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* Tecnologia de Concreto e Argamassas Universidade Católica de Pelotas Argamassas Concreto de cimento portland Impermeabilizações Engenharia Civil * CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND Generalidades Componentes e Funções Fatores que influenciam na qualidade do concreto Etapas na produção do concreto Mistura Transporte Lançamento Adensamento Cura Desforma Falhas na produção do concreto Tipos de concreto Magro Ciclópico Convencional Bombeável Leve Auto-adensável Branco Aditivos para concreto Propriedades do concreto fresco Calor de hidratação Segregação Fluidez e plasticidade Consistência ou grau de umidade Trabalhabilidade Incorporação de ar Exsudação Propriedades do concreto endurecido Massa específica Retração Dilatação térmica Permeabilidade Resistência mecânica Desgaste superficial Deformação lenta Agentes destruidores * CONCRETO HIDRÁULICO O concreto hidráulico é um material de construção constituído por mistura de um aglomerante com um ou mais materiais inertes e água. Quando recém misturado deve oferecer condições tais de plasticidade que facilitem as operações de manuseio indispensável ao lançamento nas formas, adquirindo, com o tempo, pelas reações que então se processarem entre aglomerante e água, coesão e resistência. um aglomerante + um ou mais materiais inertes + água * (algum outro constituinte destinado a melhorar ou conferir propriedades especiais ao conjunto, tais como impermeabilidade da massa, diminuição do calor de hidratação, aumento da durabilidade, maior plasticidade quando fresco, rápido aumento da resistência quando endurecido etc.) O técnico deve estudar: as propriedades de cada um dos materiais componentes; as propriedades do concreto e os fatores suscetíveis de alterá-las; o proporcionamento correto e a execução cuidadosa da mistura em cada caso, a fim de obter as características impostas; os meios de transporte, lançamento e adensamento compatíveis com a obra; o modo de executar o controle do concreto durante a preparação e após o endurecimento. Cimento + agregado miúdo + agregado graúdo + água +aditivos * Funções da pasta: envolver os agregados, enchendo os vazios formados e comunicando ao concreto possibilidades de manuseio, quando recém - misturado; aglutinar os agregados no concreto endurecido, dando um conjunto com certa impermeabilidade, resistência aos esforços mecânicos e durabilidade frente aos agentes agressivos. Cimento + água - pasta Pasta + agregado miúdo - argamassa Argamassa + agregado graúdo - concreto * Funções dos agregados: contribuir com grãos capazes de resistir aos esforços solicitantes, ao desgaste e à ação das intempéries; reduzir as variações de volume provenientes de causas várias; reduzir o custo. Funções da água: hidratar o cimento; dar trabalhabilidade. Cimento + água - pasta Pasta + agregado miúdo - argamassa Argamassa + agregado graúdo - concreto * A maior parte da água utilizada (75% +ou-) no preparo do concreto evapora-se, deixando em seu lugar vazios. Trabalhar sempre com o mínimo possível de água. A utilização de aditivos, nesses casos, ajuda bastante sem prejuízo da trabalhabilidade. Fator água/cimento (a/c) Representa a relação existente entre o consumo de água empregado (em litros) e o consumo de cimento (em kg). Qto. > o fator a/c, < será a resistência mecânica Qto. < o fator a/c, > será a resistência mecânica (dentro dos limites práticos de aplicação) P. ex.: 0,55; 0,6 * seleção cuidadosa dos materiais (cimento, agregado, água e aditivos); proporcionamento correto; manipulação adequada; cura cuidadosa. Para obter facilidades de emprego quando fresco, resistência mecânica, durabilidade, impermeabilidade e constância de volume depois de endurecido, sempre tendo em vista o fator econômico, é necessário: * Seleção cuidadosa dos materiais (cimento, agregado, água e aditivos) quanto a: > tipo e qualidade; > uniformidade. Proporcionamento correto: > do aglomerante em relação ao inerte; > do agregado miúdo em relação ao graúdo; > da quantidade de água em relação ao material seco; > do aditivo em relação ao aglomerante ou à água utilizada. * Manipulação adequada quanto à: > mistura; > transporte; > lançamento; > adensamento. Cura cuidadosa > observar condições de temperatura e umidade do ar; (evaporação prematura da água afeta a resistência mecânica e a impermeabilidade; a ação do vento e calor são nocivas às propriedades do concreto) > precauções tais como: recobrimento com plásticos, areia ou serragem úmida etc. * ETAPAS NA PRODUÇÃO DO CONCRETO MISTURA TRANSPORTE LANÇAMENTO ADENSAMENTO CURA DESFORMA * Preparação no Canteiro manualmente ou mecanicamente (betoneiras) MANUAL - para pequenas obras e serviços qualidade razoável; sem qualquer garantia da resistência desejada; misturado numa superfície resistente, livre de partes soltas, plana, limpa e impermeável. MISTURA * MECÂNICA – com betoneiras simplifica o processo de mistura; obtêm-se um material de melhor qualidade; o tempo de carregamento do material deve ser o mínimo possível (um minuto); o tempo de mistura deve ser, no mínimo, de três minutos; com betoneiras de carregamento direto – a mistura, para um saco de cimento, é feita com a betoneira girando; com betoneiras de carregamento por caçambas – a água adicionada concomitantemente (meio a meio) MISTURA * MISTURA MECÂNICA * USINADO – produção em escala (silos, balanças, correias, equipamentos de controle) Em obras de grande escala – mistura nas centrais e transporte por gruas e caçambas MISTURA * Vantagens: economia de materiais (menor perda de areia, brita e cimento); maior controle tecnológico dos materiais, dosagem, resistência e consistência, com melhor qualidade; racionalização do número de ajudantes na obra, conseqüentemente com menores encargos trabalhistas; melhor produtividade da equipe; redução no controle de suprimentos e eliminação de áreas de estoque no canteiro; redução do custo da obra. MISTURA MECÂNICA - usinado * amassamento lançamento (tão rápido quanto possível, mantendo sua homogeneidade e evitando a possível segregação do material) por meio convencional por bombeamento Transporte Convencional Carrinhos e jericas Guinchos Gruas e caçambas Calhas e correias transportadoras TRANSPORTE * Transporte por Bombeamento as bombas empurram o concreto por meio de tubulação metálica, podendo vencer grandes alturas e/ou distâncias horizontais; têm a capacidade de transportar grandes volumes de concreto em comparação com o transporte convencional (atingem 4 a 7 m3/h), podendo atingir de 35 a 45 m3 por hora; o seu uso proporciona maior produtividade, menor gasto com mão-de-obra e menor energia de vibração (concreto mais plástico); pode-se usar lanças em conjunto com a bomba (caminhão-lança), podendo atingir todos os pontos de concretagem; deve-se observar que o diâmetro interno da tubulação deve ser maior do que o triplo do diâmetro máximo do agregado graúdo; TRANSPORTE * Transporte por Bombeamento (cont.) a tubulação deve ser lubrificada com nata de cimento, antes de sua utilização; as curvas devem ser reforçadas com escoras e travadas para que a extremidade do mangote de lançamento esteja segura; no mínimo, dois operários devem ser designados para segurar a extremidade do mangote de lançamento; a operação deve ser monitorada por rádios comunicadores e controle remoto da lança; durante a concretagem, verificar se a movimentação da lança não provoca danos nas instalações elétricas, telefônicas e vizinhas; manter a continuidade da concretagem, com um caminhão sempre na espera. TRANSPORTE * Esta etapa requer planejamento quando da execução de grandes estruturas. A ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) sugere: a) dimensionar antecipadamente o volume do concreto (calculando direto das fôrmas), o início e intervalos das cargas para manter o ritmo na entrega do concreto; b) dimensionar a equipe envolvida nas operações de lançamento, adensamento e cura do concreto; c) prever interrupções nos pontos de descontinuidade das fôrmas como: juntas de concretagem previstas e encontros de pilares, paredes com vigas ou lajes etc; LANÇAMENTO * d) especificar a forma de lançamento: convencional ou bombeado, com lança, caçamba etc.; e) providenciar equipamentos e ferramentas, tais como: – equipamento para transporte dentro da obra (carrinhos, jericas, bombas, esteiras, guinchos, guindaste, caçamba, etc.); – ferramentas diversas (enxadas, pás, desempenadeiras, ponteiros, etc.); – tomadas de força para os equipamentos elétricos. LANÇAMENTO (2) * Além disso, devem-se observar as condições gerais descritas a seguir: a) Lançar o concreto logo após o término da mistura (no máx. após 2 horas e meia) entre a saída do caminhão e sua aplicação; b) No máx. 1 hora entre o tempo de fim da mistura no caminhão e o lançamento. Idem para concretagem sobre camada já adensada. Utilizar retardadores de pega com maiores dificuldades no lançamento; c) Lançar o mais próximo da sua posição final; d) Evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos da forma, distribuindo a massa; LANÇAMENTO (3) * e) lançar em camadas horizontais de 15 a 30 cm, a partir das extremidades para o centro das fôrmas; f) lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior; g) cuidados especiais com temperaturas ambiente inferiores a 10ºC e superiores a 35ºC; h) a altura de lançamento não deve ultrapassar 2,5 metros e, se for o caso, utilizar trombas, calhas, funis etc.; i) com carrinhos ou jericas – distâncias de no máx. 60 metros para evitar a segregação e perda de consistência; LANÇAMENTO (4) * j) preparar rampas e caminhos de acesso às fôrmas (prever antiderrapantes); k) iniciar a concretagem pela parte mais distante do local de recebimento do concreto; l) molhar abundantemente as formas, a fim de impedir a absorção da água de amassamento; m)formas devem ser estanques para não permitir a fuga da nata de cimento; n) eliminar e/ou isolar pontos de contaminação por barro, entulho e outros materiais indesejados; o) equipe de carpinteiros, armadores e eletricistas (um carpinteiro sob as fôrmas verificando o preenchimento com um martelo de borracha); LANÇAMENTO (5) * p) lançar nos pés dos pilares, antes do concreto, uma camada de argamassa com traço 1:3 (cimento e areia média); q) interromper a concretagem no caso de chuva, protegendo o trecho já concretado com lonas plásticas; r) dar especial atenção às armaduras negativas, verificando sua integridade; s) não utilizar concreto remisturado; t) providenciar pontos de iluminação no caso da concretagem se estender para a noite. LANÇAMENTO (6) * Objetivo: Compactar o concreto evitando espaços vazios no interior das peças para retirar o ar do material incorporado nas fases de mistura, transporte e lançamento. adensamento manual - indicado para pequenos serviços e/ou obras de pequeno porte. (método mais simples e consiste em golpear as camadas de concreto com soquetes, ou barras metálicas, de 5 a 6 kg, de forma contínua) adensamento mecânico - consiste em agitar, com equipamentos de vibração, os elementos do concreto para que este adquira maior compacidade. (vibradores de agulha ou placa) ADENSAMENTO * O concreto deve ser adensado imediatamente após seu lançamento nas fôrmas, lembrando que tanto a falta de vibração quanto o excesso podem causar sérios problemas ao concreto. a) deve ser lançado em camadas de no máximo 50 cm (30 cm) ou em camadas compatíveis com o comprimento do vibrador de imersão; b) Aplicar o vibrador sempre na vertical; c) Vibrar o maior número possível de pontos da peça; d) Introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo com que a cavidade deixada pela agulha se feche novamente; ADENSAMENTO (2) * e) o excesso de vibração causará segregação do concreto (no máx. 15 seg.); f) fazer com que a agulha penetre 5 cm na camada já adensada; g) não encostar o vibrador na armadura – p/ evitar problemas de aderência entre a barra e o concreto; h) não aproximar muito a agulha das paredes da fôrma (máximo 10 cm), para evitar danos na madeira e evitar bolhas de ar; o raio de ação do vibrador depende do diâmetro da agulha e da potência do motor; j) evitar desligar o vibrador ainda imerso no concreto; k) adotar todos os cuidados de segurança indicados para o manuseio de equipamento elétrico. ADENSAMENTO (3) * Consiste no processo de endurecimento do concreto. deve ser protegido contra a secagem rápida para evitar o surgimento de fissuras (deve-se iniciar a cura úmida tão logo o concreto esteja seco) ao tato); mudanças bruscas de temperatura; excesso de água; incidência de raios solares, agentes químicos, vibração e choques. Deve-se evitar bater estacas, utilizar rompedores de concreto, furadeiras a ar comprimido próximo de estruturas recém concretadas, evitar o contato com água em abundância e qualquer outro material que possa prejudicar o processo de endurecimento e de aderência na armadura. CURA * Alguns métodos mais comuns para a cura do concreto (usados isoladamente ou concomitantemente): a) molhar continuamente durante 7 dias (no mínimo 3 dias) a superfície concretada (pilares e vigas); b) manter uma lâmina de água sobre a superfície (lajes e pisos); c) espalhar areia, serragem ou sacos (arroz, estopa, cimento etc.) sobre a superfície e mantê-los umedecidos (lajes e pisos); d) manter as fôrmas sempre molhadas (pilares, vigas e escadas); e) molhar e cobrir com lona; f) utilizar produtos apropriados para cura de concreto (película impermeável). CURA (2) * A retirada das fôrmas de concreto deve ser planejada de modo a evitar o aparecimento de tensões diferentes das que foram projetadas para suportarem as peças concretadas. Nas concretagens usuais, em que não foram utilizados cimentos de alta resistência inicial, os prazos são dados na tabela abaixo. DESFORMA * podem ocorrer antes ou depois o seu endurecimento; falhas que aparecem depois da desforma (erros durante a fase de lançamento, adensamento e cura, ou ainda da movimentação das fôrmas ou do leito do concreto numa fundação); o pessoal da obra tende a querer esconder essas falhas, entretanto, isto pode vir a causar grandes problemas no futuro, com o comprometimento da segurança. as falhas que ocorrem após o endurecimento do concreto podem ser o resultado da retração hidráulica, acabamento, concentração de esforços, projeto estrutural ou acidentes. FALHAS NA PRODUÇÃO DO CONCRETO * Sedimentação Retração superficial Movimentação da fundação ou fôrmas FISSURAS ANTES DO ENDURECIMENTO DO CONCRETO Retração hidráulica Acabamento Concentrações de esforços FISSURAS APÓS O ENDURECIMENTO DO CONCRETO * Sedimentação Retração superficial Movimentação da fundação ou fôrmas FISSURAS ANTES DO ENDURECIMENTO DO CONCRETO Retração hidráulica Acabamento Concentrações de esforços FISSURAS APÓS O ENDURECIMENTO DO CONCRETO * TIPOS DE CONCRETO ROLADO BOMBEÁVEL RESFRIADO COLORIDO – BRANCO PROJETADO ALTA RESISTÊNCIA INICIAL FLUIDO PESADO LEVE (600 a 1200 kg/m3) LEVE ESTRUTURAL (10 a 20 MPa) PAVIMENTOS RÍGIDOS ALTO DESEMPENHO (CAD) CONVENCIONAL (10 a 30 MPa) GROUT SUBMERSO MAGRO CICLÓPICO AUTO-ADENSÁVEL APARENTE * TIPOS DE CONCRETO * TIPOS DE CONCRETO * CONCRETO ROLADO * CONCRETO BOMBEÁVEL * CONCRETO RESFRIADO * CONCRETO RESFRIADO Os pilares-parede que compõem a parte central da estrutura estão apoiados numa sapata de 392 m2 de área, que recebeu, por meio de três bombas, 795,50 m3 de concreto resfriado Ainda assim, os 162 m de altura, contados do 4o subsolo ao heliponto, o colocam entre os três maiores edifícios da capital. O segundo objetivo vem expresso no nome do prédio. O "e", de e-Tower, remete ao termo "eletrônico", conforme explica o diretor da Tecnum, o engenheiro Jorge Batlouni Neto. "Seria uma torre eletrônica, com a tecnologia mais avançada dentre os prédios da cidade." Isso levou a equipe a visitar, em 2000, os maiores prédios de Atlanta, Nova York, Chicago e São Francisco, nos Estados Unidos, e a buscar o apoio do cônsul comercial americano para a importação de tecnologias. * CONCRETO COLORIDO - BRANCO O Cimento Portland Branco se diferencia por coloração, e está classificado em dois subtipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em concretos brancos para fins arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais tipos de cimento. Já o não estrutural não tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. Pode ser utilizado nas mesmas aplicações do cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar da argila. O índice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos projetos arquitetônicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de escolha de cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos. * CONCRETO COLORIDO - BRANCO * CONCRETO PROJETADO * CONCRETO PAVIMENTOS RÍGIDOS * CONCRETO ALTO DESEMPENHO (CAD) * O lançamento ocorre de modo tradicional, através de carrinho de mão, calhas, latas, caçambas, etc. Pode ser dimensionado com britas de diversas dimensões, em função das necessidades da obra: brita nº 0, nº1, e 1 e 2. A plasticidade do concreto convencional, medida através do ensaio de abatimento, é de aproximadamente 60 mm. Aplicado em todo o tipo de estrutura, tais como: fundações, pilares, vigas, lajes, muros de arrimo, cortinas, caixas d'água, piscinas etc. Sua mistura pode ser feita no próprio canteiro ou em centrais dosadoras. Estas centrais são também chamadas de concreteiras (concreto usinado). CONCRETO CONVENCIONAL * CONCRETO GROUT * CONCRETO SUBMERSO * CONCRETO MAGRO Concreto sem função estrutural, normalmente utilizado em pisos, contrapisos, peças submetidas a pequenos esforços, material de enchimento ou revestimento de fundo de valas quando se necessita proteger a armadura contra a umidade do solo. Dimensionado geralmente com consumos de cimento variando de 100 a 150 kg/m3, brita nº 1 ou brita 1 e 2. Apresenta baixa trabalhabilidade, tendência a segregação e exsudação acentuada devido ao reduzido volume de pasta de cimento, decorrente do baixo consumo. A trabalhabilidade do concreto magro pode ser melhorada significativamente através da inclusão, durante a mistura, de aditivos incorporadores de ar. * Concreto utilizado em tubulões, muros de arrimo de gravidade ou peças de grandes dimensões e baixa concentração de ferragens. Consiste simplesmente em um concreto convencional em cujo lançamento é adicionado até 30% de pedra - de - mão. CONCRETO CICLÓPICO * O Concreto auto-adensável (Self Compacting Concrete – SCC) é uma solução avançada para a produção de concreto fluído, auto-nivelante, que pode ser lançado e compactado sem equipamento de vibração e sem segregação. O concreto auto-adensável, criado no Japão na década de 1980, caracteriza-se pela sua fluidez, coesão e resistência à segregação. Para atingir essas qualidades, são adicionados mais finos (adições minerais ou fillers) e aditivos superplastificantes e/ou modificadores de viscosidade. CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * Atualmente, o concreto com alta trabalhabilidade com consistência de 175mm a 225mm pode ser facilmente produzido usando traços convencionais combinados com aditivos plastificantes. O concreto fluído ainda requer vibração para assegurar uma completa consolidação dentro da fôrma e ao redor das barras de aço de reforço. CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * VANTAGENS DO CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL Auto-compactação: a necessidade de vibração pode ser eliminada porque o SCC (Self Compacting Concrete – Concreto Auto-Adensável) é um concreto altamente fluído que mudará sua forma sob seu próprio peso de modo a se auto-nivelar e preencher as fôrmas. Sem segregação: é um material de elevada consistência, além de altamente coesivo, que não segrega e apresenta baixo nível de exsudação. Facilidade de escoamento: pode passar livremente através das estreitas aberturas e reforços congestionados sem causar ninhos/bicheiras atrás de obstruções que normalmente dificultam o fluxo do concreto. CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * VANTAGENS DO CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL Excelente acabamento Bombeamento a grandes distâncias com maior velocidade Otimização e redução de mão-de-obra Mais rapidez na execução da obra Melhores condições de segurança Eliminação de ruídos causados pelo vibrador Redução nas atividades de espalhamento e vibração Concretagem possível mesmo em estruturas densamente armadas Mais possibilidades de trabalho em fôrmas pequenas ou muito detalhadas Maior durabilidade, pois reduz falhas de concretagem (nichos) CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * Concreto pré-moldado, protendido Pontes e projetos de engenharia civil Estruturas residenciais e comerciais Concreto bombeado Lajes de pequena espessura ou nervuradas Fundações com hélice contínua ou parede-diafragma CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL O concreto auto-adensável é uma tecnologia inovadora que pode ser usada para habilitar novas técnicas de construção e solucionar os problemas de construção em vários campos tradicionais de aplicação: Obras com acabamento de concreto aparente Locais de difícil acesso Regiões com restrição de ruído Peças pequenas, com muitos detalhes ou formato não convencional Estruturas com muitas ferragens * TRAÇO DO CONCRETO E ESCOLHA DOS MATERIAIS Pode ser produzido com materiais usualmente disponíveis. Para alcançar propriedades reológicas (resist. às deformações) únicas deve ser dada uma atenção especial na definição do traço. O conteúdo de material cimentício e de finos são normalmente mais altos do que no concreto convencional. As relações água/cimento são também baixas, (abaixo de 0,40) Assim, sob condições práticas de campo, o concreto auto-adensável requer um superplastificante de alto desempenho para alcançar e manter um nível de trabalhabilidade desejável. CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * TRAÇO DO CONCRETO E ESCOLHA DOS MATERIAIS As exigências de desempenho do concreto auto-adensável podem também impor métodos adicionais para assegurar uma homogeneidade de mistura e prevenir a segregação. Várias técnicas estão disponíveis, incluindo o uso de aditivos modificadores de viscosidade, que efetivamente irá aumentar a coesão da mistura. O conteúdo de agregado grosso é tipicamente reduzido e as graduações são modificadas para incluir mais finos. CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL * CONCRETO APARENTE * CALOR DE HIDRATAÇÃO SEGREGAÇÃO FLUIDEZ E PLASTICIDADE CONSISTÊNCIA OU GRAU DE UMIDADE TRABALHABILIDADE INCORPORAÇÃO DE AR EXSUDAÇÃO PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO * CALOR DE HIDRATAÇÃO O cimento ao hidratar-se, eleva sua temperatura e expande a massa do concreto. As camadas externas ao esfriar em contato c/ o ar, contraem-se, separando-se parcialmente do núcleo. Ambos os fenômenos prejudicam a resistência dos concretos. A temperatura atingida depende: - da temperatura ambiente na hora da concretagem; - do calor de hidratação do cimento empregado; - da dosagem do concreto; - das dimensões do bloco concretado; - das condições de aeração do ambiente; - das propriedades térmicas do agregado; - da quantidade de calor que pode ser irradiado. * CALOR DE HIDRATAÇÃO (2) Há diversas formas de baixar a temperatura: - gelando o agregado; - utilizando gelo ao invés de água de amassamento; - reduzindo a dosagem do cimento; - empregando cimento de baixo calor de hidratação; - reduzindo a espessura das camadas concretadas; - usando aditivos retardadores de pega; - lavando o agregado graúdo antes da concretagem; - utilizando formas metálicas (dissipam o calor mais rapidamente). A maior causa do aumento do calor de hidratação é o consumo de cimento. P.ex.: blocos grandes com consumo superior a 300 Kg/m³ ou blocos menores com consumo superior a 450 Kg/m³, anulam o aumento da resistência mecânica. * Chama-se segregação a separação dos elementos da mistura, desaparecendo a homogeneidade do conjunto. Fatores de segregação no concreto: - vibração exagerado no concreto muito plástico; - lançamento de grande distância ou grande altura; - n°. exagerado de voltas na betoneira (recomendado ± 40) SEGREGAÇÃO * FLUIDEZ E PLASTICIDADE Plasticidade - se refere à adaptação às formas Fluidez - se refere à facilidade de escoar em planos Trabalhabilidade - se relaciona com a facilidade de manuseio A plasticidade depende mais da granulometria e a fluidez da água. * É a resistência momentânea do concreto fresco às forças que tendem a modificar sua forma. Refere-se ao grau de umidade da mistura e é um dos principais fatores que influenciam a trabalhabilidade, não devendo ser confundida com ela. Dentro de uma mesma consistência, a trabalhabilidade pode variar em função da granulometria. Os concretos podem ter consistência seca, média ou fluida, sendo que as primeiras requerem adensamento mecânico (vibradores) e os fluidos podem ter adensamento normal. CONSISTÊNCIA OU GRAU DE UMIDADE * É a propriedade do concreto fresco que identifica sua maior ou menor aptidão para ser empregado com determinada facilidade, sem perda da sua homogeneidade. (Petrucci, 1982) Plasticidade, fluidez e segregabilidade são os elementos que determinam a trabalhabilidade. O concreto deve apresentar uma trabalhabilidade tal que assegure plasticidade máxima, segregabilidade mínima e consistência apropriada. A melhor proporção é aquela em que se obtém a trabalhabilidade máxima com o menor fator água-cimento. TRABALHABILIDADE * Fatores que influenciam na trabalhabilidade (simultaneamente): - fluidez da pasta, dada pelo fator água-cimento; - plasticidade da mistura, dada pela proporção entre pasta e agregados; - proporção e característica entre agregados. Obs.: Deve-se optar pela melhor trabalhabilidade no lançamento, pois é preferível ter mais dificuldade na mistura, do que um concreto com mais defeitos (lançamento). TRABALHABILIDADE * Ao se preparar o concreto, incorporam-se minúsculas bolhas de ar de 0,007 a 2 mm, mais uniformemente quanto melhor for a mistura. O tipo de manuseio e a altura de lançamento influenciam na quantidade de ar incorporado. As bolhas de ar incorporado tem diversos efeitos: - melhoram a trabalhabilidade (gotas como lubrificantes) e a impermeabilidade (interrompem o fissuramento contínuo) - diminuem a resistência (massa menos densa, com mais vazios). Cada 1% de ar incorporado reduz 4% na resistência. Pode-se alcançar compensação com a redução de água em função do aumento da trabalhabilidade pela incorporação de ar. INCORPORAÇÃO DE AR * É a tendência da água de amassamento de vir à superfície do concreto recém - lançado. A exsudação é motivada pela maior ou menor impossibilidade que apresentam os materiais constituintes de manter a água de mistura dispersa na massa. Esse fato provoca que a parte superior do concreto torne-se excessivamente úmida, tendendo a produzir um concreto poroso e menos resistente, que, além disso, poderá estar sujeito à desintegração pela percolação da água. A água, ao subir à superfície, pode carregar partículas mais finas de cimento, formando a chamada nata. Essa nata impede a ligação de novas camadas de material e deve ser removida cuidadosamente. EXSUDAÇÃO * Outro efeito nocivo da exsudação consiste na acumulação de água em filmes sobre as barras metálicas da armadura, diminuindo a aderência. Essa exsudação poderá ser controlada pelo proporcionamento adequado de um concreto trabalhável, evitando-se o emprego de água além da necessária. Utilizando-se misturas ricas, cimentos muito finos e agregados naturais de grãos arredondados, os efeitos da exsudação são atenuados. às vezes corrige-se a exsudação pela adição de grãos relativamente finos, que compensam as deficiências dos agregados. A utilização de aditivos redutores de água (plastificantes) também ajudam na obtenção de concretos mais trabalháveis, com menor quantidade de água e consequentemente, com menos exsudação. EXSUDAÇÃO * A exsudação, na realidade, é uma anti-propriedade do concreto, isto é, é oposta ao poder de retenção de água, uma das condições para o concreto ser considerado trabalhável. Outra maneira de prevenir ou até mesmo evitar por completo a exsudação é através da adição de microssílica, um subproduto das indústrias de ferro-ligas, ainda muito pouco divulgada no Brasil. A microssílica trata-se de um produto extremamente fino, ativo quimicamente e que sendo adicionado em concretos proporciona uma série de vantagens, tanto no concreto fresco como no concreto endurecido. EXSUDAÇÃO * Características da microssílica: É uma partícula de sílica amorfa, com diâmetro médio em torno de 1/100 do grão de cimento, cor: cinza claro ao escuro e superfície específica de 20 m2/g. Adicionada ao concreto fresco ela confere: maior coesão, menor segregação, exsudação nula, facilita a locomoção, atua como plastificante, maior abatimento(slump). Com relação ao concreto endurecido os principais efeitos são: diminuição dos espaços vazios, maior durabilidade, maior impermeabilidade (permeabilidade = 1/1000 do normal), menos poros capilares, permite a utilização de agregados potencialmente reativos, permite a obtenção de concretos com elevada resistência mecânica (até 300 MPa), maior resistência à abrasão e ação do gelo/degelo, maior aderência à concretos antigos (recuperação de estruturas). EXSUDAÇÃO * ENSAIO SLUMP Consistência SLUMP em cm FLOW em % Resultado Seca (0 - 30) desmorona fácil 0 - 20 Adensa c/ trabalho e é sujeito a ninhos Plástica seca (5 - 10) cone se mantém 50 - 100 Adensa bem; pode ter segregação Plástica média (10 - 15) o cone incha s/ escorrer 80 - 120 Adensa bem; quando vibrado, segrega Plástica fluida (15 - 20) a pasta escorre, agregado se separa 100 - 150 Adensa mal; segrega-se fácil. * ENSAIO SLUMP Tipo de obra/serviço Consistência Trabalhabilidade Concreto com controle razoável Agregados mantidos em volume Vibração manual ou mecânica Mínimo (cm) Máximo (cm) Fundações e muros de arrimo não armados Firme 2,0 6,0 Fundações e muros armados Firme a plástico 3,0 7,0 Estruturas usuais e lastros Plástico 5,0 7,0 Peças com alta densidade de armaduras Plástico a mole 7,0 9,0 Concreto aparente Plástico a mole 6,0 8,0 Concreto bombeado até 40 m Mole 8,0 10,0 Concreto bombeado acima de 40 m Muito mole 9,0 13,0 * MASSA ESPECÍFICA RETRAÇÃO DILATAÇÃO TÉRMICA PERMEABILIDADE RESISTÊNCIA MECÂNICA DESGASTE SUPERFICIAL DEFORMAÇÃO LENTA AGENTES DESTRUIDORES PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO * MASSA ESPECÍFICA relação entre densidade X resistência; redução em ¼ da densidade praticamente anula a resistência a compressão (cuidados c/ ar incorporado e homogeneidade); excesso de ar incorporado → redução de peso falta de uniformidade → resistência desuniforme RETRAÇÃO o concreto enquanto úmido tem vários (poros) cheios de água; durante a secagem, esforços que tendem a diminuir de volume a peça (em torno de 0,4 a 0,6 ‰); da retração surgem gretas capilares → permeabilidade; fatores que influem na retração: tempo de cura (quanto + prolongada, melhor), materiais empregados, quantidade de aglomerante, a consistência, o traço, Ø do agregado etc. * DILATAÇÃO TÉRMICA variável em função do fator água-cimento, em torno de 0,01 mm/m/°C (dentro dos limites -15°C a +15°C); p/ eliminar seu efeito a NB exige juntas de dilatação p/ espaçamentos superiores a 15 metros; variações bruscas de temperatura também são nocivas; temperaturas do núcleo diferentes da superfície geram tensões que podem levar à ruptura; a dilatação depende da natureza do agregado e do traço adotado. * PERMEABILIDADE maior ou menor tendência de se deixar atravessar pela água; mesmo nos casos em que a impermeabilidade não seja necessária, a umidade pode levar à oxidação das armaduras; a porosidade e a conseqüente permeabilidade dependem tanto da constituição como do adensamento; os concretos, assim como argamassas, podem ser ricos ou pobres (relação pasta/agregado) mesmo os ricos podem ficar porosos em função da exsudação; mesmo um concreto bem dosado, com fator água/cimento e granulometria adequados podem ser permeáveis se não forem bem vibrados e bem curados; aditivos impermeabilizantes devem ser ensaiados para avaliar seu efeito na resistência; * RESISTÊNCIA MECÂNICA melhor índice de qualidade de um concreto; não é constante e varia com a idade, com o grau de umidade na hora da prova etc; progressão média: aos 3 dias -------------------------0,4 a 0,6 aos 7 dias -------------------------0,7 a 0,8 aos 28 dias ------------------------1,0 aos 90 dias ------------------------1,1 a 1,3 aos 180 dias ----------------------1,2 a 1,6 em 1 ano --------------------------1,25 a 1,75 em 2 anos -------------------------1,5 a 2,25 em 5 anos -------------------------2,0 a 2,35 * MASSA ESPECÍFICA cimento comum tem aos 3 dias, 38% da resistência aos 28 dias e o cimento ARI tem aos 3 dias, 50% da resistência aos 28 dias. Já aos 28 dias há um equilíbrio na ordem de 82%; a resistência mecânica depende: densidade, fator água/cimento, condições de cura (melhor mais lenta), temperatura ambiente durante a cura; resistências mecânicas à compressão (médias) em MPa: a resistência à tração é muito inferior à da compressão: na ordem de 1,2 a 2,0 MPa; a resistência à flexão (compressão e tração) situa-se entre 2,0 e 6,0 MPa. * DESGASTE SUPERFICIAL é proporcional à resistência à compressão; depende muito da granulometria e da coesão; em superfícies sujeitas à abrasão, o consumo mínimo é de 350 kg/m3; o concreto úmido gasta mais facilmente do que o concreto seco, porque a umidade facilita a segregação; há aditivos especiais para diminuir o desgaste. peças de massas iguais, uma submetida a carga constante e outra não submetida a carga → a fadiga devido a deformação lenta da primeira peça poderá levar a ruptura; depende da composição, da grandeza e duração da carga e da umidade do ambiente. DEFORMAÇÃO LENTA * AGENTES DESTRUIDORES de origem: química e física (mecânica); águas ácidas ou não - atacam a cal livre, criando porosidade; se ácidas, atacam os demais cristais, podendo destruir toda coesão do concreto; o fogo (800 oC, p.ex. reduz a resist. à compressão em 50% e à tração em 95%). * ADITIVOS PARA CONCRETO São produtos químicos, líquidos ou em pó, adicionados ao concreto antes ou durante a mistura, com a finalidade de incorporar, melhorar ou modificar determinadas propriedades do mesmo. evolução lenta, porém constante, do seu emprego alguns técnicos desconfiam e combatem o seu uso (s/devidos cuidados sérios problemas ao concreto) representa uma significativa evolução na tecnologia do concreto, trazendo substancial economia de custos, modificando alguns inconvenientes e melhorando outras propriedades etc. * ADITIVOS PARA CONCRETO PLASTIFICANTE PLASTIFICANTE – RETARDADOR INCORPORADORES DE AR ACELERADOR FLUIDIFICANTE IMPERMEABILIZANTES * PLASTIFICANTE Os aditivos plastificantes têm por finalidade reduzir a quantidade de água necessária para a elaboração dos concretos. Os seguintes plastificantes agem fisicamente nos concretos do seguinte modo: reduzindo a tensão superficial da água (molhagem); menor atrito dinâmico, gerando efeito lubrificante; criando efeito dispersar (dispersão de partículas finas). Geralmente o percentual de aditivo plastificante (líquido) varia de 0.2% a 0.5% em relação ao peso do cimento, reduzindo em até 5% a quantidade de água. A redução do consumo de água, mantendo-se o mesmo fator água/cimento, permite uma economia de aproximadamente 15 kg de cimento por metro cúbico de concreto. * PLASTIFICANTE - RETARDADOR Os aditivos plastificantes-retardadores, além de reduzir o consumo de água, retardam as reações de cimento, prolongando o tempo de pega. São várias as propriedades do concreto influenciadas por esse aditivo, tais como: resistência à compressão e tração superiores; maior plasticidade; maior facilidade de aplicação do concreto; uniformidade das resistências; controle do tampo de pega no estado plástico; facilidade de bombeamento; reduz a segregação de concreto; reduz a exsudação; reduz a permeabilidade; aumenta a durabilidade; reduz as fissuras do concreto. * PLASTIFICANTE - RETARDADOR Como no exemplo do plastificante o percentual de aditivo varia de 0.2% a 0.5%. Materiais usados na fabricação de plastificantes redutores de água e controladores de pega: Ácidos lignosulfônicos e seus sais; Modificações e derivações do ácido lignosulfônico e seus sais; Ácido carboxílico e seus sais; Modificações e derivações do ácido carboxílico hidroxilado e seus ais. Os itens 1 e 3 podem ser utilizados separadamente ou combinados com substância orgânica ativa ou inerte. São redutores de água ou retardadores de pega. Os itens 2 e 4 são redutores de água que oferecem combinações de substâncias preparadas para não afetar o endurecimento, ou oferecer diferentes graus de retardamento ou aceleração do endurecimento do cimento. Tais aditivos podem incluir agente incorporador de ar. * INCORPORADORES DE AR Aditivos muito utilizados nas regiões sujeitas a variações bruscas de temperatura, com congelamento e degelo. No Brasil, o seu uso se restringe praticamente ao concreto utilizado em barragens. Alguns tecnologistas afirmam que, para cada 1% de ar incorporado, a resistência à compressão do concreto é reduzida em 1,5%. Em concretos com baixo teor de cimento a incorporação de ar melhora acentuadamente a trabalhabilidade. * INCORPORADORES DE AR (2) Matérias primas usadas na fabricação dos incorporadores de ar: sais de resina de madeira; alkil aryl sulfonado; sais de lignina sulfonada; sais de ácido de petróleo; sais de materiais protéicos; ácido de gorduras e resinas, e seus sais; sais orgânicas de hidrocarbonetos sulfonados. Vantagens no uso do incorporador de ar (estado plástico): aumenta a trabalhabilidade; aumenta o slump; produz misturas mais coesivas; produz segregação; reduz trincas; reduz exsudação; permite o uso de agregados mal graduados (faixa granulométrica pouco indicada). * INCORPORADORES DE AR (3) Vantagens do uso do ar incorporado (concreto endurecido): aumenta a durabilidade; aumenta a resistência a ciclos de gelo e degelo; reduz o peso do concreto. O ar incorporado varia da seguinte forma: quanto maior a temperatura do concreto, menor o teor de ar; quanto maior a vibração, menor o teor de ar; quanto maior a quantidade de agregado miúdo, maior o teor de ar; quanto maior o slump, maior o teor de ar; quanto maior o d. máximo do agregado graúdo, menor o teor de ar ; quanto maior o teor de ar, menor a resistência mecânica. * ACELERADOR São aditivos que, por ação química, acelerem a velocidade de hidratação do cimento, podendo acelerar a pega ou o endurecimento. Os aditivos que aceleram apenas a pega são usados em processos de GUNITAGEM, onde a pega rápida ou instantânea é necessária. Os silicatos e carbonatos de sódio são matérias primas básicas que podem ser usadas para esse fim. O cloreto de cálcio é usado como acelerador de pega e de endurecimento, reduzindo o tempo de início e de fim de pega, elevando as resistências iniciais e reduzindo as resistências finais. Dosagens acima de 2% reduzem substancialmente as resistências finais, não sendo aconselhável o seu uso. O cloreto de cálcio tem também os seguintes inconvenientes: aumenta as possibilidades de retração do concreto; provoca corrosão das armaduras. Outros produtos podem ser utilizados como aceleradores, como os fluoretos, nitratos, tiosulfatos e trietanolamina, todos agindo como aceleradores dos silicatos de cálcio (C3S). * FLUIDIFICANTE São aditivos que não diferem no mecanismo de atuação dos plastificantes, apenas são mais energéticos no efeito de redução da água. Enquanto um plastificante reduz até 5% de água, um superfluidificante reduz de 12 a 15% de água. Paralelamente, a dosagem de um plastificante é de 0,2 a 0,5% do peso do cimento, a de um superfluidificante é de 0,8% a 15% do peso do cimento. Sua composição química provém de compostos orgânicos, como os hidrocarbonetos sulfonados, derivados da melanina naftaleno modificados, isentos de retardamento, permitindo dosagens elevadas e grandes reduções de água de amassamento. É preciso lembrar que em função da alta plasticidade as características dos concretos superfluídos têm que ser ajustadas para não haver segregação nem exsudação. Os fluidificantes têm como características negativas o fato de não manterem a plasticidade elevada por um tempo prolongado; Em 30 minutos, um concreto com abatimento de 20 cm pode cair para 3 cm. * IMPERMEABILIZANTES Baseados em experiência e também em estudos desenvolvidos por órgão de pesquisa acredita-se que os aditivos impermeabilizantes apresentam resultados satisfatórios quando utilizados em argamassa. O IPT, através do artigo publicado no encarte nº. 17 da revista Tecnologia de Edificações, afirma: Estes produtos apresentam como constituintes ativos ésteres, ácidos graxos; apresentam pH alcalino, não sendo detectada a presença de substâncias que influenciam o tempo de pega e endurecimento de cimentos. Com relação aos ensaios para a avaliação do comportamento físico, pode se concluir que estes produtos aumentam a trabalhabilidade de argamassas e concretos, portanto, funcionam como redutores de água. Os ensaios para medida da impermeabilidade à água indicam que esses produtos reduzem a absorção capilar das argamassas mais do que 50% em relação à argamassa de referência, decorrente provavelmente da redução da relação água/cimento. De maneira geral estes produtos aumentam a incorporação de ar tanto em argamassas quanto em concretos, influindo desta maneira na resistência à compressão, principalmente em concretos. Portanto, estes produtos são indicados somente para argamassas e não para concretos. * IMPERMEABILIZANTES (2) Para se obter um concreto impermeável, devemos tomar os seguintes cuidados: fixar um fator água/cimento abaixo de 0,5%; definir o teor de argamassa ideal na mistura; Concreto com excessos de argamassas necessitará de mais água, consequentemente haverá um maior número de vasos capilares, responsáveis pela maior permeabilidade. deficiência de argamassa ocasionará segregação, redução de compacidade e aumento da permeabilidade; não ultrapassar a faixa de plasticidade ideal para o lançamento; lançar o concreto sem que ocorra segregação; vibrar corretamente; curar rigorosamente. * * * * * 1. Espalhar a areia sobre a superfície, formando uma camada de 15 cm; 2. Espalhar o cimento sobre a camada de areia; 3. Misturar a areia e o cimento até obter uma cor homogênea; 4. Formar uma camada de mais ou menos 15 cm; 5. Espalhar a pedra sobre a camada e misture tudo; 6. Depois de bem misturado (cor homogênea), formar um monte com um buraco no meio (boca de um vulcão); 7. Despejar água aos poucos e misturar vigorosamente até obter a consistência desejada; 8. Depois de colocada toda a água, continuar misturando, pois assim o concreto ficará mais mole. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Reologia - ramo da mecânica que estuda as deformações e o fluxo da matéria, esp. o comportamento dos materiais ante seus limites de resistência à deformação * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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