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A VIOLÊNCIA SEXUAL NAS MULHERES

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UNIP– UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO PSICÓLOGO SOCIAL CONTRA A VIOLÊNCIA 
SEXUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Assis – SP 
2018 
IZADORA OLIVEIRA 
 
 
UNIP– UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO PSICÓLOGO SOCIAL CONTRA A VIOLÊNCIA 
SEXUAL 
 
 
Trabalho elaborado para disciplina de 
Psicologia Social, sob orientação do Prof.° 
Vinícius Miranda. 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Assis – SP 
2018 
IZADORA MESTIERI OLIVEIRA 
 
SUMÁRIO 
 
 
 PÁG. 
1. INTRODUÇÃO......................................................................... 4 
2. METODOLOGIA...................................................................... 4 
3. DESENVOLVIMENTO............................................................ 5 
4. CONCLUSÃO........................................................................... 7 
5. REFERÊNCIAS......................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Segundo Filho (2013), a palavra violência origina-se do latim significando, 
tudo o que ocorre pela força, e contra a espontaneidade ou vontade de uma 
pessoa, isto é, passando por cima da sua liberdade de escolha e autonomia. 
Consequentemente, é um ato de brutalidade que envolve maus-tratos, abuso 
físico, sexual e psíquico contra o sujeito, determinadas pela opressão, 
intimidação e pelo medo. 
Dado isso, a violência sexual pode ser considerada como todo ato ou jogo 
sexual, em relação a um indivíduo, que tenha por finalidade estimular 
sexualmente contra sua própria vontade. 
Os efeitos do estupro sobre a vida e a saúde das vítimas, e a magnitude 
da sua incidência, têm se configurado como um problema de saúde pública, 
atingindo suas vítimas nas diversas faixas etárias, independente de classe 
social, raça, etnia, religião, idade e grau de escolaridade. 
O Relatório Mundial sobre Violência e Saúde que em quase todos os 
países a violência sexual pode ser encontrada em todas as idades e classes 
socioeconômicas. 
Desse modo, o presente trabalho tem por objetivo apontar a importância 
da atuação do psicólogo social no combate contra a violência sexual. 
 
 
METODOLOGIA 
O trabalho realizado com base nos artigos encontrados na Revista de 
Psicologia e Sociedade, presente dentro da biblioteca digital da SciELO 
(Scientific Electronic Library Online). 
Foram pesquisadas as palavras “violência” e “and: sexual”, em que dos 
resultados tidos, foram escolhidos os seguintes artigos: “Tipos e consequências 
da violência sexual sofrida por estudantes do interior paulista na infância e/ou 
adolescência (FILHO, F. S. T., et. al.)” e “Concepções sobre Adolescentes em 
Situação de Violência Sexual (TRABBOLD, V. L. M. et. al.)”. 
Depois refinou-se a pesquisa com as seguintes palavras “violência”, “and: 
sexual” e “or: estupro”, dos resultados obtidos, foi escolhido o artigo “Mulheres 
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vítimas de estrupo: contexto e enfrentamento dessa realidade (SUDÁRIO, S. et. 
al.)”. 
 
DESENVOLVIMENTO 
Segundo Trabbold (2016), a violência sexual está presente em todos 
países, independente da idade e classe econômica, sendo taxado para Sudário 
(2005), como um problema de saúde pública, atingindo suas vítimas nas diversas 
faixas etárias, indiferente da raça, etnia, religião e grau de escolaridade. 
Para Filho (2013), essa violência pode ser considerada, como todo ato ou 
jogo sexual, que tenha por finalidade estimular sexualmente, uma pessoa contra 
sua própria e livre espontânea vontade. 
Sendo, dessa maneira, qualificado em nossa sociedade, como violação 
dos direitos humanos no que diz respeito à liberdade sexual da vítima envolvida, 
por ser uma prática erótica imposta por ameaça, violência física ou indução de 
sua vontade. 
Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como um 
problema de saúde pública, Trabbolt (2016), afirma em seu artigo, que esse tipo 
de violência vem aumentando cada vez mais pelo mundo, gerando impactos 
significativos, no que diz respeito a doenças, mortalidade, morbidade, além de 
atingir os valores pessoais, familiares e sociais, e causar relevantes sequelas 
psicológicas, tanto nas vítimas, quanto nas pessoas ao seu entorno. 
Para Sudário (2005), o motivo da incidência dos crimes sexuais é 
desconhecido, podendo ser desencadeado por diversos fatores, uma vez que 
não se deve esperar coerência no comportamento desses agressores marginais, 
independente da forma que a vítima se porte em sua presença. 
Afinal de contas, os agressores podem ter reações imprevisíveis, 
entretanto, ainda sim, existe a possibilidade de alguns desses indivíduos serem 
mais ou menos agressivos, o que pode variar conforme o seu estado, no caso, 
se estão ou não sob o efeito de drogas, ou se possuem distúrbios mentais 
severos. 
Sudário (2005), acredita que o estuprador tem a necessidade de 
expressar raiva e poder, e pontando recorre ao estupro para manifestar isso, 
desse modo, não é a temática do sexo que o atrai e sim necessidades não-
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sexuais, sádicas, por isso utilizam esse ato, como forma de “descontar” sua 
raiva, por meio de violência e humilhação sexual no seu alvo, a vítima. 
Inicialmente há um primeiro contato, muitas vezes discreto, para não a 
assustar ou revelar a atitude do marginal diante de pessoas que possam surgir 
nas proximidades. Nos casos de violência sexual estudados, segundo Sudário 
(2005), observou-se que os estupradores se aproximavam das vítimas, a 
princípio com atitudes dissimuladoras, aparentando em alguns momentos um 
comportamento típico de um namorado, e em outros forjando ser um assaltante. 
Neste caso, segundo Filho (2013), as vítimas mais frequentes de violência 
sexual são do sexo feminino e seus agressores são, sobretudo, do sexo 
masculino. 
Por outro lado, relativo aos indicadores de raça, é evidenciado que a 
população negra, no Brasil, é mais desfavorecida economicamente em 
comparação às outras existentes, sendo assim as mulheres negras ainda mais 
desfavorecidas, no entanto, no que diz respeito a violência sexual, isso ocorre 
democraticamente, ou seja, ocorre de forma parecida em todos os 
agrupamentos raciais e de classes sociais 
Dados estatísticos que ilustram esse cenário, segundo Sudário (2005), 
estão no fato de um quarto de todas as mulheres do mundo serem estupradas 
pelo menos uma vez na vida. De acordo ainda, com outras estimativas, esse 
crime acomete 12 milhões de mulheres em todo o planeta a cada ano. 
Trabbold (2016), acredita que no contexto atual, em relação à violência 
sexual praticada contra crianças e adolescentes, os índices de abuso sexual 
entre meninas são superiores aos de meninos. 
No que diz respeito a crianças e adolescentes, esse tipo de violência pode 
ser ainda tipificada como Abuso Sexual, referente a um tipo de agressão em que 
ocorre o envolvimento de crianças e adolescentes, imaturos em atividades 
sexuais, sendo incapazes de dar consentimento informado, o que se diferencia 
conceitualmente da Violência, no que se refere ao tipo de relação de poder ou 
controle estabelecido entre os envolvidos no ato sexual. Visto isso, a violência 
sexual, dentro desse âmbito, pode variar conforme o tipo e de acordo com o 
contexto em a criança ou o adolescente está inserido. 
A experiência vivenciada pelas vítimas de violência sexual, deixam muitas 
sequelas em suas vidas e saúde, afetando também em uma escala diferente7 
 
seus familiares, além de comprometer o tecido social a sua volta, uma vez que 
causa principalmente consequências psicológicas, como o trauma, destacando-
se indícios de transtorno por estresse pós-traumático do episódio vivenciado. 
Desse modo, é de extrema importância o trabalho do psicólogo social com 
essas vítimas, uma vez que ajudara com um tratamento e acompanhamento 
psicoterapêutico. Além disso, o psicólogo social tem grande influência no que diz 
respeito a prevenção dessa bárbara de violência, pois sua área de atuação 
permite o contato com os contextos sociais, familiares e econômicos 
problemáticos, que poderiam desencadeá-la, uma vez que, desse forma poderia 
promover conscientização e orientação nas comunidades em que exerce seu 
ofício, principalmente nas que possuem muitas famílias com crianças e 
adolescentes, além de que também poderia contribuir na investigação, análise e 
a constatação da violência nessas circunstâncias. 
 
CONCLUSÃO 
Com base nas pesquisas e análises dos artigos, pode-se constatar que o 
psicólogo social tem grande influência no que diz respeito ao combate da 
violência sexual. Afinal de contas, atua com um modelo clínico, que procura 
integrar as novas singularidades decorrentes das mudanças e os processos que 
contextualizam as circunstâncias em que está violência ocorre ou pode ocorrer, 
o que, dessa forma, requer o deslocamento do psicólogo nos diversos espaços 
por onde tal ato pode acontecer, como dentro de um cenário familiar. 
Dado que para os profissionais de Psicologia centrados nesse modelo 
grupal que envolve a comunidade, a efetividade do seu trabalho é vista pela 
adesão do paciente e do espaço físico em que a vítima está inserida, atuando 
sob a perspectiva de que as vítimas, precisam de políticas sociais que possam 
protege-las e prevenir outras pessoas desse tipo de violência, para que assim 
possibilite uma vivência harmônica e mais protegida. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
FILHO, F. S. T., et. al. Tipos e consequências da violência sexual sofrida por 
estudantes do interior paulista na infância e/ou adolescência. Psicol. 
Soc. vol. 25 no. 1. Belo Horizonte, 2013. 
 
TRABBOLD, V. L. M. et. al. Concepções sobre Adolescentes em Situação de 
Violência Sexual. Psicol. Soc. vol. 28 no. 1. Belo Horizonte, 2016. 
 
SUDÁRIO, S. et. al. Mulheres vítimas de estrupo: contexto e enfrentamento 
dessa realidade. Psicol. Soc. v. 17 n. 3. Porto Alegre, 2005.

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