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CARACTERÍSTICAS FÍSICO QUÍMICAS DOS FÁRMACOS Segunda Parte Professor: Ramon Aguiar ramon.pinheiro@educadores.net.br Membrana Celular Membrana Celular Membrana Celular Lipofilicidade P: coeficiente de partição Corg: concentração na fase orgânica Caq: concentração na fase aquosa Lipofilicidade é definida pelo coeficiente de partição de uma substância entre uma fase aquosa e uma fase orgânica em um sistema de dois compartimentos sob uma condição de equilíbrio. Os valores do coeficiente de partição são correlacionados com a farmacocinética de um determinado fármaco. Ligação Polar da Água Moléculas polares são chamadas de hidrofílico Moléculas apolares são chamadas de hidrofóbicos ou lipofílico Shake Flask Modelo parabólico bilinear usado para descrever a atividade biológica e a lipofilicidade de uma série de fármacos congêneres Lipofilicidade ótima é entre 1 e 3 para requisitos farmacocinéticos e farmacodinâmicos No método de shake Flash é empregado como fase orgânica n-ocanol. No qual é calculado o valor logarítmico do coeficiente de partição (logP) Menor do que 1 aumenta a solubilidade do composto na sua liberação da forma farmacêutica. No entanto, diminui a passagem do fármacos pelas membranas. Maior do que 3 aumenta a passagem do fármaco pela membrana. No entanto, diminui a solubilidade na sua liberação da forma farmacêutica. Diagrama de Graig Correlação dos valores da constante de lipofilicidade (p) versus a contribuição eletrônica dos substituinte (s) de grupos funcionais. Ligação Iônica Iônica Ligação Iônica Interação Íon-Dipolo e Dipolo-Dipolo Interação via um íon com um dipolo momentâneo, estabilizado pelas cargas parciais Essa ligação pode varias de 1 a 7 kcal/mol Empilhamento p e T e cátion-p Diversos aminoácidos contém na cadeia lateral anéis aromáticos ou Nitrogênio como heteroátomo. Efeito de ressonância de anéis aromáticos permitem uma carga atrativa permitindo empilhamento de duas direções e interação cátion-p Empilhamento p e T e cátion-p A ->Tacrina fármaco antiAlzheimer sendo reconhecido pelo sítio ativo da acetilcolinesterase B -> Reconhecimento da acetilcolina pelos receptores nicotínicos Flurbiprofeno, antiinflamatório não-esteróide, inibe a enzima prostaglandina endoperóxido sintase (PGHS). • Ligação iônica • 5 kcal/mol - Ligação forte • Alguns aminoácidos normalmente encontram-se carregados (Arginina, lisina, histidina, glutamato, aspartato). Interação Iônica Fármaco Ácido-base Maioria dos fámacos Grau de ionização perto do 0, predomina o coeficiente de partição Transporte de Íon Isômeros de Tautomeria Apresentam o mesmos átomos, mesma fórmulas moleculares e os mesmo peso molecular, mas estruturas ou arranjos espaciais diferenciados. A diferença na estrutura ocorre por uma reação espontânea e as duas formas podem coexistir. Reação ceto-enol é espontânea. Medicamento Desintegração Desagregação Dissolução Absorção Distribuição Metabolismo Excreção Interação Fármaco-receptor Efeito Terapêutico Administração via oral Fármaco em solução Fármaco na biofase Fase Farmacêutica Fase farmacocinética Fase Farmacodinâmica A absorção de um fármaco é muito dependente da sua concentração após a liberação da forma farmacêutica. Ser mais solúvel é vantajoso nessa etapa. Fármaco ionizáveis tendem a ser mais solúveis. Um fármaco precisa ter a capacidade de ultrapassar as barreiras biológicas para exercer a farmacocinética. A lipofilicidade perfeita nessa etapa é importante. Fármacos ionizáveis são menos lipofílico. Fármaco ionizada não ultrapassa as barreiras biológicas. Necessário não ser um iôn. Propriedades físico-químicas são necessários para a interação Grau de Ionização Ka Equação de Henderson-Hasselbach Medicamento Desintegração Desagregação Dissolução Absorção Distribuição Metabolismo Excreção Interação Fármaco-receptor Efeito Terapêutico Administração via oral Fármaco em solução Fármaco na biofase Fase Farmacêutica Fase farmacocinética Fase Farmacodinâmica A absorção de um fármaco é muito dependente da sua concentração após a liberação da forma farmacêutica. Ser mais solúvel é vantajoso nessa etapa. Fármaco ionizáveis tendem a ser mais solúveis. Um fármaco precisa ter a capacidade de ultrapassar as barreiras biológicas para exercer a farmacocinética. A lipofilicidade perfeita nessa etapa é importante. Fármacos ionizáveis são menos lipofílico. Fármaco ionizada não ultrapassa as barreiras biológicas. Necessário não ser um iôn. Propriedades físico-químicas são necessários para a interação pH~1 pH~5 Mucosa intestinal pH~7,4 Plasma Boa absorção, sendo dependente de P Carreado por proteínas plasmáticas Boa absorção, sendo dependente de P % de Ionização Dupla estabilização das possíveis formas de ressonância. Apresentando no NH amídico e o tautômero que apresenta ligação de hidrogênio no N piridínico. Fato extremamente preponderante na ação desse fármaco, dependente do grau de ionização. Consequentemente do pKa. Para doses baixas, 20mg/dia para efeito: 1. Propriedades físico-químicas adequadas 2. Afinidade pelo biorreator 3. Baixa velocidade de metabolização e excreção. Alguns casos a diferença de pKa não são capazes de explicar a diferença no perfil do medicamento % de Ionização A contribuição dessas interações do aumento da acidez do piroxicam fica clara quando se compara o seu valor de pKa, com aqueles dos análogos obtidos pela troca isostérica do anel piridina por uma fenila e N-metilação do nitrogênio amidico mostrado na figura. Apesar de pKa bastante similares, tem P bastante distintos. Devido cadeias laterais. Farmacodinâmica idênticas, mas farmacocinética distintas. Levando ao emprego clínico diferenciado. Metoprolol: lipossolúvel (log P: 1,88), metabolizado por efeito de primeira passagem, contra indicado para pacientes com distúrbios no SNC, por atravessar a barreira hematencefálica. Atenolol: hidrossolúvel (Log P: 0,16), contraindicado para pacientes com distúrbios renais, devido o estresse provocado pela excreção da forma não modificada. Ariloxipropanolaminas Anti-hipertensivos Antagonistas de receptores b1 Log D7,4 Log D7,4 < 1,0 Substâncias apresentam boa hidrossolubilidade, mas baixa taxa de absorção passiva, devido à baixa permeabilidade. Compostos tendem a ter alta taxa de excreção renal. 1,0 > Log D7,4 < 3,0 É a faixa ótima para uma boa absorção intestinal, devido ao adequado equilíbrio entre a hidrossolubilidade e a taxa de permeabilidade, por difusão passiva. 3,0 > Log D7,4 > 5,0 Compostos apresentam alta permeabilidade, mas a absorção é reduzida devido ao baixo perfil de hidrossolubilidade. Log D7,4 > 5,0 Substâncias tendem a ter baixa absorção e biodisponibilidade oral, devido à baixíssima hidrossolubilidade e ao aumento da taxa de metabolização. Log D é a demonstração de log P, quando um fármaco é um ácido ou base fraca, leva-se em consideração o % de ionização num determinado pH. Log D é o mesmo que Log P, mas em um pH definido. Otimização de Fármaco Otimização das propriedades farmacocinéticas do fármaco antimalárico artemisinina (A) e do protótipo antiviral L685434 (B) Artemisinina teve atividade antiparasitário in vitro. Entretanto, não aplicável a utilização por via oral devido sua baixa solubilidade em água e em fase orgânica. Não tendo a capacidade de ser absorvido e de ter permeabilidade Biodisponibilidade oral de 82% 10 vezes maior do que artemisinina Otimização de Fármaco Otimização das propriedades farmacocinéticas do fármaco antimalárico artemisinina (A) e do protótipo antiviral L685434 (B)Protótipo antiviral inativo por via oral devido à baixa solubilidade. A inserção de uma cadeia lateral ionizável aumentou a solubilidade e consequentemente a biodisponibilidade do oral do indinavir Sistema de Classificação Biofarmacêutica Classe I Alta hidrossolubilidade Alta permeabilidade Classe IV Baixa hidrossolubilidade Baixa permeabilidade Classe II Baixa hidrossolubilidade Alta permeabilidade Classe III Alta hidrossolubilidade Baixa permeabilidade (hidrofílico) Aumentando a taxa de permeabilidade A u m en ta n d o a h id ro ss o lu b ili d ad e Classificação vastamente utilizada pela FDA, EMEA e OMS Medicamentos e Classificações Classe I (anfifílico)a Propanolol, metaprolol, labetalol, enalapril, captopril, ditilazem, nortriptilina Classe II (lipofílico)b Flurbiprofeno,, naproxeno, diclofenaco, piroxicam, glibenclamida, carbamazepina, fenitoína, nifedipina Classe III (hidrofílico)c Famotidina, cimetidina, atenolol, ranitidina, nadolol, insulina Classe IVd Terfedina, cetoprofeno, hidroclorotiazida, furozeminda A Velocidade de dissolução limita a absorção in vivo. B Hidrossolubilidade limita o fluxo do fármaco no processo de absorção. C Permeabilidade é a etapa determinante na absorção. D não é esperada correlação entre o perfil in vitro versus in vivo. Regra dos Cinco de Lipinski Para nortear a identificação e planejamento de uma droga com boa biodisponibilidade oral foi proposto pela World Drug Index a Regra de cinco de Lipinski • Peso molecular menos do que 500 Da • Presença de menos de 5 grupos doadores de ligação de hidrogênio (N ou O ligados a H) • Presença de menos de 10 grupos aceptores de ligação de hidrogênio (N, O e F) • Log P calculado menor do que 5 Posteriormente foi identificado também a importância de uma área de superfície polar menor do que 140 Å e o número de ligações com flexibilidade de torção menor do que 10. Exceção da Regra Deve-se ter muito cuidado com a rigorosidade com a regra de cinco, esses 3 fármacos são exemplo de fármacos que apresentam uma boa disponibilidade oral, mesmo infligindo a regra dos cinco Miméticos de Sistemas in vivo Cada vez mais vem sendo pesquisado metodologias que tentam ser mais parecido possível com a condição natural humana como os primeiros testes. Para absorção: 1. Simulador de condições gástricas – SGF do inglês Simulated Gastric Fluid 2. Simulador intestinal em condição de jejum – FaSSIF do inglês Fasted State Simulated Intestinal Fluid 3. Simulador intestinal em alimentação – FeSSIF do inglês Fed State Simulated Intestinal Fluid. Permeabilidade intestinal: 1. Técnicas PAMPA – do inglês Parallel Artificial Membrane Permeability Assay 2. Utilização de cultura de céula de adenocarcinoma colorretal humanas (CACO-2)
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