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CONSTITUIÇÃO 1 RESUMO

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08/05/2018 Disciplina
https://www.passeidireto.com/arquivo/3357815/direito-constitucional-av1-pdf 1/1
Constitucionalismo - É um movimento político e 
jurídico, que visa estabelecer regimes 
constitucionais, ou seja, governos moderados, sem 
poderes ilimitados, traçados em constituições 
escritas. É o oposto do absolutismo, no qual sempre 
prevalece a vontade de um governante. Com a 
derrubada dos tronos europeus, ou pela outorga dos 
monarcas todos os Estados europeus adotaram a 
constituição. 
O constitucionalismo não se estendeu ao mundo 
inteiro, isso porque só um poder firmemente 
estabelecido é que pode assumir forma 
constitucional. Demais disso, depende esse regime 
da existência de uma opinião pública ativa e 
informada, o que só é possível alcançar dentro de 
um Estado em avançado grau de desenvolvimento. 
 
Origem - A origem formal do Constitucionalismo 
encontra-se nas constituições norte-americana de 
1787 e francesa de 1791, apresentando dois traços 
marcantes: organização do Estado e limitação do 
poder estatal, por meio de direitos e garantias 
fundamentais. 
 
Constituição - Constituição é a organização jurídica 
fundamental e suprema de um Estado. É o conjunto 
de regras relativo à forma de Estado, à forma de 
governo, ao modo de aquisição e exercício do 
poder, aos direitos e garantias fundamentais do 
indivíduo, bem como sobre quaisquer assuntos 
considerados relevantes para a sociedade. 
 
Concepções clássicas de Constituição 
Sentido sociológico - Ferdinand Lassale, seu 
principal defensor, observa que a Constituição deve 
ser o reflexo das forças sociais que estruturam o 
poder, sob pena de encontrar-se mera folha de 
papel. Deve haver coincidência entre a Constituição 
escrita e as forças determinantes do poder. 
Sentido político - Para Carl Schmitt, a Constituição 
é a decisão política fundamental. Há, no texto 
escrito, normas efetivamente constitucionais, que 
dizem respeito à decisão política fundamental e 
compõem a Constituição (estrutura do Estado, 
regime político, direitos individuais etc.), e leis 
constitucionais, que são normas que não se referem 
à mencionada decisão, mas integram o texto 
constitucional. 
Sentido jurídico - Para Hans Kelsen, a Constituição 
é a norma pura, puro dever-ser, caracterizando-se 
com fruto da vontade racional do homem e não das 
naturais. Kelsen a concebe em dois sentidos: 
Jurídico-positivo: é a norma positiva suprema, 
fundamento de validade de todas as outras, 
encontrando-se no vértice do ordenamento jurídico 
do Estado. 
 
Lógico-jurídico: norma fundamental hipotética 
servindo de fundamento lógico transcendental da 
validade da constituição jurídico-positiva. 
Ressalte-se que, além destas, existem outras 
concepções que procuram definir o termo 
“Constituição”, entretanto, o mais importante é 
saber que a Constituição deve conter os elementos 
componentes (integrantes) do Estado: soberania, 
povo, território, e finalidade, para alguns. 
 
Diferenças - Constituição / Carta Constitucional - 
A expressão “Carta Constitucional” por vezes é 
usada como sinônimo de Constituição. Todavia, em 
sentido escrito, não se trata de expressões 
sinônimas, pois, tecnicamente falando, a expressão 
“Carta Constitucional” significa que seu processo de 
positivação se deu por meio de de um ato outorga,
arbitrário. Em sentido técnico, apenas a expressão

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