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03-MATERIAIS CERÂMICOS ARQ

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MATERIAIS CERÂMICOS 
28/10/2014 1 
Hístórico 
• Utilizados na construção da Torre de 
Babel pelos descendentes de Noé 
(Gênesis); 
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Hístórico 
• Caldéia utilizou tijolo cozido; 
• Assírios utilizaram tijolos na construção 
dos palácios de Khorsabad; 
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Hístórico 
Árabes usaram tijolos 
na construção da 
Mesquita de Córdova; 
 
 
 
 
 
 
28/10/2014 4 
Em 1666 o incêndio em 
Londres destruiu grande 
números de casas de 
madeira, alertando os 
ingleses para a 
reconstrução da cidade 
com tijolos. 
DEFINIÇÃO 
São pedras artificiais obtidas 
pela moldagem, secagem e 
cozimento de argilas ou de 
misturas contendo argilas. 
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IMPORTÂNCIA 
 Materiais de larga utilização na engenharia e 
arquitetura; 
 Material barato  Matéria-prima abundante 
 Com o aparecimento das estruturas metálicas 
e do concreto armado, o tijolo passou a ser 
mais utilizado como elemento de vedação; 
 Aparecimento do tijolo furado – redução do 
peso próprio e maior conforto térmico; 
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ARGILAS 
ARGILA =conjunto de minerais, compostos principalmente de silicatos 
de alumínio hidratados. 
ANÁLISE QUÍMICA DAS ARGILAS: 
• SÍLICA (SiO2) – 40 a 80% 
• ALUMINA ( Al2O3) – 10 a 40% 
• ÓXIDO DE FERRO (Fe2O3) – máximo de 7% 
• CAL (CaO) – menor que 10% 
• MAGNÉSIA (MgO) – menor que 1% 
• ÁLCALIS (Na2O e K20) – em torno de 10% 
• ANIDRIDOS CARBÔNICO (CO2) e SULFÚRICO (SO3) 
 
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 ARGILAS 
TIPOS DE MATERIAIS ARGILOSOS 
São muitos os tipos de materiais argilosos, mas 
somente três têm importância para a fabricação 
de produtos cerâmicos: 
- Caulinitas - são mais puras (refratários, porcelanas 
e cerâmica sanitária); 
- Montmorilonitas - são pouco usadas (muito 
absorventes e grande poder de inchamento); 
- Ilitas - são as mais abundantes e as mais utilizadas 
na fabricação de tijolos. 
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 ARGILAS 
PROPRIEDADES DAS ARGILAS 
A) PLASTICIDADE 
B) RESISTÊNCIA DA ARGILA SECA 
C) POROSIDADE 
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PLASTICIDADE 
• É a propriedade do corpo que, submetido a força 
determinada, se deforma e conserva 
indefinidamente a deformação quando se anula a 
força. 
• A plasticidade nas argilas varia com a quantidade 
de água. 
• A argila seca tem plasticidade nula; molhando-a 
ela vai ganhando plasticidade até um determinado 
limite. 
• Colocando-se mais água, as lâminas se separam, a 
argila perde a plasticidade e se torna um líquido 
viscoso. 
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• Quanto à plasticidade as argilas podem 
ser: 
• Argilas gordas – maior teor de alumina – 
pouca água para obter plasticidade. 
 
• Argilas magras – maior teor de sílica – 
“muita” água para obter plasticidade. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
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RESISTÊNCIA DA ARGILA SECA 
• As características principais da argila são a 
plasticidade quando úmida e a resistência quando 
seca. 
• A composição granulométrica da argila tem 
influência direta na sua resistência quando seca ao 
ar. 
• Quando a granulometria original deixa a desejar, 
as argilas devem ser dosadas a fim de apresentar 
máxima plasticidade quando úmidas, máxima 
resistência à tração quando secas e mínima 
retração durante a secagem. 
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POROSIDADE 
• É a relação entre o volume de poros e 
o volume total aparente do material. 
• É um número constante para cada 
material. 
• Depende da natureza dos constituintes: 
da forma, tamanho e posição relativa 
das partículas; e dos processos de 
fabricação. 
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IMPUREZAS DAS ARGILAS 
– A cor vermelha da argila é devida ao 
óxido de ferro; 
– Algumas impurezas melhoram a 
resistência, aumentam a plasticidade e 
a refratariedade; 
– Outras impurezas ocasionam defeitos 
sobre a argila crua ou sobre o produto 
cozido. 
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FABRICAÇÃO DE PRODUTOS CERÂMICOS 
Etapas do processo de fabricação: 
• Exploração das jazidas 
• Tratamento da matéria-prima 
• Moldagem 
• Secagem 
• Queima 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• EXPLORAÇÃO DAS JAZIDAS 
- Inicialmente deve ser feito um estudo 
completo das características do material que 
será explorado (teor de material argiloso) e 
do volume que se poderá dispor. 
 
- É importante também verificar o 
comportamento do material sob secagem e 
cozimento. 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• TRATAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA 
 Esse tratamento compreende os processos de: 
 -Depuração (eliminação de impurezas); 
 -Divisão (trituração/moagem); 
 -Homogeneização (mistura uniforme) e 
 -Umidificação (molhagem) adequada da matéria-
prima. 
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TRATAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA 
Processos naturais: 
• Meteorização – Consiste o processo em 
submeter a argila récem-extraída à ação dos 
agentes atmosféricos. Assim o material sofre 
lavagem e desagregação, eliminando-se 
impurezas. 
• Amadurecimento – A argila é deixada em 
repouso ao abrigo das intempéries, num prazo 
de tempo ditado pela experiência, normalmente 
24 horas na preparação das pastas para 
fabricação de tijolos e telhas. 
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TRATAMENTO DA MATÉRIA-PRIMA 
Processos naturais: 
• Apodrecimento – Consiste em deixar a 
pasta em ambientes abrigados e frios, 
sem circulação de ar e com pouca luz, 
procurando manter-se a pasta com 
umidade constante. 
• BACTÉRIAS – GEL AGLOMERANTE >> 
PLASTICIDADE (MOLDAGEM). 
• Levigação – Processo de lavagem e 
purificação por decantação. 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• MOLDAGEM 
 - Está estritamente relacionada com o teor 
de água da pasta de argila. 
 - Quanto mais água, maior a plasticidade e 
mais fácil a moldagem; porém, aumenta o 
gasto de combustível para a queima, além 
da inevitável contração na secagem e 
deformações no cozimento. 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• SECAGEM 
 -Se a argila for levada ainda úmida ao forno, 
a umidade interior tensionará a peça, 
levando-a ao esboroamento. 
 - Os produtos cerâmicos, ao sairem dos 
moldadores, contêm 7% a 30% de umidade. 
 - Grande parte dessa umidade é removida na 
secagem e a restante durante o processo de 
cozimento. 
 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• SECAGEM 
 -Pode ser: 
* Natural: galpões cobertos, próximos do 
calor do forno, etc. 
 
* Artificial: estufas, radiação 
infravermelha(peças de precisão), etc.
 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• QUEIMA 
 Durante a queima ocorrem 
transformações estruturais da argila, o 
que obriga a um aquecimento e 
esfriamento contínuos com 
temperatura crescente/decrescente, 
típica para cada produto. 
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Etapas do processo de fabricação: 
 
• QUEIMA 
 Os fornos podem ser contínuos ou 
intermitentes. 
 
CUIDADOS: 
Dar uniformidade ao calor no forno 
Temperatura adequada para cada argila 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
 Existem diversos tipos de produtos 
cerâmicos para construção que podem 
ser classificados da seguinte maneira: 
- Grupo I – Materiais de argila – cerâmica 
vermelha 
- Grupo II – Materiais de louça 
- Grupo III – Materiais refratários 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
Tijolos comuns 
- Possuem porosidade alta e superfícies 
ásperas. 
- Tipos: 
 Tijolos maciços comuns; 
 Blocos furados; 
 Tijolos para lajes mistas. 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
Telhas Comuns 
Tipos: 
 Planas: marselha (francesa), telhas de 
escamas 
 Capa e Canal: plan,colonial e paulista 
(curvas) 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
Cerâmica de Alta Vitrificação: 
 - Louça branca: matéria-prima 
quase isenta de óxido de ferro, 
argilas brancas (caulins quase 
puros). Ex.: azulejos, louça-
sanitária, pastilhas. 
 - Grês cerâmico: tubos sanitários, 
ladrilhos. 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
Cerâmica Refratária 
 - É a cerâmica que não funde, mesmo em 
altas temperaturas; 
 - Feita com argila refratária, pobre em cal e 
óxido de ferro; 
 - Não se deformam, abaixo de 1520ºC; 
 - Altamente refratárias: 1785ºC; 
 - Fabricação: prensagens altas, para evitar 
porosidade. A queima é feita com 
temperaturas superiores a dos tijolos 
comuns. 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
BLOCO CERÂMICO PARA ALVENARIA 
 - Bloco: componente de alvenaria que possui 
furos prismáticos e/ou cilíndricos, 
perpendiculares às faces que os contém; 
 - Dimensão nominal: especificada pelo 
fabricante para as arestas; 
 - Dimensão real: média das dimensões obtida 
da média de 24 blocos. 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
BLOCO CERÂMICO PARA ALVENARIA 
 
Classificação: vedação e estruturais. 
 
 De vedação: não tem a função de suportar 
outras cargas além do seu peso próprio. São 
assentados com os furos na horizontal. 
 
 Estruturais: podem ser comuns e especiais. 
São assentados com os furos na vertical. 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
BLOCO CERÂMICO PARA ALVENARIA 
ENSAIOS – NBR 15270-3: 
Determinação das dimensões: 
 Medir em uma amostra de 13 blocos, colocados em 
uma superfície plana e indeformável. 
Determinação do desvio em relação ao esquadro e 
planeza das faces: 
 - Esquadro metálico (90  0,5º) 
 - Régua metálica (precisão de 0,5mm) 
 Planeza das faces Desvio com relação ao esquadro 
 
 
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BLOCOS DE VEDAÇÃO 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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TIJOLO MACIÇO 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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TIJOLOS REFRATÁRIOS 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
28/10/2014 36 
BLOCOS ESTRUTURAIS 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
28/10/2014 37 
BLOCOS – LAJE MISTA 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
28/10/2014 38 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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REVESTIMENTOS 
CERÂMICOS 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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Materiais que se apresentam na forma 
de placas, utilizados na construção, 
para revestir principalmente paredes e 
pisos em ambientes externos ou 
internos. 
ATIVIDADE-PESQUISAR 
As peças de revestimento cerâmico podem ser classificadas a partir de 
vários fatores, tais como: 
 
•ACABAMENTO 
 
•MÉTODO DE FABRICAÇÃO 
 
•ABSORÇÃO DE ÁGUA 
 
•RESISTÊNCIA À ABRASÃO 
 
•RESISTÊNCIA AO MANCHAMENTO 
 
•RESISTÊNCIA AO ATAQUE DE AGENTES QUÍMICOS 
 
Pesquise sobre o detalhamento de cada 
classificação dessas. 
 
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PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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REVESTIMENTOS CERÂMICOS 
• Para adquirir o revestimento certo, devemos 
usar a tabela baseada no índice PEI, que 
caracteriza o revestimento cerâmico de acordo 
com a resistência ao desgaste (abrasão), que o 
piso suporta sem ter seu aspecto visual (beleza) 
danificado. 
• PEI significa 'Porcelain Enamel Institute', que é 
o nome da instituição que desenvolveu o 
método de ensaio de Abrasão Superficial para 
placas cerâmicas vitrificadas (esmaltadas). Este 
ensaio mede o desgaste superficial da camada 
do esmalte das placas e varia de 0 a 5. 
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REVESTIMENTOS CERÂMICOS 
Resistência à abrasão 
PEI 0 Uso exclusivo em paredes 
PEI 1 Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente 
com chinelos ou pés descalços. Exemplo: banheiros e dormitórios residenciais 
sem portas para o exterior. 
PEI 2 Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente 
com sapatos (ambientes sem porta para 
o exterior). Exemplo: todas as dependências residenciais, com exceção das 
cozinhas e entradas. 
PEI 3 Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminha geralmente 
com alguma quantidade de sujeira abrasiva que não seja areia e outros materiais 
de dureza maior que areia. Exemplo: cozinhas, corredores, halls 
e quintais. 
PEI 4 Produto recomendado para ambientes residenciais (todas as dependências) e 
comerciais com alto tráfego. Exemplo: garagens, bares, hospitais, hotéis, 
escritórios, lojas, bancos, entradas, caminhos preferenciais, outras 
dependências. 
PEI 5 Produto recomendado para ambientes residenciais e comerciais com tráfego 
muito elevado. Exemplo: áreas públicas, como shopping centers, aeroportos, 
padarias etc. 
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LOUÇAS SANITÁRIAS 
PRODUTOS CERÂMICOS PARA CONSTRUÇÃO 
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FIM 
 
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