolo eventual
No dolo eventual o agente prevê o resultado como provável ou, ao menos, como possível, mas, apesar de prevê-lo, age aceitando o risco de produzi-lo. Assumir o risco é alguma coisa mais que ter consciência de correr o risco: é consentir previamente no resultado, caso este venha efetivamente a ocorrer.
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 310) 
Dolo eventual
No dolo eventual o agente prevê o resultado como provável ou, ao menos, como possível, mas, apesar de prevê-lo, age aceitando o risco de produzi-lo. Assumir o risco é alguma coisa mais que ter consciência de correr o risco: é consentir previamente no resultado, caso este venha efetivamente a ocorrer.
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 310) 
Dolo eventual e mera esperança
Dolo eventual não se confunde com a mera esperança ou simples desejo de que determinado resultado ocorra, como no exemplo trazido por Welzel, do sujeito que manda seu adversário a um bosque, durante uma tempestade, na esperança de que seja atingido por um raio. 
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 310) 
Classificação
 trata-se de crime comum (aquele que não demanda sujeito ativo qualificado ou especial); material (delito que exige resultado naturalístico, consistente na morte da vítima); de forma livre (podendo ser cometido por qualquer meio eleito pelo agente); comissivo (“matar” implica em ação) e, excepcionalmente, comissivo por omissão (omissivo impróprio, ou seja, é a aplicação do art. 13, § 2.º, do Código Penal); instantâneo (cujo resultado “morte” se dá de maneira instantânea, não se prolongando no tempo); de dano (consuma-se apenas com efetiva lesão a um bem jurídico tutelado); unissubjetivo (que pode ser praticado por um só agente); progressivo (trata-se de um tipo penal que contém, implicitamente, outro, no caso a lesão corporal); plurissubsistente (via de regra, vários atos integram a conduta de matar); admite tentativa. (Guilherme de Souza Nucci. Código Penal Comentado, 2005, p. 489) 
Homicídio Simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão de 6 (seis) a 20 (vinte) anos
Homicídio Privilegiado
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio Qualificado
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:     (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Homicídio Privilegiado
O homicídio privilegiado (com especial pena minorada) é aquele que o agente causa a destruição da vida de outrem, impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.
(Álvaro Mayrink da Costa. Direito Penal – Parte Especial. Vol. 4. Rio de Janeiro: Forense, 2008, p. 104) 
Homicídio Privilegiado
Três hipóteses que podem configurar o homicídio privilegiado:
impelido por motivo de relevante valor social; 
impelido por motivo de relevante valor moral; 
sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
OBS.
O homicídio privilegiado caracteriza-se não como um crime autônomo, mas como uma causa de diminuição de pena 
Motivo de valor social
o motivo de relevante valor social é aquele que atende aos interesses ou fins da vida coletiva. O valor moral do motivo se afere segundo os princípios éticos dominantes. São aqueles motivos aprovados pela moralidade média, considerados nobres ou altruísticas. (Heleno Cláudio Fragoso. Lições de Direito Penal – Parte Especial. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p. 47)
Exemplos tradicionais: quem aprisiona um bandido, na zona rural, por alguns dias, até que a polícia seja avisada; quem invade o domicílio do traidor da pátria para destruir objetos empregados na traição. (Guilherme de Souza Nucci. Código Penal Comentado, 2005, p. 489) 
Motivo de valor Moral
O valor moral do motivo se afere segundo os princípios éticos dominantes. São aqueles motivos aprovados pela moralidade média, considerados nobres ou altruísticas. (Heleno Cláudio Fragoso. Lições de Direito Penal – Parte Especial. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p. 47)
Quando um traficante distribui drogas num colégio, sem qualquer ação eficaz da polícia para contê-lo, levando um pai desesperado pelo vício que impregna seu filho a matar o criminoso, surge o aspecto relativo do direito à vida (fosse absoluto e nada justificaria uma pena menor). Embora haja punição, pois não se trata de ato lícito (como no caso de legítima defesa ou estado de necessidade), o Estado, por intermédio da lei, entende ser cabível uma punição menor, tendo em vista a relevância do motivo que desencadeou a ação delituosa. Protege-se, indiscutivelmente, a vida do traficante, embora os valores que estão em jogo devam ser considerados para a fixação da reprimenda ao autor do homicídio. (Guilherme de Souza Nucci.Código Penal Comentado, 2005, p. 489) 
Valoração objetiva do motivo
O valor social ou moral do motivo deve ser considerado sempre objetivamente, segundo a média existente na sociedade, e não subjetivamente, segundo a opinião do agente, que pode ser mais ou menos sensível.
(Cezar Roberto Bitencourt. Código Penal Comentado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 312) 
Sob o domínio de violenta emoção
é tradicionalmente conhecida como ímpeto de ira ou justa dor e historicamente considerada nos casos de provocação da vítima, flagrante adultério e morte dada a ladrão. (Heleno Cláudio Fragoso. Lições de Direito Penal – Parte Especial. Vol. 1. Rio de Janeiro: Forense, 1987, p. 47)
Requisitos 
Emoção violenta – (emoção passageira, paixão permanente) 
Injusta provocação. 
Reação imediata 
Situação de domínio pela emoção. 
O privilégio e circunstância pessoal e não se comunica com co-autores. 
Requisitos 
Emoção violenta – (emoção passageira, paixão permanente) 
Injusta provocação. 
Reação imediata 
Situação de domínio pela emoção. 
O privilégio e circunstância pessoal e não se comunica com co-autores. 
Redução Obrigatória de Pena 
O poder tem para o agente público o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-los. (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1998, p.92.)
Eutanásia e homicídio privilegiado
a) eutanásia: homicídio piedoso (chamado, também, homicídio médico, compassivo, caritativo ou consensual), para “abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente, reconhecidamente incurável” (HUNGRIA, Ortotanásia ou eutanásia por omissão, p. 14), que se encontra profundamente angustiado. Nesse caso, o paciente ainda não se encontra desenganado pela medicina. No sentido etimológico da palavra, quer dizer “morte suave, doce, fácil, sem dor”, mas não é antecipação;
b) ortotanásia: homicídio piedoso omissivo (eutanásia omissiva, eutanásia moral ou terapêutica), deixando o médico de ministrar remédios que prolonguem artificialmente a vida da vítima, portadora de enfermidade incurável, em estado terminal e irremediável, já desenganada pela medicina;
c) distanásia: morte lenta e sofrida de uma pessoa, prolongada pelos recursos que a medicina oferece.
Sob o ponto de vista legal, qualquer dessas formas de matar o paciente, que se encontra angustiado por uma doença, é criminosa. Não se inclui a distanásia, pois esta é forma de prolongar o sofrimento até o fim natural da pessoa humana.(Guilherme de Souza Nucci. Código Penal Comentado, 2005, p. 489)
 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

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