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Engenho d e cana-de-a çúcar, símbo lo da atividade agrária do período col onial brasileiro Peixe exclusivo da Bacia Amazônica, opirarucu (Arapaima gigas) é característico daságuas calmas das várzeas e dos lagos. •• História – Economia colonialpg. 02 •• História – As expedições quinhentistas pg. 04 •• Geografia – A população amazonense pg. 06 •• Geografia – Teorias sobre o crescimento populacional pg. 08 •• Português – Perscrutando o texto pg. 10 Economia colonial PRÉ-COLONIZAÇÃO Nos primeiros trinta anos do século XVI, o Brasil ocupou um papel secundário no conjunto de prioridades portuguesas. Não se encontraram riquezas aparentes que pudessem concorrer com os enormes lucros provenientes do comércio com o Oriente ou somar-se a eles. A nova terra não possuía também uma popu- lação organizada que pudesse ser subjugada para render tributo pelo simples direito de viver. Assim, o Brasil tornou-se apenas uma rota de passagem, quase obrigatória, para as embarca- ções que praticavam o comércio indiano; aqui, elas realizavam abastecimentos e faziam reparos, quando necessários. A EXPLORAÇAO DO PAU-BRASIL O pau-brasil foi colocado, desde o início da colonização, sob o monopólio do Estado (estanco), e sua exploração foi arrendada, em 1502, a um grupo de comerciantes portugueses liderados pelo cristão-novo Fernando de Noronha por um prazo inicial de três anos. Se os portugueses, entretidos com o comércio oriental, não valorizavam suficientemente o pau- brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmo não se pode dizer de mercadores de outros países, sobretudo da França. Desde 1504, há noticias de comerciantes franceses traficando essa madeira diretamente com o indígena brasileiro. Os lucros eram grandes, uma vez que nada se pagava à Coroa portuguesa que, para combater o contrabando, armou duas expedições comandadas por Cristóvão Jacques: a primeira em 1516; a segunda em 1526. Tanto os franceses quanto os portugueses utilizaram a mão-de-obra indígena nos trabalhos de exploração dos recursos naturais, sobretudo do pau-brasil. Os selvagens, em troca de quinquilharias (produtos de baixo custo para os europeus), cortavam, serravam e carregavam o pau-brasil, transportando-o, nos ombros nus (às vezes de duas ou três léguas de distância), por montes e sítios escabrosos até a costa. Essa relação com os indígenas denomina-se escambo. A COLONIZAÇAO BRASILEIRA A partir de 1530, surgiu um verdadeiro dilema para a Coroa portuguesa: ocupar definitivamente as terras brasileiras ou correr o risco de perdê- las para os franceses. O primeiro passo, no sentido de ocupá-las, foi o envio da expedição de Martim Afonso de Souza, que deixou Lisboa em 3 de dezembro de 1531, com a incumbência primordial de varrer os franceses da “costa do pau-brasil” e desenvolver, ao máximo, a exploração da nova terra, preparando-a para empreendimentos futuros que garantissem o seu domínio aos portugueses. A expedição aportou, em janeiro de 1532, em São Vicente, onde Martim Afonso instalou o que seria a primeira vila do Brasil. Esse primeiro núcleo oficial foi instalado no litoral sul, local de fácil acesso ao Prata, o que demonstrava o interesse mercantilista pelo domínio dessa região. As informações enviadas à Metrópole relatavam a ausência de metais preciosos e a existência de um solo com grande potencial para investimentos agrícolas. Valorizando tais informações, o Estado português tomou a iniciativa de inaugurar uma nova estratégia colonial: o desenvolvimento da agricultura voltada para a exportação, possibilitando a ocupação, o povoamento e a valorização econômica dessas terras. Isso é o que se denomina colonização. A ECONOMIA AÇUCAREIRA (séc. XVI-XVII) Durante os séculos XVI e XVII, a colonização brasileira esteve ligada ao cultivo da cana e ao preparo do açúcar. Para a montagem da custosa agroindústria açucareira – o engenho –, recorreu-se, inicialmente, aos recursos particulares, por meio de concessões das sesmarias. As sesmarias foram distribuídas não só a portugueses, como também a estrangeiros, desde que professassem a fé católica. Mas presume-se que muitas vezes se recorreu ao capital externo, sobretudo flamengo (holandês), que já se encontrava amplamente envolvido nos negócios do açúcar na Europa. Os portugueses eram os mais experientes na produção do açúcar, desde o século XV introduzida nas Ilhas do Atlântico, enquanto a comercialização era feita pelos flamengos (holandeses). A grande propriedade era monocultora e voltada para o mercado externo, utilizando mão-de-obra escrava, no início com os índios e posteriormente os negros africanos. A sociedade açucareira organizou-se como reflexo da economia agrária, escravista. No engenho, havia uns poucos trabalhadores assalariados – o feitor, o mestre de açúcar e mesmo o capelão ou padre – que se sujeitavam ao poder e à influência do grande proprietário. Os escravos viviam nas senzalas, habitações de um único compartimento, na maior promiscui- dade; eram responsáveis por todos os trabalhos nos canaviais, nas oficinas e na casa-grande. Qualquer reação contra o sistema de escravidão era reprimida violentamente. Os negros, entretanto, não permaneceram de braços cruzados diante dessa realidade opressiva. Enquanto existiu escravidão, ocorreu também reação. O símbolo da resistência foi a formação dos quilombos, aldeamentos de negros fugitivos. Eles surgiram por toda parte onde imperou a escravidão: Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O mais conhecido foi, sem dúvida, o Quilombo dos Palmares – que se situou no que hoje é o Estado de Alagoas –, cuja resistência durou cerca de 65 anos. Seus mocambos – pequenos casebres cobertos com folhas de palmeiras – chegaram a se estender por 27 mil km². Assim, Palmares constituía-se em constante chamamento, um estímulo, uma bandeira para os negros escravos das vizinhanças que o viam como um constante apelo à rebelião, à fuga para o mato, à luta pela liberdade. A destruição de Palmares ocorreu em 1695, e coube à expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. 2 Quando surgiu, a linguagem típica dos jovens na internet – em que novidade vira “9dade”, não é “naum” e beleza é “blz” – parecia estar restrita aos chats, blogs e ICQs. O uso do “internetês”, no entanto, já influencia a escrita de adolescentes em sala de aula e preocupa educadores. O uso dessa linguagem, que caracteriza um desrespeito à normas culta, não é uma invenção brasileira. Ela é fruto da primeira geração de jovens que foi alfabetizada ao mesmo tempo em que aprendia a se comunicar pela Internet. A necessidade de conversar usando o teclado do computador de forma ágil fez que, rapidamente, o “internetês” se alastrasse por quase todos os grupos de adolescentes com acesso à Internet. Para “reagir” à entrada do internetês na sala de aula, alguns estabelecimentos de ensino têm adotado soluções criativas. Em São Paulo, numa escola particular, o problema foi identificado quando a escola pediu que seus alunos escrevessem cartas para estimular o diálogo com os estudantes de uma escola pública vizinha. A partir desse problema, o colégio sugeriu que os professores trabalhassem essa questão em sala de aula. No Rio, uma professora pede freqüentemente que seus alunos construam textos na linguagem da Internet e depois os traduzam para a norma culta. Junto com a polêmica, este dialeto popularizou-se e chegou à tevê. Em 2005, uma rede de televisão por assinatura estreou uma sessão com filmes legendados em “internetês”. No site da programação, um dicionário com as expressões que aparecem nas legendas dos filmes. Para o professor de português João Batista Gomes, coordenador de professores do Aprovar, trata-se de um vício que prejudica a construção do texto dissertativo. O problema,avalia, é que, nos jovens, a linguagem que predomina é a coloquial, que, no caso, sofre forte influência do meio. Então, corre-se o risco de esse vício tornar-se linguagem única para essa faixa de idade. Isso pode ser extremamente prejudicial na construção de textos como em redações para concursos, provas e entrevistas para emprego. Isso não se verificaria, por exemplo, em pessoas que já têm estabelecidos os dois níveis de linguagem: a formal e a coloquial. São pessoas que até podem utilizar esse tipo de linguagem ao usar a Internet, mas que jamais o fariam na elaboração de um texto escrito, por exemplo. A nova sessão atraiu a ira de telespectadores que não aprovaram a nova linguagem. Para muitos, é uma receita para desaprender a língua portuguesa. Veja alguns exemplos: aki – aqui, bjs – beijos, blz – beleza, c – se, cmg – comigo, c/ – com, d – de, eh – é, fzr – fazer, hj – hoje, hr – hora, i – ir, kerer – querer, kra – cara, ksa – casa, maluko – maluco, msmo – mesmo, mto – muito, 9dades – novidades, nd – nada, ñ ou naum – não, nu – no, ond – onde, pq - por que, p/ – para, pekeno – pequeno, q – que, qdo – quando, s – sim, tah – está, tbm – também, tc – teclar, Vc – você, xamar – Internet: linguagem ou dialeto? História Professor DILTON Lima Zumbi, grande chefe de Palmares, conseguiu fugir com algumas dezenas de homens, mas no dia 20 de novembro de 1695, foi aprisionado e decapitado. Sua cabeça foi colocada num poste em praça pública, para servir de exemplo aos que o consideravam imortal. A data da morte de Zumbi ficou registrada nos anais da História como o “Dia da Consciência Negra”, para que se possa sempre lembrar que os negros até hoje lutam contra a marginalização e a discriminação de que são vítimas. MINERAÇAO (séc. XVIII) As notícias sobre os primeiros achados auríferos dos paulistas, provavelmente realizados entre 1693-1695, rapidamente se espalharam por toda a Colônia. Esse verdadeiro rush, até então nunca visto, foi apreendido por Antonil que, por volta de 1710, escreveu: “A sede insaciável do ouro estimulou a tantos deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do número das pessoas que atualmente lá estão”. A ambição pelo ouro atingiu também a população do reino. Calcula-se, em média, a entrada de três a quatro mil pessoas por ano, durante o tempo da corrida do ouro. Com a descoberta de zonas auríferas nas Minas Gerais, a Coroa Portuguesa criou uma intendência em cada local onde se descobrisse ouro. Ela seria dirigida por um funcionário nomeado pelo Estado e diretamente vinculado a ele. O descobridor de cada novo veio aurífero deveria comunicar ao intendente, o mais rápido possível, o seu achado. Sobre a riqueza aurífera, a Coroa Portuguesa exigia a cobrança de tributos. Ficou decidido que a quinta parte do ouro extraído pertencia ao Estado. Esse imposto ficou conhecido como “quinto”. Em 1730, ocorreu uma redução para 12%, mas o Estado exigia um imposto dos mineradores sobre os escravos que eles possuíam. Esse imposto ficou conhecido como “capitação”. Em 1750, a capitação foi extinta, e retomaram-se os 20% do quinto, mas a Coroa Portuguesa fixou uma meta de 100 arrobas anuais a ser arrecadada. Caso a região mineira não alcançasse essa quantia, o governo executaria a “derrama”, ou seja, a cobrança dos impostos atrasados. Essa atitude do governo português representava um verdadeiro confisco e ainda era realizada com violência. Este novo ciclo econômico trouxe uma medida política. Em 1763, ocorreu a mudança da capital da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro, mostrando a preocupação do Estado em colocar a sede do governo mais próximo da região mineira, a fim de controlar a saída do ouro, evitando o contrabando. O período da mineração foi marcado por um notável desenvolvimento artístico na escultura. Em Minas Gerais, ganhou enorme expressão o movimento barroco, cujo maior destaque foi Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”. OUTRAS ATIVIDADES DO PERIODO COLONIAL PECUÁRIA – Atividade complementar da economia açucareira. Essa atividade era praticada nos próprios engenhos de cana-de- açúcar, onde se empregava a força dos animais para fazer funcionar as moendas e para transportar o açúcar até os portos de embarque; podemos dizer que o gado foi a força motriz dos engenhos. A carne de gado, depois de secada ao sol, destinava-se à alimentação nos engenhos. Diferentemente do ocorrido na atividade açucareira, na pecuária utilizou-se mão-de-obra livre e índios. CACHAÇA, TABACO e FUMO – Eram produtos utilizados para fazer comércio na África, na troca por negros. ALGODÃO – Era produto destinado à exportação para ser usado como matéria-prima da indústria têxtil inglesa. O que ocorria na Amazônia? A foz do rio Amazonas era uma região onde se praticava intenso contrabando. Ingleses, franceses, holandeses e irlandeses possuíam interesses nos produtos típicos da região, como ervas aromáticas, plantas medicinais, cacau, baunilha, cravo, canela, anil, raízes aromáticas, madeiras, salsaparrilha, tinta de urucum, óleo de copaíba e outros. Esses produtos recebiam o nome de drogas do sertão e eram considerados especiarias na Europa, alcançando excelentes preços nesse período. Os colonizadores, controladores da mão-de- obra indígena, os colonos e os jesuítas organizavam expedições para coletar tais produtos de grande valor comercial na Europa. Dezenas de canoas, impulsionadas a remo por centenas de índios, dirigiam-se todos os anos até as florestas para coletar as drogas. O povoamento da Amazônia ocorre durante os séculos XVII e XVIII, quando os portugueses deslocam-se para certas regiões com a finalidade de afastar os concorrentes ingleses, holandeses e franceses que se apoderavam das “drogas do sertão”. Deste povoamento de defesa surgiram Belém do Pará, Macapá, no extremo norte, e Manaus, na confluência dos rios Negro e Amazonas. São núcleos fortificados, aos quais se vão reunindo aldeamentos indígenas e colonos que tentam por em prática as diretrizes do governo de Lisboa, que visava passar da coleta ao cultivo das drogas do sertão, e apossar-se, assim, efetivamente dessa área. Exercício 01. (FGV) No período colonial, a renda das exportações do açúcar: a) raramente ocupou lugar de destaque na pauta das exportações, pelo menos até a chegada da família real ao Brasil; b) ocupou posição de importância mediana, ao lado do fumo, na pauta das exportações brasileiras, de acordo com os registros comerciais; c) mesmo no auge da exportação do ouro, sempre ocupou o primeiro lugar, continuando a ser o produto mais importante; d) ocupou posição relevante apenas durante dois decênios, ao lado de outros produtos, tais como a borracha, o mate e alguns derivados da pecuária; e) nunca ocupou o primeiro lugar, sendo que mesmo no auge da mineração, o açúcar foi um produto de importância apenas relativa. 3 Desafio Histórico 01. (APROVAR) A exploração do pau- brasil: a) era monopólio real; b) estava baseado no trabalho compulsório dos indígenas; c) marcou o início da colonização brasileira; d) utilizava a prática do escambo por meio do trabalho livre com os índios; e) implicava a utilização da mão-de-obra escrava no corte e transporte da madeira. 02. (FGV) Quais as características dominantes da economia colonial brasileira: a) propriedade latifundiária, trabalho indígena assalariado e produção de monocultura; b) produção diversificada, exportação de matérias-primas e trabalho servil; c) monopólio comercial, latifúndio e trabalho escravo; d) monocultura de exportação, minifúndio e trabalho servil; e) propriedade minifundiária, colônias agrícolas e trabalho escravo. 03. (MACKENZIE) “A árvore de pau- brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belasflores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros (...)” Eduardo Bueno, Náufragos, Degredados e Traficantes. Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre essa riqueza nesse período da História do Brasil podemos afirmar. a) O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira. b) Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra. c) Explorado com mão-de-obra indígena, por meio do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira. d) O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial. e) Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil. As expedições quinhentistas A Amazônia pertencia à Espanha desde o Tratado de Tordesilhas de 1494. A porção oriental, da região de Belém pertencia a Portugal. Em janeiro de 1500, Vicente Yañes Pinzon chegou, pelo Atlântico, a Belém e batizou o rio de Santa Maria de la Mar Dulce. Em 1538, Alonso de Mercadillo tentou navegar o rio Amazonas. Partiu de Huánuco do Peru, mas não conseguiu atingir seus objetivos, chegou apenas até o rio Marañon. I. A Expedição de Gonzalo Pizarro e de Francisco de Orellana (1541–1542) a) As causas – Buscavam o El Dorado e o País da Canela. b) A Odisséia – A Expedição partiu de Quito, no Equador, sob o domínio de Gonzalo Pizarro, e chegou até o rio Napo. A falta de mantimentos propiciou a mudança no comando da expedi- ção. Orellana assumiu-o. O relator da expedi- ção foi frei Gaspar de Carvajal. A expedição navegou o Alto Amazonas onde encontrou várias províncias indígenas Cambebas, Iurimá- guas, Aisuari. No encontro das águas, batizou o rio Negro. Um pouco mais abaixo, entrou em contato com os temidos manáos; no Baixo Amazonas, o padre relatou a presença das lendárias amazonas. Fig. 01. Mapa da expedição de Orellana, 1541–42. II. A Expedição de Pedro de Ursua e Lopo de Aguirre (1560–1561) a) As Causas – encontrar as províncias das esme- raldas, o País de Rupa-Rupa e o El Dorado b)A Jornada – Partiu de Iquito (Peru) sob o comando de Pedro de Ursua, em 1560, com 370 soldados, muita bebida e mulheres. Os relatores da Expedição foram Francisco Vazques, capitão Altamirano, Pedraria de Almesto, Gonzalo de Monguia e Gonzalo de Zuñiga. Essa expedição confirmou o relato deixado por Frei Gaspar de Carvajal. A expedição foi marcada por conflitos políticos, assassinatos e doenças como a malária, que matou vários membros da expedição. III. União Ibérica (1580–1640) Em 1580, instalou-se uma crise sucssória em Portugal. Em 1578, o rei Dom Sebastião I morrera na batalha de Acácer-Quibir contra os mouros, no norte da África, não deixndo herdeiros. Assumira o trono português, como regente, o cardeal Dom Henrique, seu tio-avô, que morreu em 1580. Extinguia-se com ele a dinastia de Aviz. O trono foi anexado por Filipe II, rei da Espanha (1556–1598), que recebeu o titulo de Filipe I de Portugal. Para assegurar os domínios e a administração da colônia portuguesa na mãos dos portugueses, Filipe II assinou o Juramento de Tomar (1581). a) Os portugueses na Amazônia – Os franceses, os ingleses e os holandeses haviam-se instalado na Amazônia no início do século XVII, com a finalidade de explorá-la economicamente. As tropas de Alexandre de Moura, português, expulsou os franceses do Maranhão. Francisco Caldeira Castelo Branco fundou, em 1616, o forte do Presépio de Belém, com o objetivo de manter a possessão setentrional para Portugal. Durante esse período, a Amazônia representava um quartel- general com interesse geopolítico. b)A expedição de Pedro Teixeira (1637–1639) – A finalidade era conquistar o oeste amazônico para Portugal. Os relatores da expedição foram Alonso de Rojas e Cristóbal de Acuña. A expedição partiu de Cametá, em julho, sob o comando de Pedro Teixeira e chegou a Quito, no Equador, depois de 12 meses. IV. Administração colonial a) O Estado do Maranhão foi criado por Filipe III, da Espanha, em 1621, com capital em São Luís e ligado diretamente a Lisboa. Incluía varias regiões: o Ceará, o Maranhão, o Grão- Pará, o Gurupá, e as Capitanias de Caeté, de Cametá, de Tapuitapera, de Marajó, do Cabo do Norte e do Xingu. Em 1652, o Estado do Maranhão foi extinto e reconstituído em 1654, com a denominação de Estado do Marnhão e Grão-Pará. b) O Estado do Grão Pará e Maranhão, criado em 1651, foi desmembrado em 1672, em dois: Maranhão e Rio Negro e Maranhão e Piauí. Essa unidade administrativa foi extinta em 1823, quando D. Pedro I anexou a Amazônia ao Brasil. V. A colonização da Amazônia a) O Sistema de Capitães de Aldeia (1611) foi a primeira lei que regulamentava a exploração econômica da Amazônia, principalmente o recrutamento da mão-de-obra indígena. O Capitão de Aldeia era responsável por escoltar os descimentos, controlar o recrutamento e distribuir a mão-de-obra indígena entre os colonos e retirar os vinte por cento da coroa. Havia três formas de recrutamento: Descimentos – Os índios eram considerados livres e levados para um aldeamento missio- nário para serem catequizados e utilizados como mão-de-obra assalariada. Guerras Justas – Eram feitas contra os índios que se recusassem a descer livremente ou atacassem os portugueses. Os índios recrutados pelas Guerras Justas eram escravizados. Resgates – As tropas de resgates ocorriam com o objetivo de estabelecer trocas de produtos portugueses, com as tribos aliadas, por índios capturados em guerras intertribais. Os conflitos entre colonos e missionários eram constantes; o Pe. Antônio Vieira defendia que o controle da mão-de-obra indígena deveria estar nas mãos das missões. Em 1655, as missões receberam a primeira concessão, que vigorou até 1661. Em 1662, devido aos conflitos com os colonos, os missionários foram expulsos da Amazônia. 4 Desafio Histórico História Professor Francisco MELO de Souza 01. (UFAM) Frei Gaspar de Carvajal, primei- ro cronista da Amazônia (1542), em várias passagens de seu relato, indica algumas cifras populacionais. Fala, por exemplo, que “em uma só aldeia encontrou comida para alimentar mil homens durante um ano”; escreveu também que viu “grandíssimas povoa- ções que reúnem 50 mil homens”. Vinte anos mais tarde, outros cronistas confirmaram, de certa forma, as afirmações de Carvajal. Esses cronistas são: a) Francisco Vasquez e Capitão Altamirano. b) Os irmãos leigos Brieva e Toledo. c) Cristóbal de Acuña e Alonso de Rojas. d) Pedraria de Almesto e Maurício de Heriarte. e) Jiménez de la Espanha e Laureano de Ia Cruz. Caiu no vestibular (UEA–2006) “A distância enorme entre o Amazonas e os principais centros de povoamento portugueses explica-nos, de certa forma, o abandono a que se viu relegada a região, durante toda a primeira centúria após a descoberta.” (Mendes Jr., Roncari, Maranhão) Assinale a afirmativa errada a respeito da conquista da Amazônia no período colonial brasileiro. a) Além de portugueses, também irlande- ses, ingleses, espanhóis e holandeses interessavam-se pela região, uns estabe- lecendo feitorias, outros tentando o plantio de urucum. b) Na busca de escravos, presadores portu- gueses pagavam com bebida alcoólica e mesmo com armas a grupos aliados para ajudar a capturar outros índios. c) As apologias que se fazem aos bandeiran- tes e desbravadores nem sempre levam em consideração a brutalidade com que escravizavam e assassinavam populações indígenas. d) As ordens religiosas estabelecidas no Vale Amazônico,fossem de jesuítas, capuchinhos, mercedários, beneditinos e mesmo franciscanos serviram-se de catequese explorando o trabalho indígena na coleta das drogas do sertão. e) Dentre todos os colonizadores, somente os jesuítas não se serviram de nenhuma forma de trabalho indígena, praticando exclusivamente a catequese. Comentário: Havia dois tipos de colonos na Amazônia durante o período colonial, os leigos e os missionários. Portanto todos os colonos, leigos e missionários, utilizavam-se da mão-de- obra indígena. Nesse sentido, a alternativa e é a errada. Fig. 02. Francisco Requenta y Herrera. Missão Jesuíta espanhola de san Joaquim de Omáguas, no alto amazonas peruano. A Revolta de Beckman – Ocorreu após a coroa dar a segunda concessão administrativa, em 1680, aos missionários. A proposta dos missionários jesuítas era substituir a mão-de- obra indígena pela negra. Para introduzir negros na Amazônia e promover essa substi- tuição, foi criada a Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará. Os negros que chegaram à Amazônia via Companhia de Comércio não eram suficientes e muito oneroso para atender às necessidades dos colonos. Por outro lado, os recrutamentos continuaram sendo feitos, mas os missionários monopoli- zavam a mão-de-obra adquirida. Os fazendei- ros do Maranhão, sob a liderança de Manuel Beckman, expulsaram os jesuítas da Amazônia. Fig.03. A presença de negros na Amazônia durante a revolta de Beckman. b)O regimento das Missões (1686). A segunda lei de regulamentação da colonização da Amazônia, criada pela coroa portuguesa, garantiu o controle absoluto das aldeias aos missionários. Cabia aos missionários o controle do recrutamento e a distribuição da mão-de-obra indígena, a cobrança de impostos e o repasse para a coroa bem como a determinação da justiça. Fig. 04. O Pe. Antônio Vieira. O Alvará Régio, de 1688, autorizava a escravização dos índios resgatados. c) Os tratados de fronteiras na Amazônia 1. Tratado de Tordesilhas (Espanha e Portugal) foi desrespeitado no período da União Ibérica pelos movimentos bandeirantes. 2. Ocorreram dois tratados de fronteiras com a França, 1713 e 1715, chamados de Tratados de Utrcht. 3. O tratado de Madri (1750), foi firmado entre Portugal e Espanha para estabelecer as área pertencentes a essas nações na Amazônia. O ponto de partida dos funcionários das duas coroas para elaborar as áreas de fronteiras foi Mariuá. Mariuá foi urbanizada como conseqüência dessa ação demarcadora no governo de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, no período pombalino. As demarcações dos limites territoriais fracassaram; foram anuladas pelo Tratado de El Pardo, em 1761. 4. Tratado de Santo Ildefonso (1777) – Tinha por finalidade reeditar as fronteiras delimitas pelo Tratado de Madri (1750). d)A Viagem Filosófica do Rio Negro (1783– 1792) – A expedição científica de Alexandre Rodrigues Ferreira chegou a Belém em 1.° de setembro de 1783. Depois, a expedição partiu para a Ilha de Marajó, em setembro de 1784 e de lá partiu para a Capitania de São José do Rio Negro, onde permaneceu por dois anos. Nesse período, explorou cientificamente o Uapés, o Içana, o Araçá, o Demi, O Ixié, o Cauaburis e o rio Branco. A expedição também subiu o rio Madeira e explorou o Guaporé até o Mato Grosso. Em fins de 1792, regressou a Belém, depois rumou para Lisboa. A obra elaborada nessa expedição reúne dados sobre geografia, história, botânica, zoologia, etnografia e geologia. Em 1997, pela primeira vez uma parte do acervo etnográfico coletado por Alexandre Rodrigues Ferreira, durante sua viagem Filosófica, foi mostrada aos brasileiros por meio da exposição Memórias da Amazônia: expressões de identidade e afirmação étnica, realizada em Manaus, a partir de um convênio assinado entre a Universidade Federal do Amazonas, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra. e)O diretório Pombalino (1750-1777) – Com a ascensão de D. José I ao trono de Portugal, Sebastião José de Carvalho e Melo, o futro Marquês de Pombal, foi nomeado ministro das relações exteriores de Portugal e administrador das colônias portuguesas. As Principais medidas pombalinas para a Amazônia foram: autorização do casamento entre brancos e índios; extinção do Regimento das Missões e expulsão dos jesuítas da Amazônia; garantiu direito a cidadania aos indígenas e; propiciou mudanças administrativas – dividiu a Província em duas Capitanias; criou a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão; transformou os aldeamentos em Lugar, Vila e Cidade e nomeou o irmão Francisco Xavier de Mendonça Furtado como governador da Amazônia. Fig. 05. Marquês de Pombal. 5 Desafio Histórico 01. (UTAM) Durante a famosa expedição de Pedro Teixeira (1637–1639), o frei Cristóbal de Acuña produziu um dos mais completos relatórios sobre a Amazônia do período colonial: “O Novo Descobrimento do rio Amazonas”. Qual das alternativas abaixo melhor • corresponde à situação política da Amazônia na época dessa viagem: a) Passa a ser objeto de cobiça de outras nações européias devido à imediata publicação, pela Coroa portuguesa, da crônica da Expedição de Pedro Teixeira. b) Torna-se, de direito, um domínio da Coroa portuguesa, com a tomada de posse por Pedro Teixeira. c) Era parte integrante do Estado do Maranhão, criado em 1621, pelo Governo- Geral da União Ibérica (1580–1640). d) Estava subordinada ao Governo Geral do Brasil, mas administrada diretamente por Lisboa. e) Sofria intervenções simultâneas dos monarcas ibéricos D. João IV, de Portugal e Filipe II, da Espanha. 02. (UEA–2006) A disputa pelo controle da Amazônia envolveu interesses econômi- cos, estratégicos, preconceitos, inclusive de espanhóis e portugueses que supunham, desde o século XVI, ter direito à soberania sobre a região. A respeito do processo de conquista e ocupação européia da Amazônia, assinale a alternativa incorreta a) A crença nas amazonas, as mulheres guerreiras, difundida desde o século XVI, diz respeito à transposição de referências de Homero à Guerra de Tróia, e não as características de organização social dos indígenas amazônicos. b) A lenda do Eldorado associa-se na perspectiva mentalista européia e parecia confirmar-se em algumas conquistas, como a do México e a do Peru. c) Os suportes econômicos portugueses na Região Amazônica foram as tentativas de introdução de culturas orientais para exportação, de extração de drogas do sertão e a captura de indígena para escravizar. d) No século XVII, diversas missões religiosas instaladas no Vale Amazônico praticaram a catequese e exploraram o trabalho indígena na coleta de essências aromáticas, corantes medicinais e alimentos. e) Além de busca de compravação das fantasias de Sir Walter Raleigh sobre o Eldorado e as amazonas, a exploração da selva tinha conotação apenas política, desprezando os aspectos econômicos. A população amazonense Até a década de 1970, o ritmo de crescimento populacional da Região Norte era muito pequeno. Devido à sua grande extensão, à falta de meios de comunicação e ao pequeno desenvolvimento economeio, a Região não atraía migrantes, permanecendo pouco populosa. A partir de então, o quadro começou a se mo- dificar, em razão de vários fatores: descoberta de minérios, instalação de garimpos, derrubada de grandes extensões da floresta para o estabeleci- mento de projetos agropecuários e construção de estradas de rodagem. Foram importantes também os incentivos governamentais para o povoamento e a colonização. Observe, no gráfico, o crescimento populacional da Região Norte nas últimas décadas. Região Norte: Crescimento da população* Fonte: IBGE. Censo demográfico 2000 (Sinopse preliminar). * Em 1990 não houve recenseamento. O Norte tem 12.900.704habitantes. Como a extensão territorial da Região é grande, a densi- dade demográfica é de apenas 3,4 habitantes por quilômetro quadrado, a mais baixa do Brasil. A população está distribuída de forma muito irregular pelo espaço regional. Algumas poucas áreas em Roraima, em Rondônia, no Amapá, no Pará, em Tocantins e no Acre apresentam densi- dades demográficas superiores a 25 habitantes por quilômetro quadrado; somente as áreas onde estão situadas as cidades de Belém e Manaus ultrapassam os 100 habitantes por quilômetro quadrado. As cidades e os povoados concentram-se às margens dos rios, mantendo as características iniciais da ocupação do espaço. Somente duas cidades da Região Norte apre- sentam população superior a um milhão de habitantes. Uma delas é Belém, uma das metrópoles regionais brasileiras; a outra é Manaus, que deve grande parte de seu recente crescimento demográfico à Zona Franca aí instalada. Ao estudar a geografia da Região Norte, uma das maiores transformações observadas, é o rápido processo de urbanização ocorrido nos últimos anos. Até os anos 1970, a maior parte da população morava na zona rural. A partir de então, a situação inverteu-se. No entanto isso não acontece em todos os estados da Região. Algumas áreas são bastante urbanizadas, enquanto em outras a maioria da população vive na zona rural. Um espaço de conflitos. A construção de grandes rodovias, os projetos de mineração e a expansão da agropecuária na Região Norte têm sido realizados à custa de muitas lutas, perseguições e mortes de brancos e de indígenas. O número de sem-terra na Região é grande e tem aumentado ainda mais nos últimos anos. São seringueiros, castanheiros, lavradores, peões de fazendas de pecuária e migrantes de outras regiões brasileiras que se instalam em áreas desocupadas, aparentemente sem dono, para morar e produzir. Essa ocupação gera uma série de conflitos, como se verifica no sul e no sudeste do Pará. Esses conflitos ocorrem principalmente nas áreas em que há um grande avanço da pecuária e da mineração, que não deixam espaço para pequenas propriedades. Também os indígenas da região sofrem com a expansão agropastoril e mineradora. Embora o Brasil tenha terras indígenas delimitadas nas chamadas reservas, que são protegidas por lei, essas terras muitas vezes são invadidas. Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o que aconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantes de Roraima. Na década de 1980, a reserva dessa tribo foi invadida por dezenas de milhares de garimpeiros. Desde então, a população Yanomami sofreu um verdadeiro processo de extermínio, vítima da destruição de seu ambiente e de doenças transmitidas pelos invasores. Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o que aconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantes de Roraima. Na década de 1980, a reserva dessa tribo foi invadida por dezenas de milhares de garimpeiro. Desde então, a população Yanomami sofreu um verdadeiro processo de extermínio, vítima da destruição de seu ambiente e de doenças transmitidas pelos invasores. Como vimos, o Norte constitui a última fronteira de expansão econômica do País, e por isso ainda se verificam aí muitos conflitos. Nos últimos anos, porém, têm-se ampliado na Região os meca- nismos de organização de diversas categorias sociais, como seringueiros, produtores rurais e indígenas. Isso sem contar a formação de grupos ambientalistas e de defesa dos direitos humanos. É preciso reconhecer que essas iniciativas têm sido respostas à forte intervenção do Estado, que marcou e ainda marca a organização desse espaço regional. O povoamento Durante mais de cem anos após a chegada dos portugueses ao Brasil, a Amazônia só era conhe- cido por expedições que para lá se dirigiam para aprisionar índios ou em busca das drogas do sertão (cacau, canela, baunilha, madeiras aromáticas), que eram vendidas à Europa e rendiam algum dinheiro aos exploradores. A ocupação e o povoamento da Amazônia tive- ram início no século XVII, quando o governo português resolveu instalar, junto à foz do rio Amazonas, uma fortificação que deu origem à cidade de Belém. Um pouco mais tarde, foi funda do o núcleo que originou a cidade de Bragança. No século seguinte ocorreram dois tipos de ação povoadora: as missões religiosas, que tinham o objetivo de catequizar os índios, e as expedições militares, organizadas para defender o território. 6 Geografia do Brasil Professor Paulo BRITO 01. Associando-se as tabelas, está correto afirmar que: a) o segundo maior colégio eleitoral brasileiro está mais suscetível à práticas clientelistas devido à baixa escolaridade da população. b) os analfabetos funcionais não são suscetíveis ao populismo, na Região Sul, porque essa região recebeu imigrantes europeus: c) o menor colégio eleitoral do Brasil é menos suscetível à corrupção porque a população, cuja escolaridade é mais elevada, controla mais facilmente os políticos. d) o maior colégio eleitoral do país está livre do voto de cabresto porque apresenta a menor taxa de analfabetismo funcional. e) o desconhecimento dos candidatos, pelo eleitor, aliado à alta taxa de analfabe- tismo, inibe o populismo na Região Centro Oeste, área de migração. 02. (UFSM RS) Sobre o contingente da população indígena brasileira a partir do século XX, pode-se afirmar que: I. se verifica uma tendência de aumento desse contingente, principalmente em função da delimitação de reservas indígenas. II. Essa população, hoje muito reduzida (menos de 0,5%), está concentrada, principalmente, nas regiões Norte e Centro-Oeste. III. a superfície total das terras indígenas equivale a um percentual pouco significativo da área do Brasil. IV. Ocorre um etnocídio no modo de vida, nos hábitos, nas crenças na língua, na tecnologia e nos costumes. Estão corretas: a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 03. (UTAM) O que significa a expressão “Investimentos Demográficos”? a) Despesas com alimentação, saúde e educação de menores de idade. b) Métodos anticoncepcionais como laqueadura ou vasectomia para a diminuição do índice de natalidade ou como planejamento familiar. c) Grandes contingentes de pessoas com baixo grau de instrução ocupando o mer- cado de trabalho urbano. d) Despesas do Estado com educação, aposentadorias, programa de assistência social e saúde da população. e) Gastos de Estado para o pagamento de aposentadorias e pensões para a popula- ção da terceira idade. Desafio Geográfico Somente a partir do fim do século XIX, começou a ocupação do interior da Amazônia com a exploração da borracha. No século XX, centenas de imigrantes japoneses instalaram-se em núcleos coloniais, principal- mente no Pará, na chamada região Bragantina, entre as cidades de Belém e Bragança. Aí fundaram uma colônia agrícola (Tomé-Açu) e introduziram a agricultura comercial de pimenta- do-reino. Outros grupos de japoneses fixaram-se no Amapá e no médio curso do Amazonas, onde se dedicaram à plantação de juta. A borracha e o povoamento A borracha já era conhecida pelos indígenas da Amazônia quando, na primeira metade do século XIX, o norte-americano Goodyear criou processo de vulcanização, que tomava esse material mais resistente e elástico. A borracha passou a ser muito usada na Europa e nos Estados Unidos, o que significou grande procura e valorização do produto no mercado mundial. No fim do século XIX, intensificou-se a extração do látex das seringueiras nativas na Região Amazônica. A exploração da borracha é feita de modo rudimentar, e, como as seringueiras estão disper- sas pela floresta, a atividade de extração ocupa grandes extensões de terra. O seringal, como é chamada à área de explora- ção das seringueiras, pertence ao seringalista, que controla toda a produção e contrata os seringueiros. A princípio,os seringueiros eram os próprios nativos da região, mas, com o aumento da necessidade de produção, foi preciso atrair migrantes de outras regiões. O grupo mais numeroso foi o de nordestinos, que, fugindo da seca, migraram aos milhares para a Amazônia, no fim do século XIX. Os seringueiros nordestinos trabalhavam em condições muito desfavoráveis. Além dos perigos da floresta e da malária, ainda eram explorados pelos seringalistas. Ganhavam muito pouco e eram obrigados a consumir roupas, utensílios e alimentos dos armazéns que pertenciam aos próprios seringalistas. Como esses produtos eram vendidos a preços muito elevados, o seringalista acabava recebendo de volta o dinheiro gasto com o pagamento dos empregados, que ainda ficavam devendo, acumulando enormes dívidas. A procura internacional pela borracha era tão grande no fim do século XIX e início do século XX que esse produto passou a ser o segundo em valor nas exportações brasileiras. Era superado apenas pelo café, produzido no Sudeste. A exploração da borracha possibilitou o enri- quecimento de um pequeno grupo de pessoas, que se concentraram principalmente em Manaus. Durante alguns anos, o Brasil liderou a produ- ção mundial de borracha. Como o produto era cada vez mais procurado, a Inglaterra decidiu fazer grandes plantações de seringueiras em suas colônias do Oriente. Em poucos anos, essas plantações passaram a produzir mais e com custos mais reduzidos que os seringais da floresta Amazônica. A partir de 1913, o Brasil perdeu sua posição de líder mundial na produção de borracha, e muitos seringais foram abandonados. A Região logo entrou em decadência. A integração regional O espaço rural da Região Norte começou a se modificar a partir dos anos 1960. O fator principal que contribuiu para essa transformação foi o esforço do Governo Federal para integrar o Norte ao Centro-Sul do País. Entre as medidas estabelecidas pelo governo, cabe destacar: • A criação da Superintendência do Desenvolvi- mento da Amazônia (Sudam), do Banco da Amazônia (Basa) e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). • O incentivo à concretização de projetos agro- pecuários como forma de expandir a fronteira do país e incentivar a migração para a Região. • A colonização dirigida por meio de numerosos Projetos oficiais do Incra e de projetos privados, política que durou até fins da década de 1970. • O investimento em infra-estrutura, como a construção de grandes rodovias: Transama- zônica, Cuiabá–Porto Velho, Cuiabá–Santarém, Porto Velho–Manaus. • A implementação de projetos de exploração mineral, como o do Grande Carajás, iniciado na década de 1980. • A instalação de projetos militares que visavam ao controle da fronteira norte do País, a identificação de riquezas minerais e a ocupa- ção do “grande vazio demográfico” da Região. A maioria das medidas acabou, por não considerar os interesses da população local, sobretudo a indígena, voltando-se principal- mente pata atender à expansão de atividades econômicas e de empresas do Centro-Sul. Com isso, surgiram, na Região, vários conflitos sociais, como os que opõem índios, fazendeiros e posseiros. Também afloraram conflitos de ordem ambiental, já que os objetivos e o modo de ocupação variam conforme os diferentes interesses em jogo: desmatar ou não desmatar, represar ou não os rios, etc. Exercício 01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita com todas as cores. A riquíssima fotografia étnica vem sendo revelada no decorrer do processo histórico que formou nosso povo. Quanto à composição étnica da população brasileira, pode-se afirmar: I. Em números absolutos, houve uma diminuição da população indígena, desde o descobrimento até hoje, provocada pela morte em conflitos e pelas epidemias. II. Os brancos que compõem a popu- lação brasileira possuem, em sua maioria, origem européia; nesse conjunto, italianos e alemães formam os grupos mais numerosos na formação étnica do Brasil. III. A população brasileira passa por um processo de “embranquecimento” motivado pelos cruzamentos entre brancos e outras etnias, diminuindo progressivamente o número de negros e mestiços. Está(ão) correta(s): a) apenas I; b) apenas II; c) apenas III; d) apenas I e II; e) apenas I e III. 7 01. (UTAM) Os municípios de Itacoatiara, Parintins, Iranduba e Presidente Figueiredo têm como principal base econômica, respectivamente: a) Piscicultura, turismo, reserva de nióbio, avicultura. b) Pólo madeireiro, pecuária, hortifrutigranjeiro, jazidas de cassiterita. c) Pólo de construção naval, guaraná, dendê, juta. d) Garimpos, fruticultura, indústria argilífera, cereais. e) Juta, banana, castanha, pescado. 02. Criado principalmente no Pará, esse tipo de gado apresenta boas possibilidades de criação na várzea amazonense, visto que em Parintins adaptou-se muito bem e, nos últimos anos, vem expandindo para o Centro- Sul do País. Estamos falando dos: a) ovinos b) suínos c) bovinos d) búfalos e) n.d.a. 03. UTAM) Vale do Javari – Ronaldo Barbosa e João Melo: “Javari, ltuí – Javari, Curuçá – Javari – Bacia dos belos Matis, ltuí”” Berço brabo dos Mayorum, Curuçá – Sina feliz dos Kulina; ltacuai – Berço forte dos Marubu, Javari – Cacete de morte”dos Quixitos Kaniwá...” O trecho acima se refere a uma região das terras indígenas na Amazônia que está: a) Ao norte do Amazonas, entre Roraima e Venezuela. b) No sudoeste do Amazonas, entre Acre e Peru. c) Ao sul da Amazônia, entre Pará Tocantins e Mato Grosso. d) No sudeste da Amazônia. e) A leste do Amazonas, na fronteira com o Pará. 04. Quando se estudam as principais atividades econômicas da população de um estado, país ou região, é muito comum relacionar o número de pessoas que trabalham na agricultura com o número de pessoas que trabalham na indústria. A nomenclatura utilizada para designar o conjunto de pessoas que trabalham, respectivamente, na agricultura e na indústria é: a) Setor primário e setor secundário. b) Setor primário e setor terciário. c) Setor primário e setor quaternário. d) Setor secundário e setor primário. e) Setor de economia formal e setor de economia informal. Desafio Geográfico Teorias sobre o crescimento populacional “O problema do crescimento demográfico hoje não consiste só no fato de que a cada ano existe um acréscimo de quase 80 milhões de pessoas no planeta que consomem recursos. O fato básico é que povos diferentes produzem padrões demográficos diferentes – alguns crescendo depressa, outros estagnados e outros ainda em declínio absoluto” (Kennedy, Paul. Preparando para o século XXI. Rio de Janeiro, Campus, 1993). Em 12 de outubro de 1999, a população mundial chegou à cifra dos 6 bilhões. Se levarmos em consideração que, no início da Era Cristã, esse número atingia pouco mais de 250 milhões, isso representa um crescimento fantástico. É verdade que ocorreram ritmos diferentes de crescimento da população mundial nos últimos dois mil anos. Houve momentos de crescimento mais acelerado e outros de crescimento moderado. * Estimativa da ONU. Fonte: L'État du Monde 2000. Paris. Dois momentos foram excepcionalmente importantes. O primeiro perdurou entre os séculos XVIII e XIX, e coincidiu com a consolidação do sistema capitalista de produção e a Revolução Industrial. O segundo começou na segunda metade do século XX e ainda está em curso. O certo é que foi o bastante para provocar o surgimento de teóricos que se debruçaram sobre o problema e propuseram soluções. Crescimento populacional nos séculos XVIII e XIX Nos países que se industrializavam na Europa do século XVIII, perceberam-se mudanças no quadro sócioeconômico. O aumento na produção de alimentos, a migração campo- cidade, a ocorrência de uma revolução médico- sanitária contribuíram sobremaneira para uma redução dos índices de mortalidade.Como as taxas de natalidade eram altas, o resultado foi uma aceleração do crescimento demográfico. Simultaneamente, os salários eram baixos, a jornada de trabalho era extrema (14 a 16 horas por dia) e a maioria das pessoas que chegavam do campo não tinham acesso a moradias dignas. Esse momento de intensa evolução tecnológica e de crescimento econômico foi um marco de intensa exploração da classe operária. De um lado, a riqueza, concentrada nas mãos de poucos. De outro, a extrema pobreza na qual vivia a maioria da população. Era preciso buscar explicação e solução para esse dilema. Foi então que Thomas Robert Maltus no livro Enssay on the Principle of Population, publicado em 1798, interessou-se pelas “leis da população”. Ele concluiu que o crescimento populacional excedia à capacidade da terra de produzir alimentos. Essa teoria baseava-se na “lei dos rendimentos decrescentes”, segundo a qual o ingresso de trabalhadores no processo de produção não representa um proporcional aumento da produção de alimentos. Isso aconteceria porque a disponibilidade de terra para o cultivo e a criação permaneceria a mesma. A solução estaria numa “restrição moral” aos nascimentos. “[...] proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, a fim de pressionar os mais humildes a ter uma prole mais numerosa”. (MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil. p. 134, São Paulo: Ática, 2002. "De outro lado, apontava os controles sociais positivos como capazes de realizar a redução do crescimento vegetativo. Aumentar a mortalidade por meio do estímulo às guerras, o retorno de doenças que dizimariam um número muito grande da população e da extinção da ajuda social aos carentes seria, para Malthus, um caminho seguro para o equilíbrio populacional. Ele admitia "... que as barreiras naturais que impedem o crescimento da população animal atuavam igualmente nas populações humanas. Assim, a miséria seria uma espécie de vingança da natureza contra os homens que teimavam em se multiplicar" (Garret Hardin, Evolução e controle da natalidade. p.17.). Apesar de encontrar eco entre certos estudiosos, o malthusianismo foi superado, em razão de alguns erros e exageros cometidos por Malthus. O tempo mostrou que tanto a população quanto a produção de alimentos experimentaram crescimento completamente diferente do previsto por ele. Em geral, as taxas de crescimento demográfico diminuem com o aumento do nível de vida das populações. A agricultura evoluiu e passou a produzir mais com o desenvolvimento tecnológico. A maior parte das terras agricultáveis disponíveis no Planeta está nas mãos de poucos. Nos países subdesenvolvidos, os principais produtos exportados são os alimentícios, justamente os que faltam na mesa da maioria de suas populações. Aceleração demográfica nos séculos XX e XXI Após a Segunda Guerra Mundial, a humanidade assistiu ao mais espetacular crescimento demográfico. A população mundial salta de dois para seis bilhões em apenas 50 anos. Muitos 8 Geografia Geral Professor HABDEL 01. (PUC–RIO) A taxa de crescimento populacional atual da Rússia é negativa: a população do país diminuiu em 286 mil pessoas no primeiro quadrimestre deste ano. O número de mortes no país é, em média, 70% superior ao número de nascimentos. A diminuição vem ocorrendo desde o desmantelamento da União Soviética, em 1991. Essa situação é decorrência: a) dos fluxos migratórios em direção à Europa Ocidental; b) da rigorosa política de governo de controle da natalidade; c) do aumento da mortalidade na base e no corpo da pirâmide etária; d) do elevado número de idosos e da baixa taxa de fecundidade; e) das mudanças ocorridas na economia do país a partir da desestruturação da União Soviética. 02. (PUC–PR) “O governo francês irá pagar uma licença de 750 euros (cerca de R$ 2.050,00) por mês, durante um ano, a famílias que decidirem ter um terceiro filho, anunciou ontem o primeiro- ministro do país, Dominique de Villepin”. (Folha de S. Paulo, 23.09.2005). A reportagem acima ilustra uma política cada vez mais comum entre os países europeus. As alternativas abaixo contêm possíveis causas que motivam a adoção de tais medidas, EXCETO: a) as baixas taxas de natalidade de muitos países europeus; b) as altas taxas de mortalidade européias, que resultam na diminuição da PEA – população economicamente ativa; c) a tentativa de evitar que num futuro em médio prazo a população nativa possa tornar-se minoritária diante da população imigrante – cujas taxas de crescimento vegetativo são bem mais altas; d) o impacto que a diminuição da mão-de- obra ativa está causando ao sistema previdenciário europeu; e) a difícil tarefa dos dirigentes da União Européia em administrar a necessidade de manuntenção de um fluxo controlado de movimentos populacionais horizontais ao mesmo tempo em que tenta reprimir o aumento da xenofobia. 03. São considerados como defensores de uma política de controle da natalidade e, normalmente, argumentam que uma população estacionária é mais favorável ao desenvolvimento econômico. Trata-se dos: a) Pessimistas. b) Otimistas. c) Neomalthusianos. d) Progressistas. e) Marxistas. Desafio Geográfico dos avanços tecnológicos na fabricação de medicamentos e tratamentos médico- hospitalares chegaram aos países subdesenvolvidos. A agricultura e a pecuária foram sendo modernizadas. A industrialização passou a ser um processo de desenvolvimento que também chegara a muitos desses países. Isso provocou uma marcha da população em direção às cidades. Nelas, as condições de vida eram melhores. “Nos países em desenvolvimento, o crescimento demográfico urbano resulta antes das migrações e da expansão geográfica e espacial das cidades que do crescimento natural (excedentes dos nascimentos sobre os óbitos) de sua população. Mas a fecundidade das famílias de imigrantes e de habitantes das áreas absorvidas pelas cidades freqüentemente continua sendo, durante uma geração, superior à das famílias naturais do meio urbano. E, no fim desse período de adaptação, a diminuição da fecundidade costuma ser neutralizada pela queda da mortalidade infantil, muito mais rápida nas cidades que no campo”. (AMANI, Mehdi. A explosão urbana. O Correio da Unesco. ano 20, n.° 03, março de 1992). Essa aceleração demográfica torna-se preocupante quando se verifica que a maior parte dos que nasceram nesse período encontram-se no lado pobre da humanidade. Nesse momento, surgem duas correntes de pensamento sobre o problema demográfico. Uma delas, a dos neomalthusianos, que é hegemônica, advoga que a causa da pobreza e do subdesenvolvimento é o excessivo crescimento demográfico nos países subdesenvolvidos. Essa é a corrente dos que recuperam alguns dos preceitos do malthusianismo. Apontam os pobres dos países subdesenvolvidos como os únicos culpados pela sua própria pobreza. Como solução, defendem o controle da natalidade, responsabilidade que conferem aos Estados. Acreditam que agindo assim diminuiriam a pressão sobre recursos naturais (ecomalthusianos) e pelos parcos recursos financeiros disponíveis. Esquecem-se do passado de exploração colonial. Esquecem, ou não querem admitir, que há desigualdades nas relações comerciais internacionais. Não vêem que a terra, nesses países, está concentrada nas mãos de poucos. Terras que, na maioria das vezes, quando não produz para a exportação, serve apenas para especulação. Noutra extremidade, estão os reformistas. Acreditam que somente uma melhor distribuição da renda, associada à urbanização das cidades, ao aumento do nível de escolarização das populações, à geração de emprego e renda, ao acesso aos tratamentos e medicamentos e a moradias dignas é que fará diminuir o crescimento demográfico e superar acondição de pobreza e subdesenvolvimento. São contrários às teses neomalthusianas, porque tratam os problemas apenas pelas conseqüências e não pelas causas. Para os reformistas, uma população apresenta elevados índices de crescimento porque é pobre e não o contrário. Exercícios 01. Assinale a alternativa que apresenta o motivo que pode ser considerado responsável pela redução do crescimento vegetativo nos países desenvolvidos: a) Um rígido controle de natalidade. b) A distribuição gratuita de pílulas anticoncepcionais e incentivo às famílias para ter menos filhos. c) As multas aplicadas às famílias com mais de três filhos. d) A melhoria dos padrões de vida da população em geral. e) A Primeira Revolução Industrial. 02. Urbanização, aumento do nível de escolaridade, principalmente das mulheres, melhor distribuição da renda e planejamento familiar espontâneo são mecanismos que proporcionariam a redução das taxas de crescimento vegetativo e a melhoria das condições de vida nos países subdesenvolvidos. Esse ideário relaciona-se: a) aos neomalthusianos; b) aos reformistas; c) aos anarquistas; d) aos malthusianos; e) aos socialistas. 03. A primeira aceleração do crescimento populacional coincide com a consolidação do sistema capitalista e o advento da Revolução Industrial, durante os séculos XVIII e XIX. Nos países que se industrializavam, a produção de alimentos aumentou, e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se............ ..........1.................e os índices de crescimento populacional se .............. 2........... A alternativa que completa correta- mente os espaços 1 e 2 no texto acima é: a) elevou / elevaram b) elevou / reduziram c) reduziu / elevaram d) acelerou / desacelerou e) estagnou / desaceleraram 04. Observe as seguintes afirmativas: I. Atribuíam a culpa pela situação de miséria dos países subdesenvolvi- dos as acelerado crescimento populacional. II. Concordavam que a agricultura era capaz de produzir alimentos para todos. III. Defendiam programas rígidos e oficiais de controle da natalidade, em geral rotulados de planejamento familiar, com o emprego de diversos métodos, como as pílulas anticon- cepcionais, a ligadura de trompas, o aborto e a vasectomia. Estas características podem ser atribuídas à teoria demográfica defendida pelos: a) Malthusianos. b) Neomalthusianos. c) Reformistas. d) Marxistas. e) Anarquistas. 9 01. (UFLA) Uma análise recente do comportamento da população mundial tem demonstrado duas evidências: a primeira é a diminuição da taxa de fecundidade global (o número de filhos que uma mulher tem ao longo de sua vida); a segunda evidência é a elevação da expectativa de vida da população, o que significa na prática que as pessoas estão efetivamente vivendo mais no Planeta, e isso vale para as pessoas dos países mais pobres (50 para 67 anos), dos países mais ricos (76 para 86 anos) e dos países menos desenvolvidos (63 para 73 anos). Em termos populacionais, a relação entre as evidências: elevação da expectativa de vida e redução dos níveis de fertilidade gera: a) o aumento do número de idosos; b) a diminuição das taxas de natalidade; c) o aumento das taxas de mortalidade infantil; d) o aumento das médias de densidade demográfica; e) o aumento da base da pirâmide etária. 02. (Unitau) Durante a Conferência Internacional sobre a População em Desenvolvimento, realizada na primeira quinzena de setembro de 1994, no Egito, foi amplamente discutida a mais famosa teoria sobre população, elaborada no fim do século XVIII, de autoria de: a) F. Ratzel. b) T. Malthus. c) T. Morus. d) La Blache. e) F. Engels. 03. O crescimento da população é muito maior do que a capacidade de produção de alimentos na Terra. Esse é o enunciado básico da doutrina do economista e reverendo anglicano Thomas Robert Malthus, que consiste nos seguintes princípios: a) Progressão geométrica da população e baixa taxa de natalidade. b) Progressão aritmética da população e baixa taxa de natalidade. c) Progressão aritmética da população e progressão geométrica dos alimentos. d) Progressão geométrica da população e alta taxa de natalidade. e) Progressão geométrica da população e progressão aritmética dos alimentos. Desafio Geográfico 10 Texto Janela do Amor Imperfeito Thiago de Mello Alta esquina no céu, tua janela surge da sombra e a sombra faz dourada. Já não me sinto só defronte dela, me chega doce o fel da madrugada. Atrás dela te estendes alva e em sonho me levas desamado sem saber que mais amor te invento e que te ponho sobre o corpo um lençol de amanhecer. Doce é saber que dormes leve e pura, depois da dura e fatigante lida que a vida já te deu. Mas é doçura que sabe a sal no mais azul do peito onde o amor sofre a pena malferida de ser tão grande e ser tão imperfeito. Perscrutando o texto 01. (FGV/UEA–2006) O verso 5 do texto remete a um momento da literatura anterior ao Modernismo. Identifique-o. a) Simbolismo b) Arcadismo c) Barroco d) Terceira Geração do Romantismo e) Segunda Geração do Romantismo 02. (FGV/UEA–2006) O texto classifica-se como: a) écloga. b) elegia. c) ode. d) soneto. e) poema em prosa. 03. (FGV/UEA–2006) Os versos do poema são: a) decassílabos. b) dodecassílabos. c) em redondilha maior. d) em redondilha menor. e) livres. 04. (FGV/UEA–2006) Para o eu-lírico do poema, o amor: a) se realiza plenamente na maturidade. b) só é possível após a morte. c) é carregado de imperfeições e sofrimen- tos. d) se manifesta no desejo carnal. e) é impossibilitado pela vida dura cotidia- na. 05. No verso seguinte, pode-se notar? me chega doce o fel da madrugada. a) hipérbole; b) antítese; c) anacoluto; d) aliteração; e) eufemismo. 06. Na primeira estrofe, as rimas: a) são todas ricas; b) são todas pobres; c) são ricas e toantes; d) são pobres e soantes; e) são ricas e imperfeitas. 07. Observe o verso seguinte: Doce é saber que dormes leve e pura Sobre ela, assinale a afirmativa errada: a) O adjetivo “doce” é predicativo do sujeito. b) O sujeito do verbo “ser” é uma oração subordinada reduzida de infinitivo. c) A partícula “que” é conjunção subordinativa integrante. d) O complemento de “saber” é oracional. e) O período não contém nenhum tipo de coordenação. 08. No verso 12, a expressão “que sabe a sal” significa: a) que tem a sabedoria do sal; b) que tem a ciência dos que trabalham com sal; c) que cheira a sal; d) que tem o sabor do sal; e) que não agrada ao paladar. 09. Nos versos seguintes, os monossílabos em destaque têm, respectivamente, a função sintática de: Doce é saber que dormes leve e pura, depois da dura e fatigante lida que a vida já te deu. Mas é doçura a) objeto direto e objeto indireto; b) objeto indireto e objeto direto; c) sujeito e objeto indireto; d) sujeito e objeto direto; e) objeto direto e adjunto adnominal. 10. Observe a grafia de “malferida” na es- trofe seguinte; assinale a alternativa em que se empregou o vocábulo “mal” em desacordo com a norma gramatical. que sabe a sal no mais azul do peito onde o amor sofre a pena malferida de ser tão grande e ser tão imperfeito. a) Os bifes malpassados causam-me enjôo imediato. b) Os ovos estão assim, meio moles, porque foram mal passados pela cozinheira. c) Não creio que haja remédio para o meu mal-estar. d) Ela procede assim porque foi mal-edu- cada pelos tios-avós. e) Ela sempre chegava tarde e justificava- se por meio de histórias malcontadas. 11. Observe a grafia de “onde” na estrofe seguinte; assinale a alternativa em que se empregou o vocábulo “onde” em desacordo com a norma gramatical. que sabe a sal no mais azul do peito onde o amor sofrea pena malferida de ser tão grande e ser tão imperfeito. a) De onde vem tanto amor? b) Donde vem tanto amor? c) Os argumentos onde nos apoiamos têm respaldo científico. d) Até onde você pretende chegar com isso? e) Aonde ela voi e onde se esconde ainda Português Professor João BATISTA Gomes 01. Leia o poema seguinte: Doze anos. Doze esquinas nas doze horas do dia, até que a noite vazia o engula em suas neblinas. Pelas ruas da cidade de caixa verde na mão, inaugura a mocidade ajoelhado no chão (O engraxate, Farias de Carvalho, Pássaros de Cinza) A partícula que (verso 3) é: a) um pronome; b) uma partícula expletiva; c) uma conjunção adverbial temporal; d) uma conjunção adverbial causal; e) uma conjunção adverbial consecutiva. Arapuca 02. Assinale a alternativa na qual que tem a mesma classificação morfológica que na frase: “Elas disseram que não viriam.” a) Veja o livro que comprei. b) Que conversa é essa?! c) Vocês é que mandam. d) Peço que voltem logo. e) Tudo temos que fazer. Caiu no vestibular 03. (FGV) Observe os períodos abaixo e escolha a alternativa correta em rela- ção à idéia expressa, respectivamen- te, pelas conjunções ou locuções SEM QUE, POR MAIS QUE, COMO, CONQUANTO, PARA QUE. 1. Sem que respeites pai e mãe, não serás feliz. 2. Por mais que corresse, não chegou a tempo. 3. Como não tivesse certeza, preferiu não responder. 4. Conquanto a enchente lhe ameaçasse a vida, Gertrudes negou-se a abandonar a casa. 5. Mandamos colocar grades em todas as janelas para que as crianças tivessem mais segurança. a) Condição, concessão, causa, concessão, finalidade. b) Concessão, causa, concessão, finalidade, condição. c) Causa, concessão, finalidade, condição, concessão. d) Condição, finalidade, condição, concessão, causa. e) Finalidade, condição, concessão, causa, concessão. Desafio Gramatical é um mistério. QUE = CONJUNÇÃO 1. QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA a) Que = coordenativa aditiva O que conjunção coordenativa aditiva aparecerá sempre entre duas formas ver- bais de idêntico valor, correspondendo ao conectivo e. Exemplos: 1. Reclama que reclama, mas não toma nenhuma atitude séria. 2. A mim que não a ti cabe intervir na em- presa. b) Que = coordenativa explicativa O que conjunção coordenativa explicativa pode ser substituído por pois ou porque (também conjunções coordenativas expli- cativas). Exemplos: 1. Levante-se, que o sol já vai alto. 2. Apressemos o passo, que a noite já vai chegar. c) Que = coordenativa adversativa O que conjunção coordenativa adversativa corresponde a mas, porém. Exemplos: 1. Outros livros, que não estes aqui, po- deriam ajudá-los na prova de vestibular. 2. Preciso de dinheiro, que não essa quantia exagerada. 2. QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA a) Que = subordinativa integrante O que conjunção subordinativa integrante estará sempre iniciando uma oração subordinada substantiva, a qual vai exercer, em relação à oração anterior, uma das funções do substantivo (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto). Exemplos: 1. Foi preciso que a polícia interviesse. Sujeito de “Foi preciso”: “que a polícia interviesse” 2. O importante é que façamos tudo com muita cautela. Predicativo do sujeito: “que façamos tudo com muita cautela”. 3. Quero que você me perdoe. Objeto direto de quero: “que você me perdoe”. 4. É conveniente esquecer-se de que ela já foi sua esposa. Objeto indireto de esquecer-se: “de que ela já foi sua esposa”. 5. Sempre haverá necessidade de que o povo fiscalize as ações dos políticos. Complemento nominal de necessidade: “de que o povo fiscaliza as ações dos políticos”. 6. Só desejamos uma coisa: que a nova geração seja melhor que a anterior. Aposto de coisa: “que a nova geração seja melhor que a anterior”. b) Que = subordinativa consecutiva O que conjunção subordinativa consecu- tiva aparece normalmente nas expressões tão... que, tanto... que, tamanho... que e tal... que. Exemplo: Tanto perseguiu o sonho que conseguiu realizá-lo. Oração subordinada adverbial consecutiva: “que conseguiu realizá-lo”. c) Que = subordinativa comparativa O que conjunção subordinativa compara- tiva aparece normalmente nas expressões mais que, menos que. Fora dessas expres- sões, corresponde a do que ou como. Exemplo: Antes, ela corria mais que o irmão. Oração subordinada adverbial compara- tiva: “mais que o irmão (corria)” d) Que = subordinativa concessiva O que conjunção subordinativa conces- siva corresponde a embora ou a ainda que, por mais que. Exemplo: Boa que seja a moça, ela não é nenhuma santa. Oração subordinada adverbial concessiva: “Boa que seja a moça”. e) Que = subordinativa temporal O que conjunção subordinativa temporal corresponde a logo que, antes que, assim que, depois que, sempre que. Exemplo: Convocados que fomos, dirigimo-nos à sala do diretor. Oração subordinada adverbial temporal: “Convocados que fomos”. f) Que = subordinativa final O que conjunção subordinativa final corresponde a para que, a fim de que. Exemplo: Ganharam o matagal para que ninguém os perturbasse. Oração subordinada adverbial final: “para que ninguém os perturbasse”. g) Que = subordinativa causal O que conjunção subordinativa causal corresponde a porque, visto que, já que. Exemplo: Desconfiado que era, mandou instalar câ- meras até nos banheiros da residência. Oração subordinada adverbial causal: “Desconfiado que era”. h) Que = subordinativa modal O que conjunção subordinativa modal corresponde a sem que. Exemplos: 1. Farás tudo com normalidade sem que desconfiem de ti. Oração subordinada adverbial modal: “sem que desconfiem de ti”. 2. Sem que percebas, ela irá subtraindo as tuas energias. Oração subordinada adverbial modal: “Sem que percebas”. 11 PLEONASMOS VICIOSOS Pleonasmo vicioso é a repetição de termos supérfluos, evidentes ou inúteis na frase. É o mesmo que repetição redundante, desneces- sária, motivada pela ignorância de quem escre- ve ou fala. A seguir, uma lista de pleonasmos viciosos que devem ser evitados: Acabamento final Adiar para o dia seguinte Almirante da Marinha Alocução breve Antecipar para antes Bonita caligrafia Brigadeiro da Aeronáutica Introduzir dentro Brisa matinal da manhã Canja de galinha Conclusão final Consenso geral Conviver junto Criar novos Dar de graça Decapitar a cabeça Demente mental Descer para baixo Elo de ligação Encarar de frente Enfrentar de frente Entrar dentro (ou para dentro) Erário público Estrelas do céu Exultar de alegria Fato verídico Faz muitos anos atrás Fraternidade humana Ganhar grátis (ou de graça) General do Exército Há muitos anos atrás Hábitat natural Hemorragia de sangue Hepatite no fígado Labaredas de fogo Lançar novo Manter o mesmo Metades iguais Monopólio exclusivo Novidade inédita Panorama geral Países do mundo Pequenos detalhes Prefeitura Municipal Protagonista principal Regra geral Relação bilateral entre dois... Repetir de novo Sair fora (ou para fora) Sentidos pêsames Sorriso nos lábios Sua própria autobiografia Subir para cima Surpresa inesperada Viúva do falecido Dificuldades da língua ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986. ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário brasileiro da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1975. ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996. ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda a História: História geral e História do Brasil, 8. ed. São Paulo: Editora Ática, 2000. BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 1987 CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimentodo rio de Orellana. São Paulo: Nacional, 1941. COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia Geral. O espaço natural e socioeconômico. Moderna, 2001. COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil - 5. ed. São Paulo: Moderna, 2003. HOORNAERT, Eduardo (Coord.). 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C DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7) 01. C 02. B 03. E DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8) 01. B 02. B 03. B EXERCÍCIOS (p.9) 01. D 02. E DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 9) 01. D 02. C 03. C 04. D DESAFIO GRAMATICAL (p. 10) 01. C 02. B 03. E 04. E 05. D Governador Eduardo Braga Vice-Governador Omar Aziz Reitor Lourenço dos Santos Pereira Braga Vice-Reitor Carlos Eduardo Gonçalves Pró-Reitor de Planejamento e Administração Antônio Dias Couto Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Ademar R. M. Teixeira Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Walmir Albuquerque Coordenadora Geral Munira Zacarias Coordenador de Professores João Batista Gomes Coordenador de Ensino Carlos Jennings Coordenadora de Comunicação Liliane Maia Coordenador de Logística e Distribuição Raymundo Wanderley Lasmar Produção Aline Susana Canto Pantoja Renato Moraes Projeto Gráfico – Jobast Alberto Ribeiro Antônio Carlos Aurelino Bentes Heimar de Oliveira Mateus Borja Paulo Alexandre Rafael Degelo Tony Otani Editoração Eletrônica Horácio Martins Encarte referente ao curso pré-vestibular Aprovar da Universidade do Estado do Amazonas. Não pode ser vendido. Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação: • TV Cultura (7h às 7h30 e 23h40 às 00h15) Postos de distribuição: • Amazon Sat (15h10 às 15h40) • RBN (13h às 13h30) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José • Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I • Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa (7h às 8h e 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.° • Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro • Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João • Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto (22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. 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