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Termorregulação em Avestruz

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Universidade Federal Rural da Amazônia
Instituto da Saúde e Produção Animal
Curso de Medicina Veterinária
DISCIPLINA: BIOCLIMATOLOGIA E BEM ESTAR EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO
Profª. JAMILE ANDRÉIA RODRIGUES DA SILVA
TERMORREGULAÇÃO NAS DIFERENTES ESPÉCIES DE PRODUÇÃO, AVESTRUZ. REVISÃO DE LITERATURA
20133015 − CARLOS FELIPE DOS SANTOS DE CAMPOS RIBEIRO
20133018 − DANIELA REGINA COSTA E SILVA
20133021 – ELLEN KAROLINE PINHEIRO GOMES
20133026 − FERNANDA MONIK SILVA MARTINS
20133045 − MAGNO SILVA MENDES
20133060 – RENZO BRITO LOBATO
BELÉM − PARÁ
26 DE SETEMBRO DE 2014
Termorregulação nas diferentes espécies de produção, Avestruz. Revisão de Literatura
RIBEIRO¹, Carlos Felipe dos Santos De Campos; SILVA¹, Daniela Regina Costa e
MARTINS¹, Fernanda Monik; MENDES¹, Magno Silva; LOBATO¹, Renzo Brito; SILVA², Jamile Andréa Rodrigues
Discentes do curso Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da Amazônia
Docente do curso Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da Amazônia
RESUMO
A termorregulação permite o controle da temperatura corporal interna com algumas limitações, através de mecanismos anatomorfofisiologicos. E com a expansão no país da estrutiocultura, como é chamada a criação de avestruz, deve-se conhecer a termorregulação nestas aves ratitas já que possuem particularidades que as diferenciam das demais aves.
Palavas-chave: Avestruz, Termorregulação, Estrutiocultura.
ABSTRACT
Thermoregulation allows control of internal body temperature with some limitations, through anatomy and physiology mechanisms. And with the expansion of the farming industry in the country, as it is called the ostrich farming, should know thermoregulation ratitas these birds since they have characteristics that differentiate them from other birds.
Key words: Ostrich, Thermoregulation, Ostrich Farm.
INTRODUÇÃO
O avestruz Struthio camelus é a maior ave viva, podendo medir até 2,7m e pesar cerca de 150 kg. É uma ave ratita, ou seja, incapaz de voar, pois não possui a quilha no osso esterno, a quilha é o local em que os músculos de vôos nas aves são encontrados.
Em sete fósseis de ovos de espécies de avestruz, seis confirmam a habitação destas aves na Europa e na Ásia (SAUER, 1966). Atualmente podemos encontrar o avestruz em diferentes partes do mundo, já que esta ave possui grande adaptabilidade a diversos climas, chegando a situações extremas como verões no deserto e criação na neve. (AVICULTURA INDUSTRIAL, 2000).
Mesmo com uma boa adaptabilidade não significa que o avestruz esteja otimizado já que são animais homeotérmicos, ou seja, conseguem manter a sua temperatura interna constante porque existem mecanismos fisiológicos para produção ou perda de calor, mas afeta seu apetite e reprodução por exemplo.
DESENVOLVIMENTO
O controle da temperatura corporal interna se dá com algumas limitações, por meio de mecanismos metabólicos (MOREIRA, 2012). Uma das particularidades do avestruz para a termorregulação é a sua perda de água já que evapora pouco enquanto na via urinária e fecal a perda é grande. O avestruz acumula urina no urodeo, e a ave só faz micção e defecação se estiver em pé. 
O avestruz sendo privado de água por alguns dias e mantendo a eliminação de urina acarreta na diminuição da alimentação. Avestruzes desidratados reabsorvem grande parte de sua urina, provocando a cristalização do ácido úrico na urina e a tornando escurecida. Os avestruzes vivem em ambientes abertos que permitem uma visão extensa do local. Como vivem em regiões semi-desertas, onde as alterações de temperatura são muito bruscas, podem viver em ambientes sensivelmente diferentes. Isso é possível porque sua pluma funciona como um isolante térmico que facilita a adaptação a qualquer tipo de clima. No entanto, esta ave pode sofrer alterações reprodutivas caso sejam submetidas a climas continuamente frios, úmidos e nublados (SOLEIRO, 2009).
Para regular sua temperatura em climas quentes, o avestruz pode utilizar as áreas que não possuem penas no corpo, e auxiliar abrindo suas asas e as mantendo abanando. Também ocorre a evaporação nos sacos aéreos e traquéia durante a respiração do avestruz. (SCHMIDT & NIELSEN, 1972; MACLEAN, 1996). Para manter a sua temperatura em climas frios ou chuvosos, o avestruz reduz as áreas expostas sentando e cobrindo suas pernas com suas asas.
A estrutiocultura é uma atividade desenvolvida pela humanidade há tempos, iniciou na África do Sul, país detentor do maior plantel de avestruzes do mundo, foi se expandindo para o restante dos países (SALGADO; SALGADO, 1997). No Brasil, a criação é bem desenvolvida, teve início em 1994. A produção comercial é realizada com sucesso nas diversas regiões deste país, já que o animal se adapta muito bem a ambientes de temperaturas altas e baixas (LUCHINI; COSTA, 1998).
Na região amazônica o número de criatórios aumenta a cada ano, alimentando dessa forma, projeções de que em pouco tempo assumirá importância significativa na produção animal (FERREIRA. et al., 2004). Entre os produtos e subprodutos provenientes do Struthio camelus, destacam-se a carne, que é bem apreciada pelos consumidores por ser bem palatável, possui elevado índice de proteínas e alto teor de ferro, pouca gordura e baixo teor de colesterol (TAGUCHI, 2002), possui no Brasil um elevado valor comercial, cerca de R$ 50,00/kg (SANTOS, 2006).
Os ovos, além da incubação para gerar o plantel, possuem valor nutritivo semelhante ao da galinha (TAGUCHI, 2002), o aumento da temperatura interfere no comportamento e reprodução de avestruzes, pois a medida que a temperatura aumenta, também aumenta o índice de postura, porém quando analisado o comportamento animal, notou que os animais diminuíram suas atividades nas horas mais quentes do dia. Tal fato foi acompanhado pela observação do momento de pastagem e alimentação, que tiveram frequências maiores nos fins de tarde (ARAÚJO, 2009).
CONCLUSÃO
A estrutiocultura está se desenvolvendo cada vez, porém a falta de investimento em campanhas de divulgação do produto para que o brasileiro se disponha a consumir esse produto juntamente com o preço elevado da carne avestruz impossibilita a acessibilidade juntamente com não regulamentação Federal do abate desse animal enfraquece o estabelecimento dessa atividade no Brasil. 
Portanto, para que haja um crescimento constante dessa economia e para uma possível exportação dos produtos dessa criação é necessário que se tenha um investimento em mais tecnologias para essa área fazendo com que diminua o preço dos produtos para possibilitar uma maior demanda e investir em campanhas que incentivem o brasileiro a consumir carne de avestruz já que se sabe que o consumo da mesma não faz parte do cardápio e da cultura brasileira pois além do elevado preço da carne no mercado, tem se também o não conhecimento de muitos sobre o valor nutricional do mesmo. Todos esses fatores podem fortalecer a estrutiocultura no mercado.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO. Efeito da temperatura no comportamento e reprodução de avestruzes (Struthio camelus). 2009.
AVICULTURA INDUSTRIAL. Porto Feliz – São Paulo: Editora Gissuli, 2000.
MOREIRA, C. Termorregulação. Disponível em: <http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Termorregulação> Acesso em 10 set 2014.
MACLEAN, G. L. Ecophysiology of Desert Birds. 1996.
SCHMIDT & NIELSEN. Knut. How Animals Work Cambridge: Cambridge University Press. 1972.
SAUER, E.G. Fossil eggshell fragments of a giant struthious bird (Struthio oshanai, sp. nov.) from Etosha Pan, South West Africa. 1966.
FERREIRA, S. F; MAIA, P. H. S; CAMARGO JR, R. N; MARQUES, J. R. F; COSTA, M. R. Similaridade genética em grupos de avestruzes (Struthio camelus) na Amazônia. Revista Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, n. 33, p. 18-22, 2004.
LUCHINI, L; COSTA, M. A hora é do avestruz. A Lavoura, ano 100, n. 624, p. 17-28, 1998
SALGADO, L. F; SALGADO, L. T. Avestruz como alternativa para a avicultura. Preços agrícolas, p. 16-20, 1997.
SANTOS, E. R. Carcterização do processode rigor mortis, da maciez dos músculos Gastrocnemius internus e Fibularis longus e efeito da radiação gama na vida comercial da carne de avestruz (Struthio camelus). Niterói, 2006.
SOLEIRO, C. A. Parasitos gastrintestinais de avestruzes(Struthio camelus) de diferentes idades e sua ocorrência nas épocas seca e chuvosa em um criatório no município de Itaboraí. Itaboraí, 2009.
TAGUCHI, V. Estrutiocultura. Organizando o Mercado. Escala Rural, São Paulo, Ano III, n. 22, p. 42-45. 2002.

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