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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 03

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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
AULA 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auxiliadora Lopes da Silva 17/09/2018 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
 O Estado responde por eventuais danos que alguém venha a sofrer. 
(Artigo 37 §6°). 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Pessoas jurídicas de direito público ( UNIÃO , ESTADO, DF E 
MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO 
PUBLICO) . 
 Conduta estatal que causou um dano. Relação de causalidade entre a 
conduta do Estado e o dano. 
Teoria da responsabilidade objetiva=> significa que o Estado responde 
independentemente de dolo ou culpa. Responsabilidade do Estado é a 
obrigação que lhe incumbe de reparar em pecúnia os danos gerados a alguém 
em decorrência de comportamentos lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos, 
materiais ou jurídicos. 
Estado = pessoa jurídica de direito publico e privado e ainda prestadora de 
serviços públicos. 
Regra: 
Principio da independência das instancias => A esfera penal, civil e 
administrativa são esferas independentes visto que uma não depende da outra 
. 
Exceções: 
A esfera penal vinculara as demais esferas se: 
 Ocorrer absolvição no processo penal porque o fato não existiu. 
(artigo386,I CPP). 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte 
dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
 
Absolvição no processo crime por estar provado que o réu não 
concorreu para infração penal.( artigo 386,IV) 
 
IV - estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
 
Necessidade de sentença condenatória transitada em julgado (lei 
8.112/90 artigo 132,I). 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
 
Aqui o servidor e punido com demissão toda vez que ele cometer crime 
contra a administração. 
 
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
Atos lícitos: Principio da isonomia ou da igualdade. 
 Atos ilícitos: vai ter de pagar a conta e o que justifica e o principio da 
legalidade por não obedecer a lei. 
 Exemplo: 
 Fazer um nivelamento da rua, mas algumas casas vai ficar com nível 
abaixo da rua.Se alguma casa foi prejudicada devido o nivelamento e Estado 
devera indenizá-lo. 
Fazem o cemitério do lado da minha casa e isso faz com que ratos 
invadem a minha casa . Nesse caso o Estado tem de me indenizar. 
 
RISCO ADMINISTRATIVO 
 
E a regra adota se o risco da responsabilidade objetiva do artigo 37 uma 
vez que há nexo causal entre a conduta e o dano. 
 
RISCO INTEGRAL 
E utilizado excepcionalmente. 
Exemplo: 
Danos decorrente de manipulação de material bélico, atos decorrentes a 
substâncias nucleares e atos terroristas em aeronave. 
Toda vez que o Estado te uma conduta e causa um dano a alguém,há 
uma vitima que tanto pode ser usuário quanto pode não ser usuário do serviço. 
O Estado pode responder por omissão se não obedecer a Lei. 
A conduta estatal pode ser omissa, dano, nexo causal, falta do serviço 
(``FAUTE DU SERVICE´´) o serviço não funcionou, funcionou mal ou funcionou 
atrasado. PRINCIPIO DA RESERVA DO POSSÍVEL (se o Estado tivesse 
agido não teria causado o dano. 
Exemplo 
O corpo de bombeiro demorou a chegar e queimou tudo. 
Se a responsabilidade for por omissão ela vai ser objetivo porque houve dolo 
ou culpa . 
 
AÇÃO DE REGRESSO 
 
A vitima entrou na justiça contra o Estado e ganha uma indenização. 
Nesse caso se o estado comprovar que o agente público agiu com dolo ou 
culpa, após o pagamento da vitima ele entra com a ação de regresso contra o 
agente publico se este tiver atuado com dolo ou culpa e este devolve ao Estado 
que ele pagou a vitima. Nesse segundo momento estamos falando em 
responsabilidade subjetiva porque estamos diante de dolo ou culpa. 
 
SUPERLOTAÇÃO CARCERARIA 
 
STF . Recurso 580.252: Foi decidido que o Estado tem o deve indenizar 
quando não matem nos presídios os padrões mínimos de humanidade. E sua 
obrigação indenizar a vitima. 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Atributos 
Presunção de legitimidade => todo ato praticado tem essa presunção 
porque foi praticado de acordo com a lei, tem veracidade e moralidade mas é 
relativa ou ``júris tantum`` admitindo prova em sentido contrario. 
Auto executoriedade => decorre do principio da eficiência uma vez que o 
ato é praticado independentemente de autorização judicial. 
Tipicidade= > .esta relacionada co o principio da legalidade porque para 
todo ato pratcdo so posso praticar se houver previsão em Lei. 
Imperatividade => decorre do principio da supremacia do interesse 
público sobre o particular. Se alguém for multado porque ultrapassou a 
velocidade vai ser multado querendo ou não. 
 Observação: o atributo do ato não se confunde com elementos ou requisitos 
do ato. 
 
ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO 
 
FOFICOMO 
Forma => deve estar prevista em lei e se este elemento não for 
obedecido cai se na informalidade do ato e terá um vicio de forma. 
Finalidade => sempre a busca do interesse público. O desvio de 
finalidade acontece quando o agente pratica o to pensando em prejudicar 
alguém. 
Competência= > é definida com base em alguns critérios sendo: 
matéria, lugar, hierarquia, tempo e tudo isso quem diz é a Lei. Quando os 
critérios da Lei não são obedecidos cai se na ilegalidade. 
Motivo= > É a razão para a prática do ato. Deve se juntar pressupostos 
de fato e de direito. O servidor cometeu uma infração e vai ser punido, o fato 
ser cometer a infração e a razão para punição e ter cometido fato que o direito 
proíbe. 
Objeto 
Artigo 2° da Lei 4.717/65 da ação popular diz que: 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades 
mencionadas no artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. 
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade 
observar-se-ão as seguintes normas: 
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas 
atribuições legais do agente que o praticou; 
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância 
incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência 
ou seriedade do ato; 
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa 
em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; 
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou 
de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente 
ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; 
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato 
visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na 
regra de competência. 
 
 
Formas de extinção do ato: 
 
Anulação 
 Ato praticado que não obedeceu o principio da legalidade. 
Quem pode anular é a administração pública e o poder judiciário. 
O prazo será de acordo com o artigo 54 de lei 8,794/99 que será de 05 
anos contados da data em que foram praticados salvo comprovados a máfé 
Os efeitos são: ex tunc. Retroagem.. 
Revogação 
 Aqui, tem se um ato administrativo valido, ou seja, foi praticado e 
consonância com o principio da legalidade. 
 Somente a administração pública que o praticou pode revogar. Se ela 
verifica eu o ato não atende o interesse público ela não ira revogar. 
Os efeitos são ex nunc. Não retroage. 
Não tem prazo. Quando o ato deixar de ser conveniente para o interesse 
público. 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
Cargo => tem a estabilidade de artigo 41 CF 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada 
ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, 
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, 
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, 
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a 
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa 
finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 Emprego => não tem estabilidade do artigo 41 da CF 
 Agentes públicos 
Sempre que falamos m agente publico falamos em obrigatoriedade de 
concurso público de acordo com o artigo 37 , II CF 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Cargo 
 Emprego 
Mandato 
Transitório 
Permanente 
 Agentes políticos => aquele que manda em cada um dos poderes ( 
presidente da republica, governadores, prefeitos, ministros, secretários) 
Servidores estatais => aqueles eu trabalham na administração pública 
direta ou indireta. 
Servidores públicos =.> tem cargo. Trabalham nas entidades da 
administração e são titulares de cargo público tendo estabilidade do artigo 41 
CF. 
Empregados públicos= > tem emprego público. Trabalham nas 
entidades de personalidade de direito privado não tendo a estabilidade do 
artigo 41 CF, mas é obrigatória a motivação da dispensa. 
 
 Exemplo: 
Autarquias 
Particulares em colaboração => Em um determinado momento vai 
exercer função pública. 
Exemplo: 
Mesário, jurados, os que trabalham nas concessionárias e 
permissionárias, agentes honoríficas. 
Cargos em comissão= >não precisam prestar concurso público porque 
pode ser exonerado. A única coisa que não pode e ser parente até o 3° grau. 
Artigo 37 , II ``in fine´´ da CF. É livre tanto para nomeação desde que 
respeitada a sumula vinculante 13 quanto para exoneração. 
De acordo com a súmula vinculante 13: 
Súmula Vinculante 13 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada 
na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
 
 
 Contratados temporários => artigo 37, IX CF. Não presta concurso 
público. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público; 
 
Aprofundamento: STF mandado de Injunção 670,708,712. 
Artigo 37, VII CF. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 Como falta norma regulamentadora propuseram os mandados de 
injunção decidindo que enquanto não houver a Le i que regulamenta a greve 
no setor público, utiliza se no que couber, a Lei que regulamenta a greve no 
setor privado. Lei 7783/79 
 
Agentes militares => 2 postulados 
Hierarquia = Os militares dos Estados e DF que são as policias militares 
e o corpo de bombeiro militar e os militares que compõem as chamadas forças 
armadas (marinha , exercito , aeronáutica). 
Disciplina 
 Não podem fazer greve de acordo com o artigo 142 §3° da CF 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo 
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e 
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a 
autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à 
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por 
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. 
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, 
aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as 
seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 
1998) 
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, 
são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em 
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes 
privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais 
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego 
público civil permanente será transferido para a reserva, nos termos 
da lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego 
público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, 
inciso XVI, alínea c, será transferido para a reserva, nos termos da 
lei; (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 77, de 2014) 
III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em 
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda 
que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e 
somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser 
promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço 
apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo 
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido 
para a reserva, nos termos da lei; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 18, de 1998) 
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, 
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da 
administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, 
inciso XVI, alínea c, ficará agregado ao respectivo quadro e somente 
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por 
antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela 
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos 
de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos 
termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 
2014) 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a 
partidos políticos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 
1998) 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do 
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de 
caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em 
tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 
1998) 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa 
de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em 
julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, 
XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, 
XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem 
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 
37, inciso XVI, alínea c; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 77, de 2014) 
IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art. 
40, §§ 4º,5º e 6º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 
1998) 
IX - aplica-se aos militares e a seus pensionistas o disposto no art. 
40, §§ 7º e 8º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
11998) 
(Revogado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19.12.2003) 
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de 
idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar 
para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as 
prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas 
as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por 
força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
 
STF, RCL 17.358 diz que a Policia Federal também não pode fazer 
greve 
Policiais civis também não poderão fazer greve. 
 Poder legislativo=> Senadores, deputados federais, estaduais, 
vereadores, 
Poder judiciário => Magistrados e membros do Ministério público. 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
Lei 8.429/92 Lei de improbidade administrativa. 
 A base constitucional seria o artigo 37§4° CF. De acordo com este 
artigo: 
 Os atos de improbidade são: 
1) Artigo 9 = > Alguém comete quando houver enriquecimento ilícito. 
Exemplo: ganhou um presente par beneficiar alguém. Aqui deve ter o 
dolo e má fé 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando 
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial 
indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou 
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
 I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, 
ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de 
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha 
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação 
ou omissão decorrente das atribuições do agente público; 
 II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação 
de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor 
de mercado; 
 III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a 
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de 
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; 
 IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, 
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à 
disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, 
bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros 
contratados por essas entidades; 
 V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de 
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra 
atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; 
 VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras 
públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, 
qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer 
das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; 
 VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, 
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja 
desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; 
 VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria 
ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse 
suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente 
das atribuições do agente público, durante a atividade; 
 IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou 
aplicação de verba pública de qualquer natureza; 
 X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou 
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que 
esteja obrigado; 
 XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, 
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1° desta lei; 
 XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores 
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° 
desta lei. 
 
Artigo 10 = > Dano ao Estado que pode ocorrer tanto com dolo ou com 
culpa. 
 
 Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão 
ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje 
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou 
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º 
desta lei, e notadamente: 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao 
patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, 
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1º desta lei; 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada 
utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º destalei, sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente 
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, 
bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das 
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das 
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem 
integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 
1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por 
preço inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou 
serviço por preço superior ao de mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais 
e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância 
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo 
indevidamente 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo 
para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou 
dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em 
lei ou regulamento; 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem 
como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas 
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça 
ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, 
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de 
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas 
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, 
empregados ou terceiros contratados por essas entidades. 
XIV - celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a 
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem 
observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, 
de 2005) 
XV - celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e 
prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades 
previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, 
ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, 
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a 
entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a 
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada 
utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela 
administração pública a entidade privada mediante celebração de 
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades 
privadas sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de 
parcerias da administração pública com entidades privadas ou 
dispensá-lo indevidamente; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
(Vigência) 
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração 
pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, 
com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015) 
XX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das 
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração 
pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 
2014) (Vigência) 
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública 
com entidades privadas sem a estrita observância das normas 
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. 
(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada pela Lei nº 
13.204, de 2015) 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração 
pública com entidades privadas sem a estrita observância das 
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação 
irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
 
 
2) Artigo 10 A =.> LC 157/16 conceder beneficio financeiro e tributário 
a alguém. 
 
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação 
ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou 
tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei 
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito) 
 
Artigo 11 =.> Violação aos princípios da administração que também 
exige dolo ou má fé para sua caracterização. 
 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta 
contra os princípios da administração pública qualquer ação ou 
omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso 
daquele previsto, na regra de competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das 
atribuições e que deva permanecer em segredo; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, 
antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou 
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e 
aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração 
pública com entidades privadas. (Redação dada pela Lei nº 13.019, 
de 2014) (Vigência) 
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade 
previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência) 
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de 
serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, 
convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único 
do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (Incluído pela 
Lei nº 13.650, de 2018) 
 
 
QUEM PRATICA O ATO DE IMPROBIDADE? 
 
A) Artigo 2° LIA => agente público ``lato sensu´´. São as entidades da 
administração 
 
. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo 
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, 
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
 
B) Artigo 3° LIA => Cuida daquele que não é agente público mas é o 
terceiro que induz, concorre ou se beneficia do ato de improbidade. 
 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele 
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a 
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer 
forma direta ou indireta. 
 
 Exemplo: 
 
 A esposa do agente público que induz o marido a desviar o dinheiro 
publico. 
 
C) Artigo 8° LIA => Cuida do sucessor. Responde ate o limite do valor 
da herança. 
 
 Art. 8° O sucessordaquele que causar lesão ao patrimônio público 
ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até 
o limite do valor da herança. 
 
SUGEITO PASSIVO DO ATO. 
 
Entidades artigo 1° LIA. 
 STF, ADI 2797, que analizou a natureza jurídica do ato de improbidade? 
Tem natureza de ilícito civil. 
Exemplo 
O agente desvia 500.000,00. Isso vai gerar um processo administrativo e 
vai ser julgado pelo próprio estatuto. (principio da independência das 
instancias. 
 
SANCÕES ARTIGO 12 LIA 
Vide inciso I, II,III e IV. 
 
 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas previstas na legislação específica, está o responsável 
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem 
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a 
gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos 
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando 
houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 
oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do 
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público 
ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual 
seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos 
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer 
esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos 
políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas 
vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público 
ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual 
seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, 
perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a 
cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da 
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de 
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três 
anos. 
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, 
suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa 
civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário 
concedido. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) 
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz 
levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito 
patrimonial obtido pelo agente. 
 
 Cuidado!!! Se o presidente da republica intentar contra a probidade na 
administração ele não responde pela improbidade mas sim por crime de 
responsabilidade. 
 Vide artigo 85 CF 
 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da 
República que atentem contra a Constituição Federal e, 
especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do 
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da 
Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que 
estabelecerá as normas de processo e julgamento.

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