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Engenho d
e cana-de-a
çúcar, símbo
lo
da atividade
 agrária do
 período col
onial
brasileiro
Peixe exclusivo da Bacia Amazônica, opirarucu (Arapaima gigas) é característico daságuas calmas das várzeas e dos lagos.
•• História – Economia colonialpg. 02
•• História – As expedições
quinhentistas pg. 04
•• Geografia – A população
amazonense pg. 06
•• Geografia – Teorias sobre o
crescimento populacional pg. 08
•• Português – 
Perscrutando o texto pg. 10
Economia colonial
PRÉ-COLONIZAÇÃO
Nos primeiros trinta anos do século XVI, o Brasil
ocupou um papel secundário no conjunto de
prioridades portuguesas.
Não se encontraram riquezas aparentes que
pudessem concorrer com os enormes lucros
provenientes do comércio com o Oriente ou
somar-se a eles.
A nova terra não possuía também uma popu-
lação organizada que pudesse ser subjugada
para render tributo pelo simples direito de viver.
Assim, o Brasil tornou-se apenas uma rota de
passagem, quase obrigatória, para as embarca-
ções que praticavam o comércio indiano; aqui,
elas realizavam abastecimentos e faziam reparos,
quando necessários.
A EXPLORAÇAO DO PAU-BRASIL
O pau-brasil foi colocado, desde o início da
colonização, sob o monopólio do Estado
(estanco), e sua exploração foi arrendada, em
1502, a um grupo de comerciantes portugueses
liderados pelo cristão-novo Fernando de Noronha
por um prazo inicial de três anos.
Se os portugueses, entretidos com o comércio
oriental, não valorizavam suficientemente o pau-
brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmo
não se pode dizer de mercadores de outros
países, sobretudo da França.
Desde 1504, há noticias de comerciantes
franceses traficando essa madeira diretamente
com o indígena brasileiro. Os lucros eram
grandes, uma vez que nada se pagava à Coroa
portuguesa que, para combater o contrabando,
armou duas expedições comandadas por
Cristóvão Jacques: a primeira em 1516; a
segunda em 1526.
Tanto os franceses quanto os portugueses
utilizaram a mão-de-obra indígena nos trabalhos
de exploração dos recursos naturais, sobretudo
do pau-brasil.
Os selvagens, em troca de quinquilharias
(produtos de baixo custo para os europeus),
cortavam, serravam e carregavam o pau-brasil,
transportando-o, nos ombros nus (às vezes de
duas ou três léguas de distância), por montes e
sítios escabrosos até a costa. Essa relação com
os indígenas denomina-se escambo.
A COLONIZAÇAO BRASILEIRA
A partir de 1530, surgiu um verdadeiro dilema
para a Coroa portuguesa: ocupar definitivamente
as terras brasileiras ou correr o risco de perdê-
las para os franceses.
O primeiro passo, no sentido de ocupá-las, foi o
envio da expedição de Martim Afonso de Souza,
que deixou Lisboa em 3 de dezembro de 1531,
com a incumbência primordial de varrer os
franceses da “costa do pau-brasil” e desenvolver,
ao máximo, a exploração da nova terra,
preparando-a para empreendimentos futuros que
garantissem o seu domínio aos portugueses.
A expedição aportou, em janeiro de 1532, em
São Vicente, onde Martim Afonso instalou o que
seria a primeira vila do Brasil.
Esse primeiro núcleo oficial foi instalado no
litoral sul, local de fácil acesso ao Prata, o que
demonstrava o interesse mercantilista pelo
domínio dessa região.
As informações enviadas à Metrópole relatavam
a ausência de metais preciosos e a existência
de um solo com grande potencial para
investimentos agrícolas. Valorizando tais
informações, o Estado português tomou a
iniciativa de inaugurar uma nova estratégia
colonial: o desenvolvimento da agricultura
voltada para a exportação, possibilitando a
ocupação, o povoamento e a valorização
econômica dessas terras. Isso é o que se
denomina colonização.
A ECONOMIA AÇUCAREIRA (séc. XVI-XVII)
Durante os séculos XVI e XVII, a colonização
brasileira esteve ligada ao cultivo da cana e ao
preparo do açúcar. 
Para a montagem da custosa agroindústria
açucareira – o engenho –, recorreu-se,
inicialmente, aos recursos particulares, por meio
de concessões das sesmarias.
As sesmarias foram distribuídas não só a
portugueses, como também a estrangeiros,
desde que professassem a fé católica.
Mas presume-se que muitas vezes se recorreu
ao capital externo, sobretudo flamengo
(holandês), que já se encontrava amplamente
envolvido nos negócios do açúcar na Europa.
Os portugueses eram os mais experientes na
produção do açúcar, desde o século XV
introduzida nas Ilhas do Atlântico, enquanto a
comercialização era feita pelos flamengos
(holandeses).
A grande propriedade era monocultora e voltada
para o mercado externo, utilizando mão-de-obra
escrava, no início com os índios e
posteriormente os negros africanos.
A sociedade açucareira organizou-se como
reflexo da economia agrária, escravista.
No engenho, havia uns poucos trabalhadores
assalariados – o feitor, o mestre de açúcar e
mesmo o capelão ou padre – que se sujeitavam
ao poder e à influência do grande proprietário.
Os escravos viviam nas senzalas, habitações de
um único compartimento, na maior promiscui-
dade; eram responsáveis por todos os trabalhos
nos canaviais, nas oficinas e na casa-grande.
Qualquer reação contra o sistema de escravidão
era reprimida violentamente. Os negros,
entretanto, não permaneceram de braços
cruzados diante dessa realidade opressiva.
Enquanto existiu escravidão, ocorreu também
reação. O símbolo da resistência foi a formação
dos quilombos, aldeamentos de negros
fugitivos. Eles surgiram por toda parte onde
imperou a escravidão: Alagoas, Sergipe, Bahia,
Mato grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e São
Paulo.
O mais conhecido foi, sem dúvida, o Quilombo
dos Palmares – que se situou no que hoje é o
Estado de Alagoas –, cuja resistência durou
cerca de 65 anos. Seus mocambos – pequenos
casebres cobertos com folhas de palmeiras –
chegaram a se estender por 27 mil km². Assim,
Palmares constituía-se em constante
chamamento, um estímulo, uma bandeira para
os negros escravos das vizinhanças que o viam
como um constante apelo à rebelião, à fuga
para o mato, à luta pela liberdade.
A destruição de Palmares ocorreu em 1695, e
coube à expedição chefiada pelo bandeirante
Domingos Jorge Velho.
2
Quando surgiu, a linguagem típica dos jovens
na internet – em que novidade vira “9dade”,
não é “naum” e beleza é “blz” – parecia estar
restrita aos chats, blogs e ICQs. O uso do
“internetês”, no entanto, já influencia a escrita
de adolescentes em sala de aula e preocupa
educadores.
O uso dessa linguagem, que caracteriza um
desrespeito à normas culta, não é uma
invenção brasileira. Ela é fruto da primeira
geração de jovens que foi alfabetizada ao
mesmo tempo em que aprendia a se
comunicar pela Internet. A necessidade de
conversar usando o teclado do computador
de forma ágil fez que, rapidamente, o
“internetês” se alastrasse por quase todos os
grupos de adolescentes com acesso à
Internet.
Para “reagir” à entrada do internetês na sala
de aula, alguns estabelecimentos de ensino
têm adotado soluções criativas. Em São Paulo,
numa escola particular, o problema foi
identificado quando a escola pediu que seus
alunos escrevessem cartas para estimular o
diálogo com os estudantes de uma escola
pública vizinha. A partir desse problema, o
colégio sugeriu que os professores
trabalhassem essa questão em sala de aula.
No Rio, uma professora pede freqüentemente
que seus alunos construam textos na
linguagem da Internet e depois os traduzam
para a norma culta.
Junto com a polêmica, este dialeto
popularizou-se e chegou à tevê. Em 2005,
uma rede de televisão por assinatura estreou
uma sessão com filmes legendados em
“internetês”. No site da programação, um
dicionário com as expressões que aparecem
nas legendas dos filmes. 
Para o professor de português João Batista
Gomes, coordenador de professores do
Aprovar, trata-se de um vício que prejudica a
construção do texto dissertativo. O problema,avalia, é que, nos jovens, a linguagem que
predomina é a coloquial, que, no caso, sofre
forte influência do meio. Então, corre-se o
risco de esse vício tornar-se linguagem única
para essa faixa de idade. Isso pode ser
extremamente prejudicial na construção de
textos como em redações para concursos,
provas e entrevistas para emprego.
Isso não se verificaria, por exemplo, em
pessoas que já têm estabelecidos os dois
níveis de linguagem: a formal e a coloquial.
São pessoas que até podem utilizar esse tipo
de linguagem ao usar a Internet, mas que
jamais o fariam na elaboração de um texto
escrito, por exemplo.
A nova sessão atraiu a ira de telespectadores
que não aprovaram a nova linguagem. Para
muitos, é uma receita para desaprender a
língua portuguesa.
Veja alguns exemplos: aki – aqui, bjs – beijos,
blz – beleza, c – se, cmg – comigo, c/ – com,
d – de, eh – é, fzr – fazer, hj – hoje, hr – hora,
i – ir, kerer – querer, kra – cara, ksa – casa,
maluko – maluco, msmo – mesmo, mto –
muito, 9dades – novidades, nd – nada, ñ ou
naum – não, nu – no, ond – onde, pq - por
que, p/ – para, pekeno – pequeno, q – que,
qdo – quando, s – sim, tah – está, tbm –
também, tc – teclar, Vc – você, xamar –
Internet:
linguagem
ou dialeto?
História
Professor DILTON Lima
Zumbi, grande chefe de Palmares, conseguiu
fugir com algumas dezenas de homens, mas no
dia 20 de novembro de 1695, foi aprisionado e
decapitado. Sua cabeça foi colocada num poste
em praça pública, para servir de exemplo aos
que o consideravam imortal. A data da morte de
Zumbi ficou registrada nos anais da História
como o “Dia da Consciência Negra”, para que
se possa sempre lembrar que os negros até
hoje lutam contra a marginalização e a
discriminação de que são vítimas. 
MINERAÇAO (séc. XVIII)
As notícias sobre os primeiros achados auríferos
dos paulistas, provavelmente realizados entre
1693-1695, rapidamente se espalharam por toda
a Colônia. 
Esse verdadeiro rush, até então nunca visto, foi
apreendido por Antonil que, por volta de 1710,
escreveu: “A sede insaciável do ouro estimulou
a tantos deixarem suas terras e a meterem-se
por caminhos tão ásperos como são os das
minas, que dificultosamente se poderá dar conta
do número das pessoas que atualmente lá
estão”.
A ambição pelo ouro atingiu também a
população do reino. Calcula-se, em média, a
entrada de três a quatro mil pessoas por ano,
durante o tempo da corrida do ouro.
Com a descoberta de zonas auríferas nas Minas
Gerais, a Coroa Portuguesa criou uma
intendência em cada local onde se descobrisse
ouro. Ela seria dirigida por um funcionário
nomeado pelo Estado e diretamente vinculado a
ele. O descobridor de cada novo veio aurífero
deveria comunicar ao intendente, o mais rápido
possível, o seu achado.
Sobre a riqueza aurífera, a Coroa Portuguesa
exigia a cobrança de tributos. Ficou decidido
que a quinta parte do ouro extraído pertencia ao
Estado. Esse imposto ficou conhecido como
“quinto”. Em 1730, ocorreu uma redução para
12%, mas o Estado exigia um imposto dos
mineradores sobre os escravos que eles
possuíam. Esse imposto ficou conhecido como
“capitação”.
Em 1750, a capitação foi extinta, e retomaram-se
os 20% do quinto, mas a Coroa Portuguesa
fixou uma meta de 100 arrobas anuais a ser
arrecadada. Caso a região mineira não
alcançasse essa quantia, o governo executaria a
“derrama”, ou seja, a cobrança dos impostos
atrasados. Essa atitude do governo português
representava um verdadeiro confisco e ainda
era realizada com violência.
Este novo ciclo econômico trouxe uma medida
política. Em 1763, ocorreu a mudança da capital
da Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro,
mostrando a preocupação do Estado em
colocar a sede do governo mais próximo da
região mineira, a fim de controlar a saída do
ouro, evitando o contrabando.
O período da mineração foi marcado por um
notável desenvolvimento artístico na escultura.
Em Minas Gerais, ganhou enorme expressão o
movimento barroco, cujo maior destaque foi
Antônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”.
OUTRAS ATIVIDADES DO PERIODO COLONIAL
PECUÁRIA – Atividade complementar da
economia açucareira. Essa atividade era
praticada nos próprios engenhos de cana-de-
açúcar, onde se empregava a força dos animais
para fazer funcionar as moendas e para
transportar o açúcar até os portos de embarque;
podemos dizer que o gado foi a força motriz
dos engenhos. A carne de gado, depois de
secada ao sol, destinava-se à alimentação nos
engenhos.
Diferentemente do ocorrido na atividade
açucareira, na pecuária utilizou-se mão-de-obra
livre e índios.
CACHAÇA, TABACO e FUMO – Eram produtos
utilizados para fazer comércio na África, na troca
por negros.
ALGODÃO – Era produto destinado à
exportação para ser usado como matéria-prima
da indústria têxtil inglesa.
O que ocorria na Amazônia?
A foz do rio Amazonas era uma região onde se
praticava intenso contrabando. Ingleses,
franceses, holandeses e irlandeses possuíam
interesses nos produtos típicos da região, como
ervas aromáticas, plantas medicinais, cacau,
baunilha, cravo, canela, anil, raízes aromáticas,
madeiras, salsaparrilha, tinta de urucum, óleo de
copaíba e outros. Esses produtos recebiam o
nome de drogas do sertão e eram considerados
especiarias na Europa, alcançando excelentes
preços nesse período.
Os colonizadores, controladores da mão-de-
obra indígena, os colonos e os jesuítas
organizavam expedições para coletar tais
produtos de grande valor comercial na Europa.
Dezenas de canoas, impulsionadas a remo por
centenas de índios, dirigiam-se todos os anos
até as florestas para coletar as drogas.
O povoamento da Amazônia ocorre durante os
séculos XVII e XVIII, quando os portugueses
deslocam-se para certas regiões com a
finalidade de afastar os concorrentes ingleses,
holandeses e franceses que se apoderavam das
“drogas do sertão”. Deste povoamento de
defesa surgiram Belém do Pará, Macapá, no
extremo norte, e Manaus, na confluência dos
rios Negro e Amazonas. São núcleos
fortificados, aos quais se vão reunindo
aldeamentos indígenas e colonos que tentam
por em prática as diretrizes do governo de
Lisboa, que visava passar da coleta ao cultivo
das drogas do sertão, e apossar-se, assim,
efetivamente dessa área.
Exercício
01. (FGV) No período colonial, a renda
das exportações do açúcar:
a) raramente ocupou lugar de destaque na
pauta das exportações, pelo menos até
a chegada da família real ao Brasil;
b) ocupou posição de importância
mediana, ao lado do fumo, na pauta das
exportações brasileiras, de acordo com
os registros comerciais;
c) mesmo no auge da exportação do ouro,
sempre ocupou o primeiro lugar,
continuando a ser o produto mais
importante;
d) ocupou posição relevante apenas
durante dois decênios, ao lado de
outros produtos, tais como a borracha, o
mate e alguns derivados da pecuária;
e) nunca ocupou o primeiro lugar, sendo
que mesmo no auge da mineração, o
açúcar foi um produto de importância
apenas relativa.
3
Desafio
Histórico
01. (APROVAR) A exploração do pau-
brasil:
a) era monopólio real;
b) estava baseado no trabalho
compulsório dos indígenas;
c) marcou o início da colonização
brasileira;
d) utilizava a prática do escambo por
meio do trabalho livre com os índios;
e) implicava a utilização da mão-de-obra
escrava no corte e transporte da
madeira.
02. (FGV) Quais as características
dominantes da economia colonial
brasileira:
a) propriedade latifundiária, trabalho
indígena assalariado e produção de
monocultura;
b) produção diversificada, exportação de
matérias-primas e trabalho servil;
c) monopólio comercial, latifúndio e
trabalho escravo;
d) monocultura de exportação,
minifúndio e trabalho servil;
e) propriedade minifundiária, colônias
agrícolas e trabalho escravo.
03. (MACKENZIE) “A árvore de pau-
brasil era frondosa, com folhas de
um verde acinzentado quase
metálico e belasflores amarelas.
Havia exemplares extraordinários,
tão grossos que três homens não
poderiam abraçá-los. O tronco
vermelho ferruginoso chegava a ter,
algumas vezes, 30 metros (...)”
Eduardo Bueno, Náufragos,
Degredados e Traficantes.
Em 1550, segundo o pastor francês
Jean de Lery, em um único depósito
havia cem mil toras. Sobre essa
riqueza nesse período da História do
Brasil podemos afirmar. 
a) O extrativismo foi rigidamente
controlado para evitar o esgotamento
da madeira. 
b) Provocou intenso povoamento e
colonização, já que demandava muita
mão-de-obra. 
c) Explorado com mão-de-obra indígena,
por meio do escambo, gerou feitorias
ao longo da costa; seu intenso
extrativismo levou ao esgotamento da
madeira. 
d) O litoral brasileiro não era ainda alvo
de traficantes e corsários franceses e
de outras nacionalidades, já que a
madeira não tinha valor comercial. 
e) Os choques violentos com as tribos
foram inevitáveis, já que os
portugueses arrendatários
escravizaram as tribos litorâneas para
a exploração do pau-brasil.
As expedições quinhentistas
A Amazônia pertencia à Espanha desde o
Tratado de Tordesilhas de 1494. A porção
oriental, da região de Belém pertencia a Portugal.
Em janeiro de 1500, Vicente Yañes Pinzon
chegou, pelo Atlântico, a Belém e batizou o rio
de Santa Maria de la Mar Dulce. Em 1538,
Alonso de Mercadillo tentou navegar o rio
Amazonas. Partiu de Huánuco do Peru, mas não
conseguiu atingir seus objetivos, chegou apenas
até o rio Marañon.
I. A Expedição de Gonzalo Pizarro e de
Francisco de Orellana (1541–1542)
a) As causas – Buscavam o El Dorado e o País
da Canela.
b) A Odisséia – A Expedição partiu de Quito, no
Equador, sob o domínio de Gonzalo Pizarro, e
chegou até o rio Napo. A falta de mantimentos
propiciou a mudança no comando da expedi-
ção. Orellana assumiu-o. O relator da expedi-
ção foi frei Gaspar de Carvajal. A expedição
navegou o Alto Amazonas onde encontrou
várias províncias indígenas Cambebas, Iurimá-
guas, Aisuari. No encontro das águas, batizou
o rio Negro. Um pouco mais abaixo, entrou
em contato com os temidos manáos; no Baixo
Amazonas, o padre relatou a presença das
lendárias amazonas.
Fig. 01. Mapa da expedição de Orellana, 1541–42.
II. A Expedição de Pedro de Ursua e Lopo de
Aguirre (1560–1561)
a) As Causas – encontrar as províncias das esme-
raldas, o País de Rupa-Rupa e o El Dorado
b)A Jornada – Partiu de Iquito (Peru) sob o
comando de Pedro de Ursua, em 1560, com
370 soldados, muita bebida e mulheres. Os
relatores da Expedição foram Francisco
Vazques, capitão Altamirano, Pedraria de
Almesto, Gonzalo de Monguia e Gonzalo de
Zuñiga. Essa expedição confirmou o relato
deixado por Frei Gaspar de Carvajal. A
expedição foi marcada por conflitos políticos,
assassinatos e doenças como a malária, que
matou vários membros da expedição.
III. União Ibérica (1580–1640)
Em 1580, instalou-se uma crise sucssória em
Portugal. Em 1578, o rei Dom Sebastião I
morrera na batalha de Acácer-Quibir contra os
mouros, no norte da África, não deixndo
herdeiros. Assumira o trono português, como
regente, o cardeal Dom Henrique, seu tio-avô,
que morreu em 1580. Extinguia-se com ele a
dinastia de Aviz. O trono foi anexado por Filipe
II, rei da Espanha (1556–1598), que recebeu o
titulo de Filipe I de Portugal. Para assegurar os
domínios e a administração da colônia
portuguesa na mãos dos portugueses, Filipe II
assinou o Juramento de Tomar (1581).
a) Os portugueses na Amazônia – Os
franceses, os ingleses e os holandeses
haviam-se instalado na Amazônia no início do
século XVII, com a finalidade de explorá-la
economicamente. As tropas de Alexandre de
Moura, português, expulsou os franceses do
Maranhão. Francisco Caldeira Castelo Branco
fundou, em 1616, o forte do Presépio de
Belém, com o objetivo de manter a possessão
setentrional para Portugal. Durante esse
período, a Amazônia representava um quartel-
general com interesse geopolítico. 
b)A expedição de Pedro Teixeira (1637–1639)
– A finalidade era conquistar o oeste
amazônico para Portugal.
Os relatores da expedição foram Alonso de
Rojas e Cristóbal de Acuña. A expedição partiu
de Cametá, em julho, sob o comando de
Pedro Teixeira e chegou a Quito, no Equador,
depois de 12 meses.
IV. Administração colonial
a) O Estado do Maranhão foi criado por Filipe
III, da Espanha, em 1621, com capital em São
Luís e ligado diretamente a Lisboa. Incluía
varias regiões: o Ceará, o Maranhão, o Grão-
Pará, o Gurupá, e as Capitanias de Caeté, de
Cametá, de Tapuitapera, de Marajó, do Cabo
do Norte e do Xingu. Em 1652, o Estado do
Maranhão foi extinto e reconstituído em 1654,
com a denominação de Estado do Marnhão e
Grão-Pará.
b) O Estado do Grão Pará e Maranhão, criado
em 1651, foi desmembrado em 1672, em dois:
Maranhão e Rio Negro e Maranhão e Piauí.
Essa unidade administrativa foi extinta em
1823, quando D. Pedro I anexou a Amazônia
ao Brasil.
V. A colonização da Amazônia
a) O Sistema de Capitães de Aldeia (1611) foi a
primeira lei que regulamentava a exploração
econômica da Amazônia, principalmente o
recrutamento da mão-de-obra indígena. O
Capitão de Aldeia era responsável por escoltar
os descimentos, controlar o recrutamento e
distribuir a mão-de-obra indígena entre os
colonos e retirar os vinte por cento da coroa.
Havia três formas de recrutamento:
Descimentos – Os índios eram considerados
livres e levados para um aldeamento missio-
nário para serem catequizados e utilizados
como mão-de-obra assalariada. 
Guerras Justas – Eram feitas contra os índios
que se recusassem a descer livremente ou
atacassem os portugueses. Os índios
recrutados pelas Guerras Justas eram
escravizados. 
Resgates – As tropas de resgates ocorriam
com o objetivo de estabelecer trocas de
produtos portugueses, com as tribos aliadas,
por índios capturados em guerras intertribais.
Os conflitos entre colonos e missionários
eram constantes; o Pe. Antônio Vieira
defendia que o controle da mão-de-obra
indígena deveria estar nas mãos das missões.
Em 1655, as missões receberam a primeira
concessão, que vigorou até 1661. Em 1662,
devido aos conflitos com os colonos, os
missionários foram expulsos da Amazônia.
4
Desafio
Histórico
História
Professor Francisco MELO de Souza
01. (UFAM) Frei Gaspar de Carvajal, primei-
ro cronista da Amazônia (1542), em
várias passagens de seu relato, indica
algumas cifras populacionais. Fala, por
exemplo, que “em uma só aldeia
encontrou comida para alimentar mil
homens durante um ano”; escreveu
também que viu “grandíssimas povoa-
ções que reúnem 50 mil homens”. Vinte
anos mais tarde, outros cronistas
confirmaram, de certa forma, as
afirmações de Carvajal. Esses cronistas
são:
a) Francisco Vasquez e Capitão Altamirano.
b) Os irmãos leigos Brieva e Toledo.
c) Cristóbal de Acuña e Alonso de Rojas.
d) Pedraria de Almesto e Maurício de
Heriarte.
e) Jiménez de la Espanha e Laureano de Ia
Cruz.
Caiu no vestibular
(UEA–2006) “A distância enorme entre o
Amazonas e os principais centros de
povoamento portugueses explica-nos, de
certa forma, o abandono a que se viu
relegada a região, durante toda a
primeira centúria após a descoberta.”
(Mendes Jr., Roncari, Maranhão)
Assinale a afirmativa errada a respeito
da conquista da Amazônia no período
colonial brasileiro.
a) Além de portugueses, também irlande-
ses, ingleses, espanhóis e holandeses
interessavam-se pela região, uns estabe-
lecendo feitorias, outros tentando o
plantio de urucum.
b) Na busca de escravos, presadores portu-
gueses pagavam com bebida alcoólica e
mesmo com armas a grupos aliados para
ajudar a capturar outros índios.
c) As apologias que se fazem aos bandeiran-
tes e desbravadores nem sempre levam
em consideração a brutalidade com que
escravizavam e assassinavam populações
indígenas.
d) As ordens religiosas estabelecidas no
Vale Amazônico,fossem de jesuítas,
capuchinhos, mercedários, beneditinos e
mesmo franciscanos serviram-se de
catequese explorando o trabalho
indígena na coleta das drogas do sertão.
e) Dentre todos os colonizadores, somente
os jesuítas não se serviram de nenhuma
forma de trabalho indígena, praticando
exclusivamente a catequese.
Comentário: Havia dois tipos de colonos na
Amazônia durante o período colonial, os leigos e
os missionários. Portanto todos os colonos,
leigos e missionários, utilizavam-se da mão-de-
obra indígena. Nesse sentido, a alternativa e é a
errada.
Fig. 02. Francisco Requenta y Herrera. Missão
Jesuíta espanhola de san Joaquim de Omáguas, no
alto amazonas peruano. 
A Revolta de Beckman – Ocorreu após a
coroa dar a segunda concessão administrativa,
em 1680, aos missionários. A proposta dos
missionários jesuítas era substituir a mão-de-
obra indígena pela negra. Para introduzir
negros na Amazônia e promover essa substi-
tuição, foi criada a Companhia de Comércio do
Maranhão e Grão-Pará. Os negros que
chegaram à Amazônia via Companhia de
Comércio não eram suficientes e muito oneroso
para atender às necessidades dos colonos. Por
outro lado, os recrutamentos continuaram
sendo feitos, mas os missionários monopoli-
zavam a mão-de-obra adquirida. Os fazendei-
ros do Maranhão, sob a liderança de Manuel
Beckman, expulsaram os jesuítas da Amazônia. 
Fig.03. A presença de negros na Amazônia durante
a revolta de Beckman.
b)O regimento das Missões (1686). A
segunda lei de regulamentação da
colonização da Amazônia, criada pela coroa
portuguesa, garantiu o controle absoluto das
aldeias aos missionários. Cabia aos
missionários o controle do recrutamento e a
distribuição da mão-de-obra indígena, a
cobrança de impostos e o repasse para a
coroa bem como a determinação da justiça.
Fig. 04. O Pe. Antônio Vieira.
O Alvará Régio, de 1688, autorizava a
escravização dos índios resgatados.
c) Os tratados de fronteiras na Amazônia 
1. Tratado de Tordesilhas (Espanha e Portugal)
foi desrespeitado no período da União Ibérica
pelos movimentos bandeirantes.
2. Ocorreram dois tratados de fronteiras com a
França, 1713 e 1715, chamados de Tratados
de Utrcht.
3. O tratado de Madri (1750), foi firmado entre
Portugal e Espanha para estabelecer as área
pertencentes a essas nações na Amazônia. O
ponto de partida dos funcionários das duas
coroas para elaborar as áreas de fronteiras foi
Mariuá. Mariuá foi urbanizada como
conseqüência dessa ação demarcadora no
governo de Francisco Xavier de Mendonça
Furtado, no período pombalino.
As demarcações dos limites territoriais
fracassaram; foram anuladas pelo Tratado de
El Pardo, em 1761.
4. Tratado de Santo Ildefonso (1777) – Tinha por
finalidade reeditar as fronteiras delimitas pelo
Tratado de Madri (1750).
d)A Viagem Filosófica do Rio Negro (1783–
1792) – A expedição científica de Alexandre
Rodrigues Ferreira chegou a Belém em 1.° de
setembro de 1783. Depois, a expedição partiu
para a Ilha de Marajó, em setembro de 1784 e
de lá partiu para a Capitania de São José do
Rio Negro, onde permaneceu por dois anos.
Nesse período, explorou cientificamente o
Uapés, o Içana, o Araçá, o Demi, O Ixié, o
Cauaburis e o rio Branco. A expedição também
subiu o rio Madeira e explorou o Guaporé até o
Mato Grosso. Em fins de 1792, regressou a
Belém, depois rumou para Lisboa. A obra
elaborada nessa expedição reúne dados sobre
geografia, história, botânica, zoologia,
etnografia e geologia.
Em 1997, pela primeira vez uma parte do
acervo etnográfico coletado por Alexandre
Rodrigues Ferreira, durante sua viagem
Filosófica, foi mostrada aos brasileiros por
meio da exposição Memórias da Amazônia:
expressões de identidade e afirmação étnica,
realizada em Manaus, a partir de um convênio
assinado entre a Universidade Federal do
Amazonas, a Universidade do Porto e a
Universidade de Coimbra.
e)O diretório Pombalino (1750-1777) – Com a
ascensão de D. José I ao trono de Portugal,
Sebastião José de Carvalho e Melo, o futro
Marquês de Pombal, foi nomeado ministro
das relações exteriores de Portugal e
administrador das colônias portuguesas. As
Principais medidas pombalinas para a
Amazônia foram: autorização do casamento
entre brancos e índios; extinção do
Regimento das Missões e expulsão dos
jesuítas da Amazônia; garantiu direito a
cidadania aos indígenas e; propiciou
mudanças administrativas – dividiu a Província
em duas Capitanias; criou a Companhia de
Comércio do Grão-Pará e Maranhão;
transformou os aldeamentos em Lugar, Vila e
Cidade e nomeou o irmão Francisco Xavier de
Mendonça Furtado como governador da
Amazônia.
Fig. 05. Marquês de Pombal.
5
Desafio
Histórico
01. (UTAM) Durante a famosa expedição de
Pedro Teixeira (1637–1639), o frei
Cristóbal de Acuña produziu um dos
mais completos relatórios sobre a
Amazônia do período colonial: “O Novo
Descobrimento do rio Amazonas”.
Qual das alternativas abaixo melhor •
corresponde à situação política da
Amazônia na época dessa viagem:
a) Passa a ser objeto de cobiça de outras
nações européias devido à imediata
publicação, pela Coroa portuguesa, da
crônica da Expedição de Pedro Teixeira.
b) Torna-se, de direito, um domínio da
Coroa portuguesa, com a tomada de
posse por Pedro Teixeira.
c) Era parte integrante do Estado do
Maranhão, criado em 1621, pelo Governo-
Geral da União Ibérica (1580–1640).
d) Estava subordinada ao Governo Geral do
Brasil, mas administrada diretamente por
Lisboa.
e) Sofria intervenções simultâneas dos
monarcas ibéricos D. João IV, de Portugal
e Filipe II, da Espanha.
02. (UEA–2006) A disputa pelo controle da
Amazônia envolveu interesses econômi-
cos, estratégicos, preconceitos, inclusive
de espanhóis e portugueses que
supunham, desde o século XVI, ter
direito à soberania sobre a região. A
respeito do processo de conquista e
ocupação européia da Amazônia,
assinale a alternativa incorreta
a) A crença nas amazonas, as mulheres
guerreiras, difundida desde o século XVI,
diz respeito à transposição de referências
de Homero à Guerra de Tróia, e não as
características de organização social dos
indígenas amazônicos.
b) A lenda do Eldorado associa-se na
perspectiva mentalista européia e parecia
confirmar-se em algumas conquistas,
como a do México e a do Peru.
c) Os suportes econômicos portugueses na
Região Amazônica foram as tentativas de
introdução de culturas orientais para
exportação, de extração de drogas do
sertão e a captura de indígena para
escravizar.
d) No século XVII, diversas missões
religiosas instaladas no Vale Amazônico
praticaram a catequese e exploraram o
trabalho indígena na coleta de essências
aromáticas, corantes medicinais e
alimentos.
e) Além de busca de compravação das
fantasias de Sir Walter Raleigh sobre o
Eldorado e as amazonas, a exploração da
selva tinha conotação apenas política,
desprezando os aspectos econômicos.
A população amazonense
Até a década de 1970, o ritmo de crescimento
populacional da Região Norte era muito
pequeno. Devido à sua grande extensão, à falta
de meios de comunicação e ao pequeno
desenvolvimento economeio, a Região não atraía
migrantes, permanecendo pouco populosa.
A partir de então, o quadro começou a se mo-
dificar, em razão de vários fatores: descoberta de
minérios, instalação de garimpos, derrubada de
grandes extensões da floresta para o estabeleci-
mento de projetos agropecuários e construção
de estradas de rodagem. Foram importantes
também os incentivos governamentais para o
povoamento e a colonização.
Observe, no gráfico, o crescimento populacional
da Região Norte nas últimas décadas.
Região Norte: Crescimento da população*
Fonte: IBGE. Censo demográfico 2000 (Sinopse
preliminar). * Em 1990 não houve recenseamento.
O Norte tem 12.900.704habitantes. Como a
extensão territorial da Região é grande, a densi-
dade demográfica é de apenas 3,4 habitantes
por quilômetro quadrado, a mais baixa do Brasil.
A população está distribuída de forma muito
irregular pelo espaço regional. Algumas poucas
áreas em Roraima, em Rondônia, no Amapá, no
Pará, em Tocantins e no Acre apresentam densi-
dades demográficas superiores a 25 habitantes
por quilômetro quadrado; somente as áreas
onde estão situadas as cidades de Belém e
Manaus ultrapassam os 100 habitantes por
quilômetro quadrado.
As cidades e os povoados concentram-se às
margens dos rios, mantendo as características
iniciais da ocupação do espaço.
Somente duas cidades da Região Norte apre-
sentam população superior a um milhão de
habitantes. Uma delas é Belém, uma das
metrópoles regionais brasileiras; a outra é
Manaus, que deve grande parte de seu recente
crescimento demográfico à Zona Franca aí
instalada.
Ao estudar a geografia da Região Norte, uma
das maiores transformações observadas, é o
rápido processo de urbanização ocorrido nos
últimos anos. Até os anos 1970, a maior parte
da população morava na zona rural. A partir de
então, a situação inverteu-se. No entanto isso
não acontece em todos os estados da Região.
Algumas áreas são bastante urbanizadas,
enquanto em outras a maioria da população
vive na zona rural.
Um espaço de conflitos.
A construção de grandes rodovias, os projetos
de mineração e a expansão da agropecuária na
Região Norte têm sido realizados à custa de
muitas lutas, perseguições e mortes de brancos
e de indígenas.
O número de sem-terra na Região é grande e
tem aumentado ainda mais nos últimos anos.
São seringueiros, castanheiros, lavradores,
peões de fazendas de pecuária e migrantes de
outras regiões brasileiras que se instalam em
áreas desocupadas, aparentemente sem dono,
para morar e produzir. Essa ocupação gera uma
série de conflitos, como se verifica no sul e no
sudeste do Pará. 
Esses conflitos ocorrem principalmente nas
áreas em que há um grande avanço da pecuária
e da mineração, que não deixam espaço para
pequenas propriedades.
Também os indígenas da região sofrem com a
expansão agropastoril e mineradora. Embora o
Brasil tenha terras indígenas delimitadas nas
chamadas reservas, que são protegidas por lei,
essas terras muitas vezes são invadidas.
Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o que
aconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantes
de Roraima. Na década de 1980, a reserva dessa
tribo foi invadida por dezenas de milhares de
garimpeiros. Desde então, a população
Yanomami sofreu um verdadeiro processo de
extermínio, vítima da destruição de seu ambiente
e de doenças transmitidas pelos invasores.
Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o que
aconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantes
de Roraima. Na década de 1980, a reserva dessa
tribo foi invadida por dezenas de milhares de
garimpeiro. Desde então, a população Yanomami
sofreu um verdadeiro processo de extermínio,
vítima da destruição de seu ambiente e de
doenças transmitidas pelos invasores.
Como vimos, o Norte constitui a última fronteira
de expansão econômica do País, e por isso ainda
se verificam aí muitos conflitos. Nos últimos anos,
porém, têm-se ampliado na Região os meca-
nismos de organização de diversas categorias
sociais, como seringueiros, produtores rurais e
indígenas. Isso sem contar a formação de grupos
ambientalistas e de defesa dos direitos humanos.
É preciso reconhecer que essas iniciativas têm
sido respostas à forte intervenção do Estado,
que marcou e ainda marca a organização desse
espaço regional.
O povoamento
Durante mais de cem anos após a chegada dos
portugueses ao Brasil, a Amazônia só era conhe-
cido por expedições que para lá se dirigiam para
aprisionar índios ou em busca das drogas do
sertão (cacau, canela, baunilha, madeiras
aromáticas), que eram vendidas à Europa e
rendiam algum dinheiro aos exploradores.
A ocupação e o povoamento da Amazônia tive-
ram início no século XVII, quando o governo
português resolveu instalar, junto à foz do rio
Amazonas, uma fortificação que deu origem à
cidade de Belém. Um pouco mais tarde, foi funda
do o núcleo que originou a cidade de Bragança.
No século seguinte ocorreram dois tipos de
ação povoadora: as missões religiosas, que
tinham o objetivo de catequizar os índios, e as
expedições militares, organizadas para defender
o território. 
6
Geografia do Brasil
Professor Paulo BRITO
01.
Associando-se as tabelas, está correto
afirmar que:
a) o segundo maior colégio eleitoral
brasileiro está mais suscetível à práticas
clientelistas devido à baixa escolaridade
da população.
b) os analfabetos funcionais não são
suscetíveis ao populismo, na Região Sul,
porque essa região recebeu imigrantes
europeus:
c) o menor colégio eleitoral do Brasil é
menos suscetível à corrupção porque a
população, cuja escolaridade é mais
elevada, controla mais facilmente os
políticos.
d) o maior colégio eleitoral do país está livre
do voto de cabresto porque apresenta a
menor taxa de analfabetismo funcional.
e) o desconhecimento dos candidatos, pelo
eleitor, aliado à alta taxa de analfabe-
tismo, inibe o populismo na Região
Centro Oeste, área de migração.
02. (UFSM RS) Sobre o contingente da
população indígena brasileira a partir
do século XX, pode-se afirmar que:
I. se verifica uma tendência de aumento
desse contingente, principalmente em
função da delimitação de reservas
indígenas. 
II. Essa população, hoje muito reduzida
(menos de 0,5%), está concentrada,
principalmente, nas regiões Norte e
Centro-Oeste.
III. a superfície total das terras indígenas
equivale a um percentual pouco
significativo da área do Brasil.
IV. Ocorre um etnocídio no modo de vida,
nos hábitos, nas crenças na língua, na
tecnologia e nos costumes.
Estão corretas: 
a) apenas I e II. b) apenas II e III. 
c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. 
e) I, II, III e IV.
03. (UTAM) O que significa a expressão
“Investimentos Demográficos”?
a) Despesas com alimentação, saúde e
educação de menores de idade.
b) Métodos anticoncepcionais como
laqueadura ou vasectomia para a
diminuição do índice de natalidade ou
como planejamento familiar.
c) Grandes contingentes de pessoas com
baixo grau de instrução ocupando o mer-
cado de trabalho urbano.
d) Despesas do Estado com educação,
aposentadorias, programa de assistência
social e saúde da população.
e) Gastos de Estado para o pagamento de
aposentadorias e pensões para a popula-
ção da terceira idade.
Desafio
Geográfico
Somente a partir do fim do século XIX, começou
a ocupação do interior da Amazônia com a
exploração da borracha.
No século XX, centenas de imigrantes japoneses
instalaram-se em núcleos coloniais, principal-
mente no Pará, na chamada região Bragantina,
entre as cidades de Belém e Bragança. Aí
fundaram uma colônia agrícola (Tomé-Açu) e
introduziram a agricultura comercial de pimenta-
do-reino.
Outros grupos de japoneses fixaram-se no
Amapá e no médio curso do Amazonas, onde
se dedicaram à plantação de juta.
A borracha e o povoamento
A borracha já era conhecida pelos indígenas da
Amazônia quando, na primeira metade do
século XIX, o norte-americano Goodyear criou
processo de vulcanização, que tomava esse
material mais resistente e elástico. A borracha
passou a ser muito usada na Europa e nos
Estados Unidos, o que significou grande
procura e valorização do produto no mercado
mundial.
No fim do século XIX, intensificou-se a extração
do látex das seringueiras nativas na Região
Amazônica.
A exploração da borracha é feita de modo
rudimentar, e, como as seringueiras estão disper-
sas pela floresta, a atividade de extração ocupa
grandes extensões de terra.
O seringal, como é chamada à área de explora-
ção das seringueiras, pertence ao seringalista,
que controla toda a produção e contrata os
seringueiros.
A princípio,os seringueiros eram os próprios
nativos da região, mas, com o aumento da
necessidade de produção, foi preciso atrair
migrantes de outras regiões. O grupo mais
numeroso foi o de nordestinos, que, fugindo da
seca, migraram aos milhares para a Amazônia,
no fim do século XIX.
Os seringueiros nordestinos trabalhavam em
condições muito desfavoráveis. Além dos
perigos da floresta e da malária, ainda eram
explorados pelos seringalistas. Ganhavam muito
pouco e eram obrigados a consumir roupas,
utensílios e alimentos dos armazéns que
pertenciam aos próprios seringalistas. Como
esses produtos eram vendidos a preços muito
elevados, o seringalista acabava recebendo de
volta o dinheiro gasto com o pagamento dos
empregados, que ainda ficavam devendo,
acumulando enormes dívidas.
A procura internacional pela borracha era tão
grande no fim do século XIX e início do século XX
que esse produto passou a ser o segundo em
valor nas exportações brasileiras. Era superado
apenas pelo café, produzido no Sudeste.
A exploração da borracha possibilitou o enri-
quecimento de um pequeno grupo de pessoas,
que se concentraram principalmente em Manaus.
Durante alguns anos, o Brasil liderou a produ-
ção mundial de borracha. Como o produto era
cada vez mais procurado, a Inglaterra decidiu
fazer grandes plantações de seringueiras em
suas colônias do Oriente. Em poucos anos,
essas plantações passaram a produzir mais e
com custos mais reduzidos que os seringais da
floresta Amazônica. A partir de 1913, o Brasil
perdeu sua posição de líder mundial na
produção de borracha, e muitos seringais foram
abandonados. A Região logo entrou em
decadência.
A integração regional
O espaço rural da Região Norte começou a se
modificar a partir dos anos 1960. O fator
principal que contribuiu para essa transformação
foi o esforço do Governo Federal para integrar o
Norte ao Centro-Sul do País. Entre as medidas
estabelecidas pelo governo, cabe destacar:
• A criação da Superintendência do Desenvolvi-
mento da Amazônia (Sudam), do Banco da
Amazônia (Basa) e da Superintendência da
Zona Franca de Manaus (Suframa).
• O incentivo à concretização de projetos agro-
pecuários como forma de expandir a fronteira
do país e incentivar a migração para a Região.
• A colonização dirigida por meio de numerosos
Projetos oficiais do Incra e de projetos privados,
política que durou até fins da década de 1970.
• O investimento em infra-estrutura, como a
construção de grandes rodovias: Transama-
zônica, Cuiabá–Porto Velho, Cuiabá–Santarém,
Porto Velho–Manaus.
• A implementação de projetos de exploração
mineral, como o do Grande Carajás, iniciado
na década de 1980. 
• A instalação de projetos militares que visavam
ao controle da fronteira norte do País, a
identificação de riquezas minerais e a ocupa-
ção do “grande vazio demográfico” da Região. 
A maioria das medidas acabou, por não
considerar os interesses da população local,
sobretudo a indígena, voltando-se principal-
mente pata atender à expansão de atividades
econômicas e de empresas do Centro-Sul. Com
isso, surgiram, na Região, vários conflitos
sociais, como os que opõem índios, fazendeiros
e posseiros. Também afloraram conflitos de
ordem ambiental, já que os objetivos e o modo
de ocupação variam conforme os diferentes
interesses em jogo: desmatar ou não desmatar,
represar ou não os rios, etc.
Exercício
01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feita
com todas as cores. A riquíssima
fotografia étnica vem sendo revelada
no decorrer do processo histórico que
formou nosso povo. Quanto à
composição étnica da população
brasileira, pode-se afirmar:
I. Em números absolutos, houve uma
diminuição da população indígena,
desde o descobrimento até hoje,
provocada pela morte em conflitos
e pelas epidemias. 
II. Os brancos que compõem a popu-
lação brasileira possuem, em sua
maioria, origem européia; nesse
conjunto, italianos e alemães
formam os grupos mais numerosos
na formação étnica do Brasil.
III. A população brasileira passa por um
processo de “embranquecimento”
motivado pelos cruzamentos entre
brancos e outras etnias, diminuindo
progressivamente o número de
negros e mestiços.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I;
b) apenas II;
c) apenas III;
d) apenas I e II;
e) apenas I e III.
7
01. (UTAM) Os municípios de Itacoatiara,
Parintins, Iranduba e Presidente
Figueiredo têm como principal base
econômica, respectivamente:
a) Piscicultura, turismo, reserva de nióbio,
avicultura.
b) Pólo madeireiro, pecuária,
hortifrutigranjeiro, jazidas de cassiterita.
c) Pólo de construção naval, guaraná,
dendê, juta.
d) Garimpos, fruticultura, indústria argilífera,
cereais.
e) Juta, banana, castanha, pescado.
02. Criado principalmente no Pará, esse
tipo de gado apresenta boas
possibilidades de criação na várzea
amazonense, visto que em Parintins
adaptou-se muito bem e, nos últimos
anos, vem expandindo para o Centro-
Sul do País. Estamos falando dos:
a) ovinos b) suínos
c) bovinos d) búfalos e) n.d.a.
03. UTAM) Vale do Javari – Ronaldo
Barbosa e João Melo:
“Javari, ltuí – Javari, Curuçá – Javari –
Bacia dos belos Matis, ltuí”” Berço
brabo dos Mayorum, Curuçá – Sina
feliz dos Kulina; ltacuai – Berço forte
dos Marubu, Javari – Cacete de
morte”dos Quixitos Kaniwá...”
O trecho acima se refere a uma região
das terras indígenas na Amazônia que
está:
a) Ao norte do Amazonas, entre Roraima e
Venezuela.
b) No sudoeste do Amazonas, entre Acre e
Peru.
c) Ao sul da Amazônia, entre Pará Tocantins
e Mato Grosso.
d) No sudeste da Amazônia.
e) A leste do Amazonas, na fronteira com o
Pará.
04. Quando se estudam as principais
atividades econômicas da população de
um estado, país ou região, é muito
comum relacionar o número de pessoas
que trabalham na agricultura com o
número de pessoas que trabalham na
indústria. A nomenclatura utilizada para
designar o conjunto de pessoas que
trabalham, respectivamente, na
agricultura e na indústria é:
a) Setor primário e setor secundário.
b) Setor primário e setor terciário.
c) Setor primário e setor quaternário.
d) Setor secundário e setor primário.
e) Setor de economia formal e setor de
economia informal.
Desafio
Geográfico
Teorias sobre o crescimento 
populacional
“O problema do crescimento demográfico hoje
não consiste só no fato de que a cada ano existe
um acréscimo de quase 80 milhões de pessoas
no planeta que consomem recursos. O fato
básico é que povos diferentes produzem padrões
demográficos diferentes – alguns crescendo
depressa, outros estagnados e outros ainda em
declínio absoluto” (Kennedy, Paul. Preparando
para o século XXI. Rio de Janeiro, Campus, 1993).
Em 12 de outubro de 1999, a população
mundial chegou à cifra dos 6 bilhões. Se
levarmos em consideração que, no início da Era
Cristã, esse número atingia pouco mais de 250
milhões, isso representa um crescimento
fantástico. É verdade que ocorreram ritmos
diferentes de crescimento da população mundial
nos últimos dois mil anos. Houve momentos de
crescimento mais acelerado e outros de
crescimento moderado. 
* Estimativa da ONU.
Fonte: L'État du Monde 2000. Paris.
Dois momentos foram excepcionalmente
importantes. O primeiro perdurou entre os
séculos XVIII e XIX, e coincidiu com a
consolidação do sistema capitalista de
produção e a Revolução Industrial. O segundo
começou na segunda metade do século XX e
ainda está em curso. O certo é que foi o
bastante para provocar o surgimento de teóricos
que se debruçaram sobre o problema e
propuseram soluções.
Crescimento populacional nos séculos XVIII e
XIX
Nos países que se industrializavam na Europa
do século XVIII, perceberam-se mudanças no
quadro sócioeconômico. O aumento na
produção de alimentos, a migração campo-
cidade, a ocorrência de uma revolução médico-
sanitária contribuíram sobremaneira para uma
redução dos índices de mortalidade.Como as
taxas de natalidade eram altas, o resultado foi
uma aceleração do crescimento demográfico.
Simultaneamente, os salários eram baixos, a
jornada de trabalho era extrema (14 a 16 horas
por dia) e a maioria das pessoas que chegavam
do campo não tinham acesso a moradias
dignas. Esse momento de intensa evolução
tecnológica e de crescimento econômico foi um
marco de intensa exploração da classe operária.
De um lado, a riqueza, concentrada nas mãos
de poucos. De outro, a extrema pobreza na qual
vivia a maioria da população.
Era preciso buscar explicação e solução para
esse dilema. Foi então que Thomas Robert
Maltus no livro Enssay on the Principle of
Population, publicado em 1798, interessou-se
pelas “leis da população”. Ele concluiu que o
crescimento populacional excedia à capacidade
da terra de produzir alimentos. Essa teoria
baseava-se na “lei dos rendimentos
decrescentes”, segundo a qual o ingresso de
trabalhadores no processo de produção não
representa um proporcional aumento da
produção de alimentos. Isso aconteceria porque
a disponibilidade de terra para o cultivo e a
criação permaneceria a mesma.
A solução estaria numa “restrição moral” aos
nascimentos. “[...] proibir o casamento entre
pessoas muito jovens; limitar o número de filhos
entre as populações mais pobres; elevar o
preço das mercadorias e reduzir os salários, a
fim de pressionar os mais humildes a ter uma
prole mais numerosa”. (MOREIRA, Igor. O
espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil.
p. 134, São Paulo: Ática, 2002.
"De outro lado, apontava os controles sociais
positivos como capazes de realizar a redução do
crescimento vegetativo. Aumentar a mortalidade
por meio do estímulo às guerras, o retorno de
doenças que dizimariam um número muito
grande da população e da extinção da ajuda
social aos carentes seria, para Malthus, um
caminho seguro para o equilíbrio populacional.
Ele admitia "... que as barreiras naturais que
impedem o crescimento da população animal
atuavam igualmente nas populações humanas.
Assim, a miséria seria uma espécie de vingança
da natureza contra os homens que teimavam em
se multiplicar" (Garret Hardin, Evolução e
controle da natalidade. p.17.).
Apesar de encontrar eco entre certos
estudiosos, o malthusianismo foi superado, em
razão de alguns erros e exageros cometidos por
Malthus. O tempo mostrou que tanto a
população quanto a produção de alimentos
experimentaram crescimento completamente
diferente do previsto por ele.
Em geral, as taxas de crescimento demográfico
diminuem com o aumento do nível de vida das
populações. A agricultura evoluiu e passou a
produzir mais com o desenvolvimento
tecnológico. A maior parte das terras
agricultáveis disponíveis no Planeta está nas
mãos de poucos. Nos países subdesenvolvidos,
os principais produtos exportados são os
alimentícios, justamente os que faltam na mesa
da maioria de suas populações.
Aceleração demográfica nos séculos XX e XXI
Após a Segunda Guerra Mundial, a humanidade
assistiu ao mais espetacular crescimento
demográfico. A população mundial salta de dois
para seis bilhões em apenas 50 anos. Muitos
8
Geografia Geral
Professor HABDEL
01. (PUC–RIO) A taxa de crescimento
populacional atual da Rússia é
negativa: a população do país
diminuiu em 286 mil pessoas no
primeiro quadrimestre deste ano. O
número de mortes no país é, em
média, 70% superior ao número de
nascimentos. A diminuição vem
ocorrendo desde o desmantelamento
da União Soviética, em 1991.
Essa situação é decorrência:
a) dos fluxos migratórios em direção à
Europa Ocidental;
b) da rigorosa política de governo de
controle da natalidade;
c) do aumento da mortalidade na base e
no corpo da pirâmide etária;
d) do elevado número de idosos e da baixa
taxa de fecundidade;
e) das mudanças ocorridas na economia
do país a partir da desestruturação da
União Soviética.
02. (PUC–PR) “O governo francês irá pagar
uma licença de 750 euros (cerca de R$
2.050,00) por mês, durante um ano, a
famílias que decidirem ter um terceiro
filho, anunciou ontem o primeiro-
ministro do país, Dominique de Villepin”.
(Folha de S. Paulo, 23.09.2005).
A reportagem acima ilustra uma
política cada vez mais comum entre os
países europeus. As alternativas abaixo
contêm possíveis causas que motivam
a adoção de tais medidas, EXCETO:
a) as baixas taxas de natalidade de muitos
países europeus;
b) as altas taxas de mortalidade européias,
que resultam na diminuição da PEA –
população economicamente ativa;
c) a tentativa de evitar que num futuro em
médio prazo a população nativa possa
tornar-se minoritária diante da população
imigrante – cujas taxas de crescimento
vegetativo são bem mais altas;
d) o impacto que a diminuição da mão-de-
obra ativa está causando ao sistema
previdenciário europeu;
e) a difícil tarefa dos dirigentes da União
Européia em administrar a necessidade
de manuntenção de um fluxo controlado
de movimentos populacionais
horizontais ao mesmo tempo em que
tenta reprimir o aumento da xenofobia.
03. São considerados como defensores
de uma política de controle da
natalidade e, normalmente,
argumentam que uma população
estacionária é mais favorável ao
desenvolvimento econômico.
Trata-se dos:
a) Pessimistas.
b) Otimistas.
c) Neomalthusianos.
d) Progressistas.
e) Marxistas.
Desafio
Geográfico
dos avanços tecnológicos na fabricação de
medicamentos e tratamentos médico-
hospitalares chegaram aos países
subdesenvolvidos. A agricultura e a pecuária
foram sendo modernizadas. A industrialização
passou a ser um processo de desenvolvimento
que também chegara a muitos desses países.
Isso provocou uma marcha da população em
direção às cidades. Nelas, as condições de vida
eram melhores.
“Nos países em desenvolvimento, o crescimento
demográfico urbano resulta antes das
migrações e da expansão geográfica e espacial
das cidades que do crescimento natural
(excedentes dos nascimentos sobre os óbitos)
de sua população. Mas a fecundidade das
famílias de imigrantes e de habitantes das áreas
absorvidas pelas cidades freqüentemente
continua sendo, durante uma geração, superior
à das famílias naturais do meio urbano. E, no
fim desse período de adaptação, a diminuição
da fecundidade costuma ser neutralizada pela
queda da mortalidade infantil, muito mais rápida
nas cidades que no campo”. (AMANI, Mehdi. A
explosão urbana. O Correio da Unesco. ano 20,
n.° 03, março de 1992).
Essa aceleração demográfica torna-se
preocupante quando se verifica que a maior
parte dos que nasceram nesse período
encontram-se no lado pobre da humanidade.
Nesse momento, surgem duas correntes de
pensamento sobre o problema demográfico.
Uma delas, a dos neomalthusianos, que é
hegemônica, advoga que a causa da pobreza e
do subdesenvolvimento é o excessivo
crescimento demográfico nos países
subdesenvolvidos. Essa é a corrente dos que
recuperam alguns dos preceitos do
malthusianismo. Apontam os pobres dos países
subdesenvolvidos como os únicos culpados
pela sua própria pobreza. Como solução,
defendem o controle da natalidade,
responsabilidade que conferem aos Estados.
Acreditam que agindo assim diminuiriam a
pressão sobre recursos naturais
(ecomalthusianos) e pelos parcos recursos
financeiros disponíveis. Esquecem-se do
passado de exploração colonial. Esquecem, ou
não querem admitir, que há desigualdades nas
relações comerciais internacionais. Não vêem
que a terra, nesses países, está concentrada
nas mãos de poucos. Terras que, na maioria das
vezes, quando não produz para a exportação,
serve apenas para especulação.
Noutra extremidade, estão os reformistas.
Acreditam que somente uma melhor distribuição
da renda, associada à urbanização das cidades,
ao aumento do nível de escolarização das
populações, à geração de emprego e renda, ao
acesso aos tratamentos e medicamentos e a
moradias dignas é que fará diminuir o
crescimento demográfico e superar acondição
de pobreza e subdesenvolvimento. São
contrários às teses neomalthusianas, porque
tratam os problemas apenas pelas
conseqüências e não pelas causas. Para os
reformistas, uma população apresenta elevados
índices de crescimento porque é pobre e não o
contrário. 
Exercícios
01. Assinale a alternativa que apresenta o
motivo que pode ser considerado
responsável pela redução do
crescimento vegetativo nos países
desenvolvidos:
a) Um rígido controle de natalidade.
b) A distribuição gratuita de pílulas
anticoncepcionais e incentivo às famílias
para ter menos filhos.
c) As multas aplicadas às famílias com
mais de três filhos.
d) A melhoria dos padrões de vida da
população em geral.
e) A Primeira Revolução Industrial.
02. Urbanização, aumento do nível de
escolaridade, principalmente das
mulheres, melhor distribuição da renda
e planejamento familiar espontâneo
são mecanismos que proporcionariam
a redução das taxas de crescimento
vegetativo e a melhoria das condições
de vida nos países subdesenvolvidos.
Esse ideário relaciona-se:
a) aos neomalthusianos;
b) aos reformistas;
c) aos anarquistas;
d) aos malthusianos;
e) aos socialistas.
03. A primeira aceleração do crescimento
populacional coincide com a
consolidação do sistema capitalista e
o advento da Revolução Industrial,
durante os séculos XVIII e XIX. Nos
países que se industrializavam, a
produção de alimentos aumentou, e a
população que migrava do campo
encontrava na cidade uma situação
socioeconômica e sanitária muito
melhor. Assim, a mortalidade se............
..........1.................e os índices de
crescimento populacional se ..............
2...........
A alternativa que completa correta-
mente os espaços 1 e 2 no texto
acima é:
a) elevou / elevaram
b) elevou / reduziram
c) reduziu / elevaram
d) acelerou / desacelerou
e) estagnou / desaceleraram
04. Observe as seguintes afirmativas:
I. Atribuíam a culpa pela situação de
miséria dos países subdesenvolvi-
dos as acelerado crescimento
populacional.
II. Concordavam que a agricultura era
capaz de produzir alimentos para
todos.
III. Defendiam programas rígidos e
oficiais de controle da natalidade,
em geral rotulados de planejamento
familiar, com o emprego de diversos
métodos, como as pílulas anticon-
cepcionais, a ligadura de trompas, o
aborto e a vasectomia.
Estas características podem ser
atribuídas à teoria demográfica
defendida pelos:
a) Malthusianos.
b) Neomalthusianos.
c) Reformistas.
d) Marxistas.
e) Anarquistas.
9
01. (UFLA) Uma análise recente do
comportamento da população mundial
tem demonstrado duas evidências: a
primeira é a diminuição da taxa de
fecundidade global (o número de filhos
que uma mulher tem ao longo de sua
vida); a segunda evidência é a
elevação da expectativa de vida da
população, o que significa na prática
que as pessoas estão efetivamente
vivendo mais no Planeta, e isso vale
para as pessoas dos países mais
pobres (50 para 67 anos), dos países
mais ricos (76 para 86 anos) e dos
países menos desenvolvidos (63 para
73 anos).
Em termos populacionais, a relação
entre as evidências: elevação da
expectativa de vida e redução dos
níveis de fertilidade gera:
a) o aumento do número de idosos;
b) a diminuição das taxas de natalidade;
c) o aumento das taxas de mortalidade
infantil;
d) o aumento das médias de densidade
demográfica;
e) o aumento da base da pirâmide etária.
02. (Unitau) Durante a Conferência
Internacional sobre a População em
Desenvolvimento, realizada na primeira
quinzena de setembro de 1994, no
Egito, foi amplamente discutida a mais
famosa teoria sobre população,
elaborada no fim do século XVIII, de
autoria de:
a) F. Ratzel.
b) T. Malthus.
c) T. Morus.
d) La Blache.
e) F. Engels.
03. O crescimento da população é muito
maior do que a capacidade de
produção de alimentos na Terra. Esse é
o enunciado básico da doutrina do
economista e reverendo anglicano
Thomas Robert Malthus, que consiste
nos seguintes princípios:
a) Progressão geométrica da população e
baixa taxa de natalidade.
b) Progressão aritmética da população e
baixa taxa de natalidade.
c) Progressão aritmética da população e
progressão geométrica dos alimentos.
d) Progressão geométrica da população e
alta taxa de natalidade.
e) Progressão geométrica da população e
progressão aritmética dos alimentos.
Desafio
Geográfico
10
Texto
Janela do Amor Imperfeito
Thiago de Mello
Alta esquina no céu, tua janela
surge da sombra e a sombra faz dourada.
Já não me sinto só defronte dela,
me chega doce o fel da madrugada.
Atrás dela te estendes alva e em sonho
me levas desamado sem saber
que mais amor te invento e que te ponho
sobre o corpo um lençol de amanhecer.
Doce é saber que dormes leve e pura,
depois da dura e fatigante lida
que a vida já te deu. Mas é doçura
que sabe a sal no mais azul do peito
onde o amor sofre a pena malferida
de ser tão grande e ser tão imperfeito.
Perscrutando o texto
01. (FGV/UEA–2006) O verso 5 do texto
remete a um momento da literatura
anterior ao Modernismo. Identifique-o.
a) Simbolismo
b) Arcadismo
c) Barroco
d) Terceira Geração do Romantismo
e) Segunda Geração do Romantismo
02. (FGV/UEA–2006) O texto classifica-se
como:
a) écloga.
b) elegia.
c) ode.
d) soneto.
e) poema em prosa.
03. (FGV/UEA–2006) Os versos do poema
são:
a) decassílabos.
b) dodecassílabos.
c) em redondilha maior.
d) em redondilha menor.
e) livres.
04. (FGV/UEA–2006) Para o eu-lírico do
poema, o amor:
a) se realiza plenamente na maturidade.
b) só é possível após a morte.
c) é carregado de imperfeições e sofrimen-
tos.
d) se manifesta no desejo carnal.
e) é impossibilitado pela vida dura cotidia-
na.
05. No verso seguinte, pode-se notar?
me chega doce o fel da madrugada.
a) hipérbole;
b) antítese;
c) anacoluto;
d) aliteração;
e) eufemismo.
06. Na primeira estrofe, as rimas:
a) são todas ricas;
b) são todas pobres;
c) são ricas e toantes;
d) são pobres e soantes;
e) são ricas e imperfeitas.
07. Observe o verso seguinte:
Doce é saber que dormes leve e pura
Sobre ela, assinale a afirmativa errada:
a) O adjetivo “doce” é predicativo do
sujeito.
b) O sujeito do verbo “ser” é uma oração
subordinada reduzida de infinitivo.
c) A partícula “que” é conjunção
subordinativa integrante.
d) O complemento de “saber” é oracional.
e) O período não contém nenhum tipo de
coordenação.
08. No verso 12, a expressão “que sabe a
sal” significa:
a) que tem a sabedoria do sal;
b) que tem a ciência dos que trabalham
com sal;
c) que cheira a sal;
d) que tem o sabor do sal;
e) que não agrada ao paladar.
09. Nos versos seguintes, os monossílabos
em destaque têm, respectivamente, a
função sintática de:
Doce é saber que dormes leve e pura,
depois da dura e fatigante lida
que a vida já te deu. Mas é doçura
a) objeto direto e objeto indireto;
b) objeto indireto e objeto direto;
c) sujeito e objeto indireto;
d) sujeito e objeto direto;
e) objeto direto e adjunto adnominal.
10. Observe a grafia de “malferida” na es-
trofe seguinte; assinale a alternativa em
que se empregou o vocábulo “mal” em
desacordo com a norma gramatical.
que sabe a sal no mais azul do peito
onde o amor sofre a pena malferida
de ser tão grande e ser tão imperfeito.
a) Os bifes malpassados causam-me enjôo
imediato.
b) Os ovos estão assim, meio moles,
porque foram mal passados pela
cozinheira.
c) Não creio que haja remédio para o meu
mal-estar.
d) Ela procede assim porque foi mal-edu-
cada pelos tios-avós.
e) Ela sempre chegava tarde e justificava-
se por meio de histórias malcontadas.
11. Observe a grafia de “onde” na estrofe
seguinte; assinale a alternativa em que
se empregou o vocábulo “onde” em
desacordo com a norma gramatical.
que sabe a sal no mais azul do peito
onde o amor sofrea pena malferida
de ser tão grande e ser tão imperfeito.
a) De onde vem tanto amor?
b) Donde vem tanto amor?
c) Os argumentos onde nos apoiamos têm
respaldo científico.
d) Até onde você pretende chegar com
isso?
e) Aonde ela voi e onde se esconde ainda
Português
Professor João BATISTA Gomes
01. Leia o poema seguinte:
Doze anos. Doze esquinas
nas doze horas do dia,
até que a noite vazia
o engula em suas neblinas.
Pelas ruas da cidade
de caixa verde na mão,
inaugura a mocidade
ajoelhado no chão
(O engraxate, Farias de
Carvalho, Pássaros de Cinza)
A partícula que (verso 3) é:
a) um pronome;
b) uma partícula expletiva;
c) uma conjunção adverbial temporal;
d) uma conjunção adverbial causal;
e) uma conjunção adverbial consecutiva.
Arapuca
02. Assinale a alternativa na qual que tem
a mesma classificação morfológica
que na frase: “Elas disseram que não
viriam.”
a) Veja o livro que comprei.
b) Que conversa é essa?!
c) Vocês é que mandam.
d) Peço que voltem logo.
e) Tudo temos que fazer.
Caiu no vestibular
03. (FGV) Observe os períodos abaixo e
escolha a alternativa correta em rela-
ção à idéia expressa, respectivamen-
te, pelas conjunções ou locuções
SEM QUE, POR MAIS QUE, COMO,
CONQUANTO, PARA QUE.
1. Sem que respeites pai e mãe, não
serás feliz.
2. Por mais que corresse, não chegou a
tempo.
3. Como não tivesse certeza, preferiu não
responder.
4. Conquanto a enchente lhe ameaçasse
a vida, Gertrudes negou-se a
abandonar a casa.
5. Mandamos colocar grades em todas as
janelas para que as crianças tivessem
mais segurança.
a) Condição, concessão, causa,
concessão, finalidade.
b) Concessão, causa, concessão,
finalidade, condição.
c) Causa, concessão, finalidade,
condição, concessão.
d) Condição, finalidade, condição,
concessão, causa.
e) Finalidade, condição, concessão,
causa, concessão.
Desafio
Gramatical
é um mistério.
QUE = CONJUNÇÃO
1. QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA
a) Que = coordenativa aditiva
O que conjunção coordenativa aditiva
aparecerá sempre entre duas formas ver-
bais de idêntico valor, correspondendo ao
conectivo e.
Exemplos:
1. Reclama que reclama, mas não toma
nenhuma atitude séria.
2. A mim que não a ti cabe intervir na em-
presa.
b) Que = coordenativa explicativa
O que conjunção coordenativa explicativa
pode ser substituído por pois ou porque
(também conjunções coordenativas expli-
cativas).
Exemplos:
1. Levante-se, que o sol já vai alto.
2. Apressemos o passo, que a noite já vai
chegar.
c) Que = coordenativa adversativa
O que conjunção coordenativa
adversativa corresponde a mas, porém.
Exemplos:
1. Outros livros, que não estes aqui, po-
deriam ajudá-los na prova de vestibular.
2. Preciso de dinheiro, que não essa
quantia exagerada.
2. QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA
a) Que = subordinativa integrante
O que conjunção subordinativa integrante
estará sempre iniciando uma oração
subordinada substantiva, a qual vai
exercer, em relação à oração anterior, uma
das funções do substantivo (sujeito,
predicativo do sujeito, objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal e
aposto).
Exemplos:
1. Foi preciso que a polícia interviesse.
Sujeito de “Foi preciso”: “que a polícia
interviesse”
2. O importante é que façamos tudo com
muita cautela.
Predicativo do sujeito: “que façamos
tudo com muita cautela”.
3. Quero que você me perdoe.
Objeto direto de quero: “que você me
perdoe”.
4. É conveniente esquecer-se de que ela
já foi sua esposa.
Objeto indireto de esquecer-se: “de
que ela já foi sua esposa”.
5. Sempre haverá necessidade de que o
povo fiscalize as ações dos políticos.
Complemento nominal de necessidade:
“de que o povo fiscaliza as ações dos
políticos”.
6. Só desejamos uma coisa: que a nova
geração seja melhor que a anterior.
Aposto de coisa: “que a nova geração
seja melhor que a anterior”.
b) Que = subordinativa consecutiva
O que conjunção subordinativa consecu-
tiva aparece normalmente nas expressões
tão... que, tanto... que, tamanho... que e
tal... que.
Exemplo:
Tanto perseguiu o sonho que conseguiu
realizá-lo.
Oração subordinada adverbial
consecutiva: “que conseguiu realizá-lo”.
c) Que = subordinativa comparativa
O que conjunção subordinativa compara-
tiva aparece normalmente nas expressões
mais que, menos que. Fora dessas expres-
sões, corresponde a do que ou como.
Exemplo:
Antes, ela corria mais que o irmão.
Oração subordinada adverbial compara-
tiva: “mais que o irmão (corria)”
d) Que = subordinativa concessiva
O que conjunção subordinativa conces-
siva corresponde a embora ou a ainda
que, por mais que.
Exemplo:
Boa que seja a moça, ela não é nenhuma
santa.
Oração subordinada adverbial concessiva:
“Boa que seja a moça”.
e) Que = subordinativa temporal
O que conjunção subordinativa temporal
corresponde a logo que, antes que,
assim que, depois que, sempre que.
Exemplo:
Convocados que fomos, dirigimo-nos à
sala do diretor.
Oração subordinada adverbial temporal:
“Convocados que fomos”.
f) Que = subordinativa final
O que conjunção subordinativa final
corresponde a para que, a fim de que.
Exemplo:
Ganharam o matagal para que ninguém
os perturbasse.
Oração subordinada adverbial final: “para
que ninguém os perturbasse”.
g) Que = subordinativa causal
O que conjunção subordinativa causal
corresponde a porque, visto que, já que.
Exemplo:
Desconfiado que era, mandou instalar câ-
meras até nos banheiros da residência.
Oração subordinada adverbial causal:
“Desconfiado que era”.
h) Que = subordinativa modal
O que conjunção subordinativa modal
corresponde a sem que.
Exemplos:
1. Farás tudo com normalidade sem que
desconfiem de ti.
Oração subordinada adverbial modal: 
“sem que desconfiem de ti”.
2. Sem que percebas, ela irá subtraindo 
as tuas energias.
Oração subordinada adverbial modal: 
“Sem que percebas”.
11
PLEONASMOS VICIOSOS
Pleonasmo vicioso é a repetição de termos
supérfluos, evidentes ou inúteis na frase. É o
mesmo que repetição redundante, desneces-
sária, motivada pela ignorância de quem escre-
ve ou fala. 
A seguir, uma lista de pleonasmos viciosos
que devem ser evitados:
Acabamento final
Adiar para o dia seguinte
Almirante da Marinha
Alocução breve
Antecipar para antes
Bonita caligrafia
Brigadeiro da Aeronáutica
Introduzir dentro
Brisa matinal da manhã
Canja de galinha
Conclusão final
Consenso geral
Conviver junto
Criar novos
Dar de graça
Decapitar a cabeça
Demente mental
Descer para baixo
Elo de ligação 
Encarar de frente
Enfrentar de frente
Entrar dentro (ou para dentro)
Erário público
Estrelas do céu
Exultar de alegria
Fato verídico
Faz muitos anos atrás
Fraternidade humana
Ganhar grátis (ou de graça)
General do Exército
Há muitos anos atrás
Hábitat natural
Hemorragia de sangue
Hepatite no fígado
Labaredas de fogo
Lançar novo
Manter o mesmo
Metades iguais
Monopólio exclusivo
Novidade inédita
Panorama geral
Países do mundo 
Pequenos detalhes
Prefeitura Municipal
Protagonista principal
Regra geral
Relação bilateral entre dois...
Repetir de novo
Sair fora (ou para fora)
Sentidos pêsames
Sorriso nos lábios
Sua própria autobiografia
Subir para cima
Surpresa inesperada
Viúva do falecido
Dificuldades
da língua
ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el
amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.
ADALBERTO Prado e Silva et al. Dicionário
brasileiro da língua portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos, 1975.
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de
questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1996.
ARRUDA, José Jobson de A. et ali. Toda a
História: História geral e História do Brasil, 8. ed.
São Paulo: Editora Ática, 2000.
BECHARA, Evanildo. Gramática portuguesa. 31.
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CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimentodo rio de
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COELHO, Marcos A. ; TERRA, Lygia. Geografia
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VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: A
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EXERCÍCIOS (p. 3)
01. A
02. B
DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)
01. A 
02. E 
DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)
01. E
02. A 
03. E 
DESAFIO HISTÓRICO (p. 5)
01. D 
02. C 
03. D
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6)
01. A 
02. E 
EXERCÍCIO (p.7)
01. C
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)
01. C 
02. B 
03. E
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)
01. B 
02. B 
03. B
EXERCÍCIOS (p.9)
01. D 
02. E 
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 9)
01. D
02. C
03. C
04. D
DESAFIO GRAMATICAL (p. 10)
01. C
02. B
03. E
04. E
05. D
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração 
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e 
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Aline Susana Canto Pantoja
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos 
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30 e 23h40 às 00h15) Postos de distribuição:
• Amazon Sat (15h10 às 15h40)
• RBN (13h às 13h30) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José 
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(7h às 8h e 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.° 
• Rádio Panorama de Itacoatiara (23h às 23h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (23h às 23h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(22h00 às 22h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h15 às 12h45)
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar - Reitoria da UEA - Av. Djalma Batista, 
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM

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