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RESUMO Renina e Angiotensina Goodman Cap.26

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RESUMO– 4° PERÍODO – MEDICINA UFJF-GV – 
- LEONARDO VIEIRA NUNES- 
DISCIPLINA: Farmacologia 
PROVA: 01 
TEMA: RENINA E ANGIOTENSINA 
 Goodman e Gilman Capítulo 26 
➢ Componentes do Sistema Renina-
Angiotensina 
- Angiotensinogênio convertido a 
Angiotensina I por ação da renina, e Ang I 
convertida em Ang II por ação da ECA. 
- Ang II atua em 2 tipos de canais GPCRs 
associados a proteína G, AT1 e AT2. 
- A renina é sintetizada e armazenada nas 
Células Justaglomerulares granulosas 
encontradas nas paredes das arteríolas 
aferentes que penetram os glomérulos. 
Atua quebrando a ligação dos aminoácido 
10 e 11 do angiotensinogênio formando 
Ang I (1 a 10). 
- A pró-renina é uma precursora da renina 
e é liberada também pelas células justag. 
Em quantidades 10 vezes maior que a 
renina. 
- Controle da Secreção de Renina é feito 
por 3 vias: 
1 - A via da mácula densa: a mácula 
densa é composta por células 
adjacentes às células 
justaglomerulares, ficam na parede do 
ramo ascendente que passa entre as 
arteríolas aferente e eferente do 
glomérulo. Possuem um simportador 
passivo Na+2Cl-K+. Resumidamente, o 
aumento de NaCl na mácula densa 
inibe a liberação de renina nas células 
justag. (isso ocorre, pois, o aumento de 
NaCl induz o gasto de ATP pela 
Na+K+ATPease, e o ADP é convertido a 
adenosina (ADO) que difunde para 
justag. e atua em receptor A1 inibindo a 
liberação de renina, pois está 
associado a proteína Gi/ além disso o 
ATP pode difundir-se e ligar 
diretamente em receptor P2Y na justag. 
que está acoplado a Gq e o aumento de 
Cálcio também reduz a liberação de 
renina) do mesmo modo a diminuição 
de NaCl na mácula densa estimula a 
justag. a liberar renina (o depleção de 
Na exerce uma suprarregulação no 
nNOS e COX-2 que aumentam a 
produção de PGs, principalmente PGE1 
e PGI2 que se difundem para justag. e 
se ligam em receptor PG, que assim 
como as catecolaminas por meio de 
receptor β1 associados a proteína Gs 
simulam a produção de AMPc e 
induzem a liberação de renina). 
2 - A via baroceptora intrarrenal: O 
aumento da pressão e da perfusão nos 
vasos pré-glomerulares inibem a 
liberação de renina (esse aumento de 
pressão ativa receptores biomecânicos 
acoplados a canais iônicos levam 
diminuição da liberação de 
prostaglandinas e levam a inibição da 
liberação de renina ) e a diminuição da 
pressão e da perfusão nos vasos pré-
glomerulares levam a um aumento da 
liberação de renina na justag. (essa 
diminuição de pressão ativa menos os 
receptores biomecânicos acoplados a 
canais iônicos levam ao aumento da 
liberação de prostaglandinas que se 
ligam em receptores PG na justa e 
estimulam a liberação de renina). 
3 - A via do receptor β1 adrenérgico: 
é mediado pela liberação de 
noradrenalina pelos nervos pós-
ganglionares renais sobre os rins, que 
se ligam ao receptor β1 que está 
acoplado a proteína Gs e ativa AC que 
 
 
aumenta AMPc que aumenta a 
liberação de renina. 
 
- Os 3 mecanismos de controle da liberação 
de renina supracitados também compõem um 
sistema de retroalimentação. 
- Retroalimentação negativa de alça curta: 
o aumento da liberação de renina aumenta a 
produção de Ang II que se liga em receptores 
AT1 na justag. e inibe a liberação de renina 
pois está acoplado a proteína Gs e o aumento 
de Calcio inibe a liberação de renina. 
-Retroalimentação negativa de alça longa: 
também é mediado pelo aumento de Ang II 
porém por mecanismos indiretos, já que a Ang 
II aumenta a PA através de AT1 o que leva a 
ativação de barorreceptores de alta pressão 
diminuição do tônus simpático renal; aumenta 
a pressão nos vasos pré-glomerulares, o que 
desencadeia os eventos supracitados; reduz a 
absorção de NaCl no túbulo proximal 
aumentando o aporte tubular de NaCl na 
mácula densa. 
--> Angiotensinogênio: é sintetizado pelo 
fígado principalmente, podendo também 
possa ser transcrito em tecido adiposo, 
algumas regiões do sistema nervoso central, 
e no rim. Sua produção é estimulada por: 
inflamação; insulina; estrogênios (por isso, na 
gravidez tem-se muitos quadros de 
hipertensão induzida pela gravidez, devido 
aos altos níveis de estrogênio); 
glicocorticoides; hormônios tireóideos e Ang 
II. Sua produção está diretamente relacionada 
com o Km da renina, portanto, seu Km, ou 
seja, sua constante de equilíbrio e as 
alterações de sua concentração plasmática 
estão diretamente relacionadas de maneira 
diretamente proporcional com o aumento dos 
níveis de renina, e, consequentemente, a 
alteração de sua concentração tem influência 
direta sobre os níveis de Ang II e sobre o 
controle da pressão arterial. 
--> Enzima Conversora de 
angiotensinogênio (ECA): é uma enzima e 
glicoproteína. É produzida e transcrita na 
superfície de membrana das células de todo o 
sistema endotelial, é muito parecida com a 
Cinase II que degrada a bradicinina (um 
mediador vasodilatador potente). A conversão 
de Ang I a Ang II é lenta, porém, o 
metabolismo rápido é explicado pelo fato da 
ECA estar presente na superfície luminal de 
todo o endotélio do sistema vascular. 
Aumento dos níveis séricos de ECA 
associados a um metabolismo aumentado de 
bradicinina (degradada mais rápido) podem 
culminar em quadros de hipertensão, 
hipertrofia cardíaca, aterosclerose e 
nefropatia diabética. 
--> Enzima conversora de angiotensina 2 
(ECA 2): foi descoberta recentemente e seus 
efeitos fisiológicos ainda estão em estudo. 
Pode converter Ang I em Ang (1-9), mas 
possui mais afinidade por Ang II e converte a 
Ang II a Ang (1-7) Sabe-se que ela induz 
respostas vasodilatadoras e antiproliferativo 
pela ação da Ang (1-7) sobre os receptores 
MAS. Estudos e experimentos demonstraram 
que a redução na expressão de ECA 2 induz 
a hipertensão, defeitos de contratilidade 
cardíaca e níveis elevados de Ang II; mostrou-
se também que níveis aumentados de ECA 2 
ajudam a prevenir e evitar a hipertrofia 
cardíaca que é induzida pela Ang II em ratos 
hipertensos. 
--> Peptídeos de Angiotensina: A Ang (1-7) 
pode ser formada por múltiplas vias: A Ang I 
pode ser convertida em Ang (1-7) por ação de 
endopeptidases; a Ang II pode ser convertida 
em Ang (1-7) por ação de 
polilcarboxipeptidases e pela ECA 2. A Ang (1-
7) é metabolizada pela ECA. 
Experimentalmente a Ang (1-7) se opõe a Ang 
II em vários efeitos: induz vasodilatação; 
promove produção de NO; potencializa efeitos 
vasodilatadores da bradicinina; tem efeitos 
antiangiogênicos, antiproliferativos e 
antitrombóticos, é, portanto, cardioprotetora 
na isquemia e na insuficiência cardíaca. A Ang 
(1-7) atua sobre receptores Mas que estão 
acoplados a proteína G. 
- Experimentos tem sugerido que a Ang (1-7) 
se opõe a Ang II e, por isso, serve para 
contrabalancear a Ang II. 
- Sabido isso: Fármacos inibidores Da ECA 
aumentam os níveis de Ang (1-7) no tecido e 
no plasma já que a não conversão a Ang II 
desvia a via para formação da Ang (1-7) pela 
ação de endopeptidases, como a ECA é 
 
 
também quem degrada a Ang (1-7), sua 
inibição também contribui para uma menor 
degradação dessa Ang, portanto, os 
inibidores de ECA aumentam a produção de 
Ang (1-7) e inibem sua degradação. 
- Fármacos bloqueadores de AT1, ou seja, 
antagonistas de Ang II: também contribuem 
para aumento de Ang (1-7) pois potencializa a 
conversão de Ang II a Ang (1-7) pela ação da 
ECA2. 
- Recentementedescobriu-se a Angiotensina 
IV, ou Ang (3-8), que parece estar relacionada 
com efeitos positivos na memória e cognição 
atuando sobre receptor AT4. Tem-se tentado 
produzir análogos da Ang IV pata testar seus 
efeitos no tratamento de doenças como o 
Alzheimer e lesões cerebrais. 
-->Sistemas renina-angiotensina locais 
(teciduais): 
- SRA local extrínseco: compreende a ECA 
encontrado no endotélio de todo o sistema 
vascular e a renina produzida nos rins que 
circula por todo o corpo podendo ser captada 
pela parede arterial e pelos tecidos. 
- SRA local intrínseco: muitos tecidos 
possuem genes de renina e expressam 
mRNAs para renina, para angiotensinogênio, 
e angiotensinas I, II e III. Possuem receptores 
locais específicos para pró-renina (RER) que 
levam a produção local de Ang II. Esse 
sistemas locais produtores de Ang II parecem 
ter papel relacionado a hipertrofia, 
remodelagem, apoptose e inflamação. 
--> A pró-renina e o receptor de pró-renina 
(RPR): a pró-renina não é mais considerada 
um percussor inativo de renina. Em pessoas 
saudáveis a pró-renina se encontra cerca de 
10x mais que a renina em concentrações 
plasmáticas, em pessoas diabéticas isso pode 
chegar a 100x mais, estando relacionada com 
maiores riscos de nefropatia, retinopatia e 
fibrose renal. O RPR é encontrado em 
diversos tecidos, sendo abundante no 
coração, cérebro, olhos, glândulas adrenais, 
placenta, tecido adiposo, fígado e rins. 
- A Ativação de RPR induz muitos eventos 
intracelulares, tem, portanto, ampla influência 
sobre o SRA local: potencializa a atividade da 
renina e faz ativação não proteolítica da pró-
renina, leva a ativação de sinalização 
intracelular e a produção de Ang II local, ou 
seja, tecidual, e possui também ações 
Independentes de Ang II sobre ERK ½, p38, 
PAI-1 e TGF-β. 
- Podem levar a danos aos órgãos se forem 
ativados excessivamente possibilitando 
quadros de nefropatia, retinopatia e fibrose e 
inflamação do tecido cardíaco e vascular. 
- Devido a seus efeitos sobre o SRA local e os 
efeitos independentes esses receptores RPR 
tem sido amplamente estudados. 
--> Receptores de Angiotensina: são 
receptores acoplados a proteínas G (GPCRs), 
sendo o principal alvo farmacológico o AT1 
que tem uma afinidade 10.000 vezes maior 
que AT2 pelo losartan, por exemplo. 
- AT1: receptor de Ang II encontrado em 
diversas células e com efeitos 
vasoconstritores e outros efeito hipertensivos. 
- AT2: também é um receptor de Ang II e atua 
contrabalanceando os efeito de AT1, com 
ação pró-apoptótica, anti-hipertensiva, 
natriurética e vasodilatadora. 
- Mas: receptor de Ang (1-7) e possui efeitos 
vasodilatadores e antiproliferativos. 
Experimentos em ratos sem a expressão de 
Mas mostram disfunções cardíacas, 
deduzindo, função cardioprotetora desse 
receptor. 
- AT4: é um receptor de Ang IV e media efeitos 
diversos, no cérebro demonstrou melhorar 
memória e cognição. 
--> Acoplamento do receptor de 
Angiotensina com seu efetor: 
- AT1: pode estar acoplado a Gq, Gi ou Gs. Na 
maioria das células está acoplada a Gq. 
-AT2: seus mecanismos ainda são pouco 
conhecidos, porém acredita-se que pode estar 
acoplado a proteína G, porém, possui também 
ações constitutivas independente da ligação a 
Ang II induzindo aumento de produção de NO 
nas células de músculo liso vascular e 
hipertrofia de miócitos. 
 
➢ Funções e Efeitos do Sistema Renina-
Angiotensina 
- Pode-se citar 3 grande efeitos da 
angiotensina sobre o Sistema cardiovascular: 
- Resposta Pressora Rápida: se dá por 
alterações da resistência vascular periférica. A 
 
 
Ang II atua promovendo vasoconstrição 
direta; aumento da neurotransmissão 
noradrenérgica periférica (aumentando 
liberação de NE, diminuindo recaptação de 
NE e aumentando resposta vascular) e central 
SNC (aumentando o tônus simpático). Atua 
também na medula da glândula suprarrenal 
promovendo a liberação de catecolaminas. 
Atua então diretamente aumentando a 
contratilidade cardíaca ao contribuir na 
abertura de canais de Ca2+ dependentes de 
voltagem nos miócitos cardíacos e 
indiretamente dobre a frequência cardíaca ao 
facilitar o aumento do tônus simpático e 
liberação de catecolaminas na suprarrenal. 
Logo em seguida por efeito barorreflexo 
ocorre aumento do disparo vagal 
(parassimpático) sobre o coração. 
-Resposta Pressora Lenta: se dá por alteração 
da função renal. Exerce efeito direto 
aumentando a reabsorção de Na+ no túbulo 
proximal; estimula a liberação de aldosterona 
no córtex suprarrenal (aumenta reabsorção de 
Na+ e excreção de K+ no túbulo distal do 
néfron). Faz alterações hemodinâmicas renais 
ao promover vasoconstrição direta, aumento 
da transmissão noradrenérgica e aumento do 
tônus simpático renal. 
-Hipertrofia e Remodelagem vasculares 
cardíacas: alteração da estrutura 
cardiovascular. É capaz de atuar promovendo 
aumento da expressão de proto-oncogenes; 
aumento da produção de fatores de 
crescimentos e síntese de proteínas. 
--> Resposta Pressora Rápida 
- Vasoconstrição direta: Ang II se liga a 
receptores AT1 nas células musculares 
lisas vasculares e estimulam a via Gq- 
PLC- PIP2- IP3- Ca2+. Em alguns 
órgãos a vasoconstrição é mais 
intensa, nos rins é maior. 
- Aumento da transmissão 
noradrenérgica periférica: Altas 
concentrações de Ang II fazem as 
células ganglionares aumentarem a 
liberação de NE e diminuir a 
recaptação. 
- Efeitos sobre o SNC: atua 
promovendo aumento da descarga 
simpática e especificamente no 
hipotálamo provocando efeito 
dipsogênico (sede) e potencializa 
liberação de vasopressina pela neuro-
hipófise. 
- Liberação de catecolaminas na 
medula suprarrenal: Ang II despolariza 
células cromafins e promove a 
liberação de catecolaminas. 
--> Resposta Pressora Lenta ou Resposta 
pressora menor: 
- Alteração da função renal: atua 
diminuindo a excreção (aumentando a 
reabsorção) de Na+ e água, em 
detrimento de uma maior eliminação de 
K+. 
- Liberação de aldosterona pelo córtex 
suprarrenal: Ang II atua nas células do 
córtex da suprarrenal aumentando a 
síntese e excreção de aldosterona. A 
aldosterona atua nos túbulos distais e 
coletores aumentando a retenção de 
Na+ e excreção de K+ e H+. O efeito 
agudo da aldosterona sobre a pressão 
é muito pequeno, sua ação está amis 
relacionada a quadros de hiponatremia 
(aumentam liberação de Ang II e 
Aldosterona) e Hipernatremia 
(diminuem liberação de Ang II e 
aldosterona). 
- Alteração da Hemodinâmica Renal: 
Ang II influencia a taxa de filtração 
glomerular (TFG), pois atua 
provocando vasoconstrição dos 
microvasos pré-glomerulares 
diretamente e intensificada pela 
liberação de adenosina endógena via 
também receptor AT1. Ao aumentara a 
contração da arteríola aferente diminui 
TFG, ao aumentar a contração da 
arteríola eferente aumenta a TFG. Ang 
II terá um papel realmente 
determinante nos casos de hipotensão 
da artéria renal em que sua ação na 
arteríola eferente será importante para 
aumentar a pressão intraglomerular e a 
TFG. 
--> Hipertrofia e Remodelagem vasculares 
e cardíacas: 
- a Ang II estimula a expressão de proto-
oncogenes que alteram a expressão e fatores 
 
 
de crescimento como TGF-β. Essas 
alterações levam a: 
- estimula migração, proliferação e 
hipertrofia de células musculares lisas 
vasculares. 
- aumenta a produção de matriz 
extracelular pelas células lisas 
vasculares. 
- provoca hipertrofia dos miócitos 
cardíacos.- aumenta produção de matriz 
extracelular pelos fibroblastos 
cardíacos. 
OBS: No caso dos indivíduos com HAS o 
próprio aumento da pré-carga e da pós-carga 
provoca remodelamento cardíaco a longo 
prazo, esse efeito se soma ao fato de Ang II 
se apresentar aumentada em indivíduos 
hipertensos. 
É fato que existem relações diretas entre o 
SRA e doenças vasculares e cardíacas. 
 
➢ INIBIDORES DO SISTEMA RENINA-
ANGIOTENSINA 
- O interesse clínico nas Vias do SRA para 
controle da Pressão arterial se dá por 3 
tipos de Inibidores: 
- Inibidores da ECA (IECAs) 
- Bloqueadores do Receptor de 
Angiotensina (BRAs) 
- Inibidores diretos de Renina (IDRs) 
 
▪ INIBIDORES DA ECA (IECAS): 
 
- Atuam inibindo a ECA, portanto, 
impedem a conversão de Ang I em Ang II. 
Possuem efeito cardioprotetor e alguns 
benefícios por desvio das vias de produção 
de Ang II: 
- Aumento dos níveis de Bradicinina, que 
atua promovendo vasodilatação e 
induzindo produção de PGs. Tanto 
Bradicinina quanto PGs atuam reforçando 
o efeito do IECA para reduzir a PA. Isso 
ocorre pois a ECA é muito semelhante a 
cinase II que atuam 
desativando/metabolizando a bradicinina, 
ao inibir a ECA, portanto, bradicina 
permanece ativa por mais tempo. 
- Aumentam os níveis circulantes de 
reguladores de células-tronco, portanto, 
efeito cardioprotetor, impedindo alterações 
morfológicas cardíacas. 
- Aumentam níveis de Ang (1-7) que possui 
efeitos vasodilatadores e cardioprotetores 
atuando sobre receptores MAS. Isso 
ocorre, pois, o aumento dos níveis de Ang 
I desvia a conversão dessa em Ang (1-7). 
- Retroalimentalação negativa na Alça 
Curta e Alça longa de produção de Renina. 
Isso ocorre pelo aumento dos níveis de 
Ang I. 
- Existem 3 classes de IECAS: 
- IECAs que contém sulfidrila 
relacionados ao Captopril. 
- IECAs que contém dicarboxila 
relacionados ao Enalapril. 
- IECAs que contém fósforo 
relacionados ao fosinopril. 
- Captopril e Enalapril indistinguíveis 
quanto à eficácia e segurança anti-
hipertensiva, porém, efeitos adversos 
distintos. 
- Captopril garante maior sobrevida. 
-CAPTOPRIL- 
- Administrado via oral, rápida absorção, 
biodisponibilidade diminui muito com 
alimentos, por isso, é recomendado tomar 
no mínimo 1 hora antes das Refeições. 
- Meia-vida: 2 horas. 
- 2 a 3 vezes ao dia 6,25-150mg. 
- Maior parte eliminado na urina, na forma 
de captopril. 
- Tratamento de Insuficiência Cardíaca 
(150mg) ou HAS (6,25mg). 
- Para tratar IC pode chegar a 450mg. 
-ENALAPRIL- 
- Administrado via oral, rapidamente 
absorvido, biodisponibilidade não reduz 
com alimentos. 
- Meia-vida: 11 horas 
- É um pró-fármaco ativado no fígado a 
uma potente enzima inibidora da ECA. 
-Dose oral 2,5-40 mg/dia 
- 2,5 iniciar tratamento de insuficiência 
cardíaca. 
- 5 iniciar tratamento hipertensão. 
-LISINORPIL- 
- Absorção lenta e variável. 
 
 
- Doses 5 e 10 mg/dia para tratamento IC 
e HA. 
 
-FOSINOPRIL- 
- Único IECA aprovado para uso nos 
EUA. 
- Absorção lenta e variável. 
- Pró-fármaco mais potente do que o 
captopril. 
- Meia-vida plasmática de 11-12 horas. 
- 10-80 mg/dia. 
- Paciente com Hiponatremia ou 
Desidratação ou com IC a dose inicial é 
reduzida para 5mg/dia. 
 
--> IECAs na Hipertensão: Inibição da 
ECA reduz a Resistência Vascular 
Periférica e PA Sistólica e PA Diástólica 
em diversos estados hipertensivos. (PA= 
DC X RVP) (PA= DSXFC X RVP). 
- Ações dos IECAs: 
- Diminuem a RVP atuando em diversos 
leitos vasculares 
- Nos rins: causam vasodilatação da 
arteríola aferente e eferente. Pois as 
arteríolas renais são muito sensíveis a Ang 
II. OBS: Ocorre aumento do fluxo 
sanguíneo para o rim, entretanto, NÃO 
ocorre aumento da TFG, assim, a fração 
de filtração é reduzida, já que a proporção 
filtrado(TGF)/fluxo diminui. Aumento o 
denominador mas o numerador continua o 
mesmo. 
- Dilatação arteriolar sistêmica e 
aumentam complacência de grandes 
artérias. 
- OBS: Mesmo com redução da PA, os 
níveis de catecolaminas só alteram 
discretamente. (Talvez pelo aumento da 
complacência arterial a influência da Ang II 
sobre o SN Simpático seja eliminada.) 
- IECAS resolvem casos de HA leve e 
moderada em 50% dos pacientes. E em 
90% dos indivíduos com HA leve ou 
moderada a combinação IECA+ 
bloqueador do Canal de Ca2+ são eficazes 
para manejo da HAS. 
--> IECAs na disfunção sistólica 
ventricular esquerda (DVE): os IECAs 
são muito recomendados nos casos de 
insuficiência ou outras disfunções 
associadas à sístole ventricular esquerda. 
Estudos mostraram que a inibição da ECA 
em pacientes com disfunção sistólica 
retarda a progressão da IC; maior 
sobrevida e melhor qualidade de vida. 
- Esses efeitos se dão, pois, a inibição da 
ECA reduz a pós-carga (pois diminui a 
RVP) e consequentemente aumentam o 
DC e o índice cardíaco (relação DC/MC- 
massa corporal). Além disso ao inibir a 
ECA reduz também a pré-carga pois 
diminui a pressão pulmonar, aumenta o 
fluxo renal, e revertem a remodelagem 
cardíaca promovida por Ang II. 
--> IECAs no infarto agudo do 
miocárdio: na fase aguda do evento são 
administrados juntamente com 
trombolíticos em pacientes hipertensos e 
diabéticos. 
--> IECAs para pacientes com risco de 
eventos cardiovasculares: Estudo 
HOPE, mostrou redução de taxa de IAM; 
AVE e morte em pacientes sem DVE, mas 
com evidências de doença vascular ou 
diabetes. 
--> IECAs no Diabetes Melito e na 
Insuficiência Renal: pacientes diabéticos 
propensos a nefropatia diabética captopril 
impede u retarda doença renal. 
 
--> Efeitos adversos dos IECAs: em 
geral eles são tolerados de modo 
satisfatório, efeitos colaterais em terapias 
de longo prazo são raros. Não alteram 
níveis de ácido úrico e Ca2+ e podem 
melhorar sensibilidade a insulina e diminuir 
colesterol. 
- Hipotensão: pode ocorrer após primeira 
dose em indivíduos com ARP elevada. 
Deve-se ter cuidado com anti-
hipertensivos em pacientes com ICC. 
- Tosse: em 5-20% dos pacientes os 
IECAs podem induzir à tosse pelo acúmulo 
de bradicinina, substância P e ou 
Prostaglandinas nos pulmões. O uso de 
AAS, antagonista tromboxano e 
suplementação de ferro podem reduzir a 
tosse. A troca do IECA por uma BRA. Ao 
 
 
interromper o uso do IECA a tosse 
costuma sumir em 4 dias. 
- Potencial Fetopático: NÃO 
RECOMENDADOS NA GRAVIDEZ!! Pode 
causar hipotensão fetal e comprometer o 
suprimento sanguíneo e, por conseguinte, 
retardar o desenvolvimento ou ocasionar 
más-formações 
- Exantema Cutâneo e erupções cutâneas. 
- Angioedema:0,1-0,5% dos paciente, os 
IECAS podem causar angioedema no 
nariz, boca, glote, laringe, lábios e língua. 
Afroamericanos mais propensos 
epidemiologicamente a desenvolver 
angioedema. 
- Edema angioneurótico 
- Interações Medicamentosas: antiácidos 
podem diminuir a biodisponibilidade; os 
AINES podem reduzir a resposta anti-
hipertensiva; diuréticos poupadores de K+ 
ou suplementação K+. 
 
▪ ANTAGONISTAS NÃO PEPTÍDICOS 
DOS RECEPTORES DE 
ANGIOTENSINA II BLOQUEADORES 
DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA 
(BRAS) 
 
- Os bloqueadores dos receptores de Ang 
II são antagonistas de AT1 e são 10.000x 
mais seletivos para AT1 do que para AT2. 
Bloqueio, apesar de competitivo, possui 
efeito prolongado e duradouro pela 
cinética do receptor ser lenta. 
- Os BRA INIBEM eficientemente os 
efeitos da Ang II: 
- Contração do músculo liso vascular. 
- Respostas pressorasrápidas e lentas. 
- Sede 
- Liberação de vasopressina (ADH). 
- Secreção de Aldosterona. 
- Liberação de catecolaminas nas 
suprarrenais. 
- Aumento da neurotransmissão 
noradrenérgica e do tônus simpático. 
- Hipertrofia e hiperplasia celulares. 
- Ainda não foi comprovado se as 
diferenças fisiológicas de atuação dos 
BRAs e dos IECAs geram diferenças 
significativas no desfecho terapêutico. 
- Sabe-se que o fato de Antagonizar AT1 
os BRAs induzem a produção de renina e 
isso leva a um aumento dos níveis 
plasmáticos de Ang II, que são desviadas 
para a ligação aos receptores AT2. 
- Reduzem a ativação de receptores AT1 
de maneira mais eficaz, os IECAs 
impedem a formação de Ang II pela via da 
ECA mas não impede as vias alternativas 
de formação de Ang II, já os BRAs por 
antagonizarem AT1 impedem a ligação da 
Ang II produzido na via da ECA e nas 
alternativas. 
- Biodisponibilidade deles é geralmente 
baixa, menos que 50% e a ligação a 
proteínas é alta, maior que 90%. 
- CANDESARTANO CILEXETILA- 
- Níveis plasmáticos 3-4hrs após a 
ingestão oral. 
- Meia-vida de 9h. 
- Excreção biliar maior que a eliminação 
renal. 
- Via oral ½ vezes ao dia, 4-12 mg dose 
diária. 
- IRBESARTANO- 
- Níveis plasmáticos em 2hrs. 
- Meia-vida de 11-15 hrs. 
- Excreção biliar maior que a eliminação 
renal. 
- Dose diária de 150-300 mg. 
-LOSARTANO- 
- Cerca de 14% é convertido em metabólito 
ácido 5-carboxílico que é ativo e mais 
potente que o losartano para antagonizar 
AT1. 
- Níveis plasmáticos em 1-3 horas. 
- Meia-vida: 6-9 horas. 
- Via oral,1 ou 2 vezes ao dia, dose diária 
25-100 mg. 
- Além de atuar como BRA, losartano é um 
antagonista competitivo do receptor de 
tromboxano A2, atenuando a agregação 
plaquetário, portanto, leve efeito 
trombolítico. 
- O EXP 3179 é um metabólito ativo do 
losartano sem efeitos no receptor AT1, 
porém, atua inibindo o mRNA da COX-2, 
portanto, diminui a síntese das 
prostaglandinas dependentes de cox. 
 
 
--> Usos terapêuticos dos antagonistas 
dos receptores de Ang II (BRAs) 
- Todos os BRAs são aprovados tratar 
hipertensão. 
- Irbesartano e Losartano são também 
aprovados para tratar nefropatia diabética. 
- Losartano também aprovado para tratar 
AVE. 
- BRAs são muitas vezes combinados a 
diuréticos como hidroclorotiazida e 
anlodipino. 
- Estudos mostram que Losartano é tão 
eficaz quanto Enalapril para Insuficiência 
cardíaca. Losartano tão eficaz quanto 
Captopril na redução de mortalidade, 
melhor prognóstico e prevenção de infarto 
do miocárdio e melhora dos sintomas. 
- Recomendações atuais: IECAs devem 
ser utilizados como primeira linha de 
tratamento para IC e os BRAs devem ser 
reservados para pacientes que não 
toleram IECAs ou não respondem 
satisfatoriamente a esses fármacos. 
- Alguns estudos mostram benefícios para 
reduzir morbidade e morbimortalidade na 
IC ao combinar IECA e BRA. 
- BRAs são os mais indicados para 
pacientes diabéticos e nefropatas por 
possuírem efeito renoprotetor. 
 
--> Efeitos Adversos dos BRAs 
- Em geral são bem tolerados. 
- Incidência de tosse e angioedema muito 
menos do que no uso de IECAs. 
- Possuem potencial teratogênico!! NÃO 
DEVEM SER UTILIZADOS NA 
GRAVIDEZ. 
- Podem causar hiperpotassemia em 
casos de suplementação de K+ e doença 
renal. 
 
▪ INIBIDORES DIRETOS DE RENINA 
(IDRS) 
 
- Inibem o SRA na sua origem “cortam o 
mal pela raiz”. É uma classe relativamente 
nova de fármacos anti-hipertensivos. 
- O angiotensinogênio é o único substrato 
específico para renina. 
- Alisquireno é o único IDR aprovado para 
uso clínico. 
-ALISQUIRENO- 
- Potente inibidor competitivo da enzima 
renina, se liga no sítio ativo dela e impede 
que o angiotensinogênio se ligue para 
ocorrer sua conversão a Ang I. 
- Induz redução da PA dependente da 
dose. 
- Reduz Níveis de ARP; Ang I e Ang II. 
- Aumenta as concentrações plasmáticas 
de renina pela perda do controle da alça 
curta pela Ang II. 
- Recomendado Dose única 150-300 mg 
ao dia. 
- Baixa biodisponibilidade, mas sua alta 
afinidade potência compensam. 
- Concentrações plasmáticas em 3-6 horas 
após ingestão. 
- Meia-vida: 20-45 horas. 
- Refeições com muita gordura reduzem 
absorção de alisquireno. 
- Maior parte é eliminada nas fezes. 
- Mostra-se eficiente como agente anti-
hipertensivo tão eficiente quanto IECAs, 
BRAs e Hidroclorotiazida. 
- Efeitos cardioprotetores e renoprotetores 
em terapia combinada. 
- Recomendado para pacientes que são 
intolerantes a outros fármacos anti-
hipertensivos ou combinados.

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