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1 TECNOLOGIA II: TÉCNICAS COSNTRUTIVAS MÓDULO 2 TÓPICO 3 PROFESSORA ESPECIALISTA MARIANNE SILVESTRE TEIXEIRA ALMEIDA 2 INTRODUÇÃO No Tópico 3 do módulo 2 da disciplina se Tecnologia II: Técnicas Construtivas, será destacado o sistema de vedação vertical constituída por chapa de gesso acartonado, ou sistema drywall (parede seca) é um sistema de construção a seco, isto é, onde a alvenaria de vedação convencional de tijolo ou bloco e argamassa de cimento, areia e água são substituídas. Este sistema abrange também, forros, revestimentos e mobiliário. O sistema combina uma estrutura interna (normalmente metálica / aço galvanizado), na qual são parafusadas, em ambos os lados chapa de vedação que podem ser de gesso, gesso acartonado (mais comum no Brasi l), placas cimentícias, entre outras. Podem ser utilizados em áreas residenciais, comerciais, hospitalares e industriais. O desempenho técnico dos mesmos deve ser selecionado em função das especificações do projeto. Definição e observações gerais: As paredes em drywall são constituídas por chapas de gesso parafusadas em ambos os lados de uma estrutura de aço galvanizado que pode ser simples ou dupla. A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nível de desempenho que pode variar conforme o número de chapas, a dimensão e posicionamento da estrutura e da incorporação de elementos isolantes térmicos ou acústicos no seu interior. Para paredes de alto desempenho acústico: especificar banda acústica no contato do perímetro das vedações em drywall com o suporte. 3 MÓDULO II IMPERMEABILIZAÇÃOES E ELEMENTOS DE ESTRUTURAS E FECHAMENTO Tópico 3: Elementos de fechamento vertical - o Drywall 3.1 Características e Especificações Os Sistemas Drywall para paredes e forros, utilizados no processo de vedações internas de obras em geral, são constituídos por chapas de gesso acartonado, produzidas industrialmente a partir da gipsita natural e cartão duplex, com rigoroso controle da qualidade, e parafusadas em uma estrutura metálica leve de aço galvanizado. Podem ser montados em conjunto com estruturas de concreto, metal ou madeira. Os movimentos normais das estruturas são absorvidos pelos sistemas de perfis e juntas, não apresentando fissuras no conjunto. Vale a pena ressaltar que movimentações estruturais atípicas requerem um detalhamento específico do drywall. A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nível de desempenho, que pode variar conforme o número de chapas, dimensões das estruturas e incorporação de elementos isolantes ou acústicos. Resistência ao fogo: As chapas tipo RF (Resistentes ao Fogo) devem atender às exigências legais e regulamentações contra incêndio em todas as possíveis combinações de chapas, perfis e lãs de vidro em relação ao tempo de resistência ao fogo. Lembrando que mesmo um sistema de paredes com a composição mais simples de drywall apresenta excelente desempenho nesse quesito. Por norma, todos os tipos de paredes, e com qualquer composição de chapas, resistem no mínimo a 30 minutos de fogo. (ex de locais para utilização.: saídas de emergência, escadas enclausuradas, shafts). 4 Resistência mecânica: Com análise e especificação técnica adequadas, o comportamento das paredes de drywall atende aos critérios de impacto de corpo duro, impacto de corpo mole, ações transmitidas por portas, deslocamento horizontal e residual e cargas suspensas. Além disso, são adaptáveis a qualquer tipo de estrutura (madeira, concreto, aço) e podem atender a qualquer pé-direito. A fixação de elementos posteriores é viabilizada de acordo com o estudo e preparo para cada caso, pois pode ser necessário o uso de reforços internos, ou buchas específicas do sistema. Isolamento acústico: O desempenho acústico dos sistemas construtivos em drywall atende às mais exigentes especificações, podendo inclusive ser melhorado com o acréscimo de mais chapas ou lã de vidro em seu interior. O conceito de isolamento acústico tem como referência o sistema m1 + mola + m2, onde “m” é a massa, constituída da chapa de drywall, e mola é a cavidade interna. Isolamento térmico: A cavidade interna dos sistemas construtivos em drywall permite a colocação de lã de vidro, preenchendo esse espaço vazio e aumentando consideravelmente o isolamento térmico entre os ambientes. Instalações elétricas, hidráulicas e outros: É possível instalar qualquer tipo de componente nas paredes tipo Drywall, através de especificações e procedimentos simples e eficientes. A compatibilização em fase de projeto e a execução de um protótipo técnico na obra são fundamentais. Acabamento e revestimentos: A liberdade arquitetônica, alinhada à planicidade da superfície e à mão de obra capacitada, é uma característica essencial do sistema, independentemente do tipo e/ou formato da vedação. O ambiente não pode receber umidade excessiva ou estar exposto a intempéries. Com critérios e procedimentos específicos, pode receber qualquer tipo de acabamento: pintura, azulejos, revestimento melamínico, mármores, granitos, etc. 3.2 Normas Técnicas Hoje, o sistema drywall segue rigorosas normas elaboradas pelo comitê técnico da Associação Brasileira de Fabricantes de Drywall, em conjunto com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 5 O processo de fabricação – chapas, perfis e diversos componentes – e a instalação dos produtos são normatizados, a fim de garantir a qualidade. As normas que regem o drywall são as seguintes: A ABNT publicou a norma NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho, que oferece ao consumidor final uma garantia de qualidade das edificações residenciais, definindo parâmetros mínimos de desempenho, quaisquer que sejam os métodos construtivos utilizados. Os desempenhos dessas edificações são classificados em “mínimo”, “intermediário” e “superior” – devem ser definidos ainda na fase de projeto. Essa norma é dividida em seis partes: 6 3.3 Componentes do Sistema A figura 1 destaca os principais componentes do sistema de vedação vertical drywall. Figura 1 - Componentes do sistema vertical drywall. Chapas As chapas de Drywall são produzidas por processo industrializado contínuo a partir da gipsita natural, de onde se obtém o gesso, com propriedade de resistência à compressão e ao fogo. O gesso acartonado consiste em uma chapa de gesso, água, aditivos e papel cartão dos seus dois lados, que confere maior resistência mecânica e torna a superfície regular. A soma de todos esses elementos confere às chapas de gesso acartonado resistência mecânica, resistência ao fogo e flexibilidade. 7 Perfis Metálicos São fabricados mediante processo de conformação contínua a frio, por sequência de rolos a partir de chapas de aço de 0,50 mm de espessura, revestidas com zinco pelo processo contínuo de zincagem por imersão a quente. Seu revestimento zincado tem massa mínima de revestimento de 275g/m², conforme Norma da ABNT NBR 7008. Os perfis de aço para sistemas drywall devem obedecer à norma ABNT NBR 15217. Fixações São peças utilizadas para fixar componentes dos sistemas dywall entre si, ou para fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos (pilares, vigas, lajes, etc.). Para a fixação de perfis metálicos em elementos construtivospodem ser utilizadas buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6 mm, rebites metálicos com diâmetro mínimo de 4 mm, finca-pinos ou adesivos especiais. Os parafusos utilizados na montagem estrutural (metal/metal) são zincados (blue zinc), com ponta broca ou ponta agulha e cabeça lentilha. No chapeamento (chapa/metal), os parafusos são zincados (blue zinc), ponta agulha ou, em alguns casos, ponta broca e cabeça trombeta, sendo todos aplicados com parafusadeira específica para o sistema drywall . Resistentes à corrosão, os parafusos são utilizados para a fixação dos componentes do sistema drywall. Devem possuir resistência à corrosão vermelha mínima de 48h na câmara salt-spray em teste de laboratório. O comprimento dos parafusos que fixam as chapas de gesso nos perfis (montantes) é definido pela quantidade e espessura de chapas drywall a serem fixadas. O parafuso deve fixar todas as camadas e ultrapassar o perfil metálico em, pelo menos, 10 mm. O comprimento dos parafusos que fixam os perfis metálicos entre si (metal/metal) deve ultrapassar o último elemento metálico em, no mínimo, três passos de rosca. Massa para juntas e massa cola A massa para juntas são produtos específicos para o tratamento das juntas entre as chapas de drywall e tratamento dos encontros entre as chapas e o suporte (alvenarias ou estruturas de concreto), além do tratamento das cabeças dos parafusos. Devem ser 8 utilizadas juntamente com a fita de papel microperfurado. Em nenhuma hipótese deve- se utilizar gesso em pó ou massa corrida para a execução das juntas. A massa cola é um produto específico para a fixação das chapas diretamente sobre os suportes verticais (alvenarias ou estruturas de concreto) e para pequenos reparos nas chapas. Deve ser misturada com água para aplicação. Fitas São componentes utilizados para acabamento e melhora do desempenho do sistema drywall. Reforços Utilizados em paredes de drywall para melhor desempenho nas fixações de objetos pesados. 3.4 Utilização por ambiente Paredes entre unidades independentes e entre áreas de circulação: Recomenda-se a utilização de paredes com pelo menos duas camadas de chapas de gesso em cada uma das faces. A estrutura pode ser simples ou dupla. No caso de estrutura dupla, elas podem ser independentes ou solidarizadas. Paredes internas a uma mesma unidade: Recomenda-se a utilização de paredes com pelo menos uma camada de chapa de gesso em cada face. Figura 2 - paredes entre unidades independentes e entre áreas de circulação. Figura 3 - Paredes internas a uma mesma unidade 9 Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações internas a uma mesma unidade: Esta parede possui uma camada de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável em função dos elementos a serem inseridos no interior da mesma. A dupla estrutura deve possuir travamento executado com pedaços de chapa de gesso com altura de 30 cm. Estes pedaços de chapas deverão ter espaçamento entre eixos de 1,00 a 1,50 m. Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações entre unidades independentes : Esta parede possui duas camadas de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável em função dos elementos a serem inseridos no interior da mesma. A dupla estrutura deve possuir travamento executado com pedaços de chapa de gesso com altura de 30 cm. Estes pedaços de chapas deverão ter espaçamento entre eixos de 1,00 a 1,50 m . Figura 5 - Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações entre unidades independentes. Figura 4 - Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações internas a uma mesma unidade. 10 Paredes no alinhamento de pilares, vigas ou alvenarias: Executar a colagem da chapa de gesso sobre o elemento estrutural ou executar um desnível de no mínimo 2,5 cm. Figura 6 - Paredes no alinhamento de pilares, vigas ou alvenarias. Paredes de altas performances mecânicas: Esta parede possui pelo menos duas camadas de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável. A dupla estrutura deve possuir travamento executado com pedaços de chapa de gesso com altura de 30 cm. Estes pedaços de chapas deverão ter espaçamento entre eixos de 1,00 a 1,50 m. Paredes de altas performances acústicas: Esta parede possui pelo menos duas camadas de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável. As duas estruturas devem necessariamente ser independentes e deve-se prever lã mineral para aumentar o isolamento acústico. Figura 8 - Paredes de altas performances acústicas. Figura 7 - Paredes de altas performances mecânicas. 11 3.5 Impermeabilização Para áreas molhadas e molháveis (definição de acordo com a norma da ABNT NBR 15575), como banheiros, cozinhas e áreas de serviço, recomenda-se o uso de chapas RU, resistentes à umidade, com tratamento de impermeabilização na base da parede e uso de espaçamento entre montantes de no máximo 400 mm. A impermeabilização deverá ser executada somente após a execução das paredes de drywall em junção com a impermeabilização do piso. É fundamental compatibilizar com antecedência a altura de cada tipo de piso para cada ambiente, e entre os mesmos e as áreas molhadas (queda, ralo, etc.), além de compatibilizar com a tipologia de cada parede de drywall, que deverá ter a sua face chapeada e acabada, alinhada com os degraus de impermeabilização do box de banheiros e similares, e/ou desníveis entre diferentes tipos de pisos. É sugerido adotar a impermeabilização convencional com tarucel e mastique, no caso de chapeamento duplo. No caso de chapeamento simples, somente mastique ou silicone antifungo, resistente, compatível com o processo de impermeabilização. Nas áreas de box, é recomendada a impermeabilização total da parede Drywall com pintura bicomponente polimérica ou similar. Nas demais áreas do banheiro, 20 cm de impermeabilização com selador compatível. Argamassas de assentamento e rejunte devem ser flexíveis, dos tipos AC2, AC3 ou específica para drywall. Os pontos de utilização e passagem de tubos devem ser vedados com selante (tipo silicone, antifungo) flexível e não condutores de umidade. Não é recomendado o uso de rodapé metálico ou similar. Devido a potencial condensação na chapa OSB, recomenda-se o uso de uma Membrana Hidrófuga quando do uso em áreas molhadas e/ou molháveis. Essa membrana atua como barreira contra vento, poeira, vapor d’água e calor (quando usadas externas ou internamente). Permite a saída do vapor d’água do interior das paredes, evitando o acúmulo de umidade e proliferação de fungos, ou seja, permite que as paredes “respirem” sem que absorvam a umidade do meio, aumentando a durabilidade e estanqueidade da construção e preservando o conforto dos ambientes. 12 Abaixo, seguem as representações do chapeamento do OSB com e sem o uso da membrana. A representação da impermeabilização de piso e rodapé é válida para todas as áreas molhadas e molháveis (ABNT 15575). Figura 9 - Elevação do rodapé da parede drywall com impermeabilização em camadas. Figura 10 - Elevação do rodapé da parede de drywall/OSB com impermeabilização em camadas. 3.6 Paredes curvas Estas paredes podem ser executadas em diversas situações de projeto e devem respeitar o tipo de chapa de gesso (ST, RU ou RF) em função do ambiente e as chapas de gesso devem ser utilizadas na posição horizontal. Os perfis horizontais (guias oucantoneiras) podem ser cortados ou calandrados para atingir o raio desejado. Figura 11 - Parede curva em corte. 13 Para espessuras de chapas inferiores a 12,5 mm, utilizar no mínimo duas camadas de chapas de gesso. 3.7 Instalações nas paredes drywall Instalação elétrica, som e telefonia: As instalações elétricas, de som ou de telefonia, devem passar em eletrodutos metálicos ou plásticos rígidos ou flexíveis. No caso do emprego de eletrodutos corrugados é recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes, quando os montantes possuem furos circulares. As caixas de chegada destas instalações podem ser fixadas na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando caixas especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. As caixas de chegada de dois ambientes adjacentes não devem ser colocadas em posições coincidentes, ou seja, as faces posteriores das caixas não podem estar em contato, devendo as mesmas ser posicionadas com pelo menos 10 cm de afastamento entre si (medido de face a face). Figura 12 – Representação esquemática da instalação elétrica, som e telefonia. 14 Figura 13 - Afastamento mínimo entre caixas. Instalação hidráulica As instalações hidráulicas para água fria ou quente podem ser executadas com tubulação rígida de PVC, cobre ou aço ou ainda com tubulação flexível tipo PEX. É recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes, quando os montantes possuem furos circulares. É obrigatória a utilização de isolamento em torno da tubulação e conexões de cobre e bronze, não permitindo o contato destes elementos com os montantes de aço galvanizado, evitando assim as reações galvânicas. Os pontos de saída destas instalações podem ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso utilizando peças especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. As frestas entre os pontos de saída destas instalações e a chapa de gesso devem ser vedadas com selante elastomérico. As extremidades das tubulações nos pontos de saída devem avançar cerca de 2 mm em relação ao revestimento da parede. Figura 14 - Fixação das saídas dos montantes, nas travessas ou tipo flange. 15 Instalação sanitária As instalações sanitárias podem ser executadas com tubulação rígida de PVC. No caso de tubulações com diâmetro superior ao da estrutura da parede, utilizar parede com dupla estrutura. Os pontos de saída destas instalações podem ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando peças especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. Instalação de gás É vetada a passagem de instalações de gás no interior das paredes drywall. Instalação de aspiração Os pontos de saída destas instalações podem ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando peças especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. Fixação de peças suspensas em paredes drywall A forma de fixação de peças nas paredes drywall deve ser prevista em projeto, observando-se as seguintes características: O peso da carga a ser fixada. O tipo de carga, ou seja, seu afastamento do acabamento da parede, definindo um esforço de cisalhamento ou de momento. O tipo de fixador a ser utilizado. Figura 15 - Representação esquemática das instalações sanitárias. 16 Utilizar sempre buchas e ganchos específicos para o drywall a serem escolhidos em função das características acima e do suporte: quantidade de camadas de chapas de gesso, espessura do acabamento da parede, etc. Considera-se ponto de fixação cada perfuração que receberá o fixador. A distância mínima entre os pontos de fixação deve ser de 400 mm. Dois ou mais pontos distanciados a menos de 400 mm são considerados como um único ponto. Respeitar a tabela abaixo para os valores máximos para as cargas a serem fixadas: Pesquisa As paredes de drywall podem receber diveros tipos de acabamento e revestimentos. Pesquise quais são eles e a indicação para cada tipo de ambiente. 17 3.8 Estocagem, transporte e manuseio. Chapas Verificar a integridade das chapas antes de iniciar a descarga; Os paletes das chapas de gesso durante o transporte, descarga e movimentação mecânica devem possuir cantoneiras de proteção nos pontos de contato com cordas e fitas de amarração; No caminhão ou no local armazenado, checar visualmente se as bordas com rebaixo e quadradas estão danificadas; Verificar, com paquímetro, se as bordas com rebaixo e quadradas estão dentro das especificações gerais; Identificar uma amostra para cada lote de (x) chapas, sendo a amostra destinada à verificação como prova de amostragem; Atentar-se ao limite de empilhamento de chapas na laje proporcional ao limite de sobrecarga pontual da mesma, empilhando as chapas em paletes, fornecidos pelo fabricante, dentro dos padrões de empilhamento com espaçamento e calços adequados e observando a carga máxima permitida no pavimento; Figura 16 - Representação esquemática para a estocagem das placas de drywall. 18 Checar a aderência do cartão na chapa com cortes “X” na face de acabamento, inclusive nas bordas rebaixadas e bordas quadradas, devendo esta chapa ser utilizada no primeiro chapeamento em parede com chapeamento múltiplo; As chapas devem ser estocadas em local seco e abrigadas das intempéries; Em locais potencialmente sujeitos à umidade, as chapas devem ser protegidas por lonas plásticas; Não colocar pesos sobre as chapas, nem estocá-las verticalmente, nem empilhá- las desordenadamente; Armazenar as chapas em solo plano e, de preferência, próximo aos locais da aplicação; As chapas deverão ser armazenadas sobre apoios com largura de 7 cm e comprimento igual à largura das chapas, espaçados a cada 40 cm; As pilhas podem atingir altura máxima de 5 m, com colocação de apoios a cada 60 chapas. As chapas podem ser transportadas manualmente ou por empilhadeira. No caso de transporte manual, devem ser levadas na posição vertical. Perfis metálicos Identificar duas amostras para cada lote de (X) perfis, sendo uma das am ostras destinada à verificação como prova de amostragem, e a outra amostra para contraprova; Verificar visualmente se os perfis não estão oxidados; Figura 17 - Recomendações gerais para o armazenamento e estocagem das chapas. 19 Checar as dimensões (largura, altura, espessura, etc.) dos perfis conforme requisição; Averiguar a qualidade da rugosidade nas faces dos montantes; Montantes e guias devem atender à espessura mínima de 0,50 mm, aço tipo B, galvanizado, ou conforme especificação; Os perfis devem ser mantidos amarrados e alinhados, evitando-se balanços ou distorções que possam causar amassamentos ou torções; Os de menor comprimento devem ser apoiados sobre os maiores. Parafusos Os parafusos de fixação são fornecidosembalados em caixas resistentes, onde constam a tipologia, informações técnicas e dimensões; As embalagens devem ser armazenadas em local seco e abrigado. Fitas As fitas são fornecidas em embalagens onde constam as dimensões e informações técnicas; Os rolos das fitas devem ser armazenados em local seco, afastado do piso, preferencialmente sobre estrados. Massas As massas em pó para tratamento de juntas devem ser armazenadas em local seco, afastadas do piso, preferencialmente sobre estrados e em pilhas de, no máximo, 20 sacos intercalados; Checar a data de vencimento das massas e mantê-las fora de temperaturas extremas. A temperatura ideal de armazenamento recomendada está entre 22° C a 30° C, nunca abaixo de 6° C. Lã de vidro Deve ser armazenada em local seco e abrigado; Manter separado de alimentos e, quando possível, abaixo de 30° C. 20 Exercícios Comentados IMPORTANTE: Algumas atividades propostas não foram comentadas diretamente nos conteúdos expostos e que, portanto, deverá ser objeto de pesquisa e estudo complementar para solucionar as atividades. Todos os exercícios propostos estão resolvidos e comentados, e dessa forma, servem como referência para os estudos complementares. Pesquise nas bibliografias complementares, NBR’s e também em sites de internet confiáveis. Exercício 01: Assinale a alternativa que indica uma característica técnica da parede de gesso acartonado (drywall). a) Impede seu uso como parede molhável, mesmo que seus painéis recebam tratamento químico no seu revestimento e a agregação de produtos químicos à mistura do gesso. b) É estruturada por montantes de madeira quimicamente tratada, distanciados ao longo de um plano vertical conforme medida do painel. c) Tem seu espaço modular entre os montantes preenchido com material que assegura à parede desempenho térmico e antichama, mas não acústico. d) Apresenta estrutura revestida em uma ou duas faces com painéis protegidos em gesso e estruturados por folhas de papelão. e) Permite que, em seus painéis, sejam embutidas as instalações elétricas e hidráulicas, exigindo tão somente operações de montagem no canteiro de obras. Solução: Alternativa a – Errado: Para áreas molhadas e molháveis (definição de acordo com a norma da ABNT NBR 15575), como banheiros, cozinhas e áreas de serviço, recomenda -se o uso de chapas RU, resistentes à umidade, com tratamento de impermeabilização na base da parede. 21 Alternativa b - Errado: O sistema tipo drywall combina uma estrutura interna (normalmente metálica / aço galvanizado), na qual são parafusadas, em ambos os lados chapa de vedação que podem ser de gesso, gesso acartonado (mais comum no Brasi), placas cimentícias, entre outras. Alternativa c – Errado: O desempenho acústico dos sistemas construtivos em drywall atende às mais exigentes especificações, podendo inclusive ser melhorado c om o acréscimo de mais chapas ou lã de vidro em seu interior. Alternativa d – Errado: As chapas de Drywall são produzidas por processo industrializado contínuo a partir da gipsita natural, de onde se obtém o gesso, com propriedade de resistência à compressão e ao fogo. O gesso acartonado consiste em uma chapa de gesso, água, aditivos e papel cartão dos seus dois lados, que confere maior resistência mecânica e torna a superfície regular. A soma de todos esses elementos confere às chapas de gesso acartonado resistência mecânica, resistência ao fogo e flexibilidade. Alternativa e – Certo: É possível instalar qualquer tipo de componente nas paredes tipo Drywall, através de especificações e procedimentos simples e eficientes. Resposta: Letra e. Exercício 02: Em relação a especificações de materiais e serviços e a levantamento de quantidades e resistência dos materiais no âmbito da construção civil, julgue se verdadeiro ou falso a seguinte afirmativa: “As mantas de lã de vidro que são colocadas na parte interna das paredes de gesso acartonado (drywall) são utilizadas para garantir maior resistência mecânica aos painéis e diminuir o peso.” Solução: A cavidade interna dos sistemas construtivos em drywall permite a colocação de lã de vidro, preenchendo esse espaço vazio e aumentando consideravelmente o isolamento térmico e acústico entre os ambientes. Resposta: Afirmativa falsa Exercício 03: Projetistas de um escritório fizeram um levantamento de requisitos de prevenção contra incêndio para a elaboração de um projeto de construção de um prédio comercial. Após suas pesquisas, eles elaboraram especificações técnicas de materiais que apresentavam certas propriedades de resistência ao fogo. Foram levantados, também, requisitos de materiais para revestimento acústico, proteção de pilares e paredes. 22 A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte se verdadeiro ou falso, considerando as ações de prevenção de incêndios e controle ambiental das edificações. “Para a proteção contra incêndio de paredes construídas com drywall, os projetistas deverão recomendar que elas sejam preenchidas com placas de lã de vidro, que possuem maior resistência ao fogo que as placas de lã de rocha.” Solução: Tanto a lã de rocha quanto a lá de vidro tem propriedades isolantes e são usados na construção civil e indústria para isolamento térmico e isolamento acústico. Quanto a sua composição os produtos diferem entre a matéria prima usada na sua fabricação: rocha para a lã de rocha e areia para a lã de vidro. Na escolha do material deve-se observar as densidades de fabricação de ambos os materiais para o correto uso e resultados esperados: Lã de rocha densidades de 32 kg/m³ a 160 kg/m³; Lã de vidro densidade de 10 kg/m³ a 100 kg/m³. Devido as características de isolamento térmico e isolamento acústico, ambos os materiais são usados entre as placas de drywall, forros e entre telhas metálicas ou mesmo entre a laje e o telhado de residências. Placas de lã de rocha e lã de vidro podem ser aplicadas entre paredes de alvenaria no perímetro de construções. A lã de rocha também é encontrada nas portas corta-fogo em edifícios, proteção de shafts ou escadas. A lã de rocha pode suportar temperaturas acima de 200ºC por isso é largamente usada para a proteção passiva contra incêndio em estruturas metálicas evitando colapso em caso de incêndio. Resposta: Afirmativa falsa.
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