Buscar

M2T3 TecnologiaII

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA II: 
TÉCNICAS 
COSNTRUTIVAS 
 
MÓDULO 2 
TÓPICO 3 
PROFESSORA ESPECIALISTA MARIANNE SILVESTRE 
TEIXEIRA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No Tópico 3 do módulo 2 da disciplina se Tecnologia II: Técnicas Construtivas, 
será destacado o sistema de vedação vertical constituída por chapa de gesso 
acartonado, ou sistema drywall (parede seca) é um sistema de construção a seco, isto é, 
onde a alvenaria de vedação convencional de tijolo ou bloco e argamassa de cimento, 
areia e água são substituídas. Este sistema abrange também, forros, revestimentos e 
mobiliário. 
O sistema combina uma estrutura interna (normalmente metálica / aço 
galvanizado), na qual são parafusadas, em ambos os lados chapa de vedação que podem 
ser de gesso, gesso acartonado (mais comum no Brasi l), placas cimentícias, entre outras. 
Podem ser utilizados em áreas residenciais, comerciais, hospitalares e industriais. 
O desempenho técnico dos mesmos deve ser selecionado em função das especificações 
do projeto. 
Definição e observações gerais: 
 As paredes em drywall são constituídas por chapas de gesso parafusadas em 
ambos os lados de uma estrutura de aço galvanizado que pode ser simples ou 
dupla. 
 A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nível de desempenho 
que pode variar conforme o número de chapas, a dimensão e posicionamento da 
estrutura e da incorporação de elementos isolantes térmicos ou acústicos no seu 
interior. 
 Para paredes de alto desempenho acústico: especificar banda acústica no contato 
do perímetro das vedações em drywall com o suporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
MÓDULO II 
IMPERMEABILIZAÇÃOES E ELEMENTOS DE 
ESTRUTURAS E FECHAMENTO 
 
Tópico 3: Elementos de fechamento vertical - o Drywall 
 
3.1 Características e Especificações 
 
Os Sistemas Drywall para paredes e forros, utilizados no processo de vedações 
internas de obras em geral, são constituídos por chapas de gesso acartonado, produzidas 
industrialmente a partir da gipsita natural e cartão duplex, com rigoroso controle da 
qualidade, e parafusadas em uma estrutura metálica leve de aço galvanizado. 
Podem ser montados em conjunto com estruturas de concreto, metal ou madeira. 
Os movimentos normais das estruturas são absorvidos pelos sistemas de perfis e juntas, 
não apresentando fissuras no conjunto. Vale a pena ressaltar que movimentações 
estruturais atípicas requerem um detalhamento específico do drywall. 
A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nível de desempenho, 
que pode variar conforme o número de chapas, dimensões das estruturas e incorporação 
de elementos isolantes ou acústicos. 
 
 Resistência ao fogo: As chapas tipo RF (Resistentes ao Fogo) devem atender às 
exigências legais e regulamentações contra incêndio em todas as possíveis 
combinações de chapas, perfis e lãs de vidro em relação ao tempo de resistência 
ao fogo. Lembrando que mesmo um sistema de paredes com a composição mais 
simples de drywall apresenta excelente desempenho nesse quesito. Por norma, 
todos os tipos de paredes, e com qualquer composição de chapas, resistem no 
mínimo a 30 minutos de fogo. (ex de locais para utilização.: saídas de emergência, 
escadas enclausuradas, shafts). 
 
 
 
 
 
 
4 
 Resistência mecânica: Com análise e especificação técnica adequadas, o 
comportamento das paredes de drywall atende aos critérios de impacto de corpo 
duro, impacto de corpo mole, ações transmitidas por portas, deslocamento 
horizontal e residual e cargas suspensas. Além disso, são adaptáveis a qualquer 
tipo de estrutura (madeira, concreto, aço) e podem atender a qualquer pé-direito. 
A fixação de elementos posteriores é viabilizada de acordo com o estudo e 
preparo para cada caso, pois pode ser necessário o uso de reforços internos, ou 
buchas específicas do sistema. 
 Isolamento acústico: O desempenho acústico dos sistemas construtivos em 
drywall atende às mais exigentes especificações, podendo inclusive ser melhorado 
com o acréscimo de mais chapas ou lã de vidro em seu interior. O conceito de 
isolamento acústico tem como referência o sistema m1 + mola + m2, onde “m” é a 
massa, constituída da chapa de drywall, e mola é a cavidade interna. 
 Isolamento térmico: A cavidade interna dos sistemas construtivos em drywall 
permite a colocação de lã de vidro, preenchendo esse espaço vazio e aumentando 
consideravelmente o isolamento térmico entre os ambientes. 
 Instalações elétricas, hidráulicas e outros: É possível instalar qualquer tipo de 
componente nas paredes tipo Drywall, através de especificações e procedimentos 
simples e eficientes. A compatibilização em fase de projeto e a execução de um 
protótipo técnico na obra são fundamentais. 
 Acabamento e revestimentos: A liberdade arquitetônica, alinhada à planicidade 
da superfície e à mão de obra capacitada, é uma característica essencial do 
sistema, independentemente do tipo e/ou formato da vedação. O ambiente não 
pode receber umidade excessiva ou estar exposto a intempéries. Com critérios e 
procedimentos específicos, pode receber qualquer tipo de acabamento: pintura, 
azulejos, revestimento melamínico, mármores, granitos, etc. 
 
3.2 Normas Técnicas 
Hoje, o sistema drywall segue rigorosas normas elaboradas pelo comitê técnico da 
Associação Brasileira de Fabricantes de Drywall, em conjunto com a ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). 
 
 
 
 
 
5 
O processo de fabricação – chapas, perfis e diversos componentes – e a instalação 
dos produtos são normatizados, a fim de garantir a qualidade. 
As normas que regem o drywall são as seguintes: 
 
 
 
A ABNT publicou a norma NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho, 
que oferece ao consumidor final uma garantia de qualidade das edificações residenciais, 
definindo parâmetros mínimos de desempenho, quaisquer que sejam os métodos 
construtivos utilizados. 
Os desempenhos dessas edificações são classificados em “mínimo”, “intermediário” 
e “superior” – devem ser definidos ainda na fase de projeto. 
Essa norma é dividida em seis partes: 
 
 
 
 
 
 
 
6 
3.3 Componentes do Sistema 
A figura 1 destaca os principais componentes do sistema de vedação vertical 
drywall. 
 
Figura 1 - Componentes do sistema vertical drywall. 
 
 Chapas 
As chapas de Drywall são produzidas por processo industrializado contínuo a partir 
da gipsita natural, de onde se obtém o gesso, com propriedade de resistência à 
compressão e ao fogo. O gesso acartonado consiste em uma chapa de gesso, água, 
aditivos e papel cartão dos seus dois lados, que confere maior resistência mecânica e 
torna a superfície regular. A soma de todos esses elementos confere às chapas de gesso 
acartonado resistência mecânica, resistência ao fogo e flexibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 Perfis Metálicos 
São fabricados mediante processo de conformação contínua a frio, por sequência 
de rolos a partir de chapas de aço de 0,50 mm de espessura, revestidas com zinco pelo 
processo contínuo de zincagem por imersão a quente. Seu revestimento zincado tem 
massa mínima de revestimento de 275g/m², conforme Norma da ABNT NBR 7008. 
Os perfis de aço para sistemas drywall devem obedecer à norma ABNT NBR 15217. 
 
 Fixações 
São peças utilizadas para fixar componentes dos sistemas dywall entre si, ou para 
fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos (pilares, vigas, lajes, etc.). Para a 
fixação de perfis metálicos em elementos construtivospodem ser utilizadas buchas 
plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6 mm, rebites metálicos com diâmetro 
mínimo de 4 mm, finca-pinos ou adesivos especiais. Os parafusos utilizados na 
montagem estrutural (metal/metal) são zincados (blue zinc), com ponta broca ou ponta 
agulha e cabeça lentilha. No chapeamento (chapa/metal), os parafusos são zincados 
(blue zinc), ponta agulha ou, em alguns casos, ponta broca e cabeça trombeta, sendo 
todos aplicados com parafusadeira específica para o sistema drywall . 
Resistentes à corrosão, os parafusos são utilizados para a fixação dos componentes 
do sistema drywall. Devem possuir resistência à corrosão vermelha mínima de 48h na 
câmara salt-spray em teste de laboratório. 
O comprimento dos parafusos que fixam as chapas de gesso nos perfis (montantes) 
é definido pela quantidade e espessura de chapas drywall a serem fixadas. O parafuso 
deve fixar todas as camadas e ultrapassar o perfil metálico em, pelo menos, 10 mm. 
O comprimento dos parafusos que fixam os perfis metálicos entre si (metal/metal) 
deve ultrapassar o último elemento metálico em, no mínimo, três passos de rosca. 
 
 Massa para juntas e massa cola 
A massa para juntas são produtos específicos para o tratamento das juntas entre as 
chapas de drywall e tratamento dos encontros entre as chapas e o suporte (alvenarias 
ou estruturas de concreto), além do tratamento das cabeças dos parafusos. Devem ser 
 
 
 
 
 
8 
utilizadas juntamente com a fita de papel microperfurado. Em nenhuma hipótese deve-
se utilizar gesso em pó ou massa corrida para a execução das juntas. 
A massa cola é um produto específico para a fixação das chapas diretamente sobre 
os suportes verticais (alvenarias ou estruturas de concreto) e para pequenos reparos nas 
chapas. Deve ser misturada com água para aplicação. 
 
 Fitas 
São componentes utilizados para acabamento e melhora do desempenho do 
sistema drywall. 
 
 Reforços 
Utilizados em paredes de drywall para melhor desempenho nas fixações de objetos 
pesados. 
 
3.4 Utilização por ambiente 
 
Paredes entre unidades independentes e 
entre áreas de circulação: Recomenda-se a 
utilização de paredes com pelo menos 
duas camadas de chapas de gesso em cada 
uma das faces. A estrutura pode ser 
simples ou dupla. No caso de estrutura 
dupla, elas podem ser independentes ou 
solidarizadas. 
 
Paredes internas a uma mesma unidade: 
Recomenda-se a utilização de paredes com pelo 
menos uma camada de chapa de gesso em cada 
face. 
 
 
Figura 2 - paredes entre unidades independentes e entre áreas 
de circulação. 
Figura 3 - Paredes internas a uma mesma unidade 
 
 
 
 
 
9 
Paredes incorporando vigas, pilares ou 
tubulações internas a uma mesma unidade: Esta 
parede possui uma camada de chapa de gesso 
em cada face. A sua espessura é variável em 
função dos elementos a serem inseridos no 
interior da mesma. A dupla estrutura deve 
possuir travamento executado com pedaços de 
chapa de gesso com altura de 30 cm. Estes 
pedaços de chapas deverão ter espaçamento 
entre eixos de 1,00 a 1,50 m. 
 
Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações entre unidades independentes : Esta 
parede possui duas camadas de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável 
em função dos elementos a serem inseridos no interior da mesma. A dupla estrutura 
deve possuir travamento executado com pedaços de chapa de gesso com altura de 30 
cm. Estes pedaços de chapas deverão ter espaçamento entre eixos de 1,00 a 1,50 m . 
 
 
Figura 5 - Paredes incorporando vigas, pilares ou tubulações entre unidades independentes. 
 
 
 
Figura 4 - Paredes incorporando vigas, pilares ou 
tubulações internas a uma mesma unidade. 
 
 
 
 
 
10 
Paredes no alinhamento de pilares, vigas ou alvenarias: Executar a colagem da chapa de 
gesso sobre o elemento estrutural ou executar um desnível de no mínimo 2,5 cm. 
 
 
Figura 6 - Paredes no alinhamento de pilares, vigas ou alvenarias. 
 
Paredes de altas performances mecânicas: Esta parede possui 
pelo menos duas camadas de chapa de gesso em cada face. A sua 
espessura é variável. A dupla estrutura deve possuir travamento 
executado com pedaços de chapa de gesso com altura de 30 cm. 
Estes pedaços de chapas deverão ter espaçamento entre eixos 
de 1,00 a 1,50 m. 
 
 
 
Paredes de altas performances acústicas: Esta parede possui pelo menos duas camadas 
de chapa de gesso em cada face. A sua espessura é variável. As duas estruturas devem 
necessariamente ser independentes e deve-se prever lã mineral para aumentar o 
isolamento acústico. 
 
Figura 8 - Paredes de altas performances acústicas. 
Figura 7 - Paredes de altas 
performances mecânicas. 
 
 
 
 
 
11 
3.5 Impermeabilização 
Para áreas molhadas e molháveis (definição de acordo com a norma da ABNT NBR 
15575), como banheiros, cozinhas e áreas de serviço, recomenda-se o uso de chapas RU, 
resistentes à umidade, com tratamento de impermeabilização na base da parede e uso 
de espaçamento entre montantes de no máximo 400 mm. A impermeabilização deverá 
ser executada somente após a execução das paredes de drywall em junção com a 
impermeabilização do piso. 
É fundamental compatibilizar com antecedência a altura de cada tipo de piso para 
cada ambiente, e entre os mesmos e as áreas molhadas (queda, ralo, etc.), além de 
compatibilizar com a tipologia de cada parede de drywall, que deverá ter a sua face 
chapeada e acabada, alinhada com os degraus de impermeabilização do box de 
banheiros e similares, e/ou desníveis entre diferentes tipos de pisos. 
É sugerido adotar a impermeabilização convencional com tarucel e mastique, no 
caso de chapeamento duplo. No caso de chapeamento simples, somente mastique ou 
silicone antifungo, resistente, compatível com o processo de impermeabilização. 
Nas áreas de box, é recomendada a impermeabilização total da parede Drywall com 
pintura bicomponente polimérica ou similar. Nas demais áreas do banheiro, 20 cm de 
impermeabilização com selador compatível. Argamassas de assentamento e rejunte 
devem ser flexíveis, dos tipos AC2, AC3 ou específica para drywall. 
Os pontos de utilização e passagem de tubos devem ser vedados com selante (tipo 
silicone, antifungo) flexível e não condutores de umidade. Não é recomendado o uso de 
rodapé metálico ou similar. 
Devido a potencial condensação na chapa OSB, recomenda-se o uso de uma 
Membrana Hidrófuga quando do uso em áreas molhadas e/ou molháveis. Essa 
membrana atua como barreira contra vento, poeira, vapor d’água e calor (quando 
usadas externas ou internamente). Permite a saída do vapor d’água do interior das 
paredes, evitando o acúmulo de umidade e proliferação de fungos, ou seja, permite que 
as paredes “respirem” sem que absorvam a umidade do meio, aumentando a 
durabilidade e estanqueidade da construção e preservando o conforto dos ambientes. 
 
 
 
 
 
12 
Abaixo, seguem as representações do chapeamento do OSB com e sem o uso da 
membrana. A representação da impermeabilização de piso e rodapé é válida para todas 
as áreas molhadas e molháveis (ABNT 15575). 
 
 
Figura 9 - Elevação do rodapé da parede drywall com impermeabilização em camadas. 
 
 
Figura 10 - Elevação do rodapé da parede de drywall/OSB com impermeabilização em camadas. 
 
3.6 Paredes curvas 
 
Estas paredes podem ser executadas em diversas 
situações de projeto e devem respeitar o tipo de chapa de 
gesso (ST, RU ou RF) em função do ambiente e as chapas de 
gesso devem ser utilizadas na posição horizontal. 
Os perfis horizontais (guias oucantoneiras) podem 
ser cortados ou calandrados para atingir o raio desejado. 
Figura 11 - Parede curva em corte. 
 
 
 
 
 
13 
Para espessuras de chapas inferiores a 12,5 mm, utilizar no mínimo duas camadas de 
chapas de gesso. 
 
 
3.7 Instalações nas paredes drywall 
 
 Instalação elétrica, som e telefonia: 
As instalações elétricas, de som ou de telefonia, devem passar em eletrodutos 
metálicos ou plásticos rígidos ou flexíveis. No caso do emprego de eletrodutos 
corrugados é recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes, quando 
os montantes possuem furos circulares. 
As caixas de chegada destas instalações podem ser 
fixadas na estrutura da parede, diretamente nos montantes 
ou por meio de travessas horizontais metálicas, ou ainda 
diretamente nas chapas de gesso, utilizando caixas 
especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. 
 
As caixas de chegada de dois ambientes adjacentes 
não devem ser colocadas em posições coincidentes, ou seja, 
as faces posteriores das caixas não podem estar em contato, 
devendo as mesmas ser posicionadas com pelo menos 10 cm 
de afastamento entre si (medido de face a face). 
 
Figura 12 – Representação esquemática 
da instalação elétrica, som e telefonia. 
 
 
 
 
 
14 
 
Figura 13 - Afastamento mínimo entre caixas. 
 
 Instalação hidráulica 
As instalações hidráulicas para água fria ou quente podem ser executadas com 
tubulação rígida de PVC, cobre ou aço ou ainda com tubulação flexível tipo PEX. 
É recomendada a utilização de protetores nos furos dos montantes, quando os 
montantes possuem furos circulares. 
É obrigatória a utilização de isolamento em torno da tubulação e conexões de 
cobre e bronze, não permitindo o contato destes elementos com os montantes de aço 
galvanizado, evitando assim as reações galvânicas. 
Os pontos de saída destas instalações podem ser fixados na estrutura da parede, 
diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de 
madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso utilizando peças 
especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. 
As frestas entre os pontos de 
saída destas instalações e a chapa 
de gesso devem ser vedadas com 
selante elastomérico. As 
extremidades das tubulações nos 
pontos de saída devem avançar 
cerca de 2 mm em relação ao 
revestimento da parede. 
 
 
 
 
Figura 14 - Fixação das saídas dos montantes, nas travessas ou tipo flange. 
 
 
 
 
 
15 
 Instalação sanitária 
As instalações sanitárias podem ser executadas 
com tubulação rígida de PVC. 
No caso de tubulações com diâmetro superior 
ao da estrutura da parede, utilizar parede com dupla 
estrutura. 
Os pontos de saída destas instalações podem 
ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos 
montantes ou por meio de travessas horizontais 
metálicas ou de madeira tratada, ou ainda 
diretamente nas chapas de gesso, utilizando peças 
especialmente desenvolvidas para os sistemas 
drywall. 
 
 Instalação de gás 
É vetada a passagem de instalações de gás no interior das paredes drywall. 
 
 Instalação de aspiração 
Os pontos de saída destas instalações podem ser fixados na estrutura da parede, 
diretamente nos montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de 
madeira tratada, ou ainda diretamente nas chapas de gesso, utilizando peças 
especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. 
 Fixação de peças suspensas em paredes drywall 
A forma de fixação de peças nas paredes drywall deve ser prevista em projeto, 
observando-se as seguintes características: 
 O peso da carga a ser fixada. 
 O tipo de carga, ou seja, seu afastamento do acabamento da parede, definindo 
um esforço de cisalhamento ou de momento. 
 O tipo de fixador a ser utilizado. 
Figura 15 - Representação esquemática 
das instalações sanitárias. 
 
 
 
 
 
16 
Utilizar sempre buchas e ganchos específicos para o drywall a serem escolhidos 
em função das características acima e do suporte: quantidade de camadas de chapas de 
gesso, espessura do acabamento da parede, etc. 
Considera-se ponto de fixação cada perfuração que receberá o fixador. A distância 
mínima entre os pontos de fixação deve ser de 400 mm. Dois ou mais pontos 
distanciados a menos de 400 mm são considerados como um único ponto. 
Respeitar a tabela abaixo para os valores máximos para as cargas a serem fixadas: 
 
 
 
Pesquisa 
 
As paredes de drywall podem receber diveros tipos de acabamento e 
revestimentos. Pesquise quais são eles e a indicação para cada tipo de 
ambiente. 
 
 
 
 
 
17 
3.8 Estocagem, transporte e manuseio. 
 
 Chapas 
 Verificar a integridade das chapas antes de iniciar a descarga; 
 Os paletes das chapas de gesso durante o transporte, descarga e 
movimentação mecânica devem possuir cantoneiras de proteção nos pontos 
de contato com cordas e fitas de amarração; 
 No caminhão ou no local armazenado, checar visualmente se as bordas com 
rebaixo e quadradas estão danificadas; 
 Verificar, com paquímetro, se as bordas com rebaixo e quadradas estão dentro 
das especificações gerais; 
 Identificar uma amostra para cada lote de (x) chapas, sendo a amostra 
destinada à verificação como prova de amostragem; 
 Atentar-se ao limite de empilhamento de chapas na laje proporcional ao limite 
de sobrecarga pontual da mesma, empilhando as chapas em paletes, 
fornecidos pelo fabricante, dentro dos padrões de empilhamento com 
espaçamento e calços adequados e observando a carga máxima permitida no 
pavimento; 
 
Figura 16 - Representação esquemática para a estocagem das placas de drywall. 
 
 
 
 
 
18 
 Checar a aderência do 
cartão na chapa com 
cortes “X” na face de 
acabamento, inclusive 
nas bordas rebaixadas 
e bordas quadradas, 
devendo esta chapa 
ser utilizada no 
primeiro chapeamento 
em parede com 
chapeamento múltiplo; 
 As chapas devem ser 
estocadas em local seco e abrigadas das intempéries; 
 Em locais potencialmente sujeitos à umidade, as chapas devem ser protegidas por 
lonas plásticas; 
 Não colocar pesos sobre as chapas, nem estocá-las verticalmente, nem empilhá-
las desordenadamente; 
 Armazenar as chapas em solo plano e, de preferência, próximo aos locais da 
aplicação; 
 As chapas deverão ser armazenadas sobre apoios com largura de 7 cm e 
comprimento igual à largura das chapas, espaçados a cada 40 cm; 
 As pilhas podem atingir altura máxima de 5 m, com colocação de apoios a cada 60 
chapas. 
 As chapas podem ser transportadas manualmente ou por empilhadeira. No caso 
de transporte manual, devem ser levadas na posição vertical. 
 Perfis metálicos 
 Identificar duas amostras para cada lote de (X) perfis, sendo uma das am ostras 
destinada à verificação como prova de amostragem, e a outra amostra para 
contraprova; 
 Verificar visualmente se os perfis não estão oxidados; 
Figura 17 - Recomendações gerais para o armazenamento e estocagem das 
chapas. 
 
 
 
 
 
19 
 Checar as dimensões (largura, altura, espessura, etc.) dos perfis conforme 
requisição; 
 Averiguar a qualidade da rugosidade nas faces dos montantes; 
 Montantes e guias devem atender à espessura mínima de 0,50 mm, aço tipo B, 
galvanizado, ou conforme especificação; 
 Os perfis devem ser mantidos amarrados e alinhados, evitando-se balanços ou 
distorções que possam causar amassamentos ou torções; 
 Os de menor comprimento devem ser apoiados sobre os maiores. 
 
 Parafusos 
 Os parafusos de fixação são fornecidosembalados em caixas resistentes, onde 
constam a tipologia, informações técnicas e dimensões; 
 As embalagens devem ser armazenadas em local seco e abrigado. 
 
 Fitas 
 As fitas são fornecidas em embalagens onde constam as dimensões e 
informações técnicas; 
 Os rolos das fitas devem ser armazenados em local seco, afastado do piso, 
preferencialmente sobre estrados. 
 
 Massas 
 As massas em pó para tratamento de juntas devem ser armazenadas em local 
seco, afastadas do piso, preferencialmente sobre estrados e em pilhas de, no 
máximo, 20 sacos intercalados; 
 Checar a data de vencimento das massas e mantê-las fora de temperaturas 
extremas. A temperatura ideal de armazenamento recomendada está entre 
22° C a 30° C, nunca abaixo de 6° C. 
 
 Lã de vidro 
 Deve ser armazenada em local seco e abrigado; 
 Manter separado de alimentos e, quando possível, abaixo de 30° C. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Exercícios Comentados 
 
 
IMPORTANTE: Algumas atividades propostas não foram comentadas diretamente nos conteúdos expostos 
e que, portanto, deverá ser objeto de pesquisa e estudo complementar para solucionar as atividades. 
Todos os exercícios propostos estão resolvidos e comentados, e dessa forma, servem como referência para 
os estudos complementares. Pesquise nas bibliografias complementares, NBR’s e também em sites de 
internet confiáveis. 
 
 
Exercício 01: Assinale a alternativa que indica uma característica técnica da parede de gesso acartonado 
(drywall). 
 a) Impede seu uso como parede molhável, mesmo que seus painéis recebam tratamento químico no seu 
revestimento e a agregação de produtos químicos à mistura do gesso. 
 b) É estruturada por montantes de madeira quimicamente tratada, distanciados ao longo de um plano 
vertical conforme medida do painel. 
 c) Tem seu espaço modular entre os montantes preenchido com material que assegura à parede 
desempenho térmico e antichama, mas não acústico. 
 d) Apresenta estrutura revestida em uma ou duas faces com painéis protegidos em gesso e estruturados 
por folhas de papelão. 
 e) Permite que, em seus painéis, sejam embutidas as instalações elétricas e hidráulicas, exigindo tão 
somente operações de montagem no canteiro de obras. 
 
Solução: 
Alternativa a – Errado: Para áreas molhadas e molháveis (definição de acordo com a 
norma da ABNT NBR 15575), como banheiros, cozinhas e áreas de serviço, recomenda -se 
o uso de chapas RU, resistentes à umidade, com tratamento de impermeabilização na 
base da parede. 
 
 
 
 
 
 
21 
Alternativa b - Errado: O sistema tipo drywall combina uma estrutura interna 
(normalmente metálica / aço galvanizado), na qual são parafusadas, em ambos os lados 
chapa de vedação que podem ser de gesso, gesso acartonado (mais comum no Brasi), 
placas cimentícias, entre outras. 
Alternativa c – Errado: O desempenho acústico dos sistemas construtivos em drywall 
atende às mais exigentes especificações, podendo inclusive ser melhorado c om o 
acréscimo de mais chapas ou lã de vidro em seu interior. 
Alternativa d – Errado: As chapas de Drywall são produzidas por processo industrializado 
contínuo a partir da gipsita natural, de onde se obtém o gesso, com propriedade de 
resistência à compressão e ao fogo. O gesso acartonado consiste em uma chapa de 
gesso, água, aditivos e papel cartão dos seus dois lados, que confere maior resistência 
mecânica e torna a superfície regular. A soma de todos esses elementos confere às 
chapas de gesso acartonado resistência mecânica, resistência ao fogo e flexibilidade. 
Alternativa e – Certo: É possível instalar qualquer tipo de componente nas paredes tipo 
Drywall, através de especificações e procedimentos simples e eficientes. 
Resposta: Letra e. 
 
Exercício 02: Em relação a especificações de materiais e serviços e a levantamento de quantidades e 
resistência dos materiais no âmbito da construção civil, julgue se verdadeiro ou falso a seguinte afirmativa: 
“As mantas de lã de vidro que são colocadas na parte interna das paredes de gesso acartonado (drywall) 
são utilizadas para garantir maior resistência mecânica aos painéis e diminuir o peso.” 
Solução: 
A cavidade interna dos sistemas construtivos em drywall permite a colocação de lã de 
vidro, preenchendo esse espaço vazio e aumentando consideravelmente o isolamento 
térmico e acústico entre os ambientes. 
Resposta: Afirmativa falsa 
 
Exercício 03: Projetistas de um escritório fizeram um levantamento de requisitos de prevenção contra 
incêndio para a elaboração de um projeto de construção de um prédio comercial. Após suas pesquisas, eles 
elaboraram especificações técnicas de materiais que apresentavam certas propriedades de resistência ao 
fogo. Foram levantados, também, requisitos de materiais para revestimento acústico, proteção de pilares e 
paredes. 
 
 
 
 
 
22 
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte se verdadeiro ou falso, considerando as 
ações de prevenção de incêndios e controle ambiental das edificações. 
“Para a proteção contra incêndio de paredes construídas com drywall, os projetistas deverão recomendar 
que elas sejam preenchidas com placas de lã de vidro, que possuem maior resistência ao fogo que as placas 
de lã de rocha.” 
Solução: 
Tanto a lã de rocha quanto a lá de vidro tem propriedades isolantes e são usados na construção civil e 
indústria para isolamento térmico e isolamento acústico. 
Quanto a sua composição os produtos diferem entre a matéria prima usada na sua fabricação: rocha para a 
lã de rocha e areia para a lã de vidro. Na escolha do material deve-se observar as densidades de fabricação 
de ambos os materiais para o correto uso e resultados esperados: 
Lã de rocha densidades de 32 kg/m³ a 160 kg/m³; 
Lã de vidro densidade de 10 kg/m³ a 100 kg/m³. 
 Devido as características de isolamento térmico e isolamento acústico, ambos os materiais são usados 
entre as placas de drywall, forros e entre telhas metálicas ou mesmo entre a laje e o telhado de residências. 
 Placas de lã de rocha e lã de vidro podem ser aplicadas entre paredes de alvenaria no perímetro de 
construções. A lã de rocha também é encontrada nas portas corta-fogo em edifícios, proteção de shafts ou 
escadas. A lã de rocha pode suportar temperaturas acima de 200ºC por isso é largamente usada para a 
proteção passiva contra incêndio em estruturas metálicas evitando colapso em caso de incêndio. 
Resposta: Afirmativa falsa.

Continue navegando