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administração da produção

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Prof. Altair Fontes 1 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I 
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E 
OPERAÇÕES 
 
2 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
Conteúdo Programático desta unidade: 
 Conceito da APO 
 
 O Estudo da APO 
 
 Marcos Históricos da APO 
 
 Fatores que afetam a APO 
 
 Objetivos da APO 
3 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Em qualquer empresa, independente do ramo de 
atividade, do resultado financeiro, do tamanho, do 
modelo adotado gerencialmente ou até mesmo se ela é 
uma empresa de produção de bens ou uma empresa de 
serviços, teremos sempre sistemas ou processos. 
Atualmente o mundo dos negócios está cada vez mais 
globalizado e, portanto as empresas estão cada vez 
mais, não só sujeitas a serem afetadas por qualquer 
motivo externo, como também precisam ser 
competitivas se quiserem sobreviver nos negócios. 
4 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Nunca devemos deixar de ter como foco a seguinte 
situação: temos que gerar lucro, para empresas não 
filantrópicas é claro, e temos que ser também 
eficientes, incluindo aqui também as filantrópicas. 
Todas as empresas, em níveis distintos, possuem 
processos em seus sistemas de rotina e de 
funcionamento. O normal, inclusive, é que estes 
processos possuam divisões e até mesmo subdivisões, 
que deverão ser identificados, mapeados, estudados, 
aprimorados e monitorados. 
5 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Os processos podem ser individuais ou fazerem parte de 
um conjunto de atividades, sendo que cada um poderá 
ser decisivo ou fundamental neste conjunto de 
processos, dependendo do tipo de segmento ou negócio 
adotado. 
Em uma empresa de produção, como exemplo uma 
indústria farmacêutica, nós teremos processos 
industriais, tipo fabricação de um determinado 
medicamento, onde é necessária uma linha de 
montagem e fabricação. Mas não podemos deixar de 
lembrar que teremos diversos outros processos na 
mesma empresa, tais como: de comercialização, de 
vendas, de controle da qualidade, de fiscalização, ou 
seja, não exclusivamente de fabricação ou montagem. 
6 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Em uma empresa de serviços, como exemplo uma 
empresa de terceirização de mão-de-obra, teremos 
processos de controles de horas, para gerar 
pagamentos, mas teremos também processos de 
contratação, de entrevista e outros mais. 
Veja que é importante destacar que nos dois exemplos 
citados e em alguns dos seus processos exemplificados, 
teremos clientes externos ou internos, que são na 
verdade os responsáveis pela existência daquela 
determinada empresa ou setor. 
 
7 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Nesta disciplina iremos aprender quais as ferramentas 
existentes, para um melhor controle gerencial e até 
mesmo operacional destes processos. 
Do ponto de vista gerencial é importante e fundamental 
conhecermos os nossos processos, para que tenhamos 
uma visão do que precisamos executar. 
É neste sentido que a Administração da Produção e 
Operações (APO) tem seu papel vital. Lembrando 
sempre que precisamos constantemente melhorar e 
acompanhar nossos processos, seja no ponto de vista da 
qualidade, da tecnologia, operacional ou dos 
funcionários. 
8 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
Neste contexto, apresentamos a seguir alguns conceitos 
de Administração da Produção e Operações (APO): 
 
“A Administração da Produção e Operações é o campo 
de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada 
de decisões na função de Produção (empresas 
industriais) ou Operações (empresas de serviços).” 
(MOREIRA, 2008) 
 
“A expressão administração de operações refere-se ao 
projeto, direção e controle dos processos que 
transformam insumos em serviços e produtos, tanto 
para os clientes internos quanto para os externos.” 
(KRAJEWSKI, 2009) 
 
 
9 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
“A administração da produção trata da maneira pela 
qual as organizações produzem bens e serviços. 
A função produção é central para a organização porque 
produz os bens e serviços que são a razão de sua 
existência.” 
(SLACK, 2009) 
 
“Administração da produção e operações (APO) é a 
administração do sistema de produção de uma 
organização, que transforma os insumos nos produtos e 
serviços da organização.” 
(GAITHER, 2001) 
10 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
“A gestão de operações ocupa-se da atividade de 
gerenciamento estratégico dos recursos escassos 
(humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de 
sua interação e dos processos que produzem e entregam 
bens e serviços visando atender necessidades e/ou 
desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes.” 
(CORRÊA, 2009) 
 
“A gerência de produção e operações (GPO) envolve o 
planejamento, a coordenação e a execução de todas as 
atividades que criam bens ou fornecem serviços.” 
(STEVENSON, 2001) 
11 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
CONCEITO DA APO 
“Gestão de operações (GO) é o conjunto de atividades 
que criam bens e serviços por meio da transformação de 
entradas em saídas. As atividades que criam bens e 
serviços ocorrem em todas as organizações.” 
(HEIZER, 2001) 
 
“A Administração da Produção e Operações – APO é a 
área da administração que utiliza recursos físicos e 
materiais da empresa que realizam o processo produtivo 
por meio de competências essenciais. Assim, é a APO 
que executa a produção ou as operações da empresa.” 
(CHIAVENATO, 2005) 
12 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
Ao longo dos anos surgiram muitas maneiras de abordar 
o estudo da APO. Entre as abordagens tradicionais, duas 
tendem a predominar: 
1. a produção como uma função organizacional; 
2. a produção como um sistema. 
 
1. A produção como uma função organizacional 
 
Esta abordagem considera a produção como uma função, 
dentre tantas outras, que são realizadas em uma 
organização. 
 
A função produção é central para a organização porque 
produz os bens e serviços que são a razão de sua 
existência, mas não é a única nem, necessariamente, a 
mais importante. 
13 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
Todas as organizações possuem outras funções com suas 
responsabilidades específicas. Embora essas funções 
tenham sua parte a executar nas atividades da 
organização, são ligadas com a função produção, por 
objetivos organizacionaiscomuns. 
 
- Podemos citar como exemplo de funções principais a 
função marketing, a função contábil-financeira e a 
função desenvolvimento de produto/serviço. 
 
- Também podemos destacar as funções de apoio, que 
suprem e apóiam a função produção: função recursos 
humanos, função compras, função engenharia/suporte 
técnico. 
14 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
Relação da função produção com as 
demais funções de uma organização 
Marketing 
Contábil-financeira 
Desenvolvimento de 
produto/serviço 
PRODUÇÃO 
Recursos humanos 
Compras 
Engenharia/Suporte 
técnico 
15 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
2. A produção como um sistema 
 
- Sistema é um conjunto de elementos inter-relacionados 
com um objetivo comum. 
 
- Todo sistema compõe-se de três elementos básicos: as 
entradas (inputs), o processo de transformação e as 
saídas (outputs). 
 
- Sistemas de produção são aqueles que têm por objetivo 
a fabricação de bens manufaturados e/ou a prestação de 
serviços. 
 
- A produção envolve um conjunto de recursos de input 
usado para transformar algo ou para ser transformado 
em outputs de bens e/ou serviços. 
16 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- A figura abaixo mostra um modelo de sistema de 
produção que é usado para descrever a natureza da 
produção. 
 
RECURSOS 
TRANSFORMADOS: 
• Materiais 
• Informações 
• Consumidores 
PROCESSO 
DE 
TRANSFORMAÇÃO 
Ambiente 
Ambiente 
 
RECURSOS DE 
TRANSFORMAÇÃO: 
• Instalações 
• Funcionários 
 
INPUT OUTPUT 
BENS E/OU 
SERVIÇOS 
17 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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O ESTUDO DA APO 
- Inputs 
 
Os inputs para a produção podem ser classificados em: 
1. Recursos transformados: aqueles que são tratados, 
transformados ou convertidos de alguma forma. 
 São eles: 
  Materiais 
  Informações 
  Consumidores 
 
2. Recursos de transformação: aqueles que agem sobre os 
recursos transformados. 
 São eles: 
  Instalações 
  Funcionários 
18 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- Inputs 
Exemplos de operações processadoras de 
materiais, informações e consumidores 
PROCESSADORES DE 
 MATERIAIS 
PROCESSADORES DE 
 INFORMAÇÕES 
PROCESSADORES DE 
CONSUMIDORES 
 • Todas as operações 
de manufatura 
• Empresas de 
mineração e de 
extração 
 • Operações de 
varejo 
 • Armazéns 
 • Serviços postais 
 • Linha de embarque 
de containers 
 • Empresa de 
transporte rodoviário 
 • Contadores 
 • Matriz de banco 
 • Empresa de 
pesquisa de 
marketing 
 • Analistas 
financeiros 
 • Serviço de notícias 
 • Unidade de 
pesquisa em 
universidade 
 • Empresa de 
telecomunicações 
 • Cabeleireiro 
 • Hotéis 
 • Hospital 
 • Transporte de 
massa 
 • Teatro 
 • Parque temático 
 • Dentista 
19 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- Processo de Transformação 
O propósito do processo de transformação das operações está 
relacionado com a natureza de seus recursos de input 
transformados. 
Os tipos de processamentos são: 
1. Transformação: muda a propriedade física e/ou química 
e/ou fisiológica e/ou psicológica 
2. Venda: muda a posse 
3. Distribuição: muda o local 
4. Armazenamento: mantém a propriedade, a posse e o local 
20 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- Processo de Transformação 
Exemplos de negócios por tipo de processamento 
TIPO DE 
PROCESSAMENTO 
RECURSOS TRANSFORMADOS 
Materiais Informações Consumidores 
 
 
Transformação 
Operações de 
manufatura; Mineração; 
Refeições industriais 
Contador; Banco; 
Analista/Consultor; 
Centro de pesquisa; 
Arquiteto 
Cabeleireiro; Cirurgião 
plástico; Clínica/Hospital; 
Teatro/Cinema; 
Restaurante; Parque 
temático; Escola/Cursos 
 
Venda 
Operações de varejo Pesquisa/Marketing; 
Detetive particular 
“Head-Hunter”; 
Empresário de jogador de 
futebol 
 
 
Distribuição 
Serviços postais; Frete; 
Embarque de containers; 
Distribuidora de gás/ 
eletricidade 
Serviço de notícias; 
Telecomunicações 
Transporte aéreo; Navio; 
Trem; Táxi; Metrô 
 
Armazenamento 
Depósito; Armazém do 
cais do porto; Aeroporto 
Biblioteca; Norma 
técnica; Banco de 
dados 
Hotel; Berçário; Sala de 
espera (VIP) 
21 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- Outputs 
 
Os outputs e o propósito do processo de transformação 
são bens e serviços. 
 
As diferenças entre bens e serviços podem ser mostradas 
através das seis propriedades apresentadas no quadro 
abaixo. 
PROPRIEDADES BENS SERVIÇOS 
Tangibilidade Tangíveis Intangíveis 
Estocabilidade Estocáveis Não estocáveis 
Transportabilidade Transportáveis Intransportáveis 
Simultaneidade 
produção/consumo 
Produzidos antes do 
consumo 
Produzidos simultaneamente 
com seu consumo 
Contato com o 
consumidor 
Baixo nível de contato com 
o consumidor 
Alto nível de contato com o 
consumidor 
Qualidade É evidente É difícil de julgar 
22 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
O ESTUDO DA APO 
- Outputs 
 
O output da maioria dos tipos de operações é um 
composto de bens e serviços. 
 
Serviços Puros 
Bens Puros 
• Tangível 
• Pode ser estocado e 
 transportado 
• A produção 
 precede o consumo 
• Baixo nível de 
 contato com 
 consumidor 
 • A qualidade é 
 mensurável 
• Intangível 
• Não pode ser 
 estocado nem 
 transportado 
• A produção e o 
 consumo são 
 simultâneos 
• Alto nível de 
 contato com o 
 consumidor 
• É difícil julgar e 
 medir a qualidade 
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23 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
- Na antiguidade: 
Historicamente, a prática das atividades de produção 
remontam à origem do ser humano. 
Homem pré-histórico: polia a pedra a fim de transformá-
la em utensílio mais eficaz. 
24 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃOE OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Nessa fase os utensílios eram utilizados exclusivamente 
por quem os produzia. 
Com o passar do tempo, essa produção fez com que 
surgisse os primeiros artesãos. 
A produção artesanal foi a primeira forma de produção 
organizada. Os artesãos estabeleciam prazos de entrega 
(prioridades), atendiam especificações preestabelecidas 
e fixavam preços para suas encomendas. 
25 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
A produção artesanal começa a entrar em decadência a 
partir do advento da Revolução Industrial (Inglaterra - 
1700). 
 
- Revolução Industrial: 
Na Inglaterra (1764), James Watt inventou a máquina a 
vapor: forneceu a força motriz para as fábricas e 
estimulou outras invenções da época. 
26 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Substituição da força humana e da água pela força 
mecanizada. 
Estabelecimento do sistema fabril: os artesãos, que até então 
trabalhavam em suas próprias oficinas, começaram a ser 
agrupados nas primeiras fábricas. 
A Revolução Industrial se espalhou da Inglaterra para outros 
países europeus e para os Estados Unidos. 
27 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Nos Estados Unidos (1790), Eli Whitney desenvolveu o 
conceito de peças intercambiáveis (padronização de 
componentes) ao projetar rifles (mosquetes) para serem 
fabricados pelo governo americano. Com esta ação ele 
reduziu o custo financeiro da atividade. Teve início o 
registro, por desenhos e croquis, dos produtos e processos 
fabris, surgindo a função de projeto de produto, de 
processos, de instalações, de equipamentos etc. 
28 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
 A revolução na maneira como os produtos eram 
fabricados trouxe consigo algumas exigências. 
 Por exemplo: 
 Padronização dos produtos; 
 Padronização dos processos de fabricação; 
 Treinamento e habilitação da mão-de-obra direta; 
 Criação e desenvolvimento de quadros de gerentes e 
de supervisão; 
 Desenvolvimento de técnicas de planejamento e 
 controle financeiro e de produção; 
 Desenvolvimento de técnicas de vendas. 
29 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
A Revolução Industrial avançou ainda mais com o 
desenvolvimento do motor a gasolina e da eletricidade 
nos anos 1800; fornecendo a base para a substituição do 
sistema artesanal pelo sistema fabril. 
A primeira grande indústria nos Estados Unidos foi a 
indústria têxtil. Na Guerra Civil de 1812 havia quase 
200 fábricas têxteis na Nova Inglaterra. 
30 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
- Período Pós-Guerra Civil: 
O período pós-guerra civil nos EUA (1812) montou o 
cenário para a grande expansão da capacidade de 
produção no século XX. 
A abolição do trabalho escravo, o êxodo de 
trabalhadores do campo para as cidades e a maciça 
influência de imigrantes no período de 1865-1900 
forneceram uma grande força de trabalho para os 
centros urbanos industriais em franco desenvolvimento. 
31 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Surgiram modernas formas de capital por meio de 
companhias com ações em comum: o capitalista separou-
se do empregador; os administradores tornaram-se 
empregados assalariados dos financistas que possuíam o 
capital. 
A rápida exploração e colonização do oeste americano 
criaram a necessidade de numerosos produtos e de um 
meio de levá-los aos colonos, ávidos por estes produtos. 
Produziu-se, então, grandes ferrovias e a indústria férrea 
se tornou a segunda grande indústria dos Estados Unidos. 
32 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Linhas férreas foram estendidas; novos territórios foram 
desenvolvidos; e já no início do século XX um sistema de 
transporte eficiente e econômico, de alcance nacional, 
estava em operação. 
Em 1900, todos esses desenvolvimentos – expansão do 
capital e capacidade de produção, ampliada força de 
trabalho urbana, novos mercados ocidentais e um 
eficiente sistema de transporte nacional – prepararam o 
cenário para a grande explosão de produção do início do 
século XX. 
33 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
- Administração Científica: 
O ambiente sócio-econômico do novo século contribuiu 
para o surgimento da administração científica. A busca 
para desenvolver meios de utilizar a capacidade de 
produção para satisfazer os maciços mercados de então, 
levou engenheiros, executivos, consultores, educadores 
e pesquisadores a desenvolver o método e a filosofia 
denominados Administração Científica. 
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) é conhecido 
como o pai da Administração Científica. Ele estudou os 
problemas fabris de sua época cientificamente e 
popularizou a noção de eficiência – obter o resultado 
desejado com o menor desperdício de tempo, esforço e 
materiais. 
34 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
A tabela a seguir apresenta os principais atores da era da 
Administração Científica. 
Contribuinte Tempo de duração Contribuições 
Frederick Taylor 1856 - 1915 Princípios de administração científica, estudo do tempo, análise 
de métodos, padrões, planejamento e controle 
Frank B. Gilbreth 1868 - 1934 Estudo dos movimentos, métodos, contratos de construção e 
consultoria 
Lílian M. Gilbreth 1878 - 1973 Estudos da fadiga, ergonomia, seleção e treinamento de 
empregados 
Henry L. Gantt 1861 - 1919 Gráficos de Gantt, sistemas de pagamento por incentivo, 
abordagem humanística ao trabalho, treinamento 
Carl G. Barth 1860 - 1939 Análise matemática, régua de cálculo, estudos de suprimentos e 
velocidade, consultoria para a indústria automobilística 
Harrington Emerson 1885 - 1931 Princípios da eficiência, economia de milhões de dólares em 
ferrovias, método de controle 
Morris L. Cooke 1872 - 1960 Aplicação da administração científica à educação e ao governo 
35 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
O grande marco da Administração Científica ocorreu na 
Ford Motor Company no início do século XX (1910 -
1920). Para fabricar o Ford Modelo T, Henry Ford (1863 - 
1947) cria a linha de montagem seriada, revolucionando 
os métodos e processos produtivos até então existentes. 
Surge o conceito de produção em massa: grandes 
volumes de produtos extremamente padronizados 
(baixíssima variação nos tipos de produtos finais). 
36 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADEI: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
Prof. Altair Fontes 
MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
A busca da melhoria da produtividade por meio de novas 
técnicas definiu o que se denominou engenharia 
industrial. 
Novos conceitos foram introduzidos, tais como: linha de 
montagem, posto de trabalho, estoques intermediários, 
arranjo físico, balanceamento de linha, produtos em 
processo, manutenção preventiva, controle estatístico 
da qualidade, e fluxogramas de processos. 
A produção em massa aumentou de maneira fantástica a 
produtividade e a qualidade, e foram obtidos produtos 
bem uniformes, em razão da padronização e da 
aplicação de técnicas de controle estatístico da 
qualidade. 
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 - A Partir da Década de 60: 
O conceito de produção em massa e as técnicas 
produtivas dele decorrentes predominaram nas fábricas 
até meados da década de 60, quando surgiram novas 
técnicas produtivas, que vieram a caracterizar a 
denominada produção enxuta. 
A produção enxuta introduziu, entre outros, os seguintes 
conceitos: 
1. Just-in-time (JIT): é um sistema de administração da 
produção que determina que nada deve ser produzido, 
transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser 
aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques 
e os custos decorrentes. 
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2. Engenharia simultânea: conceito que se refere à 
participação de todas as áreas funcionais da empresa no 
desenvolvimento do projeto do produto. Tanto os 
clientes como os fornecedores são também envolvidos, 
com o objetivo de reduzir prazos, custos e problemas na 
fabricação e comercialização. 
3. Tecnologia de grupo: é um conjunto de técnicas 
manufatureiras que tem como objetivo explorar as 
similaridades básicas de peças e de processos 
manufatureiros, a partir de sua classificação e 
codificação (código estruturado contendo as 
características físicas das peças). 
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4. Células de produção: unidade de manufatura e/ou 
serviços que consiste em uma ou mais estações de 
trabalho, com mecanismos de transporte e de estoques 
intermediários entre elas. As estações de trabalho são 
geralmente dispostas em forma de “U” com o objetivo de 
haver maior velocidade de produção. Exige que o 
funcionário seja polivalente (ou multifuncional), ou seja, 
participe de todo o processo com todos os 
funcionários, estabelecendo integração da equipe de 
trabalho. Visa a melhoria de controle de qualidade: o 
defeito, muitas vezes, pode ser detectado e corrigido na 
própria estação. 
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5. Consórcio modular: a primeira fábrica no mundo a 
utilizar esse conceito foi a Volkswagen, divisão de 
caminhões e ônibus de Resende, Rio de Janeiro. 
Diversos parceiros (fornecedores) trabalham juntos 
dentro da planta da Volkswagen, nos respectivos 
módulos, para a montagem dos veículos, e são 
responsáveis pelas operações na linha de montagem. 
6. Desdobramento da função qualidade (quality 
function deployment -QFD): metodologia que visa levar 
em conta, no projeto do produto, todas as principais 
exigências do consumidor a fim de não somente atendê-
las como também suplantá-las. 
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7. Comakership: o mais alto nível de relacionamento 
entre cliente e fornecedor, representado por conceitos 
como os de confiança mútua, participação e 
fornecimento com qualidade assegurada. O termo 
poderia ser traduzido como co-fabricação, pois o 
fornecedor participa ativamente, envolvendo-se com 
várias fases do projeto, como seu planejamento, custos 
e qualidade, pois possui a garantia de contratos de 
fornecimento de longo prazo. 
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8. Sistemas flexíveis de manufatura (flexible 
manufacturing systems – FMS): é um sistema de 
manufatura que possui certa flexibilidade para reagir a 
mudanças esperadas ou inesperadas no processo de 
fabricação. Esta flexibilidade é geralmente enquadrada 
em duas categorias: a primeira categoria ("machine 
flexibility“), se refere à habilidade do sistema de mudar 
para produzir novos produtos, e a habilidade de mudar a 
ordem de operações executadas; a segunda categoria 
("routing flexibility“) que consiste na habilidade de usar 
múltiplas maquinas para fazer a mesma operação, também 
é a habilidade do sistema de absorver grandes mudanças 
seja no volume, capacidade ou capabilidade. 
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9. Manufatura integrada por computador (computer 
integrated manufacturing – CIM): interligação total da 
organização manufatureira por meio de sistemas de 
computadores e filosofias gerenciais que melhoram a 
eficácia da empresa. 
10. Benchmarking: comparações das operações de um 
setor ou de uma organização em relação aos outros setores 
ou concorrentes diretos ou indiretos. Este 
acompanhamento das empresas líderes em seus segmentos 
envolve os mais diversos aspectos, como práticas 
(modelos, processos, técnicas) e desempenho, podendo 
ocorrer interna ou externamente à organização, a fim de 
melhorar sua criatividade para atingir seus objetivos. 
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Ao longo desse processo de modernização da produção, 
cresce em importância a figura do consumidor, em nome 
do qual tudo se tem feito. Pode-se dizer que a procura da 
satisfação do consumidor é que tem levado as empresas a 
se atualizarem com nova técnicas de produção, cada vez 
mais eficazes, eficientes e de alta produtividade. É tão 
grande a atenção dispensada ao consumidor que este, em 
muitos casos, já especifica em detalhes o “seu” produto, 
sem que isso atrapalhe os processos de produção do 
fornecedor, tal a sua flexibilidade. Assim estamos 
caminhando para a produção customizada, que, de 
certos aspectos, é um “retorno ao artesanato” sem a 
figura do artesão, que passa a ser substituído por 
moderníssimas fábricas. 
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A denominada empresa de classe mundial é aquela 
voltada para o cliente, sem perder a característica de 
empresa enxuta, com indicadores de produtividade que a 
colocam no topo entre concorrentes, em termos 
mundiais. Além do desempenho melhor do que a 
concorrência e da atuação global, o que também 
caracteriza esse tipo de empresa é a busca incessante 
por melhorias. Em resumo, a empresa de classe mundial 
tem como cultura a melhoria contínua por meio de 
técnicas sofisticadas, como modelagem matemática para 
simulações de cenários futuros. 
46ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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- A Revolução dos Serviços: 
Um dos importantes desenvolvimentos de nosso tempo é 
a disseminação dos serviços nas economias. A criação de 
organizações de serviços acelerou-se de maneira abrupta 
depois da Segunda Guerra Mundial e ainda está se 
expandindo. 
Hoje o setor de serviços emprega mais pessoas e gera 
maior parcela do produto interno bruto (PIB na maioria 
das nações do mundo. 
Dessa forma, passou-se a dar ao fornecimento de serviços 
uma abordagem semelhante à dada à fabricação de bens 
tangíveis. 
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Foram incorporadas ao setor de serviços, praticamente 
todas as técnicas até então usadas pela engenharia 
industrial. 
Houve, portanto, uma ampliação do conceito de 
produção, que passou a incorporar os serviços. Fechou-se 
o universo de possibilidades de produção e a ele deu-se 
o nome de Operações. Assim, Operações compõem o 
conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas 
com a produção de bens e/ou serviços. 
A Administração da Produção passou a denominar-se 
Administração da Produção e Operações (APO). 
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UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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MARCOS HISTÓRICOS DA APO 
Foram incorporadas ao setor de serviços, praticamente 
todas as técnicas até então usadas pela engenharia 
industrial. 
Houve, portanto, uma ampliação do conceito de 
produção, que passou a incorporar os serviços. Fechou-se 
o universo de possibilidades de produção e a ele deu-se 
o nome de Operações. Assim, Operações compõem o 
conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas 
com a produção de bens e/ou serviços. 
A Administração da Produção passou a denominar-se 
Administração da Produção e Operações (APO). 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
- Fatores externos: 
Dos vários fatores externos que afetam a APO 
atualmente, seis tiveram um impacto maior: 
1. Realidade da competição global; 
2. Qualidade, serviço ao cliente e desafio de custos; 
3. Rápida expansão da tecnologia de produção avançada; 
4. Contínuo crescimento do setor de serviços; 
5. Escassez de recursos de produção; 
6. Questões de responsabilidade social. 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
Com a globalização, as fronteiras de um país não mais 
oferecem proteção contra importações estrangeiras. A 
competição tornou-se intensa e está crescendo. 
Para obter sucesso na competição global, as empresas 
devem ter um compromisso com a receptividade do 
cliente e com a melhoria contínua rumo à meta de 
desenvolver rapidamente produtos inovadores que 
tenham a melhor combinação de excepcional qualidade, 
entrega rápida e no tempo certo, e preços e custos 
baixos. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
Essa competição determina que os gerentes de 
operações usem métodos de produção mais sofisticados, 
que se tornaram possíveis graças à crescente tecnologia 
de produção avançada. 
Como se os desafios da competição global para a APO 
não bastassem, o trabalho dos gerentes de operações é 
complicado pela necessidade de uma administração mais 
eficiente do crescente setor de serviços; escassez de 
capital, materiais e outros recursos para a produção; e a 
necessidade de os gerentes de operações exercerem 
mais responsabilidade social. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
- Fatores internos: 
Em cada empresa, departamento, área ou setor existirão 
diversos fatores que irão afetar de uma forma ou de 
outra a Administração da Produção. Dentre esses fatores 
podemos destacar: 
1. Produtividade 
Todos os gestores são cobrados em razão da 
produtividade. Os resultados da produtividade são hoje 
perseguidos como nunca foram. Em alguns casos são 
estes resultados que servirão de parâmetro para 
pagamentos, royalties, contribuições e salários. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
2. Capacidade 
É um dos fatores mais paradoxos, pois ao mesmo tempo 
em que possuir uma capacidade excelente ou não 
possuir esta capacidade são um problema e cada um com 
o seu grau de dificuldade e com as suas consequências. 
 
3. Finanças 
Todas as atividades de uma empresa passam 
necessariamente por esta necessidade. A saúde 
financeira pode viabilizar ou não os negócios, as 
atividades, os setores e até mesmo são decisivos para a 
sobrevivência no mercado, cada vez mais competitivo. 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
4. Recursos Humanos 
São pessoas que fazem os processos funcionarem, e 
mesmo com a automação cada vez mais presente no 
nosso mundo, são pessoas que as controlam ou operam. 
 
5. Custos 
Sejam eles custos de Produção / Operações, custos de 
Mão-de-obra, custo de Investimento, custo Financeiro, 
custo de Aquisição ou qualquer outro custo, são hoje o 
principal alvo dos gestores. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
6. Tecnologia 
Em alguns ramos e atividades eles são a peça chave do 
negócio, mas em alguns deles manter este 
desenvolvimento é tremendamente caro. A única certeza 
é que não existe mais nenhuma atividade que não seja 
suportada sem o emprego da tecnologia. 
 
7. Localização 
A localização de uma empresa é um fator determinante: 
deve favorecer a logística de distribuição para alguns 
segmentos; pode ser fundamental em relação aos seus 
colaboradores; pode permitir isenção de impostos. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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FATORES QUE AFETAM A APO 
8. Layout 
Os layouts internos de uma produção afetam diretamente 
o resultado final. Ex.: Devemos evitar cruzamentos entre 
produtos acabados e resíduos ou contaminados. Eles 
afetam inclusive até no potencial risco de acidentes. 
 
9. Estoques 
Os estoques representam dinheiro parado e, portanto, 
devem ser bem controlados. Além do capital investido, os 
estoques geram custos como equipamentos utilizados, 
seguros, vigilância, organização, limpeza, entre outros. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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OBJETIVOS DA APO 
A Administração da Produção e Operações (APO) 
preocupa-se com o Planejamento, a Organização, a 
Direção e o Controle das operações produtivas, de 
forma a se harmonizarem com os objetivos da empresa. 
O Planejamento dá as bases para todas as atividades 
gerenciais futuras ao estabelecer linhas de ação que 
devem ser seguidas para satisfazer objetivos 
estabelecidos,bem como estipula o momento em que 
essas ações devem ocorrer. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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OBJETIVOS DA APO 
A Organização é o processo de juntar (combinar) os 
recursos produtivos: pessoal (mão-de-obra), matérias-
primas, equipamentos e capital. Os recursos são 
essenciais à realização das atividades planejadas, mas 
devem ser organizados coerentemente para um melhor 
aproveitamento. 
A Direção é o processo de transformar planos que estão 
no papel em atividades concretas, designando tarefas e 
responsabilidades específicas aos empregados, 
motivando-os e coordenando seus esforços. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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OBJETIVOS DA APO 
O Controle envolve a avaliação do desempenho dos 
empregados, de setores específicos da empresa e dela 
própria como um bloco, e a consequente aplicação de 
medidas corretivas se necessário. 
O Planejamento e as tomadas de decisão que lhes são 
inerentes podem ser classificadas em três níveis, 
segundo a abrangência que terão dentro da empresa: 
nível estratégico, nível tático e nível operacional. 
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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OBJETIVOS DA APO 
 
TOMADAS DE 
DECISÃO 
Projeto 
do Sistema de 
Produção 
Operação 
do Sistema de 
Produção 
Controle 
 do Sistema de Produção 
 
Decisões 
Estratégicas 
(Longo prazo) 
• Planejamento da 
Capacidade 
• Localização de 
Instalações 
• Projeto do Produto 
e do Processo 
 
 
- 
 
 
- 
 
 
Decisões 
Táticas 
(Médio prazo) 
• Arranjo Físico de 
Instalações 
• Projeto e Medida do 
Trabalho 
• Previsão da 
Demanda 
• Planejamento 
Agregado 
 
 
- 
 
Decisões 
Operacionais 
(Curto prazo) 
 
 
- 
• Programação e 
Controle da 
Produção 
• Administração 
de Projetos 
• Controle de Estoques 
• O Sistema MRP 
• Controle Estatístico da 
Qualidade 
• Medida da 
Produtividade 
61 
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
UNIDADE I: INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 
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BIBLIOGRAFIA 
 
• Livros utilizados na elaboração desta unidade: 
 
- CHIAVENATO, Idalberto. Administração da produção – uma abordagem introdutória. São 
Paulo: Campus, 2005. 
 
- CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração da produção e operações. 
 Manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
- GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2001. 
 
- HEIZER, Jay; RENDER, Barry. Administração de operações: bens e serviços. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 
 
- MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2005. 
 
- MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2008. 
 
- RITZMAN, Larry P.; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações. São Paulo: Prentice 
Hall, 2009. 
 
- SLACK, Nigel; et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
- STEVENSON, William J. Administração das operações de produção. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

Outros materiais