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morfologia útero e colo

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Caroline Zanella ATM 2022/a 
SAÚDE DA MULHER 
• O sistema reprodutor possui origem no mesoderma 
intermediário do embrião, ou seja, o desenvolvimento está 
intimamente ligado com o desenvolvimento do sistema 
urinário. 
• Ele é constituído pelas gônadas, pelos condutos genitais, 
pelas glândulas acessórias e pelos genitais externos. 
• O primórdio útero-vaginal vêm da fusão das partes caudais 
dos ductos paramesonéfricos direito e esquerdo. 
o Desenvolvimento do útero de do terço superior da 
vagina. 
o Podem ocorrer anormalidades de fusão e o 
ocasionamento de diferentes tipos de útero. 
▪ O útero pode ser didelfo, sendo 
caracterizado pela falha de fusão 
completa ou bicorno, que ocorre após 
uma falha de fusão parcial. 
• O desenvolvimento dos 2/3 inferiores da vagina ocorre do contato do primórdio úterovaginal com o seio 
urogenital → disto, forma-se o tubérculo do seio que é induzido pelos bulbos sinovaginais a se fundir e criar a 
placa vaginal. 
o As células centrais da placa vaginal se degeneram e dão origem a luz da vagina. 
o As células periféricas evoluem e formam o epitélio vaginal. 
• Na vida fetal ocorrem mitoses nas ovogônias, aumentando o estoque de folículos primordiais, → as ovogônias, 
então, crescem e tornam-se ovócitos primários, que iniciam sua primeira divisão meiótica → não é completa. 
o A mulher nasce, então, com os ovócitos estagnados na sua primeira divisão meiótica, possuindo um 
estoque para a vida inteira. 
▪ Este fato explica a preocupação com gravidez tardia → não é só a mulher que envelhece, o 
ovócito também envelhece, e junto com ele, toda sua maquinaria de replicação e 
reparação celular, dando uma maior abertura para falhas divisionais e possíveis 
anormalidades. 
• Na vida pós natal não se forma mais ovogônias → existem vários folículos primordiais no córtex ovariano 
(cerca de 2 milhões), que contém o ovócito parado na prófase da primeira divisão meiótica. 
o Muitos desses ovócitos regridem na infância e adolescência, atingindo um número não muito maior 
que 40 mil. 
▪ Destes 40 mil, aproximadamente 400 tornam-se ovócitos secundários e são ovocitados 
durante a fase reprodutiva da mulher. 
▪ Essa ativação ocorre na puberdade. 
Útero e colo uterino 
• Órgão de consistência fibro-elástica, constituído por 
endométrio (epitélio glandular secretor), miométrio 
(camada muscular) e camada seroda. 
• O colo uterino é a parte final do útero, comporto por 
epitélio glandular (interno, contínuo ao endométrio) e 
epitélio escamoso (junção com a parede vaginal). 
• O colo uterino mede cerca de 4 cm de comprimento e 
2,5 cm de diâmetro. 
o O tamanho e a forma varia conforme idade e se mulher já está em menopausa ou já teve partos 
vaginais. 
o A ectocérvice é a porção mais visível do colo. → é recoberta por epitélio escamoso, estratificado e 
ródeo, constituído por várias camadas de células. 
o A endocérvice reside próxima ao orifício cervical externa e a grande parte dela não consegue ser 
visualizada. → é composto por uma única camada de células de epitélio colunar, de coloração 
avermelhada. 
 
Caroline Zanella ATM 2022/a 
2 
o As células intermediárias e a superfície do epitélio 
escamoso contém glicogênio. 
• Teste de Schiller → utilizado para verificar alterações de colo de 
útero. 
o Epitélio escamoso com alta quantidade de glicogênio > 
cora com lugol (iodo) > o teste, então, é negativo, 
porque as células normais, cheias de glicogênio foram responsivas e coraram com o iodo. 
• Teste com ácido acético. > não é realizado em pacientes com mais idade, que já sofreram atrofia das células 
escamosas. 
 
Junção escamo colunar – JEC 
• Ectrópio – epitélio modificado → eversão do epitélio 
colunar sobre a ectocérvice → colo uterino cresce sobre a 
influência de estrógeno, depois da menarca e durante a 
gravidez. 
• Metaplasia escamosa – transformação do epitélio. 
o Substituição fisiológica do epitélio colunar evertido 
na ectocérvice por um epitélio escamoso recém-
formado de células sub-colunares de reserva. 
o A região do colo uterino onde a metaplasia 
escamosa ocorre é denominada zona de transformação. 
▪ A identificação dessa zona é importante para a colposcopia. 
o Local de alta replicação celular que se torna suscetível à infecção por HPV. 
o Ectopia → alteração fisiológica > o colo toma um aspecto menor rosado, mas é algo normal. → 
atenção para necessidade de encaminhar para colposcopia. 
• A localização da jec depende da idade, do estado menstrual e de outros fatores, como gravidez e uso de 
método contraceptivos, como anticoncepcionais orais. 
 
Ectopia 
• Presença de epitélio colunar, incluindo 
glândulas, na ectocervice. 
• Estima-se em 20% a prevalência da 
ectopia em pacientes de ambulatórios, 
podendo chegar a 50% se considerar sua 
associação com a zona de 
transformação. 
• Normalmente é assintomática, mas 
quando extensa, manifesta-se na forma 
de corrimento de aspecto mucosa 
(mucorreia). 
• O epitélio é mais sensível e pode ocorrer 
sangramentos na coleta e, 
principalmente, na relação sexual. 
• Na sua forma atípica, é quando há presença de lesões. 
• Cistos de Naboth → cistos de retenção > possuem vasos > são achados normais e resultam da oclusão de 
criptas endocervicais pelo epitélio escamoso metaplasmo suprajacente. 
• ZONA DE TRANSFORMAÇÃO ATÍPICA (alterações relacionadas a infecções por HPV – Iodo negativo (Schiller +, 
área acetobranca após colocação de ácido acético) 
 
Flora vaginal 
• Na recém nascida, o estímulo de estrogênio materno pode causar leucorreia fisiológica. 
• Após isso, ocorre a deprivação do estrogênio materno e o pH se torna alcalino durante toda a infância. 
o O epitélio vaginal se torna fino e atrófico e não há colonização por lactobacilos. 
• Crianças podem possuir corrimento. 
 
Caroline Zanella ATM 2022/a 
3 
o Infecções por Cândida, por contaminação fecal. 
o Cuidado em meninas que estão em risco de abuso > a hiperemia da vagina pode indicar abuso 
sexual. → presença de clamídia, gonorreia ou tricomonas. 
o Os agentes mais frequentes são a Cândida Albicans, a Shiquella, o Enterobius, o Steptococcus e a 
Gardnerella. 
 
• A composição da flora vaginal não é constante > sofre variações em resposta a fatores exógenos e 
endógenos. 
o Idade, 
o Fases do ciclo menstrual. 
o Gestação. 
o Uso de contraceptivos. 
o Frequência de intercurso sexual. 
o Uso de duchas, 
o Uso de antibióticos 
▪ Todos esses fatores alteram a flora e podem desencadear uma maior reprodução de 
bactérias específicas. 
• Após a menarca, a flora baçteriana normal é composta por lactobacilos, Cândida, gardnerela, e o pH é 
ácido, em torno de 3,0 a 4,2. 
• As volvovaginites ocorrem quando há um desequilíbrio da flora, presença de DSTs ou mudanças sistêmicas, 
como menopausa, gestação.... 
 
Desequilíbrio da flora 
• Vaginose bacteriana → alteração de bactérias 
polimicrobianas e anaeróbias. 
o Ocorre uma redução dos lactobacilos e 
uma proliferação bacteriana enorme. 
o É responsável por aprox. 40% das 
vulvovaginites em mulheres 
o Causada pela gardnerella, mobiluncus... 
o Secreção abundante, esbranquiçada ou 
acizentada, com aspecto bolhoso. 
o Odor desagradável, de peixe podre. 
o Ph menos ácido. → > 4,5. 
o Teste de aminas piora o odor. 
o Não é DST e não precisa tratar o parceiro. 
▪ Embora não seja um DST está associada a multiplicidade de parceiros e uso de duchas 
vaginais. 
o Tratamento→ o principal objetivo é aliviar os sintomas → tto com metronidazol > oral ou em creme 
vaginal. 
▪ Só trata se for assintomática ou gestante. 
• Se não tratar, pode causar parto prematuro▪ Se não houver queixa, não trata. 
▪ Importante lembrar da interação do metronidazol com a varfarina → potencializa o efeito 
anticoagulante. 
▪ Se pcte alérgico a metronidazol → utilizar clindamicina. 
 
 
• Candidíase > albicans é a mais comum. 
o Também faz pt da flora vaginal, mas se exacerba em qualquer estado de 
imunodepressão. 
o É um corrimento em forma de grumos brancos aderido à parede. → SEM 
CHEIRO. 
o Presença de coceira e edema de vulva e/ou vagina e secreção 
esbranquiçada. 
o Ph ácido. → < 4,5. 
 
Caroline Zanella ATM 2022/a 
4 
o Quando o xixi sai, pode haver disúria terminal. > ardência no fim do xixi. 
o No Exame à fresco, identifica-se a presença de pseudo-hifas. 
o Tto → tópico ou via oral → se pcte sintomática ou gestante → fluconazol, cetoconazol, itraconazol ou 
tto tópico com derivados azólicos, como miconazol ou clotrimazol. 
▪ Gestantes não podem fazer tto via oral. 
▪ De repeticao → mais de 4 episódios em um ano → esquema profilático > 1 fluco/ semana 
▪ Não é DST, não precisa tratar parceiro. 
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis. 
• Tricomoníase → causada pelo protozoário trichomonas vaginalis 
o Sintomas → aumento de fluxo vaginal, que se torna abundante e bolhoso, como 
coloração amarelo-esverdeada, prurido vulvar intenso, hiperemia e edema de vulva 
e vagina. 
▪ Disúria, polaciúria e dor supra-púbica → sintomas incomuns. 
o Inflamações > colpite. > aspecto onçóide > cheio de petéquias. → inflamação com 
aspecto framboesa. 
o Hiperemia da vulva. 
o Ph menos ácido → > 4,5. 
o É uma DST, e deve-se tratar o casal. 
o Tto por metronidazol 2g, dose única. 
 
 
 
• Herpes genital → Herpes Simples tipo 2 → o tipo 1 é bucal. 
o Dosagem de IgG e IgM. 
o Dor, prurido e disúria. 
o Leucorreia sem odor 
o Pequenas vesículas e úlceras vulvares. 
o Não tem cura, é um vírus que se aloja na célula > paciente pode ter 
episódios recorrentes. 
o Primoinfeccao → pior episódio → sintomas sistêmicos. 
o Tto → aciclovir via oral. 
o É uma DST → e uso de camisinha não garante prevenção de contato. 
▪ Quando há vesícula/sintoma é quando está na fase transmissível. 
o Os sintomas são mto parecidos com Cândida e tricomonas. 
 
• Outras DSTs → gonococo, clamídia, sífilis, cancro mole, donovanose. 
o Quando infecção de repetição, sempre pedir sorologia → HIV,M VDRL, hepatites.... 
 
 
• Cistos de Bartholin → punção por marsupialização. 
o Ocorre um absesso na glândula de bartholin. 
 
 
• Vaginose citolítico > flora de lactobacilos exacerbada. 
o Corrimento leitoso, foliculite vulvar. 
o Tto> alcalinidade meio vaginal, creme com borato, água com bicarbonato. 
 
• Vaginite atrófica. > hipoestrogenismo > desequilíbrio da flora. 
o Tto: creme vaginal com estriol. 
o Não pode ser utilizado em pcte com lesões na mama ou que fizeram tto p ca.

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