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4.5.Medidas Pluviométricas.- São as grandezas e dimensões utilizadas para medir as precipitações.- a)Altura pluviométrica ( H ). É a altura ou lâmina d’água registrada em um pluviômetro. O pluviômetro basicamente, é constituído de um reservatório cilíndrico, dotado de um registro para operação, onde a cada 24 horas é retirada e medida a água precipitada em uma proveta graduada onde é feita a aferição, é instalado através de um apoio devidamente nivelado a 1,50m de altura.- Tipos de pluviômetros: Ville de Paris (400 cm2); Tipo paulista (500 cm2); Casella ( 200 cm2); Snowdon (125 cm2). Os pluviômetros devem ser protegidos por uma cerca para evitar abalroamento de animais.- b)Duração da Precipitação, geralmente fornecido em minutos ou horas a duração da precipitação. c)Intensidade Pluviométrica ( i ). É a relação dada pela lâmina d’água precipitada, e o tempo de duração de precipitação; geralmente apresentada em mm/horas ou mm/minutos. Se o cálculo for feito pela lâmina d’água total de precipitação e o tempo de duração, teremos então a intensidade média. Esta grandeza é processada pelo “pluviógrafo”, que é o aparelho que mede a altura precipitada e o tempo de duração simultaneamente.-Tipos de pluviógrafos: Pluviógrafo de caçambas basculantes; pluviógrafo de peso e pluviógrafo de flutuador; todos desenvolvem durante as precipitações um gráfico que é denominado de pluviograma; no qual a abscissa corresponde às horas do dia e a ordenada corresponde à altura de precipitação acumulada até aquele instante. 4.5.1.Organização de Redes.- a)Rede básica; recolhe permanentemente os dados das estações de observações pluviométricas instaladas no território para conhecimento do regime pluviométrico de um país ou estado.- b)Redes regionais; fornece informações para estudos específicos de uma região; deve estar integrada a rede principal.- c)Densidade da rede.- É admitido no Brasil, uma rede composta de um posto a cada 400Km2 a 500 KM2. Exemplos: -França.- Um posto a cada 200 Km2; -Inglaterra.- Um posto a cada 50 Km2; -Estados Unidos.- Um posto a cada 310 Km2; -No estado de S. Paulo, o DAEE/CTH, opera uma rede básica com cerca de 1000 pluviômetros e 130 pluviógrafos, com uma densidade de aproximadamente um posto a cada 250 Km2.- 4.5.2.Manipulação e Processamento dos Dados Pluviométricos.- Os postos pluviométricos são identificados pelo prefixo e nome, e seus dados são analisados e arquivados individualmente. Os dados lidos nos pluviômetros são lançados diariamente pelo observador no impresso próprio, que é remetida no fim de cada mês para a entidade encarregada. Antes do processamento dos dados observados nos postos, são feitas algumas análises de consistência dos dados: a)Detecção de erros grosseiros.- Na leitura dos dados pode haver erros grosseiros do tipo: -observações marcadas em dias que não existem, como p/ ex. 31 de junho; -quantidades absurdas, como p/ ex. 400mm em um dia; -erros de transcrição, como p/ ex. 0,40 em vez de 4,0 mm; -no caso de pluviógrafos, para verificar se não houve defeito na sifonagem, acumula-se a quantidade precipitada em 24 horas e compara-se com a altura lida no pluviômetro que fica ao lado do pluviógrafo.- b)Preenchimento de Falhas.-Na operação dos postos, pode haver impedimento do operador ou mesmo o aparelho em manutenção e com isto dias sem anotação de dados, que podem ser preenchidos com auxilio de três postos vizinhos de localização mais próxima, pela seguinte expressão: c)Análise das Duplas Massas.-Este processo é utilizado para verificar a homogeneidade dos dados de cada estação pluviométrica. Pois poderá haver alguma anormalidade em uma determinada estação pluviométrica; como, mudança de local, alteração das condições do aparelho, ou modificação no método de observação.- O processo é apresentado através do gráfico abaixo, em que: Pó- dado observado a ser ajustado; Pa- dado ajustado pelo processo das duplas massas; Mo- coeficiente angular da função não homogênea; Ma- coeficiente angular da função homogênea; 4.5.3.Freqüência dos Totais Precipitados.- Através dos totais precipitados anuais registrados e observados durante uma serie de anos numa determinada região, é possível desenvolver estudo estatístico que permite extrapolar dados que vão além do tempo da série observada; por exemplo, baseado numa série de dados máximos observados durante 30 anos, ter a possibilidade de extrapolar dados ou eventos que se repetem para 100 anos, para 200 anos ou para 1000 anos. Para isto, teremos que aplicar os seguintes métodos estatísticos: 4.5.3.1.Método de Califórnia e de Kimbal. Ordena-se a série em ordem decrescente e a cada evento atribuir-lhe o seu nº de ordem, de modo que a probabilidade do evento de ordem “m” acontecer é: Método Califórnia.............P= m/n Método Kimbal..................P= m/n+1; observando que para P menor ou igual a 0,50; T= 1/P; e p/ P maior que 0,50, T= 1/(1-P).- 4.5.3.2.Método da Distribuição Normal de Gauss. Para aplicar a distribuição normal a série de eventos, são necessário que os eventos da série sejam totalmente aleatórios o que não acontece com a série de dados referentes aos totais precipitados que não são completamente aleatórios, pois são mais dependentes de certas variáveis que de outras, como por exemplo: situação geográfica e umidade atmosférica. Porém, se usarmos o artifício da variável reduzida, a série se ajusta a distribuição normal.Num primeiro momento vamos aplicar a distribuição normal através da linearização gráfica com o papel di-log, onde se marcam num eixo os totais precipitados e no outro a freqüência correspondente, onde será possível extrapolar eventos que podem se repetir com determinado período de retorno. Este gráfico recebe o nome de gráfico de repartição de freqüência dos totais precipitados de uma região. Para isto, calcula-se as coordenadas, relativas a uma série de eventos, F(µ)- freqüência ref. a média dos totais precipitados; F(µ+ρ)- “ “ a média mais o desvio padrão “ “ ; F(µ-ρ)- “ “ “ “ menos o desvio Padrão “ “ ; µ- média dos totais precipitados; µ+ρ-média mais o desvio padrão dos totais precipitados; µ-ρ-média menos o desvio padrão dos totais precipitados; Exemplo de aplicação: Análise estatística dos totais precipitados do posto D4- 15 em S. Carlos-SP, apresentados na tabela abaixo, observados entre os anos de 1941 e 1968, na bacia Ribeirão do Lobo. Onde se encontrou: Xmed.=1378,60 mm; Sx= 290,89 mm; e CV= 21,10 %; que permitiu definir as coordenadas: ( 1.087,70; 15,87% ); ( 1378,60 ; 50,00% ) e ( 1669,50 ; 84,13 % ).-
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