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Direito Tributário Tributos em Espécie PROFESSOR : NAYRON TOLEDO ADVOGADO, PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, MEMBRO DA COMISSÃO DE DIREITO CONSTITUCIONAL DA OABGO, PÓS-‐GRADUADO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL PELA UCAM, PÓS-‐GRADUADO EM TRIBUTÁRIO PELA UNIDERP, EX-‐ASSESSOR NO TJGO, EX-‐CHEFE DO JURÍDICO DO PROCON-‐ GOIÂNIA IMPOSTOS ESTADUAIS 2 N ay ro n To le do IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA) • Art. 155, III da CF -‐ Previsão Cons5tucional • Não possui previsão no CTN, já que foi previsto originariamente na CF 1967, sendo que o CTN foi editado um ano antes • Em Goiás – Código Tributário Estadual (Lei Estadual 11651/91) – Art. 90/105. PREVISÃO LEGAL 3 N ay ro n To le do PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • A principal caracterís5ca do IPVA é a sua fiscalidade, ou seja, é um tributo criado com o intuito meramente arrecadatório. • A doutrina porém iden5fica que em alguns casos pode se verificar também a extrafiscalidade, a exemplo disso temos os casos de alguns Estados que davam isenção desse tributo para carros movidos a álcool, o que visava incen5var o consumo destes veículos e consequente o aumento nas vendas de álcool, já que é produto este de origem nacional. • Além disso podemos ressaltar a sua caracterísNca real, já que é um tributo que é vinculado a coisa, nesse caso o veículo automotor. 4 N ay ro n To le do FATO GERADOR • O fato gerador desse tributo é a propriedade de veículos automotores. O conceito de veículo automotor veio disciplinado no anexo I do Código Nacional de Trânsito, vejamos: 5 N ay ro n To le do VEÍCULO AUTOMOTOR -‐ todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos uSlizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico). SE APLICA A VEÍCULOS AUTOMOTORES AÉREOS, AQUÁTICOS E TERRETRES? • Algumas legislações estaduais (assim como em Goiás em seu ar5go 90) estabelecem a incidência de tal tributos sobre os veículos automotores aéreos, aquáNcos e terrestres. • Sobre tal tema o STF já se manifestou nos Recursos Extraordinários 134.509/AM, 255.111/SP e 379.572/RJ, decidindo pela impossibilidade de tributação de aeronaves e embarcações, pois isto não seria da competência dos Estados vejamos: 6 N ay ro n To le do IPVA -‐ Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (CF, art. 155, III; CF 69, art. 23, III e § 13, cf. EC 27/85): campo de incidência que não inclui embarcações e aeronaves.(RE 255111, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 29/05/2002) MOMENTO DO FATO GERADOR CONFORME CTE-‐GO • Art. 91. Ocorre o fato gerador do IPVA: I -‐ na data da primeira aquisição do veículo novo por consumidor final; II -‐ na data do desembaraço aduaneiro, em relação a veículo importado do exterior, diretamente ou por meio de “trading”, por consumidor final; III -‐ na data da incorporação de veículo ao a5vo permanente do fabricante, do revendedor ou do importador; IV -‐ na data em que ocorrer a perda da isenção ou da não-‐incidência; V -‐ no dia 1º de janeiro de cada ano, em relação a veículo adquirido em exercício anterior. 7 N ay ro n To le do 8 N ay ro n To le do ART. 94 § 5º É também isento o IPVA incidente: I -‐ na data da primeira aquisição do veículo novo por consumidor final de que trata o inciso I do art. 91, desde que adquirido de estabelecimento revendedor localizado no Estado de Goiás; BASE DE CÁLCULO • A base de cálculo deste imposto em regra deve ser o valor venal do veículo, baseando-‐se no valor de nota fiscal dos veículos novos e em tabelas oficiais para veículos usados (Tabela Fipe). • Vale ressaltar que após a EC 42/2003, o art. 150 § 1º da CF determina que as alterações na base de cálculo desse tributo são exceções ao princípio da anterioridade nonagesimal. 9 N ay ro n To le do REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO EM GO -‐ EXTRAFISCALIDADE Art. 94-‐A. O Chefe do Poder Execu5vo pode reduzir a base de cálculo em até 50% (cinquenta por cento), na forma, limites e condições que estabelecer, para os seguintes veículos: I -‐ automóvel de passeio com potência até 1000cc; II -‐ motocicleta, ciclomotor, triciclo e motoneta, até 125cc. Parágrafo único. O beneocio somente é concedido ao proprietário de veículo automotor que atenda aos requisitos:I -‐ licenciamento anual esteja regular até o vencimento, nos termos do art. 131, § 2º, do Código de Trânsito Brasileiro; II -‐ nos úlNmos 12 (doze) meses, não tenha causado por negligência, imperícia, imprudência ou dolo acidente nem possua infração de trânsito. 10 N ay ro n To le do ALÍQUOTAS • Inicialmente devemos ressaltar que a EC 42/03 criou duas importantes regras no que tange as alíquotas deste imposto. • A primeira é a de que caberá ao Senado Federal estabelecer as alíquotas mínimas a serem aplicadas pelos estados (art. 155, § 6º, I da CF). AINDA NÃO HÁ ESSA LIMITAÇÃO DEFINIDA. • A segunda regra é a possibilidade de se aplicar alíquotas diferenciadas conforme a desNnação o veículo automotor, como por exemplo Táxi, transporte escolar. (art. 155, § 6º, II da CF). RE 424991 AgR 11 N ay ro n To le do ALÍQUOTAS EM GOIÁS • Art. 93. As alíquotas do IPVA são: I -‐ 1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento) para ônibus, microônibus, caminhão, veículos aéreos e aquá5cos u5lizados no transporte cole5vo de passageiros e de carga, isolada ou conjuntamente; II -‐ 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para motocicleta, ciclomotor, triciclo, quadriciclo, motoneta e automóvel de passeio com potência até 100 cv; III -‐ 3,45% (três inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento) para os veículos uNlitários; IV -‐ 3,75% (três inteiros e setenta e cinco centésimos por cento) para veículo terrestre de passeio, veículo aéreo, veículo aquá5co e demais veículos não especificados. 12 N ay ro n To le do PODE HAVER ALÍQUTAS DIFERENCIADAS PARA VEÍCULOS IMPORTADOS? • Segundo entendimento do STF, não poderá haver alíquota diferenciada de IPVA entre os veículos de importados e os de procedência nacional. • O tratamento desigual significaria uma nova tributação pelo fato gerador da importação. (STF RE AgR 367784) 13 N ay ro n To le do CONTRIBUINTE E LANÇAMENTO • O contribuinte desse tributo é o proprietário do veículo (art. 96 do CTE), porém teremos também como subsNtuição tributária o fiduciante, e ou arrendatário (art. 97). • O lançamento deste tributo é por oncio, já que todo procedimento é realizado pelo próprio fisco, cabendo ao contribuinte apenas receber a guia de pagamento e pagá-‐la dentro do prazo. 14 N ay ro n To le do ISENÇÕES DE IPVA • Art. 94. É isenta do IPVA a propriedade dos seguintes veículos: • I -‐ máquina e trator agrícolas e de terraplenagem; • II -‐ aéreo de exclusivo uso agrícola; • III -‐ des5nado exclusivamente ao socorro e transporte de ferido ou doente; • IV -‐ fabricado especialmente para uso de deficiente nsico ou para tal finalidade adaptado, limitada a isenção a 1 (um) veículo por proprietário; • V – revogado; • VI -‐ de aluguel (táxi ou mototáxi), dotado ou não de taxímetro, des5nado ao transporte de pessoa, limitada a isenção a 1 (um) veículo por proprietário; • VII -‐ de combate a incêndio; • VIII -‐ locomo5va e vagão ou vagonete automovidos, de uso ferroviário; • IX -‐ embarcação de pescador profissional, pessoa natural, por ele u5lizada na a5vidade pesqueira com capacidade de carga até 3 (três) toneladas, limitada a isenção a 1 (uma) embarcação por proprietário; • X -‐ os veículos com 10 (dez) anos ou mais de uso; • XI -‐ ônibus ou microônibus des5nado ao serviço de transporte de passageiro de turismo e escolar, desde que credenciado junto a órgão competente para regulação, controle e fiscalização desse serviço. 15 N ay ro n To le do OBSERVAÇÕES FINAIS Princípio da Legalidade? Sim, está sujeito ao princípio da legalidade. Princípio da Anterioridade? Sim, está sujeito, porém devemos ressaltar que as alterações na base de cálculo do IPVA são exceções a anterioridade nonagesimal. 16 N ay ro n To le do COMO É FEITA A REPARTIÇÃO DE RECEITAS? • Conforme art. 158, III, da CF c/c art. 105 do CTE GO será da seguinte forma: → 50% para o Estado. → 50% para o município onde o veículo está licenciado. 17 N ay ro n To le do Vejamos o texto cons5tucional: Art. 158. Pertencem aos Municípios: (...) III -‐ cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; NOTÍCIA JORNAL OPOPULAR • IPVA pode ser resNtuído para quem teve o carro roubado ou furtado 17 de janeiro de 2013 (quinta-‐feira) • A Secretaria da Fazenda (Sefaz) informa aos contribuintes que Nveram o carro roubado ou furtado podem solicitar a devolução do IPVA. A solicitação deve ser realizada na sede da Secretaria, ou em algumadas delegacias fiscais do interior do Estado. A devolução foi insNtuída desde 1991, e o pedido pode ser feito dentro do período de cinco anos. • Conforme explica a coordenadora do IPVA da Sefaz, Fernanda César San5ago, o procedimento é simples. É preciso registrar o BoleNm de Ocorrência de furto ou roubo. Depois, pegar o formulário na internet disponível no site da Sefaz, preenchê-‐lo e assinar. • Para a abertura do processo, o contribuinte deve juntar os documentos de cer5dão de não localização do veículo; cer5ficado de propriedade do veículo; carteira de iden5dade; CPF/MF e comprovante de residência. Quando o veículo é de empresa, é preciso anexar aos documentos o contrato social, e o cartão do CNPJ/MF Fundamento -‐ art. 172, incisos I e II, do CTE 18 N ay ro n To le do IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCD OU ITCMD) • Art. 155, I da CF -‐ Previsão Cons5tucional • Art. 35/ 42 do Código Tributário Nacional • Art. 72/89 do Código Tributário Estadual • Resolução Senado 09/1992 PREVISÃO LEGAL 19 N ay ro n To le do PRINCÍPAL CARACTERÍSTICA A principal caracterís5ca deste tributo é a sua função fiscal, ou seja, o mesmo possui uma função precípua de arrecadar fundos para os Estados. 20 N ay ro n To le do FATO GERADOR • O fato gerador deste tributo é a transmissão por causa morNs ou por doação de qualquer bem ou direito. (art. 72 do CTE) 21 N ay ro n To le do Art. 72. O ITCD incide sobre a transmissão de quaisquer bens ou direitos por: I -‐ sucessão legí5ma ou testamentária, inclusive na sucessão provisória; II -‐ doação, inclusive com encargos ou ônus. 22 N ay ro n To le do MOMENTO DO FATO GERADOR DO ITCMD Causa Mortis Bens móveis e imóveis - Principio da saisine (art. 1784 do CC) – aberta a sucessão a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Doação Art. 538. Considera-‐se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. (Código Civil) Bens Móveis : Da Tradição (1267 do CC); Bens imóveis: Tecnicamente, o FG seria no instante do registro translativo no Registro de Imóveis (art. 1.245 do CC). No entanto, as leis estaduais que regem o ITCMD têm exigido o pagamento do imposto antes do registro, devendo o interessado apresentar o recolhimento do tributo como condição para que o registro seja efetivado. SÚMULAS PERTINENTES Súmula STF 112 – O ITCD é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. Súmula STF 331 -‐ É legí5ma a incidência do imposto de transmissão "causa mor5s" no inventário por morte presumida. Súmula STF 542 -‐ Não é incons5tucional a multa ins5tuída pelo Estado-‐Membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ul5mação do inventário. 23 N ay ro n To le do Competência para cobrar o ITCD (art. 155, parágrafo 1o da CF) Bens imóveis e seus direitos Competência do Estado onde se encontra o imóvel Bens móveis, títulos e créditos Causa Mortis – Competência do estado em que for processado o arrolamento ou inventário Doação – Competência do Estado onde for domiciliado o doador. 24 N ay ro n To le do Casos do art. 155, parágrafo 1º, III da CF (DOADOR NO EXTERIOR) -‐> definição em lei complementar. Enquanto não editada, cada estado define a competência própria. ( No Estado de Goiás foi definido aqui). Base de cálculo Segundo o ar5go 38 do CTN, combinado com o 77 e seguintes do CTE, a base de cálculo é o valor venal do bem, vejamos: 25 N ay ro n To le do Art. 77. A base de cálculo do ITCD é o valor de mercado do bem ou direito transmiNdo por causa morLs ou por doação. Alíquotas • As alíquotas possuem seu valor máximo fixado pelo Senado na Resolução 09/92 que é de 8%. 26 N ay ro n To le do Havia certa dúvida se poderia tais alíquotas serem progressivas, já que temos aqui um tributo real, e não pessoal, e que a CF só autorizava tal tributação progressiva desde que fosse expressamente definido pela CF, como no exemplo do IPTU. Porém o STF decidiu no início desse ano que caberia sim aplicar a proporcionalidade de alíquotas em tributos reais, vejamos julgado RE 562045/RS, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 6/2/2013. Alíquotas em Goiás No Estado de Goiás tal progressividade de alíquotas restou definido pelo ar5go 79 do CTE, vejamos: 27 N ay ro n To le do Art. 78. As alíquotas do ITCD são: 2% Quando a base de cálculo for igual ou inferior a R$ 25.000,00 3% Quando a base de cálculo for superior a R$ 25.000,00 e inferior a R$ 110.000,00; 4% Quando a base de cálculo for igual ou superior a R$ 110.000,00. ISENÇÃO Segundo a legislação Goiana, são isentos: Art. 79. São isentos do pagamentodo ITCD: I -‐ o herdeiro, legatário, donatário ou beneficiário que receber quinhão, legado, parte, ou direito, cujo valor seja igual ou inferior a R$20.000,00 (vinte mil reais); II -‐ o donatário de imóvel rural, doado pelo Poder Público com o objeNvo de implantar programa de reforma agrária III -‐ o donatário de lote urbanizado, doado pelo Poder Público, para edificação de unidade habitacional desNnada a sua própria moradia Parágrafo único. A isenção de que trata o inciso I do caput deste ar5go alcança a realização de mais de uma transmissão em favor do mesmo beneficiário ou recebedor de bens ou direitos, desde que o montante das transmissões realizadas nos úlNmos 2 (dois) anos, consideradas em conjunto, não ultrapasse o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 28 N ay ro n To le do CONTRIBUINTES • Segundo o art 42 do CTN, poderá ser definido pela lei estadual. • No nosso caso, a lei sempre condiciona em seus art. 81 e 82, aqueles que estão recebendo o bem, mas coloca como responsáveis todos aqueles que venham também doar, ou administrar os bens no caso do causa morNs, assim, não abrindo possibilidade de evasão de receitas. • Poderão ser considerados responsáveis pelo imposto os tabeliões e oficiais de registros de imóveis que efetuarem registros sem exigir comprovação do recolhimento do imposto incidente na operação. 29 N ay ro n To le do Lançamento O lançamento desse tributo é feito por declaração. 30 N ay ro n To le do É obrigatória a apresentação da Declaração do ITCD? R: Sim, o contribuinte está obrigado a apresentar a Declaração do ITCD causa mor5s e inter vivos, ficando sujeito às penalidades cabíveis se não apresentá-‐la até o vencimento do prazo para pagamento do imposto. Quais são as multas por atraso na entrega da Declaração do ITCD? R. De 10% (dez por cento) do imposto devido, pelo atraso na entrega da declaração do ITCD de até 60 (sessenta) dias, aumentada para 20% (vinte por cento) quando a entrega da declaração ultrapassar 60 (sessenta dias) dias; 31 N ay ro n To le do Onde deverá ser entregue a Declaração do ITCD, ainda que houver bens imóveis localizados em diferentes municípios do Estado de Goiás? R: A declaração será apresentada à Unidade Operacional do ITCD-‐ UOPI correspondente ao município, neste Estado, onde: • a) se processar o inventário, o arrolamento, inclusive o inventário extra judicial ou a par5lha de bens da sociedade conjugal ou da união estável; • b) tenha ocorrido o ato ou negócio jurídico de doação. Onde deverá ser entregue a Declaração do ITCD, quando houver bens imóveis localizados em diferentes municípios do Estado de Goiás e o processo de inventário, arrolamento, inclusive o inventário extra judicial, seja realizado em outro estado? • R: A declaração será apresentada à Unidade Operacional do ITCD-‐ UOPI correspondente ao município onde se localizar qualquer um dos imóveis. 32 N ay ro n To le do PRAZOS PARA PAGAMENTO De acordo com o ar5go 385 do RCTE: I -‐ na transmissão causa mor5s -‐> até 30 (trinta) dias contados da data da inNmação da decisão do julgamento do cálculo do imposto; II -‐ na doação ou cessão não onerosa -‐> até 10 (dez) dias da avaliação, tratando-‐se de bem cuja transmissão dependa de instrumento público OU da assinatura do respec5vo instrumento, tratando-‐se de bem cuja transmissão dependa de instrumento par5cular. 33 N ay ro n To le do Observações Finais Este tributo respeita o Princípio da Legalidade. Este tributo se sujeita aos Princípios da Anterioridade Anual e Nonagesimal. 34 N ay ro n To le do IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO – ICMS • Art. 155, II da CF • -‐ LC 87/96 – Bases Gerais • -‐ Arts 11/71 do CTE • -‐ Resoluções Senado • -‐ Convênio SEFAZ PREVISÃO LEGAL 35 N ay ro n To le do Principais características • A principal caracterís5ca que podemos apontar para esse tributo é a sua fiscalidade, porém a CF em seu art. 155, § 2º, III, informa que esse tributo pode ser seleNvo, analisando assim a alíquota conforme a essencialidade do bem, nesses casos contem uma ligeira caracterís5ca extrafiscal. FISCALIDADE E POSSIBILIDADE DE SELETIVIDADE • Podemos destacar também a não-‐cumulaNvidade (art. 155, § 2, I da CF) compensando-‐se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro estado. NÃO CUMULATIVIDADE 36 N ay ro n To le doFATO GERADOR O fato gerador desse tributo é: a) Circulação de mercadorias; b) Prestação de serviços de transporte interestadual c) Prestação de serviços de transporte intermunicipal d) Prestação de serviços de comunicação. 37 N ay ro n To le do Fato Gerador • Operações são negócios jurídicos; • Circulação é transferência de 5tularidade e não apenas movimentação osica; • Mercadorias são bens objeto do comércio. 38 N ay ro n To le do Vale ressaltar que independentemente do que trata as legislações sobre o tema o STF e o STJ já se manifestaram que : • Súmula 166 STJ -‐ Não consLtui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento de um mesmo contribuinte. Fato gerador • Mercadorias não são quaisquer produtos ou bens, mas apenas aqueles que cons5tuem em objeto de uma a5vidade econômica habitual e com finalidade lucra5va consistente na venda de produtos, não se confundido com a alienação eventual de um bem por pessoa osica ou jurídica cuja a5vidade econômica seja de outra natureza. 39 N ay ro n To le do Daí porque “a venda de bens do aLvo fixo da empresa não se enquadra na hipóteses de incidência... por esse bens não se enquadrarem no conceito de mercadoria e essas operações não serem realizadas com habitualidade, não há circulação de mercadorias." STF RE 203.904 ICMS – ENERGIA ELÉTRICA • O § 3º do art. 155 traz para o âmbito do ICMS as operações rela5vas a energia elétrica que também se sujeitam ao imposto. 40 N ay ro n To le do STJ Súmula 391 -‐ O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efeLvamente uLlizada. ICMS – MERCADORIAS VINDAS DO EXTERIOR STF Súmula 661 – na entrada de mercadoria importada do exterior, é legíLma a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. 41 N ay ro n To le do ICMS E O COMODATO • A circulação exigida para configurar o fato gerador deve implicar na transferência de propriedade, por isso que em casos de locação ou comodato (emprés5mo gratuito de coisas não fungíveis), não há fato gerador do ICMS. 42 N ay ro n To le do Súmula 573 STF -‐ Não cons5tui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída osica de máquinas, utensílios e implementos a tulo de comodato. IMUNIDADES ESPECÍFICAS Ar t. 15 5, p ar ág ra fo 2 º, X d a CF Operações que des5nem mercadorias ao exterior Serviços prestados a des5natários no exterior Operações que des5nem a outros Estados petróleo e energia elétrica Ouro, quando for a5vo financeiro Prestação de serviços de comunicação nas modalidades de radiofusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita. 43 N ay ro n To le do Exclusão do IPI da base de cálculo Segundo o art. 155, § 2, XI da CF, numa operação entre contribuintes de ICMS, por exemplo, uma alienação feita de uma indústria para um comerciante, ocorrem fatos geradores de ambos impostos, caso em que a base de cálculo do ICMS não deverá compreender o montante do IPI 44 N ay ro n To le do BASE DE CÁLCULO BA SE D E CÁ LC U LO VALOR DA OPERAÇÃO Em se tratando de operação de circulação de mercadoria PREÇO DO SERVIÇO Em se tratando de transporte (interurbano e interestadual) e de comunicação VALOR DA MERCADORIA OU BEM IMPORTADO Constante em documento de importação 45 N ay ro n To le do ALÍQUOTAS • Para as operações internas, cada estado define a alíquota do seu ICMS, observada a alíquota mínima estabelecida em resolução do Senado Federal (art. 155, § 2º , V, a,) não podendo ser ainda inferior as alíquotas previstas para as operações interestaduais. 46 N ay ro n To le do Alíquotas interestaduais 47 N ay ro n To le do Vendedor Comprador REPASSE AOS MUNICÍPIOS • Art. 158 DA CF. Pertencem aos Municípios: IV – (25%) vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações rela5vas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 48 N ay ro n To le do CONTRIBUINTE Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, nsica ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa nsica ou jurídicaque, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II -‐ seja des5natária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV – adquira lubrificantes e combusveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não des5nados à comercialização ou à industrialização. 49 N ay ro n To le do Outras súmulas pertinentes Sumula STJ 334 – O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso a internet. Súmula STJ 350 -‐ O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação de telefone celular. 50 N ay ro n To le do Observações einais • Principio da legalidade – O ICMS COMB pode ter suas alíquota alteradas por deliberação do CONFAZ (CONSELHO DE POLÍTICA FAZENDÁRIA). • • Princípio da anterioridade – O ICMS COMB é uma exceção ao princípio da anterioridade anual. 51 N ay ro n To le do IMPOSTOS MUNICIPAIS 52 N ay ro n To le do IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU • Art. 156, I da CF • Art. 32/34 do CTN PREVISÃO LEGAL 53 N ay ro n To le do PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • O IPTU é um tributo com uma forte caracterísNca fiscal, sendo assim considerado uma importante fonte de renda para o municípios, e neste sen5do podemos verificar a u5lização da progressividade em razão do valor do imóvel. • Porém podemos excepcionalmente destacar uma u5lização extrafiscal do mesmo, a qual é ligada a progressividade no tempo, conforme podemos depreender da leitura do art. 182, § 4º, II da CF. 54 N ay ro n To le do PROGRESSIVIDADES DO IPTU PROGRESSIVIDADE FISCAL EM RAZÃO DO VALOR DO IMÓVEL PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL EM RAZÃO DO TEMPO 55 N ay ro n To le do PROGRESSIVIDADE FISCAL EM RAZÃO DO VALOR DO IMÓVEL • Com o advento a EC 29/00 os municípios foram autorizados a estabelecer alíquotas de IPTU progressivas em razão o valor do imóvel, conforme ar5go 156, § 1º, I da CF, vejamos: 56 N ay ro n To le do Art. 156 (...) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Cons5tucional nº 29, de 2000) I -‐ ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Cons5tucional nº 29, de 2000) PROGRESSIVIDADE FISCAL EM RAZÃO DO VALOR DO IMÓVEL • Porém, antes mesmo desta emenda consNtucional, alguns municípios brasileiros baseados no princípio da capacidade contribu5va, já estavam cobrando IPTU progressivo em razão do valor do imóvel. • Entendendo que tal progressividade só poderia ser aplicado a tributos pessoais e não aos reais o STF se manifestou contra essas leis que exis5am antes do advento da EC29/00 e editou assim a seguinte súmula: 57 N ay ro n To le do Súmula 668 STF -‐ É inconsLtucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda ConsLtucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se desLnada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. Progressividade Extraeiscal em razão do tempo 58 N ay ro n To le do • ART. 182 § 4º -‐ É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subu5lizado ou não u5lizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: • I -‐ parcelamento ou edificação compulsórios; • II -‐ imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; • III -‐ desapropriação com pagamento mediante tulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. • Tal progressividade foi devidamente regulamentada pelo estatuto das cidades (lei 10.257/2001) em seu arNgo 7º, vejamos: Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos consecuNvos. § 1o O valor daalíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento. § 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou u5lizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garan5da a prerroga5va prevista no art. 8o. § 3o É vedada a concessão de isenções ou de anis5a rela5vas à tributação progressiva de que trata este ar5go. 59 N ay ro n To le do Diferenciação de alíquotas de acordo com o uso e a localização do imóvel • Tal possibilidade também foi garan5da com base na EC 29/00 que trouxe o inciso II do párag. 1º do art. 156, vejamos: II -‐ ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluído pela Emenda ConsLtucional nº 29, de 2000) • Com base nesse preceito, poderemos ter alíquota diferentes para imóveis residenciais e comerciais, bem como tabelas de diferentes alíquotas para bairros de classe alta, média e baixa. • Podemos ainda destacar a súmula que trata ainda desse tema: 60 N ay ro n To le do STF Súmula 539 -‐ É consLtucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro. FATO GERADOR • O fato gerador do IPTU foi disposto no art. 32 do CTN,e afirma ser a propriedade, o domínio ú5l ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão osica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. • O parágrafo único desse ar5go afirma que para que seja considerado zona urbana, deverá exisNr pelo menos dois dos itens a seguir, os quais deverão ter sidos construídos ou manNdos pelo poder público municipal, vejamos: 61 N ay ro n To le do DE VE E XI ST IR P EL O M EN O S 2 DE SS ES IT EN S: Meio-‐fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; Abastecimento de água; Sistema de esgotos sanitários; Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; Escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. 62 N ay ro n To le do Vale ressaltar que o elemento temporal do Fato Gerador é anual, a cada 1º de janeiro de cada ano. BASE DE CÁLCULO • A base de cálculo do IPTU segundo expresso pelo art. 33 é o valor venal do imóvel. • Tal base de cálculo pode ter suas alíquotas atualizadas por meio de decreto, porém tal atualização não poderá ser acima do índice oficial de correção monetária, conforme expressa súmula 160 do STJ. Vejamos: • Vale ressaltar que tais alterações na base de cálculo não estão sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal. 63 N ay ro n To le do STJ Súmula 160 -‐ É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. CONTRIBUINTES • • O contribuinte do IPTU foi descrito pelo art. 34 do CTN, onde estabelece ser o proprietário do imóvel, o Ntular do seu domínio úNl, ou o seu possuidor a qualquer ztulo. • Quem paga o IPTU no caso do aluguel? 64 N ay ro n To le do LANÇAMENTO • O lançamento desse tributo é feito de forma direta ou de oncio, ou seja, todo a apuração e feita pelos servidores municipais que trabalham com base nas informações de seus bancos de dados e depois remetem o carnê de pagamento para os contribuintes. • Vale ressaltar o disposto na súmula 397 do STJ, vejamos: 65 N ay ro n To le do Súmula 397 do STJ -‐O contribuinte do IPTU é noLficado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS. (ITBI) 66 N ay ro n To le do • Art. 156, II da CF • Art. 35/42 do CTN PREVISÃO LEGAL O CTN previa apenas o ITCMD que abarcava os fatos geradores deste tributo. Porém, com a CF 88, tais competências foram divididas e foi criado esse novo tributo. PRINCIPAL CARACTERÍSTICA FISCALIDADE 67 N ay ro n To le do FATO GERADOR • O fato gerador desse tributo é a transmissão inter vivos, a qualquer tulo, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão osica, e de direitos reais sobre bens imóveis, exceto os de garan5a, bem como cessão de direitos e sua aquisição. 68 N ay ro n To le do CC Art. 1.225. São direitos reais: I -‐ a propriedade; II -‐ a superncie; III -‐ as servidões; IV -‐ o usufruto; V-‐ o uso; VI -‐ a habitação; VII -‐ o direito do promitente comprador do imóvel; VIII -‐ o penhor; IX -‐ a hipoteca; X -‐ a anNcrese. XI -‐ a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) XII -‐ a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 69 N ay ro n To le do • Será cobrando tal tributo no território do município onde se encontra o bem imóvel (art. 156, II e § 2º, II da CF) Local • No momento da transmissão ou da cessão, que se dá com o registro imobiliário. Momento: IMUNIDADES • Imunidades nos eventos societários – Segundo o inciso I do § 2º do art. 156 da CF, o ITBI não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou exNnção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos a a5vidade preponderante do adquirente a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercan5l (Exemplo: imobiliárias); 70 N ay ro n To le do NÃO INCIDE ITBI transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital fusão, incorporação, cisão ou exNnção de pessoa jurídica. (Regra) Intenção do legislador: Incen5var a criação de empresas e novos negócios. BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS • Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmi5dos. • Suas alíquotas são definidas pelo legislador municipal, sendo que não é cabível sua progressividade, conforme já entendido pelo próprio STF em súmula 656: 71 N ay ro n To le do Súmula 656 -‐ É incons5tucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis -‐ ITBI com base no valor venal do imóvel Em Goiânia -‐ De acordo com Lei Complementar n.º 243 de 19/02/2013, o valor do imposto é definido aplicando-‐se uma alíquota de 2% (dois por cento) sobre o valor venal do imóvel. 72 N ay ro n To le do CONTRIBUINTES Segundo o art. 42 do CTN, pode ser qualquer uma das partes na operação tributada, como dispuser a lei, em geral a regra tem sido como contribuinte o adquirente. 73 N ay ro n To le do OBSERVAÇÕES FINAIS • Lançamento – Por declaração. • Está sujeito a anterioridades anual e nonagesimal bem como ao princípio da legalidade. 74 N ay ro n To le do ISSQN OU ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA 75 N ay ro n To le do • Art. 156, III da CF • LC 116/03 • Leis municipais PREVISÃO LEGAL PRINCIPAL CARACTERÍSTICA FISCALIDADE 76 N ay ro n To le do FATO GERADOR • “O fato gerador do ISS é a prestação – por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo – de serviços constantes da Lista anexa à LC n. 116/03, a qual enumera, aproximadamente, 230 serviços divididos em 40 itens. • (…) Os municípios para que possam cobrar o ISS dos prestadores de serviços, devem insStuí-‐lo por meio de lei ordinária própria, que poderá adotar todos os itens da lista de serviços anexa a lei complementar, ou apenas alguns deles, sendo-‐lhes, porém defeso criar serviços não previstos nessa n o r m a c o m p l e m e n t a r , s o b p e n a d e inconsStucionalidade.” (SABBAG, 2014, p. 1049) 77 N ay ro n To le do Apesar de tal lista ser taxaLva, o STF já se manifestou pela possibilidade de interpretação ampla e analógica no RE 75.952-‐SP. Alguns itens da lista: 78 N ay ro n To le do • 3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. • 3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. • 3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras espor5vas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza. • 3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compar5lhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza. • 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. • 4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. • 4.01 – Medicina e biomedicina. • 4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultra-‐sonografia, ressonância magné5ca, radiologia, tomografia e congêneres. • 4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios,sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-‐socorros, ambulatórios e congêneres. • 4.04 – Instrumentação cirúrgica. • 4.05 – Acupuntura. • 4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares. • 4.07 – Serviços farmacêu5cos. • 4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. • 4.09 – Terapias de qualquer espécie des5nadas ao tratamento osico, orgânico e mental. • 4.10 – Nutrição. • 4.12 – Odontologia. • 4.15 – Psicanálise. • 4.16 – Psicologia. 79 N ay ro n To le do • 12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. • 12.01 – Espetáculos teatrais. • 12.02 – Exibições cinematográficas. • 12.03 – Espetáculos circenses. • 12.04 – Programas de auditório. • 12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres. • 12.06 – Boates, taxi-‐dancing e congêneres. • 12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, fes5vais e congêneres. • 12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres. • 12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não. 80 N ay ro n To le do • 17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). • 17.12 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros. • 17.13 – Leilão e congêneres. • 17.14 – Advocacia. • 17.15 – Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica. • 17.16 – Auditoria. • 17.17 – Análise de Organização e Métodos. • 17.18 – Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza. • 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares. • 17.20 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira. • 17.21 – Estas5ca. 81 N ay ro n To le do ICMS X ISS O ICMS SOMENTE SE APLICA AOS SERVIÇOS • COMUNICAÇÃO • TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL O ISS SE APLICA AOS SERVIÇOS • ELENCADOS NO ROL DO ANEXO DA LC 116/03 DESDE QUE PREVISTOS NA LEI MUNICIPAL 82 N ay ro n To le do BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS A base de cálculo do ISS, para as empresas, é o preço do serviço prestado. (art. 7º da LC 116/03) 83 N ay ro n To le do Alíquotas Art. 156, parág. 3º, inciso I e III da CF estabeleceu que caberia a lei complementar estabelecer as alíquotas máximas é mínimas do ISS, com o intuito de evitar guerra fiscal. Máxima – 5% (art. 8º, II da LC 116/03) Mínima -‐ 2% (art. 88 do ADCT) MUNICÍPIO COMPETENTE PARA RECOLHER O ISS REGRA • (ART. 3º, CAPUT DA LC 116/03) – MUNICÍPIO DO ESTABELECIMENTO DO PRESTADOR EXCEÇÃO • (ART. 3º, INCISOS) – LOCAL DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. • Exemplos: • Instalação de andaimes • Execução de obras de engenharia • Limpeza de vias • Diversão e Lazer • Florestamento 84 N ay ro n To le do CONTRIBUINTE 85 N ay ro n To le do • LC 116/03 Art. 5o Contribuinte é o prestador do serviço. • Vale ressaltar que a lei municipal pode também considerar com o responsável tributário o Tomador do Serviço. ISENÇÕES NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA (...) • II – Os serviços autônomos prestados por: • 1) sapateiros remendões; • 2) engraxates ambulantes; • 3) bordadeiras; 4) carregadores; • 5) carroceiros; 6) cobradores ambulantes; 7) costureiras; 8) cozinheiras; 9) doceiras; 10) salgadeiras; 11) guardas-‐noturnos; 12) jardineiros; 13) lavadeiras; 14) faxineiras; 15) lavadores de carros; 16) manicuros e pedicuros; 17) merendeiras; 18) motoristas auxiliares; 19) passadeiras; 20) serventes de pedreiros; 21) vendedores de bilhetes; 86 N ay ro n To le do ART. 55 CTN -‐ São isentos do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza: Súmulas Pertinentes Súmula Vinculante 31. É incons5tucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza -‐ ISS sobre operações de locação de bens móveis. Súmula STJ 167 -‐ O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-‐se à incidência do ISS. Súmula STJ 274 -‐ O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-‐se neles as refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares. Súmula STF 588 -‐ O imposto sobre serviços não incide sobre os depósitos, as comissões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos bancários. 87 N ay ro n To le do OBSERVAÇÕES FINAIS Lançamento • Por Homologação. Está sujeito a • Anterioridades anual • Anterioridade nonagesimal • Princípio da legalidade. 88 N ay ro n To le do
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