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2. Existência de Deus

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*
A existência de Deus
Aqui nos ocuparemos com um tema central para a filosofia da religião, a saber: Deus existe? 
O ponto de partida cristão e judaico é claro reside na afirmação do Deus único, criador do mundo e que faz história com o povo.
A pergunta enunciada é muito importante, uma vez que se a resposta for positiva, a fé religiosa se justifica, agora se for negativa a fé se torna vazia, sem sentido.
*
Argumentos filosóficos em favor de Deus
Argumento de Santo Anselmo (1033-1109)
O autor oferece o argumento que passou a ser denominado de ontológico. 
O ponto de partida da reflexão reside numa súplica feita por santo Anselmo a Deus para que faça crescer a fé que ele já possui. 
O filósofo já parte da existência de Deus, sua intenção reside em obter uma compreensão mais aprofundada da sua fé. 
*
Daí que defende santo Anselmo que a existência de Deus pode ser provada a priori mediante a intuição e a razão.
Nessa sua argumentação ele parte do salmo 14 no qual vem expresso a ideia de que o tolo afirma que Deus não existe. 
O tolo aqui representa o ateu. 
Contudo, para se negar algo, precisa-se ter a convicção que determina coisa existe.
*
Assim santo Anselmo define a Deus: “um ser com relação ao qual não se pode conceber nada maior”. 
Essa concepção mostra ser Deus um Ser perfeito e absolutamente supremo. 
Daí que afirma que aquilo que existe na realidade e o nosso próprio conhecimento fazem menção a algo superior que a própria realidade e ao nosso entendimento em si.
*
Vamos fundamentar o que acabamos de desenvolver num raciocínio lógico, baseado na argumentação de santo Anselmo.
1. “Deus é um ser com relação ao qual não se pode conceber nada maior (Definição).
2. Entender uma definição é ter a coisa definida no entendimento (pressuposto).
3. O tolo nega a existência de Deus (Sl 14).
*
4. O tolo entende a definição de Deus (pois do contrário não poderia negar que Ele existe).
5. O tolo tem Deus em seu entendimento (2, 4)
6. Tudo o que existe no entendimento e na realidade é maior do que o que existe apenas no entendimento. (pressuposto).
7. Para fins do argumento, vamos supor que o tolo esteja certo e que Deus só existe no entendimento, isto é, não existe na realidade.
*
8. O passo 7 é incoerente com relação a 1 e 6. Se aceitamos a definição 1 e o pressuposto 6, então 7 tem de ser falso. 
Logo.
9. “Deus existe”.
Anselmo parte do que procura-se denominar de argumento segundo, também chamado de ontológico. 
*
Ele afirma que “não se pode conceber que Deus não existe porque tudo aquilo que não existe não pode ser Deus”. 
Daí que o argumento ontológico parte do pressuposto de que a existência de Deus é necessária. 
Santo Tomás de Aquino (1224-1274) e os argumentos cosmológicos
Santo Tomás afirma que a existência de Deus pode ser comprovada mediante 5 vias. Vamos a elas:
*
1°- Primeiro Motor Imóvel
O movimento é algo que factualmente existe, é acessível ao nosso olhar. 
Agora, o que se move é movido por alguma força ou motor. 
É impossível que haja uma série de motores provocando movimento, sem um motor “primeiro (imóvel)”. 
Daí que há de haver alguém que esteja atrás do primeiro movimento, que mova sem ser movido, isto é, Deus. 
*
2°- Causa Primeira ou Causa Eficiente 
Esta via parte da certeza de que toda causa é efeito de outra, mas para tanto é preciso que haja uma causa primeira, causa não causada, que seria Deus. 
Aqui o autor parte da observação a partir das coisas criadas da relação de causalidade e de efeito. 
Não encontramos algo que possa ser causa eficiente de si mesma, nesse caso seria anterior a si. 
*
Por isso é impossível conceber que tenha uma causa primeira que não fosse causada por ninguém, já que todo efeito vem associado a uma causa. 
No entanto, é necessário conceber uma Causa eficiente Primeira que é causada por ninguém. Esta causa é denominada de Deus. 
Assim fica explicada a causa da existência do Universo e da subordinação das coisas a Causa Primeira.
*
3°- Ser Necessário e Ser Contingente
Os seres são finitos e contingentes ("são e deixam de ser"). 
Agora se todos fossem marcados pela finitude e pela contingência, num determinado momento na história nada mais existiria. 
Com isso, a existência dos seres contingentes implica a necessidade de um Ser infinito e eterno. 
*
Por isso há a necessidade de se conceber algo necessário por si, isto é, que não encontra a causa da necessidade em outrem, mas é a causa da necessidade para os outros: e é o que chamamos de Deus. 
4°- Ser Perfeito e Causa da Perfeição dos demais 
Os seres finitos possuem graus distintos de perfeição, mas nenhum é perfeição absoluta. 
*
O universo é formado por diferentes seres (racionais corpóreos, animais, vegetais e inanimados), sendo que cada qual possui um grau de perfeição. 
Com isso Tomás tira a dedução lógica de que é preciso que haja alguém absolutamente perfeito, causa de todas as perfeições dos seres, claro que é Deus. 
5°- Inteligência Ordenadora 
O universo ele está ordenado, ou ainda, existe uma inteligência ordenadora presente na realidade criada. 
*
Parte-se desse pressuposto para dizer que há um Ser inteligente que dispôs o universo de forma ordenada e encaminha os seres para seu fim. 
Esse Ser inteligente é Deus.
Diferentes posturas diante da religião
a) A sua negação total
*
Essa postura é assumida por aqueles que consideram a religião como fruto da invenção humana, projeção dos desejos, etc, ou ainda, uma ideologia. 
Isso é percebido em Feuerbach, Nietzsche e Freud e alguns marxistas. 
Por exemplo, para Feuerbach, a fé em Deus não passa de uma projeção humana.
Hoje em dia a negação total da religião e de seus pressupostos está menos evidente como fora na modernidade. 
*
b) A aceitação plena
Por muito tempo a religião era um tema para a filosofia como qualquer outro. 
Os grandes filósofos trataram de uma ou de outra forma.
No séc. XVII começam os esforços apologéticos para fundamentar a religião no mundo moderno, uma vez que os avanços técnico-científicos exigiram novas respostas. 
*
E essa filosofia da religião encontrou seus limites na denominada teologia natural. 
Essa última pergunta pelo lugar da fé na experiência humana.
c) Descrição empírica e das diferentes concepções de religião
Temos como principais representantes Max Weber, E. Durkheim, Lévy-Bruhl e L. Strauss, os quais abordaram a religião sob as perspectivas histórica, psicológica, sociológica, a análise da linguagem e isso feito mediado pelas pesquisas (empíricas).

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