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Farmacodinâmica Farmacodinâmica: Consiste no estudo de ações e efeitos de fármacos e seus mecanismos de ação no organismo. Por ação, entende-se a série de alterações bioquímicas ou fisiológicas que modifica as funções celulares. Efeito ou resposta é conseqüência da ação, clinicamente observável ou mensurável. Farmacologia Clínica para Dentistas, Lenita Wannmacher Ações farmacológicas relacionam-se à eficácia dos medicamentos e ao surgimento de reações adversas. Classificam-se em específicas e inespecíficas, quando somente aliviam manifestações clínicas. Nesse sentido, antibiótico exemplifica o primeiro caso, objetivando morte ou inibição de crescimento da bactéria causadora da infecção; já analgésicos comuns aliviam dor, independentemente de sua origem. Os fármacos não criam funções biológicas, apenas modificam as já existentes. Tipos de ações das drogas. Classificação segundo Krantz e Carr 1 – Estimulação: Provocam o aumento das atividades das células atingidas. Exemplo: Cafeína – aumenta atividade cerebral 2 – Depressão: Provoca a diminuição da atividade das células atingidas pela droga. Exemplo: Barbituricos – deprimem o SN 3 – Irritação: Atua sobre a nutrição, crescimento e morfologia dos tecidos vivos. Exemplo: Purgativos – irritam as células da mucosa intestinal 4 – Anti-infecção: Destruição ou neutralização dos organismos patógenos (bactérias, fungos…) Exemplo: Antibióticos – Azitromicina 5 – Reposição: Terapia de substituição. Hormônios naturais ou sintéticos no tratamento de doenças de insuficiência. Exemplo: T3 e T4 Fatores determinantes das ações e efeitos das drogas A) Da Administração: Vias; dose e regime posológico; fatores farmacêuticos de produção B) Da Disposição: Distribuição; metabolização; excreção C) Farmacodinâmicos: Concentração da droga; efeitos competitivos; interação droga receptor; mecanismo de ação; toxicologia; efeitos sobre a química corpórea D) Fatores Clínicos: Variáveis ambientais; falta de precisão no diagnósticos; efeito psicológico; doença simultânea; recaídas; interações entre as drogas; erros nos ensaios clínicos das drogas E) Fatores Fisiológicos: Raça; sexo; idade; peso e superfície corporal; posição do corpo; pH urinário; taxa de fluxo urinário; farmacogenética; gravidez; menopausa; estado de nutrição; estado patológico; velocidade de fluxo sanguíneo; cronofarmacologia; efeitos placebos e inesperados Os efeitos da maioria das drogas resultam da sua interação com componentes macromoleculares do organismo Receptor – Componente do organismo com o qual o agente químico deve interagir para produzir seus efeitos. O fármaco atua em determinado local denominado sítio de ação ou biofase, desde que aí chegue em concentrações adequadas, para o que concorrem processos de absorção e distribuição. Esses sítios têm localização extracelular, intracelular ou em superfície da membrana celular. Efeitos farmacológicos expressam-se junto ou a distância dos sítios de ação. Por exemplo, Morfina constringe a pupila por meio de sua ação no sistema nervoso central, enquanto Pilocarpina o faz por atuação local. Chama-se de efetor, o segmento do organismo onde se verificam os efeitos. As proteínas compõem a classe mais importante de receptores de fármacos” Proteínas Alvo; Especificidade recíproca; Locais moleculares favoráveis. Principais alvos protéicos para as ações das drogas:” Canais iônicos; Enzimas; Moléculas transportadoras; Receptores (receptores para ligantes reguladores endógenos) Ligações droga-receptor Covalentes: são ligações fortes, irreversíveis em condições biológicas; Ligações Eletrostáticas: mais fracas que as covalentes; Ligações Hidrofóbicas: são ligações fracas – interação entre drogas altamente lipossolúveis com lipídeos das membranas celulares; ↑ CHAVE-FECHADURA: quanto mais específica for a ligação, mais eficaz ela será No geral, farmacodinâmica estuda as interações fundamentais ou moleculares entre drogas e constituintes do corpo, as quais, por uma série de eventos, resultam em uma resposta farmacológica.
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