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64 Romanos e As Epistolas Gerais

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SUMÁRIO 
 
1 - ROMANOS.............................................................................................................2 
1.1. AUTORIA...................................................................................................................2 
1.2. DATA, PROVENIÊNCIA E DESTINO .................................................................................3 
1.3. CANONICIDADE..........................................................................................................3 
1.4. A IGREJA CRISTÃ EM ROMA.........................................................................................4 
1.5. PROPÓSITOS..............................................................................................................5 
1.6. TEMAS PRINCIPAIS .....................................................................................................6 
2 - EPISTOLAS GERAIS ..............................................................................................7 
3 - TIAGO ...................................................................................................................7 
3.1. AUTORIA...................................................................................................................7 
3.2. AUTOR .....................................................................................................................8 
3.3. DATA .......................................................................................................................8 
3.4. PROPÓSITO ...............................................................................................................8 
3.5. CONTEÚDO DO LIVRO .................................................................................................8 
3.6. A FÉ E AS OBRAS SE COMPLETAM (EF. 2:8-10) .............................................................9 
4 - I PEDRO..............................................................................................................10 
4.1. AUTORIA.................................................................................................................11 
4.2. AUTOR ...................................................................................................................11 
4.3. DATA .....................................................................................................................11 
4.4. PROPÓSITO .............................................................................................................12 
4.5. CONTEÚDO .............................................................................................................12 
5 - II PEDRO.............................................................................................................13 
5.1. AUTORIA.................................................................................................................13 
5.2. DATA .....................................................................................................................13 
5.3. PROPÓSITO .............................................................................................................13 
5.4. CONTEÚDO .............................................................................................................14 
5.5. I JOÃO..................................................................................................................14 
5.6. AUTORIA.................................................................................................................15 
5.7. O AUTOR................................................................................................................15 
5.8. DATA .....................................................................................................................15 
5.9. PROPÓSITO .............................................................................................................15 
5.10. CONTEÚDO .............................................................................................................16 
6 - II E III JOÃO .......................................................................................................16 
6.1. AUTORIA.................................................................................................................17 
6.2. II JOÃO - PROPÓSITO................................................................................................17 
6.3. CONTEÚDO .............................................................................................................17 
6.4. III JOÃO - PROPÓSITO ..............................................................................................17 
6.5. CONTEÚDO .............................................................................................................17 
7 - JUDAS.................................................................................................................18 
7.1. AUTORIA.................................................................................................................18 
7.2. AUTOR ...................................................................................................................18 
7.3. DATA .....................................................................................................................19 
7.4. PROPÓSITO .............................................................................................................19 
 
 
 
 
Romanos e as Epístolas Gerais - 2 
Instituto de Teologia Logos – “Preparando cristãos para a defesa da fé!” 
www.institutodeteologialogos.com.br | contato@institutodeteologialogos.com.br 
1 - ROMANOS 
Nenhuma pessoa tem exercido tanta influência como intérprete do Senhor Jesus e da 
fé cristã como o apóstolo Paulo, quer nos tempos antigos ou modernos. Certos elementos se 
têm mostrado infelizes ante essa influência de Paulo, porquanto supõem que ele perverteu o 
Evangelho de Cristo – em vez de interpretá-lo corretamente, sobretudo no que diz respeito à 
sua doutrina da graça, porquanto com base nos evangelhos sinópticos, poderíamos supor 
que o Senhor Jesus sempre foi um típico judeu, em sua doutrina soteriológica. Porém, até 
mesmo os que assim pensam acerca do apóstolo Paulo precisam admitir que ninguém 
jamais exerceu influência semelhante à sua, por todo o mundo cristão, em qualquer época. 
O apóstolo Paulo foi o vaso escolhido de Cristo glorificado para levantar a Sua Igreja 
no mundo gentílico, revelando a todos os homens qual é a vontade de Deus por meio de Sua 
Igreja, e, ao mesmo tempo, revelar quais são os mais altos cimos do destino humano, tudo 
de conformidade com o plano divino. A fim de cumprir apropriadamente essa missão, Paulo 
teve de ser o incansável missionário do mundo gentio, bem como o profeta inspirado, 
através de seus escritos inspirados. Mediante esta combinação de dois fatores, naqueles 
primeiros tempos do cristianismo, Paulo ergueu, quase sozinho, a igreja cristã no mundo 
pagão. 
Isto posto, se tivermos de falar sobre a influência literária de Paulo, será 
extremamente difícil exagerar acerca do impacto que a sua epístola aos Romanos tem 
exercido durante todos os séculos. Eleva-se acima de todas as demais porções do Novo 
Testamento, em sua declaração sobre a independência da Igreja de Cristo. Dentro de sua 
mensagem jazem, em forma de semente, todas as características distintivas do 
Cristianismo. Lutero costumava dizer que se pudéssemos preservar somente o evangelho de 
João e a epístola aos Romanos, o Cristianismo seria salvo. 
1.1. Autoria 
Dentre as treze epístolas tradicionalmente atribuídas ao apóstolo Paulo, nove delas 
são quase universalmente aceitas como de autoria paulina, quais sejam: Romanos, 1 e 2 
Coríntios, Gálatas, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Filemon. As epístolas 
chamadas “pastorais” também são aceitas como paulinas apenas por um númerobem 
reduzido de estudiosos modernos, porquanto se pensa que essas epístolas as quais contêm 
muito material de valor, foram produto da pena de algum dos discípulos de Paulo. A 
epístolas aos Efésios, na opinião de alguns eruditos, igualmente tem sido atribuída a algum 
dos discípulos de Paulo, especialmente nos últimos tempos. Já as nove epístolas acima 
citadas, são quase universalmente aceitas como epístolas genuínas do apóstolo Paulo. 
Dentre essas nove, uma aceitação absolutamente universal é conferida a quatro clássicos 
escritos paulinos, quais sejam: Romanos, 1 e 2 Coríntios e Gálatas. Dentre estas quatro, a 
epístola aos Romanos ocupa lugar de proeminência, não somente devido à sua extensão e 
ao seu tratamento mais completo acerca de questões de magna importância para a doutrina 
cristã, mas também porque os assuntos ali abordados são todos de grande profundidade e 
fundamentais para nossa fé. A epístola aos Romanos não foi a primeira obra inspirada a 
sair da pena do apóstolo Paulo, mas a sua importância lhe tem conquistado o primeiro lugar 
dentro do arranjo das epístolas paulinas, em nosso NT, o que também sucede entre as 
coleções ordinárias de epístolas paulinas escritas em grego e em outros idiomas antigos. 
Sendo essa a principal das epístolas de Paulo, e sendo Paulo uma das mais importantes 
personagens da história da humanidade, essa epístola pode ser reputada como um dos mais 
importantes documentos que a raça humana conhece. 
A simples comparação entre as quatro obras clássicas de Paulo – Romanos, 1 e 2 
Coríntios e Gálatas – no que diz respeito a questões de estilo e vocabulário, revela-nos que 
todas essas quatro epístolas foram indisputavelmente produzidas pelo mesmo autor sacro. 
Aceitar uma delas como paulina é aceitar todas as outras três, e rejeitar uma delas, é 
rejeitar as demais. 
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1.2. Data, Proveniência e Destino 
Podemos considerar os trechos de Atos 22 e ss e Rm 15:24,28 como indicações 
sobre o tempo em que esta epístola de Paulo foi escrita. Todas as indicações mostram-nos 
que o apóstolo escreveu-a quase no fim de sua permanência na Grécia, ou seja, em Corinto, 
durante a sua terceira visita àquela cidade (ver 2Co 13:1). Paulo escreveu esta epístola 
quando estava prestes a visitar a cidade de Roma, pois então se voltou decididamente para o 
Ocidente, porquanto cria que seus labores missionários se estenderiam naquela direção, 
atingindo, finalmente, até mesmo a Espanha. Assim sendo, Paulo provavelmente escreveu 
imediatamente antes da porção final de sua terceira viagem missionária, o que situaria a 
data da epístola a partir de 53 d.C. Alguns intérpretes, entretanto, atribuem-na a uma data 
cerca de quatro ou cinco anos mais tarde. A data da Epístola aos Romanos está vinculada à 
menção que Paulo faz da coleta em que estava atarefado, entre as igrejas gentílicas. As 
epístolas que mencionam esta questão são: Romanos (15:25-28), 1Coríntios (16:1-4), 
2Coríntios (8-9) e, naturalmente, o livro de Atos (24:17). Os indícios de que dispomos, 
mostram-nos que quando ele escreveu a epístola aos Romanos, já havia completado o seu 
serviço de recolhimento da oferta, a última parte da qual foi efetuada em Corinto. A 
passagem de 2Co 9:3ss mostra-nos que, então, cumpria essa intenção, e se dirigia para 
Corinto a fim de completar sua incumbência, antes de subir a Jerusalém, a fim de levar a 
oferta completada. De Jerusalém ele iria Roma. Assim, pois, durante algum tempo, quando 
de sua permanência final em Corinto (que foi a terceira visita; ver 2Co 13:1), foi escrita esta 
epístola aos Romanos, por várias razões, entre as quais, essa de anunciar a sua visita que 
tencionava fazer ali. 
1.3. Canonicidade 
Nenhum os livros do Novo Testamento foi aceito como canônico antes da Epístola 
aos Romanos, pois quando se fizeram as primeiras declarações sobre o “cânon” 
neotestamentário, a epístola aos Romanos sempre foi incluída, e isto nos pronunciamentos 
de grupos ou pessoas ortodoxas ou heréticas. A passagem de 2Pe 3:15-17, que cita o trecho 
de Rm 2:4, chama-o de “escrituras”, sendo esse o mais antigo pronunciamento que temos 
sobre a canonização de qualquer dos livros do NT. Por conseguinte, pode-se dizer que a 
epístola aos Romanos aparece em primeiro lugar no “cânon” do NT. Outrossim, essa epístola 
foi escrita antes de qualquer dos evangelhos, com a possível exceção exclusiva do evangelho 
de Marcos, ainda que, na ordem cronológica, isto é, na ordem da escrita, a epístola aos 
Romanos apareça no sexto lugar entre os escritos de Paulo. 
Márcion, aquele antiquíssimo herege (150 d.C.), incluía a epístola aos Romanos em 
seu cânon, e esse pronunciamento levou outros Pais da Igreja a fazerem seus respectivos 
pronunciamentos. Todos esses Pais da Igreja, sem qualquer exceção, dentre os que se 
preocuparam com esse problema, também incluíram a epístola aos Romanos em seus 
respectivos “cânones”. Os “cânones” mais antigos (pertencentes ao século II d.C.) incluíam 
cerca de dez das epístolas de Paulo, bem como os quatro Evangelhos, ou seja, os mais 
antigos livros do Novo Testamento, num total de cerca de catorze livros. Mas alguns 
estudiosos supõem que o próprio Márcion não preparou o “cânon” de sua época, mas antes, 
aceitou tão somente a opinião corrente da Igreja de seus dias. Se assim realmente sucedeu, 
então talvez possamos fazer retroceder o mais primitivo “cânon” neotestamentário para 125 
d.C. mais ou menos. 
Escritores anteriores, que não contavam com qualquer “cânon” formal, mesmo assim 
demonstraram respeito e conhecimento por diversas das epístolas de Paulo, incluindo a 
epístola aos Romanos. Entre estes podemos citar Clemente de Roma (95 d.C.), Inácio de 
Antioquia (110 d.C.) e Policarpo de Esmirna (110 ou 130 d.C.). 
Inácio de Antioquia (martirizado em cerca de 110 d.C.), escreveu várias epístolas às 
Igrejas, como também uma endereçada a Policarpo, e esses escritos sobreviveram como uma 
“coleção”. Cabe-nos o direito, portanto, de suspeitar que muitos crentes, daquela época 
primitiva, possuíam várias coleções das epístolas de Paulo. Além disso, é extremamente 
improvável que qualquer coleção de epístolas de autoria de outrem tenha precedido a 
coleção dos escritos do apóstolo dos gentios. E, assim sendo, podemos supor que, pelo fim 
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do primeiro século da era cristã, alguma forma de coleção já fora feita, tendo sido esse o 
mais primitivo “cânon” do NT, o qual, sem a menor sombra de dúvida, incluía a epístola aos 
Romanos. 
A primeira dessas coleções consistia de dez dessas epístolas paulinas, conforme eram 
aceitas por Márcion, e, subseqüentemente, por outros Pais da Igreja. A ordem escrita por 
Márcion era a seguinte: Gálatas, 1 e 2 Coríntios, Romanos, 1 e 2 Tessalonicenses, Efésios, 
Colossenses, Filemon e Filipenses. E isso nos mostra quais as epístolas formadoras do mais 
primitivo “cânon”. Já a lista muratoriana, feita posteriormente, pertencente cerca de 200 
d.C., apresenta uma ordem diferente, a saber: 1 e 2 Coríntios, Efésios, Filipenses, 
Colossenses, Gálatas, 1 e 2 Tessalonicenses, Romanos e Filemon. Com esse número e com 
essa ordem de epístolas paulinas, Tertuliano (cerca de 200 d.C.), parece concordar. 
Os elementos hereges, que admitiam a canonicidade da epístola aos Romanos, além 
de Márcion, foram os seguintes: os ofitas, Basilides, Valentino, Heracleon e Ptolomeu, 
Taciano. Crentes de séculos posteriores, que igualmente aceitavam a epístola aos Romanos 
como canônica, foram: as Igrejas de Viena e Lions, Atenágoras e Teófilode Antioquia. 
1.4. A Igreja Cristã em Roma 
A Igreja Cristã da cidade de Roma já existia por algum tempo quando Paulo lhe 
escreveu a epístola que tem o seu nome (ver Rm 1:8,10,12,13; 15:23). Em At 28:15 a 
existência da Igreja Cristã de Roma é aceita como algo largamente conhecido, do que é 
demonstrado pelo grupo de irmãos que veio receber Paulo, no Apio Fórum como 
representação oficial daquela Igreja. A data e a circunstância da origem e da organização da 
Igreja de Roma, entretanto, não podem ser determinadas com qualquer precisão, ainda que 
existam diversos informes tradicionais a esse respeito. Existem tradições que vinculam 
tanto Pedro quanto Paulo aos primórdios da Igreja de Roma, mas esses declarações se 
alicerçam mais no zelo torcido, que pretendia conferir aquela Igreja um início importante e 
digno e não em fatos conhecidos sobre o caso. Clemente de Roma, já em 95 d.C. liga ambos 
esses apóstolos a Roma no que diz respeito ao martírio deles. Isso já parece muito mais 
provável, tendo obtido boa dose de aceitação, por parte de muitos. 
Cumpre-nos observar, entretanto, que o apóstolo Pedro ainda se encontrava em 
Jerusalém, no tempo da conferência referida em Gl 2:1-10, que corresponde à chamada 
visita da fome, que Paulo fez a Jerusalém, segundo se vê em At 11:27ss. Portanto, é 
altamente improvável que Simão Pedro tenha tido qualquer participação pessoal na 
fundação da Igreja Cristã de Roma. Além disso, Paulo nos dá a impressão de que a Igreja 
romana fora estabelecida muitos anos antes de sua visita: “... e desejando há muito visitar-
vos” (Rm 15:23). – Em parte alguma Paulo dá a impressão de que a fundação dessa Igreja 
tenha sido realização sua. Andrônico e Júnias, compatriotas judeus de Paulo, já estavam 
em Cristo antes de Paulo (ver Rm 16:7), e, se o décimo sexto capítulo da epístola aos 
Romanos realmente faz parte original desse livro, tendo sido endereçado aos romanos, então 
vemos que a Igreja Cristã original dali teve seu começo antes mesmo da conversão de Saulo 
de Tarso. É bem possível que foram convertidos judeus, quando do dia de Pentecostes (ver 
At 2), vindos de Roma a Jerusalém, a fim de participarem daquela festa religiosa, que 
voltaram à sua cidade, e através de seu testemunho, formou-se um núcleo original, que 
tornou-se a base daquela igreja local. Sendo assim, somente de forma muito indireta é que 
Pedro foi fundador da Igreja Cristã da cidade de Roma, embora ele mesmo não o tenha feito, 
indo a Roma. 
Outrossim, as primeiras perseguições movidas contra a Igreja de Jerusalém e das 
áreas em derredor sem dúvida, forçavam alguns crentes a se exilarem em Roma, onde 
podiam dar continuação a uma vida normal, perdidos em meio à uma população 
numerosíssima. Esses convertidos originais da Igreja de Roma, por conseguinte, mui 
provavelmente eram todos judeus. Mas não tardou que o elemento passasse à maioria 
dominante, conforme se depreende de trechos como Rm 1:5,13; 9:3,4: 10:1. Que a Igreja de 
Roma consistia tanto de judeus como de gentios, podemos compreender com base nos 
seguintes versículos: Rm 1:5,12-16; 3:27-30; 4:6; 6:19; 11:13,25,28,30; 15:1,8,15. A lista de 
nomes, existente no décimo sexto capítulos de Romanos, para os quais Paulo se dirigiu, 
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inclui tanto nomes de origem judaica, como de origem gentílica, principalmente grega, e não 
latina, e isso talvez indique que muitos dos convertidos eram gregos que residiam em Roma. 
A mais antiga declaração sobre essa questão, de um ponto de vista não bíblico, foi a 
de um escritor do século IV d.C., chamado Ambrosiastro. Ele escreveu o seguinte: “É fato 
estabelecido de que havia judeus que habitam na cidade de Roma, no tempo dos Apóstolos, 
e que aqueles judeus que haviam crido em Cristo, passaram para os romanos a tradição de 
que deveriam professar a Cristo, mas também guardar a Lei. Não deveríamos condenar os 
romanos, mas antes, louvar a sua fé, porquanto, sem quaisquer sinais ou milagres, e sem 
terem visto qualquer dos apóstolos, não obstante, aceitaram a fé em Cristo, ainda que de 
conformidade com os ritos judaicos”. 
Não há qualquer evidência sólida em contrário a essa declaração de Ambrosiastro, a 
qual sem dúvida é exata. Portanto, chegaram à cidade de Roma os cristãos, antes de 
quaisquer missionários cristãos apostólicos ou não. Essa citação também subentende aquilo 
que podemos depreender da epístola de Paulo àquela Igreja, isto é, que originalmente aquela 
congregação tinha um caráter judaico. E isso provavelmente explica o poderoso argumento 
de Paulo em prol da justificação pela fé, logo nos primeiros capítulos dessa epístola, como 
também no tratamento amplo que ele dá à questão da cegueira e a final restauração da 
nação de Israel, nos capítulos 9 e 11 da mesma, porquanto haviam em Roma crentes que 
estariam intensamente interessados por esses esclarecimentos. 
1.5. Propósitos 
Podemos estar certos de que os poderosos argumentos de Paulo sobre a justificação 
pela fé, nos capítulos 1 a 5 da epístola aos Romanos, não eram de natureza meramente 
informativa e didática. Também eram de fundo apologético. Em outras palavras, ele fazia a 
oposição aos judaizantes que atuavam na cidade de Roma, os quais sentiam obrigação ante 
as leis cerimoniais mosaicas, bem como ante o conceito de salvação através de obras, 
formalidades e ritos religiosos. Já tivemos ocasião de notar, na quinta divisão deste trabalho 
qual era o provável caráter judaico da Igreja Cristã de Roma, e seria apenas natural 
esperarmos que ali agissem alguns elementos de tendência judaizante, não menos do que as 
igrejas da Galácia. 
O apóstolo Paulo tencionava fazer trabalho missionário no Ocidente, começando o 
mesmo com uma visita a Roma, e daí estendendo sua jornada até a Espanha e territórios 
adjacentes. E desejava encorajamento dado pelo crentes de Roma, bem como qualquer 
ajuda que fossem capaz de prestar-lhe (ver Rm 15:24). 
Na igreja de Roma tinham surgido dificuldades de natureza doutrinária e prática, - e 
Paulo estava ciente desses problemas. Alguns dos membros gentios da mesma abusavam da 
liberdade cristã, participando de alimentos oferecidos a ídolos e fazendo outras coisas 
perniciosas, que eram especialmente ofensivas para o segmento judaico daquela igreja (ver 
os capítulos 14 e 15). 
Havia muitas indagações, entre os primitivos cristãos de origem judaica, acerca da 
posição da nação de Israel aos olhos de Deus, bem como sobre a validade sobre as 
promessas feitas aos patriarcas, agora que a nação judaica havia rejeitado o Messias, o 
Senhor Jesus. Tal rejeição significava que os judeus seriam repelidas irrevogavelmente por 
Deus? Por essa razão é que encontramos os esclarecimentos dados por Paulo, nos capítulos 
9 a 11 dessa epístola, o que forma a explicação mais completa sobre esse assunto. 
A epístola aos Romanos é de natureza didática, pois nem tudo o que Paulo escreveu 
visou dar solução a algum problema. Seus estudos completos sobre a doutrina da graça e 
da fé (capítulos 1 a 5), seu estudo sobre a vida piedosa, sobre a graça de Deus (cap. 6), seu 
tratamento sobre o matrimônio (cap. 7), e sua sessão prática geral, sobre a moral e a 
conduta cristãs (capítulos 12 a 15), têm por propósito ensinar, informar e iluminar, e não 
meramente resolver determinados problemas. Acima de todas as suas demais epístolas, 
Paulo escreveu aos romanos a fim de fazer uma exposição ordeira e completa das mais 
importantes verdades cristãs. 
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Paulo apresentou novas revelações, novas idéias e novos profundosconceitos, como a 
doutrina da transformação dos crentes segundo a imagem de Cristo e a herança que 
possuem nEle (cap. 8), o que também nos mostra que um dos principais propósitos do 
apóstolo dos gentios era de informar aquela igreja sobre seu elevado destino. Ver este 
conceito também em 2Co 3:18, 1Co 15:49 e em Ef 1:23; 3:19. 
1.6. Temas Principais 
Queremos apresentar abaixo uma declaração ampla acerca dos temas abordados 
na epístola aos Romanos. 
A. A justiça de Deus, que requer um plano de redenção para o homem. Os capítulos 1 
a 3 trazem a lume a acusação de Deus contra a culpada raça humana, composta de judeus 
e gentios, igualmente culpados. A revelação dada pela natureza condena os povos gentílicos, 
e a revelação escrita da lei mosaica condena os judeus, porquanto nem um nem outro 
obedeciam à luz que possuíam (ver os capítulos 1 e 2). Portanto, a “ira” é um fator que 
precisa ser levado em conta, porquanto justiça e ira são elementos inseparáveis da natureza 
divina. Pois o pecado não pode passar sem receber a sua devida retribuição, porque isto 
seria contra a justiça de Deus (ver cap. 3). 
B. Cristo é a justiça de Deus, a qual pode ser imputada ou atribuída aos homens. 
Existem dois homens representativos: Adão, em que todos os homens morrem; e Cristo, em 
que todos os homens são vivificados. A sentença oficial contra o homem reside em Adão, 
como representante da humanidade, ao passo que a redenção espiritual do homem reside 
em Jesus Cristo, através de Quem fluem até nós todas as bênçãos celestiais. Esse fluxo de 
bênçãos espirituais chegam até nós mediante as realidades da justificação, da regeneração, 
da santificação e da glorificação, tudo o que é feito através do Espírito (ver os capítulos 5 e 
8). 
C. A fé é o veículo por meio do qual fluem as bênçãos de Cristo. A fé não é meritória, 
por si mesma. A idéia do ensinamento bíblico não é que Deus fica mais satisfeito com a fé 
do que com as obras, como se a fé fosse mais meritória do que estas. Pelo contrário, a fé 
consiste em uma entrega confiante da alma, sendo ela mesma resultado da atuação do 
Espírito Santo. Portanto, a fé é o primeiro passo da regeneração, e vem à tona por meio da 
conversão, sendo uma virtude gêmea do arrependimento, que também é operação do 
Espírito de Deus. Essa atuação do Espírito de Cristo, naturalmente, se verifica em união e 
cooperação com a vontade humana, já que Deus não reduz o homem a um mero autômato 
(ver capítulos 4 e 5). Em todo esse processo, domina a graça divina. Paulo tinha em mente 
uma religião mística na qual há um contacto genuíno de Deus com o homem, por 
intermédio do Seu Espírito, em que a salvação se torna uma experiência viva, e não uma 
doutrina inanimada e fria, como se tudo não passasse no assentimento a um credo de 
qualquer espécie. 
D. A identificação espiritual com Cristo, mediante um batismo espiritual (morte e 
ressurreição) é o tema do sexto capítulo. Por semelhante modo trata-se de uma doutrina 
mística, pressupondo um contacto real, ao nível da alma, com o Espírito de Cristo, o que 
capacita o crente a ser vencedor. Aquele que goza desse contacto deve levar uma vida diária 
transformada. Pois aquele que não desfruta de uma vida diária transformada não desfruta 
também dessa comunicação com Cristo, ao nível de sua alma. Assim, pois, a graça divina 
capacita o homem a triunfar. E essa graça divina é outorgada aos homens pela pura 
bondade e a misericórdia de Deus, e não provocada por qualquer mérito que o homem 
porventura possua. 
E. O conflito entre a antiga e a nova natureza, que existe no indivíduo regenerado, é 
considerado no sétimo capítulo. Os intérpretes não estão acordes entre se isso significa o 
conflito antes da pessoa converter-se, embora já sujeita a certas influências espirituais, ou 
se se refere à experiência cristã, após a conversão, em que o crente continuaria tendo 
problemas com a carne. A experiência humana natural, entretanto, mostra-nos que pode 
haver aplicação desse ensino paulino a ambos os aspectos, e que esse conflito pode ocorrer 
tanto antes como depois da conversão. 
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F. Os mais profundos temas desta epístola são apresentados todos no capítulo oitavo, 
isto é, as doutrinas da chamada, da eleição, da predestinação, da justificação, da 
glorificação, da herança e da segurança eternas. A gama de ensinamentos paulinos, nesta 
sua epístola aos Romanos, portanto, é bastante lata, todavia, existe um tema dominante em 
tudo. A reforma protestante enfatizou a retidão e a justificação pela fé, questões 
estritamente legais, sem jamais ter levado a Igreja Cristã aos pensamentos paulinos mais 
profundos. É lamentável que a Igreja em geral tenha obtido tão parco progresso na 
percepção espiritual, desde aquela época. Os membros comuns das Igrejas Evangélicas, 
ainda mesmo aqueles que conhecem bem a epístolas aos Romanos e a doutrina cristã em 
geral, quando indagados sobre qual o tema dominante do Evangelho de Cristo, 
invariavelmente retrucam com a “justificação pela fé” ou com o “perdão dos pecados”. No 
entanto, o Evangelho de Cristo consiste em muito mais do que isto... 
2 - EPISTOLAS GERAIS 
As Epístolas de Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas, pertence àquela classe de 
epístolas do Novo Testamento chamadas " Gerais. Tal designação foi dada a estas sete 
cartas nos primórdios da história da igreja, pelo fato de cada uma ser endereçada à igreja 
em geral, e não a uma única congregação. 
A igreja primitiva incluiu 2 e 3 João como epístolas gerais. Essas, contudo, são 
epístolas pessoais dirigidas a indivíduos. 
3 - TIAGO 
A primeira menção nominal à epístola de Tiago aparece no início do terceiro século. 
Entre os primeiros textos cristãos não-canônicos, o Pastor de Hermas é o que mais 
apresenta paralelos com Tiago, encontra-se vários temas característicos de Tiago; estímulos 
à oração com fé. 
Entre o quarto e quinto século a influência de Jerônimo foi importante na aceitação 
final pela igreja da epístola de Tiago. Em um documento que devia possuir uma certa 
importância, Jerônimo identificou o autor como o "irmão" do Senhor. Por volta desta época, 
Agostinho acrescentou a força de sua autoridade e nenhuma outra dúvida foi levantada até 
o período da Reforma. 
Assim Tiago passou a ser reconhecida como canônica em todos os segmentos da igreja 
primitiva. Mas é importante enfatizar que Tiago não foi rejeitada, mas negligenciada. 
A. Como se explica tal negligência? Pode ter sido a incerteza da origem apostólica do 
livro, uma vez que o autor se identifica apenas pelo nome de Tiago. 
Outro fator pode ter sido o caráter tradicional do ensino de Tiago, contendo pouca 
doutrina, portanto pouco combustível para os ardentes debates teológicos na igreja 
primitiva. 
Talvez, a natureza e o destino da epístola. A epístola tem forte orientação judaica, e 
provavelmente foi escrita para os judeus. 
3.1. Autoria 
O autor da carta simplesmente se identifica como "TIAGO" 
A. Quem é este indivíduo? Sabemos que no Novo Testamento há pelo menos três 
pessoas com esse nome no Novo Testamento: Tiago, filho de Zebedeu; Tiago, filho de Alfeu; e 
Tiago, irmão de nosso Senhor Jesus Cristo. 
Embora as escrituras não sejam precisas sobre esta questão, a maioria dos eruditos 
concorda em identificar o autor desta epístola com Tiago, irmão de Jesus. Tiago filho de 
Zebedeu foi morto por Herodes (Atos 12:2). Tiago filho de Alfeu só vem mencionado na lista 
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dos apóstolos e talvez Mar. 15:40 se refere a ele. Resta oTiago; irmão do Senhor, homem 
que ocupava uma posição de grande autoridade na igreja em Jerusalém, presidindo as 
assembléia e pronunciando palavras de autoridades. O tom de autoridade desta epístola 
condiz bem com a posição de primazia atribuída a ele. (Atos 15: 6 - 29; 21: 18) Ficamos, 
então, com Tiago, o irmão do Senhor, como o mais provável autor desta epístola. 
3.2. Autor 
Forte antagonista do Senhor, durante seu ministério terreno. João 7:5 Tiago veio a se 
converter após a ressurreição de Cristo, (I Cor.15:7) em um encontro especial, com Cristo já 
ressuscitado. 
 Tornou-se Bispo da igreja em Jerusalém (Atos 15:13) e foi reconhecido como 
superior até mesmo pelos apóstolos. Atos 12:17. 
 Tinha grande preocupação com os Judeus (Tiago 1:1) e dava apoio a evangelização 
dos gentios. Atos 15:19 
 O Apóstolo Paulo aconselhava-se com Tiago. Atos 21:18 
 Diz-se que orava intensamente. 
 Foi assassinado pelos Judeus no ano 62 A.D. 
3.3. Data 
Sendo Tiago, o irmão do Senhor, quem escreveu a carta, conforme argumentos, ela 
deve ser datada em algum tempo antes de 62 AD. Ano em que Tiago foi martirizado. 
Algumas autoridades apresentam argumentos na defesa de uma data entre os anos de 
45 a 53 AD, pelo fato da epístola omitir alguns fatos ocorridos na época como o Concílio de 
Jerusalém e a resolução que lá fora tomada. 
3.4. Propósito 
Os cristãos Judeus atravessaram um período de provas e tentações terríveis, e Tiago 
escreve para anima-los e para conforta-los. 
Sucediam-se grandes desordens nas assembléias cristãs, judaicas e ele escreve para 
instruir as mesmas. 
Havia a tendência de divorciarem a fé das obras. 
3.5. Conteúdo do Livro 
Há pouca doutrina. nesta epístola, mas muito de prática e de moral. Tiago, soube ser 
muito prático, vivia o que pregava. 
Este é o livro do viver santo. Seu verso chave é 2:26, na verdade, um tratado muito 
prático, sobre a fé, sua natureza e obras. 
A. Saudação. Notemos sua humildade não fazendo referência a sua relação com 
Jesus. Quando se refere a Jesus, o faz com reverência (Família). 
B. A Fé e Provações. Tiago 1:2-21 . Tentações no grego (pairasmos) significa provações 
com um propósito e efeito benéfico, divinamente permitida ou enviada. (Para aperfeiçoar o 
cristão). 
Devemos ter em conta que as Tentações (Provações) é uma gloriosa oportunidade para 
por à prova a nossa fé (vv. 2-4). 
Pedir a Deus a sabedoria afim de enfrentar as tentações (vv. 5-11). Observar o verso 
12 (“Bem aventurado”). 
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Tentações com efeito maléfico não vem de Deus (vv. 13-18). 
Sob a provação sede paciente (vv. 19-21). 
 2 Timóteo 3:12: as provações são constantes. 
 Romanos 8:18: não se compara com a glória futura. 
C. Fé e Obras. Tiago 1:22-26. Este tema é ponto principal desta epístola e contém 
declarações que tem dado lugar a infindáveis debates na igreja. Foi este tema que levou 
Lutero a proferir sua famosa critica, quando chamou esta carta de palha. 
Tiago 2:24 – “Vede então que o homem é justificado pelas obras, e não somente 
pelas...” 
Romanos 3:28 – “Concluímos pois que o homem é justificado pela Fé sem as obras da 
lei.” 
Para interpretarmos corretamente estes dois versos, devemos observar o propósito de 
cada autor. 
 
TIAGO PAULO 
Pastor Missionário 
Se preocupa com a santificação Se preocupa com a salvação 
Fala da vida após a conversão Fala da vida do novo convertido 
 
3.6. A Fé e as Obras se Completam (Ef. 2:8-10) 
Este tema tem mostrado que, a fé, quando viva e real, se evidencia pelos seus frutos, 
ou seja, através das obras. 
A. A Fé e as Palavras. Tiago 3:1–12. Tiago já demonstrou sua preocupação com os 
pecados da língua. Em 1: 19, ele encorajou seus leitores a serem tardios para falar. 
Aqui, ele revela que uma das provas de sermos justificados é nas nossas - palavras - 
essas dirão quem somos. Vejamos os efeitos nocivos de uma língua sem controle: 
Lucas 6:45 – “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem 
mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a 
boca.” 
Filipenses 2:14 – “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;” 
Apocalipse 22:15 – “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, 
os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira.” 
Mateus 12:36 – “Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão 
de dar conta no dia do juízo.” 
B. A Fé e a Sabedoria. Tiago 3:13-18. Há uma distinção entre conhecimento e 
sabedoria. 
O sábio é aquele que tem fé, é submisso a Deus e ensinado por Ele. 
É possível alguém conhecer muita coisa e ter pouca sabedoria. Há entretanto uma 
sabedoria falsa, simulada, que produz invejas e rivalidades. Tal espécie de sabedoria não é 
divina, e pode ser: 
Tiago 3:15 – “Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e 
diabólica.” 
 Terrena, sabedoria do mundo (I Coríntios 1:20-21), 
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 Animal, sabedoria natural sem relação espiritual, 
 Demoníaca, sabedoria de proveniência satânica. 
A sabedoria verdadeira é de origem lá do alto verso 15, sua natureza não é terrena, 
sensual ou demoníaca; antes é sobrenatural, sua excelência é sétupla: 
Pura, Pacifica, Meiga, Conciliadora, Misericórdia, Bons frutos, Simples, 
Sincera. 
C. Fé e Oração. Tiago 4:1-17; 5:7-20. Este parágrafo final da epístola contém uma de 
suas notas características. Desde o principio Tiago vem insistindo na necessidade de orar e 
no valor da oração. 
Tiago cultivava o habito de orar. Uma tradição a seu respeito diz terem-se calejado os 
seus joelhos, ficando como os de camelo, devido as constantes orações. 
Por conseguinte, seu conselho aos que sofrem é que orem pois dai vem o auxílio e 
conforto. 
 A falta de oração. 
o “... Nada tendes porque não pedis.” (4:2). 
o “Nunca dizem se o Senhor quiser.” (13-15). 
o “Não prosperam e nada perduram” (Jeremias 10: 21). 
 Orações não respondidas. 
o “Pedis, e não recebeis, por que pedis mal...” (4:3). 
 Pedem para seu deleite próprio . 
o Por causa do pecado (Isaías 59:2). 
o Por causa da desobediência (Hebreus 2:2). 
o Por causa das dúvidas (Tiago 1:5-7). 
o Contra a vontade de Deus (II Cor. 12:9). 
o Sem fé (Mateus 21;22). 
o Sem sentido (Jonas 4:3). 
4 - I PEDRO 
Esta epístola nos oferece uma ilustração esplêndida de como Pedro cumpriu a missão 
que lhe foi dada pelo Senhor: "tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos" 
(Lucas 22:32). 
Purificado e confirmado por meio do sofrimento e amadurecido pela experiência, Pedro 
podia pronunciar palavras de encorajamento a grupos de cristãos que estavam passando 
por duras provas. 
Muitas das lições que ele aprendeu do Senhor, ele fez saber aos seus leitores. Aqueles 
a quem esta epístola se dirige, estavam passando por tempos de prova. Assim, Pedro os 
anima demonstrando-lhes que tudo quanto era necessário para Ter força, caráter e coragem 
havia sido provido na graça de Deus. 
Ele é o Deus de toda a graça (5:10), cuja mensagem ao seu povo é: " A minha graça é 
suficiente ". O tema desta epístola pode ser: a suficiência da graça divina e a sua aplicação 
prática com relação à vida cristã e para suportar a prova e o sofrimento. 
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4.1. Autoria 
Aparentemente, a questãoda autoria de I Pedro é simples. Logo no início da carta, 
lemos o seguinte: Pedro, apóstolo de Jesus Cristo... Conforme o costume da época, 
começava-se uma carta dizendo-se o nome e a quem se estava escrevendo. 
I Pedro, então, apresenta-se como tendo sido escrita pelo conhecido apóstolo Pedro. 
A. Alguns argumentos contra a autoria petrina, Vejamos: 
 I Pedro foi escrita num grego bastante culto, revelando por parte de quem a 
escreveu um bom domínio dessa língua. Pedro era um homem pescador da Galiléia, 
das margens do, judeu: como poderia ele conhecer tão bem o grego? Ademais, em 
Atos 4:13, ele, junto com João, é chamado de "Homem Iletrado e inculto". Poderia 
esse Pedro ser o mesmo que aqui está escrevendo uma carta em bom e fluente 
grego, mostrando aqui e ali detalhes retóricos que indicam alguém bastante capaz 
no uso dessa língua? Foi utilizado, na escrita, um grego polido, culto de alta 
sociedade, 36 termos utilizados não se acha em nenhum autor clássico da época. 
 I Pedro estaria pressupondo a "teologia paulina". Ou seja parece mais que o autor é 
um discípulo de Paulo do que o apóstolo Pedro, homem de uma tradição 
independente, que não precisaria estar modelando o seu ensino pelo de Paulo (por 
exemplo no que Gálatas 2 nos fala de certas diferenças de pontos de vista, ou 
prática, entre os dois). 
Tais dificuldades se dissipam a vista de I Pedro 5:12. Por Silvano, nosso fiel irmão, 
como o considero, escravo abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira 
graça de Deus; nela permanecei firmes. 
Silvano, de I Tes. 1:1 e II Tes. 1:1, e Silas, de Atos 15:18, é o mesmo que auxiliou 
Pedro na elaboração desta epístola. 
4.2. Autor 
Pedro no grego “pedra” o equivalente em aramaico é Cefas. Tinha um irmão também 
discípulo, André e eram pescadores de profissão (Mateus 4:18). E Jesus, andando ao longo 
do mar da Galiléia, viu dois irmãos Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os quais 
lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. 
 Casado, porém não sabemos quem era sua esposa (Mateus 8:14). 
 Residia em Cafarnaum (Marcos 1:21-29). 
 Era impulsivo (Mateus 14:28). 
 Indouto (Não doutor) (Atos 4:13). 
 Sincero (Mateus 18:21). 
 Demonstrava lealdade (João 6:68). 
 Corajoso (João 18:10). 
 Falava muitas coisas sem pensar (João 13:6-10). 
 Foi martirizado na época de Nero. 
 Segundo a tradição ele fora crucificado de cabeça para baixo por opção própria pois 
achava que não era digno de ser crucificado como Cristo 
4.3. Data 
Provavelmente esta carta tenha sido escrita por volta de 62 a 64 AD, devido as grandes 
perseguições da época. 
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Em 62 ocorreu o martírio de Tiago causando assim a separação entre o cristianismo e 
o judaísmo, abrindo caminho à tempestade de perseguições. Dois anos depois em 64 AD o 
cristianismo foi considerado ilegal, nesta época Nero os acusa de incendiários. 
4.4. Propósito 
Evidentemente foi escrita com duplo propósito: 
 Muitos crentes primitivo chegaram a pensar que Paulo e Pedro esboçavam 
diferentes idéias sobre os fundamentos da Fé cristã, para destruir estes maus 
pensamento é que Pedro a escreveu e a remeteu, justamente, por um companheiro 
de Paulo ás igreja Asiáticas. 
 Outro propósito do escritor, foi o de animar e fortalecer os judeus convertidos, os 
quais, a essa altura, passavam por duas provações e enfrentevam amargas 
perseguições, assim fazendo, Pedro cumpria o ministério que impusera o nosso 
Senhor. Lucas 22:31-32 Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar 
como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te 
converteres, fortalece teus irmãos. 
4.5. Conteúdo 
Esta é essencialmente a epístola da esperança, esperança viva, fundada na 
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. 
É portadora da certeza de uma herança gloriosa, descrita como incorruptível, 
incontaminada. Pedro coloca estes pensamentos, acerca da viva esperança e da herança 
gloriosa, no princípio de sua carta, para encorajar seus companheiros de fé com as 
consolações do evangelho, a fim de que permaneçam firmes no dia da prova de fogo, 
suportando pacientemente sobre as perseguições, aflições e tentações. 
A. A Grande Salvação. I Pedro 1: 3-13. A Salvação não somente é uma bênção 
presente, por meio da qual recebemos perdão, justificação, santificação e outros dons 
divinos; atingirá sua plenitude somente quando formos apresentados sem defeito diante do 
Trono, feitos semelhantes a Cristo. 
Tal Salvação, em seu sentido mais amplo, está preparado agora e aguarda sua 
manifestação no último Tempo (v. 5). Esta salvação gloriosa que, pela graça, é nossa através 
de sofrimento e provas nos leva ao gozo inefável e glorioso eternamente. 
B. O Convite a Santidade. I Pedro 1:4; 2:10. O convite para a santidade é 
necessariamente um convite para a obediência. Pedro emprega muito nesta epístola a 
palavra obediência. O primeiro dever do homem sempre foi obedecer a Deus, guardando-lhe 
os mandamentos e fazendo-lhe a vontade. Cristo em seus ensinos deu ênfase a isto 
constantemente. 
Esta exortação vem reforçada por uma citação em Levítico 11:44, livro cuja palavra 
chave é Santidade. 
O sentido fundamental da Palavra SANTO é separado, retirado do uso ordinário e 
posto a parte para uso sagrado. 
C. Deveres Cristãos. Havendo tratado dos privilégios especiais que lhes pertenciam 
como novo cristão, o apóstolo passa a esboçar alguns princípios que devem governar a vida 
deles como membros da comunidade de que agora fazem parte. 
Devem manifestar este comportamento conveniente submetendo-se ás autoridades. 
Surge a questão; até onde o cristão está obrigado a obedecer as ordens das autoridades ? 
 Submissão as autoridades (I Pedro 2:11-25). 
o Civis (v. 14). 
o Superiores (v. 18). 
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 Boa Conduta no Lar (I Pedro 3:1-7). 
o O porte da esposa (v. 1). 
 Amor Fraternal (I Pedro 3:8-22). 
o Até para com os inimigos (v. 16). 
 Ofício Pastoral (I Pedro 5:1-9). 
o Dedicação ao rebanho (v. 2). 
5 - II PEDRO 
A primeira epístola de Pedro trata do perigo fora da igreja: perseguições. A Segunda 
epístola, do perigo dentro dela: a falsa doutrina. A primeira foi escrita para animar, a 
Segunda, para advertir. 
O tema pode-se resumir da seguinte maneira: um conhecimento completo de Cristo é 
uma fortaleza contra a falsa doutrina e uma vida impura. 
5.1. Autoria 
A epístola declara, explicitamente, ser a obra de Simão Pedro (1:1). O autor apresenta-
se como tendo presenciado a transfiguração de Cristo (1:16-18), e sido avisado por Cristo de 
sua morte próxima (1:14). Significa que a epístola é um escrito autêntico de Pedro, ou de 
alguém que se declara ser Pedro. Se bem que demorasse a ser recebida no Cânon do N.T. 
Não há, no Novo Testamento, um livro que suscite tanta questão como esta epístola, 
no que diz respeito a sua autoria. 
Esta epístola tem passado pelos séculos em meio a tempestades. Sua entrada no 
Cânon foi extremamente precária. Na Reforma, foi considerada por Lutero como Escritura 
de Segunda classe, foi rejeitada por Erasmo e olhada com hesitação por Calvino. As 
perguntas críticas que levanta são muito desconcertantes. 
Vejamos algumas objeções sobre esta autoria, porém essas objeções podem ser 
resolvidas de maneira satisfatória; 
 Não podia ter sido escrito o ver. 16 do capítulo 3 durante a vida de Pedro (66-67 
d.C). 
 O capítulo 2 igual a Epístola de Judas. (Não se admite que Pedrofosse um 
plagiador de Judas). 
 O contraste com I Pedro. A linguagem é bem diferente (e isto de modo marcante no 
original) e o pensamento também é muito diferente. O Grego de I Pedro é polido, 
culto de alta sociedade (dos melhores da Bíblia), dignificado. O grego de II Pedro é 
rude, fraco e limitado com frases desajeitadas. 
Obs. II Pedro 1:17-18 A experiência no monte da transfiguração. 
5.2. Data 
Se I Pedro foi escrita durante as perseguições desencadeadas por Nero, e se Pedro foi 
martirizado nela, então esta epístola deve Ter sido escrita pouco antes de sua morte, 
provavelmente, por volta de 67AD. 
5.3. Propósito 
A Segunda epístola de Pedro foi escrita com um propósito bem diferente da primeira. A 
primeira foi delineada para animar e fortalecer os cristãos sob as provações. 
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II Pedro foi escrito para advertir contra a apostasia vindoura, quando líderes na igreja, 
por interesses pecuniários, permitiriam licenciosidade e toda má ação; apostasia em que a 
igreja deixaria de aguardar a vinda do Senhor, e para dar a entender que essa vinda podia 
demorar longo tempo. 
5.4. Conteúdo 
Esta carta contém referências sobre a Exortação na graça e no conhecimento divino, 
as advertências contra os falsos mestres as promessas da vinda do senhor. 
É feita em três divisões, como segue: 
 
A. O Progresso dos Cristãos (1:3-21). Deus é a fonte de todo crescimento espiritual, 
Ele tem feito tudo quanto é necessário implantando a natureza divina mas o cultivo da nova 
vida, assim recebida, deve ser providenciado por quem a recebeu, na dependência do 
Espírito Santo (II Pedro 1:5). 
Cada qualidade é considerada uma espécie da camada em que nutre a qualidade 
seguinte. 
A existência abundante “destas coisas” levam o crente a frutuosa atividade em Cristo, 
porém a ausência destas coisas leva a cegueira espiritual (II Pedro 1:8-9). 
B. Os Falsos Mestres (2:1-22). Em volta deste capítulo tem-se travado a controvérsia 
denominada de Pedro-Judas. A semelhança entre os dois documentos é muitíssimo 
impressionante, especialmente II Pedro 2:2,4,6,11,17 e Judas 4-18. 
Começa este capítulo lembrando Que na história de Israel muitos falsos mestres 
surgiram. Nosso Senhor também advertiu contra falsos mestres. Pedro confirma agora tais 
advertências 
Da parte final deste capítulo colhe-se que esses falsos mestres já haviam aparecido e 
estavam agindo na Igreja. 
C. A Esperança dos Cristãos. O capítulo final da epístola começa referindo o propósito 
que o apóstolo teve em escrever, a saber, " despertar com lembrança a vossa mente 
esclarecida" recordar-lhes o ensino dos profetas e dos apóstolos, especialmente os avisos de 
que nos últimos dias se levantariam homens que ridicularizariam a idéia da Segunda vinda 
do Senhor. Ver. 4 
D. Por que a Segunda vinda do Senhor era ridicularizada? Leiamos II Pedro 3:8-9. A 
esperança do cristão sempre foi a vinda do Senhor e a demora foi motivo de desanimo para 
alguns. 
Esta demora tem sua razão de ser no caráter e no propósito de Deus. Qualquer 
aparente demora deve-se antes interpretar como oriunda de compaixão misericordiosa. 
Sua demora é mais uma oportunidade de salvação, e não é sinal de esquecimento. 
5.5. I JOÃO 
O Evangelho de São João expõe os atos e palavras que provam que Jesus é o Cristo, o 
Filho de Deus; A primeira epístola de São João expõe os atos e palavras obrigatórios àqueles 
que crêem nesta verdade. O Evangelho trata dos fundamentos da fé cristã, a epístola, dos 
fundamentos da vida cristã. O Evangelho foi escrito para dar um fundamento de fé; a 
epístola para dar um fundamento de segurança. 
A epístola é uma carta afetuosa de um pai espiritual a seus filhos na fé, na qual ele os 
exorta a cultivar a piedade prática que produz a união perfeita com Deus, e a evitar a forma 
de religião em que a vida não corresponde à profissão. 
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5.6. Autoria 
Esta epístola foi escrita pelo velho apóstolo João, mais ou menos no ano 90 AD., 
provavelmente de Éfeso. 
Não foi endereçada a uma igreja, em particular, nem a um indivíduo, mas, a todos os 
cristãos. 
As epístolas que trazem o nome de João são anônimas. A primeira não tem dedicatória 
nem assinatura. Há porém, afinidade tão íntimas entre ela e o quarto evangelho, no tocante 
ao estilo e a matéria versada, que a maioria dos eruditos concordam que os quatro escritos 
tiveram um só autor. 
5.7. O Autor 
Pescador, irmão de Tiago e filho de Zebedeu. Mateus 4:21 
Conhecido como apóstolo do amor, um dos discípulos mais íntimos de Jesus. De 
acordo com a antiga tradição, João fez de Jerusalém seu centro de operações, cuidando da 
mãe de Jesus enquanto ela viveu, e, depois da destruição, fixou residência em Éfeso, que, 
no fim da geração apostólica, tornara-se o centro da população cristã, tanto em número 
como pela posição geográfica. Aí viveu e chegou à idade avançada. Seu cuidado especial era 
pelas igreja da Ásia. 
Entre seus discípulos, contavam-se Policarpo, Papias e Inácio, que vieram a ser, 
respectivamente, bispos de Esmirna, Hierápolis e Antioquia. 
Escreveu o Evangelho, três epístolas e o Apocalipse, perto do fim do século. 
Responsável para cuidar de Maria (João 19:27). 
São João não morreu mártir porém fora exilado na Ilha de Pátmos para que ali 
morresse e então O Senhor deu-lhe a visão descrita no livro do Apocalipse. Segundo 
tradição, João foi jogado em um tacho de óleo fervente e mesmo assim o Senhor o preservou 
com vida. 
5.8. Data 
Provavelmente por volta do ano 90 AD em Éfeso, onde João vivia. 
5.9. Propósito 
A epístola foi escrita num tempo em que a falsa doutrina, do tipo gnóstico, havia 
surgido e até levado alguns a se afastar da igreja 2:19 Saíram dentre nós, mas não eram dos 
nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram 
para que se manifestasse que não são dos nossos. 
Sem dúvida, ao escrever esta epístola, João tinha em mente combater o gnosticismo. 
Nota: Gnosticismo (Conhecimento). filosofia falsa que se propagou nos dois primeiros 
séculos do cristianismo. Alguns ensinamentos: 
 A matéria é má, só o espírito é bom porém somente através do saber o espírito do 
homem pode libertar-se desta prisão e ergue-se para Deus. 
 Negava a encarnação de Cristo, porque, sendo Deus bom não lhe era possível 
entrar em uma matéria má. 
 Não aceitava a salvação pelo sacrifício da cruz, se a salvação vinha pelo saber. 
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5.10. Conteúdo 
Não tem saudações ou quaisquer alusões pessoais. Tem mais a natureza de uma 
dissertação sobre a crença e deveres dos crentes, do que a de uma certa igreja. O livro é 
uma carta íntima do Pai aos Seus filhinhos. 
A freqüente repetição da palavra "Amor" e a expressão "filhinho", faz com que a carta 
tenha uma atmosfera de ternura 
A. As Condições para Comunhão com Deus (I João 1:1-10; 2:17). A mensagem desta 
epístola fora proclamada afim de que possam gozar de comunhão com aqueles que 
proclamam. João passa a deduzir da natureza de Deus as condições dessa comunhão. 
Veremos dois obstáculos à comunhão: 
 Alegação de estarmos em comunhão com Ele, enquanto andamos em trevas (I João 
1:6-7). 
 Sustentar que não temos pecado nenhum (I João 1:8) 
O termo pecado significa mais que pecar, e inclui a idéia de responsabilidadepelos 
pecados cometidos, contrariando aqueles que dizem que o pecado é apenas uma fraqueza e 
que é destino do homem e portanto não falta sua. 
Tais pessoas só fazem enganar-se a si mesmas. 
B. O Cristão e o Anti-Cristo (João 2:18-29). O termo Anti-Cristo significa um rival, um 
que é contra o nome e as prerrogativas de Cristo (I João 2:18). Conforme o verso 19, 
observamos que essas pessoas pertenciam a igreja. 
Isto nos adverte que se quisermos ser membros do corpo de Cristo, é necessário que 
sejamos membros da igreja invisível. 
C. Os Filhos de Deus (I João 3:1-24). Filhos de Deus são aqueles que demonstram 
qualidades de caráter iguais as Dele, estes demonstram que nasceram do céu (I João 3:1). 
Somos considerados filhos de Deus pelo próprio Deus não como adotados mas como 
nascidos do Espírito. 
6 - II E III JOÃO 
A Segunda e a Terceira epístolas de São João são os documentos mais curtos do Novo 
Testamento. 
A Segunda epístola é uma carta a um membro particular da igreja, especificamente a 
uma senhora, escrita com propósito de instruí-la quanto à atitude correta para com os 
falsos mestres. Não devia dar-lhe hospitalidade. 
João não ensinava o mau tratamento aos cristãos que doutrinariamente diferem de 
nós ou que se encontram nos laços do erro. Alguns comentadores afirmam ser uma igreja. 
A terceira epístola dá uma idéia de certas condições que existiam numa igreja local no 
tempo de João. 
João tinha enviado um grupo de mestres itinerantes, com cartas de recomendação, a 
diferentes igrejas, uma das quais, era assembléia a que pertenciam Gaio e Diótrefes. 
Esta foi escrita para elogiar Gaio por Ter recebido os obreiros cristãos que dependiam 
inteiramente da hospitalidade dos crentes e para denunciar a falta de hospitalidade de 
Diótrefes. 
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6.1. Autoria 
As epístolas de II e III João, não trazem o nome do seu autor, que se apresenta 
simplesmente debaixo do nome de presbítero, e da a entender que os destinatários dela 
sabem quem ele é. 
No estilo e na matéria que versa muito se assemelham a primeira epístola, de sorte 
que a maioria dos eruditos estão convencidos de que todas as três tiveram um mesmo 
autor. 
6.2. II João - Propósito 
Prevenir uma bondosa senhora a respeito da hospedagem de alguns falsos mestres. 
6.3. Conteúdo 
A. "O Presbítero". O título descrevia, não simplesmente a idade, mas a posição de 
ofício. É evidente que ele era conhecido desse modo. Ele não tinha dúvida de que eles o 
identificariam imediatamente por esse título, que dá testemunho da sua autoridade 
reconhecida 
B. "A Senhora Eleita". Não meio de saber se a palavra Cyria traduzida por senhora, se 
refere a uma pessoa, ou a igreja. Onde os seus filhos seriam os membros da igreja. Se era 
uma pessoa então era muito conhecida e residia próximo a cidade de Éfeso em cuja casa a 
igreja se reunia. 
C. "A Verdade". A palavra favorita de João verdade aparece cinco vezes nesta epístola. 
Esta palavra é usada em três sentidos: 
1. Como base do ensino cristão 
2. Como próprio Cristo 
3. Sinceramente 
Temos, assim um ensino maravilhoso 
Verso 1 - A Verdade: como fonte de Amor, Natureza do Amor, Razão para o Amor 
Verso 2 - A Verdade: Cristo é a Verdade, Em nós, Conosco 
Verso 3 - A Verdade: A graça, A Misericórdia, Paz, Fruto da verdade 
Verso 4 - A Verdade: Como caminho, Como mandamento divino 
6.4. III João - Propósito 
Agradecer ao simpático e generoso Gaio pelos benefícios prestados. 
6.5. Conteúdo 
É uma carta pessoal do Presbítero a seu amigo Gaio, a quem saúda calorosamente e 
com quem se congratula por sua bem conhecida hospitalidade. 
Muitos dos cristãos dedicavam suas vidas na evangelização itinerante, sem salário ou 
recompensa, e dependiam da hospitalidade dos cristãos. 
Analisemos os três personagens mencionados nesta epístola: 
A. Gaio (v. 1). Havia um Gaio em Corinto, I Cor. 1: 14, que, depois de batizado por 
Paulo tornou-se hospedeiro do apóstolo e de toda a igreja. 
Segundo uma tradição de que ele mais tarde veio a ser escriba de João. 
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 Homem de bom testemunho (v. 3). 
 Homem bondoso, cheio de caridade (v. 6). 
 Homem hospitaleiro (v. 10. Comparar com Romanos 16:23). 
 Provável filho na fé de João (v. 4). 
B. Diótrefes (v. 9). Diótrefes era, provavelmente, um dos falsos mestres arrogantes 
referidos em I João. No caráter e na conduta ele era inteiramente diferente de Gaio. 
Diótrefes é visto como alguém que se ama a si próprio mais que os outros, e que recusa a 
acolher os evangelistas em viagem 
 Queria ser o principal (v. 9). 
 Não hospitaleiro (v. 9). 
 Homem de mal testemunho (v. 10). 
 Homem de palavras maliciosas (v. 10). 
 Homem que influenciam os outros (v. 10). 
 Provavelmente escondeu uma carta de João (v. 9). 
C. Demétrio. Nada sabemos ao certo, deste Demétrio, fora o que nos é dito neste único 
versículo. Tem-se feito a conjetura de que João o recomendou desse modo porque foi ele o 
mensageiro da epístola. 
 Homem de bom testemunho (v. 12). 
 Um homem cristão. 
7 - JUDAS 
Há certa semelhança entre a Segunda epístola de Pedro e a de Judas; ambas tratam 
da apostasia na igreja. Pedro descreve a apostasia como futuro e judas, como presente. 
Pedro expõe os falsos mestres como perigosos; Judas descreve-os em extrema depravação e 
na maior desordem. 
7.1. Autoria 
O autor desta epístola descreve-se como "Judas", servo de Jesus Cristo, e irmão de 
Tiago. Sabemos que no Novo Testamento há vários homens com este nome. 
Como identificar o autor desta carta? 
 Judas Iscariotes, o traidor. Mateus 26:14 
 Judas (Tadeu) filho de Tiago. Lucas 6:16. Alguns estudiosos tem atribuído a este 
Judas a autoria da epístola, pois segundo a ARA aparece "irmão de Tiago" Leiamos 
o verso 17. 
 Judas irmão de Jesus. Mateus 13:55. Este tem recebido o apoio da grande maioria 
dos eruditos da Bíblia. 
Não pode haver dúvida quanto a sua autoria. Devemos observar a expressão de Judas 
quando diz "irmão de Tiago". Fica caracterizado de modo suficientemente claro, que havia 
um só Tiago eminente e bem conhecido, o irmão do Senhor. 
7.2. Autor 
Conforme vimos acima Judas era irmão do Senhor, fora disto, nada sabemos a seu 
respeito. Podemos aprender muita coisa de Judas ao escutar o que tem a dizer de si mesmo. 
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 Era homem humilde(se identificava como servo de Cristo) Devemos observar 
Romanos 1:1, I Pedro 1:1 
 Era reconhecido como irmão do Senhor. I cor. 9:5 
7.3. Data 
Devia Ter sido escrita, provavelmente no ano 70 AD, visto que faz referência à profecia 
de II Pedro que por sua vez, não foi escrita antes do ano 66 
7.4. Propósito 
Pelo verso 3 deduz-se que, Judas pretendia escrever um tratado sobre salvação, 
quando, foi constrangido pelo Espírito a mudar o tema. 
Judas então passou a escrever uma defesa veemente do padrão moral da fé cristã. 
Dividiremos o estudo em seis partes: 
1. Guardados por Deus para o Senhor Jesus (vv. 1,2). Foi escrito aos que são: 
Chamados, Amados, Conservados em cristo e Conservados por Cristo. 
2. Guardar a fé (v. 3,4). O Espírito constrange a mudar o tema: salvação 
comum(esta ao alcance de todos). 
3. Guardados para o juízo (v. 5-7). Como solene aviso: deve-se guardar os 
mandamentos. 
4. Nãoguardar a fé (vv. 8-19). Abandonando a Fé, segue-se uma terrível 
deterioração do caráter: Sensualidade, Pensamentos corruptos, 
Incontinentes, Espírito Zombeteiro 
5. Guardados no Amor de Deus (vv. 20-23). O Amor é tudo. Como devemos 
proceder: Edificando, Orando, Conservando, Olhando, Compaixão, Salvando 
Etc.. 
6. Guardados de tropeçar (vv. 24,25). Tropeçar precede cair. Deus nos livra dos 
tropeços. 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento. São Paulo: Editora 
Atos, 2008. 
MARSHALL, I. Howard. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: VIDA NOVA, 
2007.

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