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2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 2. CICLO HIDROLÓGICO ............................................................................................................. 5 3. BACIA HIDROGRÁFICA ........................................................................................................... 7 3.1 Delimitação da bacia hidrográfica ......................................................... 8 3.2 Classificação dos cursos d’água ......................................................... 10 3.3 Área de Drenagem .............................................................................. 11 3.4 Forma da bacia ................................................................................... 11 3.5 Sistema de drenagem ......................................................................... 12 3.6 Características do relevo da bacia ...................................................... 14 3.7 Características geológicas da bacia .................................................... 14 3.8 Características agroclimáticas da bacia .............................................. 14 3.9 Região Hidrográfica do Brasil .............................................................. 14 4 ESTIMATIVA DE VAZÃO ....................................................................................................... 18 5 BALANÇO HÍDRICO .............................................................................................................. 20 6 PRECIPITAÇÃO ..................................................................................................................... 23 6.1 Mecanismo de formação da precipitação ............................................ 23 6.2 Classificação da precipitação .............................................................. 23 6.3 Caracterização da precipitação ........................................................... 25 6.4 Pluviometria ........................................................................................ 25 7. ESCOAMENTO SUPERFICIAL ................................................................................................ 28 8. HIDROGRAMA ..................................................................................................................... 29 8.1 Tempo de Concentração ..................................................................... 30 9. MEDIÇÃO DE VAZÃO ........................................................................................................... 32 9.1 Medição com molinete hidrométrico .................................................... 32 9.2 Método acústico .................................................................................. 33 9.3 Método químico ................................................................................... 33 9.4 Medição com flutuadores .................................................................... 34 9.5 Uso de dispositivos regulares ............................................................. 34 9.6 Medição do nível da água ................................................................... 35 9.7 Curva Chave ....................................................................................... 36 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 38 3 CARTA AO ALUNO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo a Fundamentos da Hidráulica Aplicada a Bacias Locais! Essa disciplina tem como objetivo apresentar e discutir os processos que compõem a circulação da água na natureza bem como os métodos hidrológicos para dimensionar obras hidráulicas e gerenciar sistemas de recursos hídricos. Identificar a importância da água no ambiente físico e como recurso econômico. Além de capacitar o aluno a determinar vazões de projeto para diferentes tipos de bacias hidrográficas. Bons estudos!! 4 1. INTRODUÇÃO Pode-se observar diversas mudanças no clima e nas vidas que compõem o ecossistema, no qual essas modificações é o resultado da intervenção humana. Por esta razão se faz necessário desenvolver estudos hidrológicos, que são utilizados para aferi e avaliar o efeito das ações antrópicas sobre os corpos hídricos e quais medidas são necessárias para reduzir o impacto ambiental. A Hidrologia pode ser definida como a ciência que estuda a água, como a própria origem da palavra indica (do grego): hidrologia = hydor (“água”) + logos (“ciência” ou “estudo”). Entretanto, uma definição mais completa é adotada por vários autores, sendo essa: “Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas e sua reação com o meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas” (Definição do U.S. Federal Council of Service and Technology, citada por Tucci, 2000) O início dos estudos de medições de precipitação e vazão ocorreu no século 19, mas somente após o advento do computador, foi possível expressar um grande avanço das técnicas usadas em estudos hidrológicos. FIG 1 - Distribuição hídrica mundial 5 2. CICLO HIDROLÓGICO O ciclo hidrológico é um fenômeno de escala global de circulação fechada da água entre a atmosfera e a superfície terrestre, tendo como fontes de energia do sistema a radiação solar e a gravidade e a rotação da terra. O ciclo hidrológico possui dois sentidos, o sentido da superfície para atmosfera, no qual o fluxo de água ocorre na forma de vapor, como decorrência dos fenômenos de evaporação e de transpiração (evapotranspiração) e no sentido da atmosfera para superfície, no qual ocorre a transferência de água em qualquer estado físico, com as precipitações de chuva e neve, como pode-se observar pela FIG 2. FIG 2 - Ciclo Hidrológico (TUCCI, 1998) De uma forma simplificada, o ciclo hidrológico consiste em: Ocorre evaporação da água dos oceanos e formação do vapor de água. Sob determinadas condições, o vapor precipita na forma de chuva, neve, granizo. Boa parte da precipitação atinge diretamente a superfície de lagos e oceanos e outra parcela da precipitação não atingi a superfície terrestre, sendo evaporada; Da parcela da precipitação que atinge a superfície terrestre, uma parte é interceptada pela cobertura vegetal (interceptação), de onde parte evapora e a restante parcela infiltra no solo; 6 A infiltração ocorre de forma sub-superficialmente (infiltração), ou escoamento sub-superficial que é captada pelos corpos hídricos. Uma parte infiltrada percola atingindo os aquíferos (percolação), que escoam lentamente até rios e lagos (escoamento subterrâneo); A parcela que não infiltrou no solo escoa superficialmente (escoamento superficial), sendo retida pelos acidentes geográficos, sofrendo infiltração, evaporação, absorvida pela vegetação; A vegetação presente nos acidentes geográficos favorece transpiração, através do processo de fotossíntese. O volume total de água na Terra é estimado em 1460 milhões km³ e está distribuído de forma desequilibrada entre rios, oceanos aquíferos e lagos. Na TAB.1 é apresentada a distribuição do volume de água global e os respectivos tempos de residência. Observa-se que o volume de água subterrânea, embora represente quase a totalidade da água doce não congelada, pode demorar até alguns milhares de anos para ser completamente renovado. TAB 1 - Balanço Hídrico Global (adaptado NACE, 1981) 7 3. BACIA HIDROGRÁFICA O ciclo hidrológico descrito anteriormente de um aspecto geral é visto como um sistema hidrológico fechado, pois a quantidade de água disponível na terra é finita e indestrutível. Por outro lado, os subsistemas são abertos e abundantes,e são estes que os hidrologistas analisam. A bacia hidrográfica é uma área de captação natural de água proveniente da precipitação que faz direciona os escoamentos um único ponto de saída, denominado de exutório. A bacia hidrográfica consiste basicamente de um conjunto de acidentes geográficos (aclives e declives) e de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar um leito único no exutório (FIG 3) (TUCCI, 2000). A bacia hidrográfica é uma área definida topograficamente, que possui sistema de cursos d’água, tendo uma saída para que toda a vazão efluente seja descarregada. Uma bacia hidrográfica abrange toda a área de captação natural da água da chuva e favorece escoamento superficial para o canal principal e seus afluentes (VIESSMAN, et. al, 1972). FIG 3 - Componentes de uma bacia hidrográfica (adptado EPA 1998) A bacia hidrográfica trata-se de um sistema aberto, sedo que nem toda a precipitação (entrada de água) se transforma em escoamento no exutório (saída) ou fica armazenada na própria bacia. Ocorre perdas intermediárias, referentes aos volumes evaporados, transpirados (pela vegetação) ou infiltrados profundamente, ou seja, entre o evento da precipitação e a vazão de saída da 8 bacia, ocorre a interceptação pela vegetação, erosão do solo, evaporação, transpiração, armazenamento da água em depressões do solo, infiltração sub- superficial e profunda (FIG 4). FIG 4 - Representação da bacia hidrográfica como um sistema aberto Ocorrem também os diversos usos da água pela população, como captação de água para abastecimento doméstico, uso para lazer, lançamento de esgotos e efluentes industriais. Entretanto, como acontece cada processo do ciclo ou cada uso da água e em que intensidade vai variar conforme as características da bacia, como topografia, cobertura vegetal, tipo de solo, atividades agropecuárias ou industriais e presença de áreas urbanas. 3.1 Delimitação da bacia hidrográfica Os limites da bacia são estabelecidos através da topografia do terreno, com o uso das curvas de nível (linhas indicativas da altitude do terreno em relação ao nível do mar). A bacia hidrográfica é delimitada identificando as áreas de maior cota (altitude), denominados de divisores topográficos da bacia. Como o escoamento ocorre pela ação da gravidade, e a bacia é determinada pelo conjunto de áreas que convergem para um ponto. Também é importante ter o conceito de “bacias dentro de bacias”, o qual é ilustrado pela FIG 4. Tendo o ponto A como base, a área da bacia hidrográfica 9 é a indicada em tal figura. Contudo, essa bacia está inserida na bacia do ponto B que, por sua vez, está contida na bacia do ponto C. FIG 5 - Delimitação da área contribuinte A rede de drenagem de uma bacia hidrográfica é formada pelo rio principal e pelos seus afluentes, compondo-se em um sistema de transporte de água e sedimentos. Os constituintes da rede de drenagem de uma bacia podem ser descritos a partir de mapas topográficos, mas, os seus detalhes dependem da escala utilizada. A estrutura de uma rede de drenagem pode ser melhor compreendida através da ordenação ou classificação dos cursos d’água. A primeira classificação foi proposta por Horton, onde determina que todo afluente que não possui afluentes é considerado um rio de primeira ordem. Quando dois afluentes de primeira ordem se unem, eles formam um rio de segunda ordem. A confluência desses formam um rio de terceira ordem e assim por diante. Após todos os rios serem classificados, o rio de maior comprimento recebe a maior ordem. Logo, Horton comprovou que há uma correlação entre a ordem de um rio e seu comprimento. O Strahler fez alguns ajustes na classificação de Horton, omitindo a etapa final de identificação do rio de maior comprimento e a atribuição da ordem mais alta. Atualmente, a classificação de Strahler é uma das mais utilizadas, pode-se observar um exemplo de sua aplicação na FIG.6. 10 FIG 6 - Classificação do curso d´água de acordo com Strahler A rigor há três tipos de divisores de bacias: divisor topográfico, baseado no relevo; divisor geológico, em função das características geológicas; e divisor freático, estabelecido de acordo com a posição do lençol freático (nível das águas subterrâneas no subsolo) (FIG 7). Porém, devido poucas informações e à não praticidade do uso dos divisores geológicos e freáticos, os divisores topográficos são os mais utilizados para identificar e delimitar uma bacia. FIG 7 - Corte transversal de bacia hidrográficas 3.2 Classificação dos cursos d’água O sistema de drenagem de uma bacia, ou seja, seu tipo de curso d’água é uma característica importante a ser estudada de uma região hidrográfica. Sua classificação pode ser feita através da constância do escoamento, podendo ser de três tipos: 11 Perenes: seu curso d’água é constante e em tempo de estiagem seu nível de água não se altera, pois o lençol freático fornece uma alimentação contínua. Intermitentes: durante o tempo de chuva possui o comportamento dos rios perenes, pois o lençol d’água subterrâneo conserva-se acima do leito fluvial e alimentando o curso d’água. Mas em épocas de estiagem seu nível de água cai, pois o lençol freático se encontra em um nível inferior ao do leito. Efêmeros: ocorre durante ou instantes após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial e subterrâneo. A superfície freática possui nível inferior ao do leito fluvial, não havendo a possibilidade de escoamento de deflúvio subterrâneo. 3.3 Área de Drenagem É a projeção horizontal, ou seja, a área plana, abrangida entre os divisores topográficos da bacia. A área de uma bacia é uma característica básica para determinação de outras características físicas. Sendo esta, determinada por planimetria ou por pesagem do papel em balança de precisão. São muito usados os mapas do IBGE (escala 1:50.000). 3.4 Forma da bacia A forma da bacia é uma das características mais difíceis de serem expressas em termos quantitativos. Na qual ela interfere no comportamento hidrológico da bacia, como por exemplo, no tempo de concentração (Tc). No qual o Tc é definido como o tempo necessário para que toda a bacia contribua com a vazão na seção estudada, sendo esse tempo contado a partir do início da precipitação. Existem índices que procuram relacionar com formas geométricas conhecidas, a fim de determinar a forma das bacias, sendo esse o coeficiente de compacidade (Kc) e o fator de forma (Kf): 12 a) Coeficiente de compacidade (Kc): relação entre o perímetro da bacia e o perímetro de um círculo de mesma área que a bacia. Kc = PBH PC Kc =0,28 P √A A = pi r² O Kc é sempre um valor maior que 1, caso o valor fosse 1 a bacia seria um círculo perfeito. Quanto menor o Kc, mais circular é a bacia, menor o Tc e maior a tendência de ocorrência de picos de enchente. b) Fator de forma (Kf): razão entre a largura média da bacia (L̅) e o comprimento do eixo da bacia (L), que consiste na distância da foz ao ponto mais longínquo da área. Kf = L̅ L L̅= A L Kf = A L 2 Quanto menor o Kf, maior é o comprimento da bacia, portanto, menor chances de ocorrência de picos de enchente, pois o Tc é maior, além é difícil uma chuva de mesma intensa abranger toda área da bacia. 3.5 Sistema de drenagem O sistema de drenagem de uma bacia é composto pelo rio principal e seus afluentes; sendo o estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema importante, pois ele indica a velocidade com que a água sai da bacia hidrográfica. O padrão de drenagem de uma bacia depende da topografia, tipo de solo, estrutura geológica do local e clima. a) Ordem dos cursos d’água e razão de bifurcação (Rb)(FIG 8): Os cursos primários recebem o número 1; A união de dois cursos de mesma ordem dá origem a um curso de ordem superior; 13 A união de dois cursos de ordem distinta a ordem do maior é mantida. Quanto maior Rb, implica em maior o grau de ramificação da rede de drenagem e maior a tendência para o pico de cheia. FIG 8 - Ordem dos cursos d´água b) Densidade de drenagem (Dd): trata-se da relação entre o comprimento total dos cursos d’água de uma bacia e a sua área total. Dd = ΣL A A avaliação do Dd é realizada através de fotografias aéreas de toda a rede de drenagem e depois mede-se com o auxílio de um curvímetro. Pode ocorre uma variação nos de valores na medição, logo usa-se as seguintes referências: Bacias com drenagem pobre: Dd ≤ 0,5 km/km2 Bacias com drenagem regular: 0,5 ≤ Dd < 1,5 km/km2 Bacias com drenagem boa: 1,5 ≤ Dd <2,5 km/km2 Bacias com drenagem muito boa: 2,5 ≤ Dd < 3,5 km/km2 Bacias excepcionalmente bem drenadas: Dd ≥ 3,5 km/km2 14 3.6 Características do relevo da bacia O relevo de uma bacia hidrográfica tem influência sobre os fatores hidrológicos e o comportamento meteorológicos, pois a velocidade do escoamento superficial depende da declividade do terreno, e altitude da bacia influencia a temperatura, a precipitação e a evaporação. a) Declividade da bacia: quanto maior a declividade de um terreno, maior a velocidade de escoamento, menor Tc e maior possibilidade de enchentes. A magnitude do pico de enchente e a infiltração da água, tendo como consequência, maior ou menor grau de erosão, dependem da declividade média da bacia, associada à cobertura vegetal, tipo de solo e tipo de uso da terra. b) Altitude da bacia: a altitude influencia a quantidade de radiação que a bacia recebe influenciando assim a evapotranspiração, temperatura e precipitação. Quanto maior a altitude da bacia, menor a quantidade de energia solar que o ambiente recebe e, portanto, menos energia estará disponível para esse fenômeno. 3.7 Características geológicas da bacia Estão relacionadas diretamente com a suscetibilidade de erosão dos solos, com a infiltração, armazenamento da água no solo. 3.8 Características agroclimáticas da bacia São caracterizadas principalmente pelo tipo de cobertura vegetal e precipitação. 3.9 Região Hidrográfica do Brasil Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) define a divisão das regiões hidrográficas do Brasil. Até 2003, território brasileiro era dividido em sete regiões hidrográficas, mas devido a Resolução nº32, a divisão foi redefinida em 15 dividida em 12 regiões. As bacias hidrográficas não são limitadas pela divisão territorial de cada estado, podendo ultrapassar as fronteiras nacionais, mas sendo restritas no território brasileiro mediante a legislação nacional. O Brasil possui uma densa e vasta rede hidrográfica, no qual vários de seus rios destacam-se pela largura e profundidade e extensão. Devido à natureza do relevo, a exemplo disso, os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive e vales, que lhes conferem um grande potencial para a geração de energia elétrica. Em relação à navegabilidade, esses rios, devido ao seu perfil irregular, ficam um tanto prejudicados. A maior das regiões é a Amazônica, com 3.800.000 km² e distribuída por sete estados brasileiros, ela contém a maior bacia hidrográfica do mundo (rio Amazonas) e o maior rio do mundo (rio Amazonas, com 6.992 km de extensão, superando o rio Nilo com 6.852 km). Das dozes regiões hidrográficas, cinco delas são formadas por bacias secundárias ou costeiras, que consistem em agrupamento de pequenas bacias de drenagem sem um rio principal para estabelecer conexão entre os cursos d'água, essas regiões são: Atlântico Leste, Atlântico Nordeste Oriental, Atlântico Nordeste Ocidental, Atlântico Sudeste e Atlântico Sul. As em contra partida, as regiões do Paraná, Paraguai e Uruguai pertencem a bacia do rio da Prata. 16 FIG 9 - Regiões Hidrográficas do Brasil (adaptado ANA,2004) 17 TAB 2 - Região Hidrográfica do Brasil (ANA, 2000) Região Hidrográficas Estados Área total (km²) (% do Brasil) Bacias Principais Principais Rios Amazônica AC, AM, RR, RO, MT, PA e AP 3.800.000 km² (44.63%) Bacias do rio Amazonas e costeiras da Ilha de Marajó e do Amapá. Amazonas, Negro, Solimões e Purus. Tocantins- Araguaia GO, MT, TO, MA, PA e DF 967.059 km² (11.36%) Bacia do rio Tocantins. Tocantins, Araguaia, Vermelho, Itacaiunas e Crixá-Açú. Paraná MG, GO, MS, SP, PR, SC e DF 879.860 km² (10.33%) Sub-bacia do rio Paraná em território brasileiro. Paraná, Paranaíba, Tietê e Iguaçu. São Francisco SE, AL, PE, BA, GO, MG e DF 640.000 km² (7.52%) Bacia do rio São Francisco. São Francisco, das Velhas, Abaeté e Carinhanha. Atlântico Leste SE, BA, MG e ES 374.677 km² (4.4%) Bacia dos rios de Contas, Jequitinhonha, Mucuri, Paraguaçu, São Mateus. De Contas, Jequitinhonha, Mucuri, Paraguaçu, Pardo e S ão Mateus. Paraguai MT e MS 363.442 km² (4.27%) Sub-bacia do rio Paraguai em território brasileiro. Paraguai, Miranda, Cuiabá e São Lourenço. Parnaíba PI, MA e CE 344.112 km² (4.04%) Bacia do rio Parnaíba. Parnaíba, Balsas, Gurgueia e Uruçuí-Preto. Atlântico Nordeste Oriental CE, RN, PB, PE e AL 287.348 km² (3.37%) Bacias costeiras do Jaguaribe, Piranhas-Açu, Taperoá– Paraíba e Beberibe– Capibaribe. Jaguaribe, Piranhas-Açu, Paraíba Salgado, Capibaribe, Banabuiú e Cariús. Atlântico Nordeste Ocidental MA e PA 254.100 km² (2.98%) Bacias costeiras das baías de São José e São Marcos Gurupi, Turiaçu, Pericumã e Mearim. Atlântico Sudeste ES, MG, RJ, SP e PR 229.972 km² (2.7%) Bacias costeiras do Doce, Ribeira, Paraíba do Sul. Doce, Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape. Atlântico Sul SP, PR, SC e RS 185.856 km² (2.18%) Bacias costeiras do Camaquã, Itajaí, Jacuí, Itajaí-Mirim, Itajaí do Sul. Itajaí, Jacuí, Itajaí-Açu e Itajaí do Sul. Uruguai RS e SC 174.612 km² (2.05%) Sub-bacia do rio Uruguai em território brasileiro. Uruguai, Chapecó, Passo Fundo, do Peixe e da Várzea. https://pt.wikipedia.org/wiki/Acre https://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas https://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima https://pt.wikipedia.org/wiki/Rond%C3%B4nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso https://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Amap%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_hidrogr%C3%A1fica_do_Tocantins-Araguaia https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_hidrogr%C3%A1fica_do_Tocantins-Araguaia https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso https://pt.wikipedia.org/wiki/Tocantins https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tocantins https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Araguaia https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Vermelho_(Goi%C3%A1s) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Itacaiunas https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Crix%C3%A1-A%C3%A7%C3%BA https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_hidrogr%C3%A1fica_do_Paran%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paran%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Paran%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Parana%C3%ADba https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tiet%C3%AA https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Igua%C3%A7u https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_hidrogr%C3%A1fica_do_S%C3%A3o_Francisco https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe https://pt.wikipedia.org/wiki/Alagoas https://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambucohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bahia https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_S%C3%A3o_Francisco 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https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Uruguai https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Chapec%C3%B3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Passo_Fundo https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_do_Peixe_(Santa_Catarina) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_do_Peixe_(Santa_Catarina) https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_da_V%C3%A1rzea 18 4 ESTIMATIVA DE VAZÃO A água que escoa após a precipitação necessita ser avaliada ou medida para que seja possível projetar e construir elementos de drenagem eficientes como valetas, as sarjetas, os bueiros. Esse estudo chama-se estimativa de vazões. Para definir a quantidade de água que percorrer uma seção, ou seja, estimar a vazão, se faz necessário uso de alguns métodos, como: Medições diretas; Comparações com outras situações; Fórmulas matemáticas empíricas. Um ponto importante é saber a quantidade (volume) de água que é drenada no solo, para avaliar as consequências do escoamento após a precipitação. O método racional é a forma mais comum de realizar a estimativa de vazão. Este método se aplica para pequenas bacias hidrográficas e sua fórmula matemática é a seguinte: Q = C. i. A (1) ou Q = C.i.A 360 (2) Sendo: Q: estimativa de vazão em l/s (1) ou m³/h (2); C: número de natureza prática que representa as condições de escoamento das águas que depende da ocupação e uso do solo, conhecido como coeficiente de escoamento superficial; i: quantidade média de chuva dentre um intervalo de tempo, dada em l/s.ha; A: área da bacia hidrográfica que recebe a contribuição da chuva, dada em ha. 19 O coeficiente de escoamento superficial possui maior valor quanto maior for o grau de impermeabilização do solo, como pode ser visto na tabela abaixo (TAB.3). TAB 3 - Coeficiente C referente ao tipo de superfície (WILKEN,1978) A intensidade da precipitação (i) é obtida por meio de fórmulas matemáticas, que relacionam o volume e a duração das chuvas em uma determinada área. Em resumo, o método racional leva em consideração a chuva, a quantidade de área impermeabilizada, a forma e a declividade média da bacia a forma e o tipo do escoamento. Pode-se também fazer estimativas de vazões diretamente no terreno, escolhendo seção conhecida e com auxílio de uma régua graduada onde se pode observar o comportamento da água ao longo do tempo. 20 5 BALANÇO HÍDRICO É possível realizar uma estimativa da quantidade de água que passa por cada uma destas etapas do ciclo da água. Isso é possível através da aplicação do princípio da conservação da massa, que é representada pela lei fundamental da hidrologia ou equação do balanço hídrico. Essa formulação matemática aplicada ao ciclo hidrológico em uma bacia hidrográfica, define a relação entre o fluxo de água que entra (Qe) e que sai (Qs) de um sistema com volume armazenado (V), durante um intervalo de tempo (t) (EQ.5.1): ∆V ∆t = Qe̅̅ ̅̅ - Qs̅̅ ̅̅ (EQ.5.1) Adotando que os instantes de tempo inicial e final t1 e t2 respectivamente, a equação 5.1 pode ser escrita como: V2 - V1 ∆t = Qe1̅̅ ̅̅ ̅+ Qe2̅̅ ̅̅ ̅ 2 - Qs1̅̅ ̅̅ ̅+ Qs2̅̅ ̅̅ ̅ 2 (EQ.5.2) Na bacia hidrográfica, os componentes do armazenamento (V2 e V1) corresponde ao volume de superfície VS (levando em consideração os volumes armazenados em rios, canais, lagos, reservatórios e depressões), ao volume de subsolo VB (considerando a umidade do solo e o volume armazenado em aquíferos) e ao volume intercepção VIT (o volume de agua retido pela vegetação). Em grande parte, a parcela do volume de água interceptado é pouco, não sendo relevante em relação a variação dos volumes superficial e subterrâneo. Fixando-se um intervalo de tempo, a vazão de entrada (Qe) pode ser representada pelo volume de precipitação (P), a vazão de saída (Qs) pode ser representada pelosomatório dos volumes correspondentes ao escoamento superficial (S), aos escoamentos sub-superficial e subterrâneo (B), à evaporação (E), à transpiração (T) e à infiltração(I). Sendo assim, em unidades volumétricas a equação 5.2 pode ser expressa como: 21 ΔVS + ΔVB = VS (t2) – VS (t1) + VB (t2) – VB (t1) (EQ.5.3) ΔVS + ΔVB = P – S – B – E – T – I (EQ.5.4) As parcelas referentes a evaporação e da transpiração podem ser substituídas pelo termo da evapotranspiração (ETP). Nas equações 5.3 e 5.4 também podem ser desmembradas para representar o balanço hídrico que ocorre acima e abaixo da superfície. Sendo a parcela acima da superfície terá o subscrito S, logo, a equação resume-se em: ΔVS = P – S – ES – TS – I = P – S – ETPS – I (EQ.5.5) Da mesma forma, a parcela referente a abaixo da superfície pelo terá o subscrito B, tem-se: ΔVB = I – B – EB – TB = I – B – ETPB (EQ.5.6) Assim essas equações podem ser aplicadas a bacias hidrográficas, podem ser alteradas para representar o balanço hídrico em um reservatório, ou de uma seção de rio, ou até mesmo de uma superfície impermeável, considerando todos os termos pertinentes apara cada situação. Um exemplo disso é, considerando o problema de determinação do volume de escoamento superficial resultante de um evento chuvoso isolado. Supondo que não há alteração significativa do armazenamento subterrâneo e que VS(t1) = 0. O escoamento sub-superficial B está relacionado a infiltração I e, logo, as equações 5.3 e 5.4 tornam-se: S = P – I – E – T – VS (t2) (EQ.5.7) No caso de eventos isolados, as quantidades E e T são desprezíveis por serem muito menores em relação as P, I, VS e S, sendo assim: S = P – I – VS (t2) (EQ.5.8) 22 Através dessa equação pode ser observar que, o volume de escoamento superficial causado por um evento isolado de precipitação sobre uma bacia hidrográfica, pode ser obtido subtraindo-se do total da precipitação, do somatório do volume infiltrado e do volume superficial eventualmente utilizado. As unidades nesse caso são milímetros de água uniformemente distribuídos sobre a área da bacia hidrográfica ou alturas equivalentes. No caso do escoamento superficial S, essa altura equivalente - em milímetros - sobre a área de drenagem é denominada deflúvio. 23 6 PRECIPITAÇÃO A precipitação compreende-se como qualquer forma de água proveniente da atmosfera que atinge a superfície terrestre, por exemplo, chuva, neve, orvalho, granizo, sendo diferencia somente pelo estado físico que a agua se encontra. A chuva é a forma de precipitação de maior interesse para a hidrologia, devido a sua capacidade de gerar escoamento. A parcela da chuva que atinge o solo gera escoamento nas vertentes da bacia hidrográfica, alcançando a rede de drenagem e daí seguindo até o exutório da bacia. A precipitação é a “entrada” de água na bacia hidrográfica, tomando-a como um sistema físico, e a estimativa da precipitação mostra a disponibilidade hídrica da bacia, usada para avaliar a operação de hidroelétricas, a necessidade de irrigação, o atendimento às demandas para abastecimento público e a previsão de enchentes nos rios. 6.1 Mecanismo de formação da precipitação O vapor d’água na atmosfera sob determinadas condições precipita na forma de neve, gelo, chuva, orvalho e geada, esse fenômeno é denominado de precipitação. Vamos nos ater somente a chuva, por ser uma forma de precipitação que mais contribui no abastecimento de água de uma bacia hidrográfica. Para a ocorrência de chuva, o vapor de água disponível na atmosfera é menos denso, então ela se elava, e ao encontrar com uma massa de ar fria, ele se condensa, ocasionando o crescimento das gotas de água. Essas possuem um peso superior às forças que as mantêm em suspensão na atmosfera ocasionando a precipitação (chuva). 6.2 Classificação da precipitação A ocorrência de precipitação está associada à ascensão de ar úmido, o que favorece o processo de condensação da água e de crescimento das gotas, 24 descrito anteriormente. Mas há diferentes formas de ocorrência da ascensão do ar úmido, logo, as precipitações são classificadas em: Convectivas: massa de ar úmido e quente decorrente do aumento excessiva de temperatura, se eleva rapidamente por ser menos denso, ao subir sofre um resfriamento brusco, gerando precipitações intensas com pequena duração, cobrindo pequenas área que ocorre com frequência em regiões equatoriais; Orográficas: massa de ar quente e úmido, proveniente do oceano, sofre ascensão devido a obstáculos orográficos (montanhas e serras), ao subir, resfria e em seguida ocorre a precipitação. São caracterizadas por serem de pequena intensidade, mas longa duração, cobrindo pequenas áreas. O lado oposto ao obstáculo geográfico é caracterizado por uma região de baixos índices de precipitação denominadas de sotavento; Frontais: proveniente do encontro do entre massas de ar frias e quentes; no qual a massa de ar quente e úmido sofre ascensão, no qual resfria e ocorre a precipitação. Caracterizada por longa duração e intensidade média, cobrindo grandes áreas. FIG 10 - Tipos de chuva (FORSDYKE, 1969) 25 6.3 Caracterização da precipitação A chuva, por exemplo é caracterizada pelas seguintes grandezas: Altura pluviométrica (P): representa a espessura média da lâmina de água precipitada, ou seja, a espessura da lâmina de água que recobre toda a região analisada, supondo-se que não ocorreu predas como, infiltração, evaporação nem escoamento, expressa em milímetro (mm); Duração (t): representa o período de tempo que ocorre a precipitação; expressa em horas (h) ou minutos (min); Intensidade (i): representa a razão entre a altura pluviométrica e a duração, expressa em mm/h ou mm/min; Tempo de recorrência (Tr): representa o número médio de anos que espera um determinado evento (precipitação) seja igualado ou superado. 6.4 Pluviometria A precipitação (chuva) em determinada área pode ser medida pontualmente através de aparelhos denominados pluviômetros, pluviógrafos e radar meteorológico. O pluviômetro é um recipiente metálico superfície horizontal que capta a precipitação no intervalo de 24 horas, no qual o nível de chuva diário pode ser estabelecido pela seguinte equação: P = 10. V (cm³) A (cm²) (EQ 6.1) Sendo P é a altura diária de chuva em mm, V o volume captado no recipiente em cm3 e A é a área da superfície de captação em cm2. Existem vários modelos de pluviômetros e o mais usado no Brasil é o pluviômetro “Ville de Paris”. Esse pluviômetro possui uma área de 400 cm2 para 26 a captação da chuva e é instalado geralmente a 1,5 m do solo, conforme indicado na FIG 11. FIG 11 - Pluviômetro "Ville de Paris" O volume de chuva contabilizado no intervalo de 24hs é referente ao acumulado entre as 7 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte. O mesmo retirado pela torneira da parte inferior do pluviômetro e, em seguida, é feito a leitura com o auxílio de uma proveta, com isso obtém-se a altura diária de precipitação (mm). A grande limitação do pluviômetro é que o intervalo de 24 horas não pode ser desconsiderado, logo não há como se fazer leitura fora desse intervalo. A limitação do pluviômetro pode ser superada com a utilização de um pluviógrafo. Esse aparelho possui uma superfície que capta a precipitação e o destina a um recipiente, possibilitando o registro contínuo das variações da precipitação ao longo do dia. O pluviograma é o gráfico referente a variação da chuva ao longo do dia, sendo que a sua impressão e leitura deve ser feita às 7 horas da manhã de cada dia, a fim de que o intervalo de 24hs sejaobedecido. FIG 12 - Exemplo de um pluviograma 27 Para evitar erros de leitura os pluviômetros e os pluviógrafos devem ser instalados com uma certa distância de obstáculos (árvores e casas) (FIG 13). Esses erros podem ser também provenientes de defeitos de fabricação, principalmente na superfície de captação, a evaporação da água recolhida, as falhas mecânicas, a operação incorreta e a ação dos ventos. FIG 13 - Esquema de instalação de pluviômetros e pliviógrafos 28 7. ESCOAMENTO SUPERFICIAL Como anteriormente citado, o escoamento superficial corresponde uma das etapas do ciclo hidrológico, tendo a precipitação como a principal origem. Dentre as várias formas de precipitação - neve, granizo, chuva - a chuva é o foco do estudo, por sua capacidade de gerar maior volume de escoamento superficial. Recapitulando sobre o ciclo hidrológico, a precipitação que atinge o solo vai sendo armazenada nos acidentes geográficos (declives) e infiltrando no solo até saturá-lo. Quando o escoamento superficial fica mais intenso, o mesmo é denominado de escoamento superficial “livre”, que ocorre sobre as diversas superfícies que compõem a bacia hidrográfica. Esse escoamento possibilita a formação de uma micro rede de drenagem, com pequenos canaletes de água que seguem sobre o solo de acordo com a topografia (relevo). Favorecendo a formação de pequenos cursos d’água, os córregos, que também vão confluindo uns aos outros até alcançarem os rios. Entretanto, a água constitui os rios não tem apenas o escoamento superficial como como origem. Uma parte da vazão do rio é proveniente do escoamento subterrâneo e sub-superficial. Ou seja, parte da água precipitada que infiltra vai escoar sub-superficialmente e outra parte vai se juntar ao escoamento subterrâneo, tendo a função de alimentar os rios. Também há uma parcela da precipitação que cai diretamente sobre a superfície dos rios, mas é desprezível, em relação às demais contribuições. Resumindo, o escoamento em um corpo hídrico possui os seguintes componentes: Precipitação direta sobre a superfície do corpo hídrico; Escoamento superficial nos acidentes geográficos da bacia; Escoamento sub-superficial; Escoamento subterrâneo. 29 8. HIDROGRAMA Uma forma de avaliar um escoamento superficial é através de um hidrograma, que consiste em um gráfico do comportamento da vazão ao longo do tempo. O hidrograma refere-se a uma seção transversal específica do rio, que no decorrer do percurso vai recebendo mais contribuições (volumes de água) e elevando sua vazão, de jusante para montante. Sendo assim, tratando-se de uma determinada seção do rio, o hidrograma indica o volume de água escoado por unidade de tempo através da seção estudada. Como comentado anteriormente, em determinada seção do rio, a mesma vai recendendo contribuições provenientes das etapas do ciclo hidrológico, como evaporação, transpiração, infiltração. Logo, a vazão ao longo do tempo é o resultado de todos os processos e etapas do ciclo hidrológico que ocorreram na bacia hidrográfica analisada. Considerando a bacia hidrográfica como um sistema físico, tendo a entrada fluxo a precipitação e a saída de fluxo a vazão no seu exutório, o hidrograma pode ser lido como o comportamento da bacia, naquele ponto ou seção analisada, em relação à precipitação que ocorreu na sua área de contribuição. E o formato do hidrograma (como evoluiu a vazão ao longo do tempo), é reflexo direto das características de cada bacia hidrográfica, tendo como fatores que influenciam o grau de urbanização, tipo de solo, área, forma e os demais fatores que caracteriza a bacia hidrográfica. FIG 14 - Hidrograma típico 30 No exemplo de uma hidrograma da FIG 14, deve-se destacar alguns pontos interessantes: A precipitação ocorrida, é apresentada no alto a esquerda da figura, a vazão no rio começa a subir a partir do instante (tA) correspondente ao ponto A, alcançando o ponto de máxima vazão (pico) no instante tpico em B e depois decrescendo; O trecho de subida A-B do hidrograma, é a curva de ascensão do hidrograma, enquanto o trecho B-C é a curva de depleção; No hidrograma em questão, parte da vazão é proveniente do escoamento superficial e parte é proveniente da alimentação do rio pelas águas subterrâneas (escoamento subterrâneo), indicada na figura pelo eixo horizontal até a curva azul claro; No ponto C não há mais escoamento superficial proveniente da precipitação, esse ponto é denominado com ponto de inflexão; Vale ressaltar que, desde o início da precipitação (instante t0), tem-se um intervalo de tempo até a água precipitada atinja o curso d’água na seção analisada, o que só ocorre no instante de tempo tA, referente ao ponto A, que já foi indicado como o início da ascensão do hidrograma. Do mesmo modo, isso é decorrente de todos os processos que estão envolvidos de certa forma no caminho desde a ocorrência da precipitação até a vazão no rio. 8.1 Tempo de Concentração O tempo de concentração (tC) é uma característica importante do hidrograma de uma bacia, sendo definido como o tempo necessário para que toda a bacia hidrográfica contribua para o trecho estudado. Ou seja o tempo necessário para que toda contribuição da precipitação no ponto mais distante da bacia chegue ao trecho analisado. Existe algumas equações empíricas que correlacionam o tempo de concentração como os aspectos físicos da bacia. 31 A equação de Kirpich e a desenvolvida pelo California Culverts Practice, são apresentadas abaixo, são mais comumente usadas: tC = 3,989 . L0,77 . S-0,385 (Kirpich) tC = 57 . L1,155 . H-0,385 (California Culverts Practice) Sendo tC o tempo de concentração (min); L o comprimento do rio principal (km); S a declividade do rio principal (m/m); H a diferença de cota entre o exutório da bacia e o ponto mais a montante (m) 32 9. MEDIÇÃO DE VAZÃO A vazão de um rio está associada a uma seção transversal específica, pois o rio recebe contribuição da bacia hidrográfica constantemente ao longo de toda a sua extensão. Sendo assim, para se medir a vazão se faz necessário a escolha da seção transversal (trecho). Logo, através desse estudo é possível determinar em que trecho do rio é necessária a caracterização do regime fluvial conforme os seguintes fatores (SANTOS et al., 2001): Seção localizada em um trecho mais ou menos retilíneo; Margens bem definidas e livres de pontos de perturbação do escoamento; Natureza do leito, sendo preferível leito rochoso por não sofrer alterações; Obras hidráulicas existentes; Facilidade de acesso ao local; Esses fatores têm como o objetivo de garantir que a geometria da seção transversal seja praticamente constante ao longo do tempo, afim de coletar dados ao longo dos anos possibilitando comparações entre as medições em diversas épocas, tornando representativo o escoamento no trecho do rio estudado. A medição da vazão compreende a obtenção de grandezas geométricas da seção, principalmente como área, perímetro molhado, largura, e fatores referentes ao escoamento, como velocidade e vazão. Vale ressaltar que, na seção transversal do rio, a velocidade do escoamento varia ao longo da coluna de água (profundidade) e ao longo da largura do rio. Por isso, alguns métodos a seguir descritos procuram medir a velocidade da água em diversos pontos espalhados pela seção transversal. Sendo esses métodos de medição da vazão são: molinete; método acústico; método químico; flutuadores; dispositivos regulares; e indiretamente pela medição do nível da água. 9.1 Medição com molinete hidrométrico Esse método consiste em determinar a área da seção transversal do rio e medir a velocidade do escoamento em diversos pontos com o uso dos molinetes,33 coletando a velocidade média em cada ponto da seção possibilitando a medição da vazão. O molinete é um instrumento de formato alongado dotado de hélice, que quando submetida ao fluxo, a velocidade é mediada em função do número de ciclos por segundo que a hélice realiza. FIG 15 - Molinete para medição de velocidade da água 9.2 Método acústico Esse método consiste na obtenção das profundidades e velocidades a partir da análise ondas acústicas de alta frequência (Acoustic Doppler Current Profiler) refletidas pelas partículas sólidas suspensas na água e pelo leito do rio. Simultaneamente, durante uma travessia do rio com uma embarcação na qual o instrumento é afixado, no qual é feito uma varredura do relevo do leito do rio, e o levantamento da trajetória de travessia e dos perfis e direções de velocidades, com essas informações é possível obter a vazão (SANTOS et al., 2001). 9.3 Método químico Esse método é utilizado em rios com pouca profundidade e com leito rochoso, que consiste em injetar uma substância concentrada e medir a concentração em um certo ponto ao longo da extensão do rio. A relação entre a concentração lançada e a medida posteriormente é determinada a vazão A substância utilizada não ser corrosivo nem tóxico os custos, ser de fácil medição da concentração, solúvel, não estar presente naturalmente na água do rio Sendo que o bicromato de sódio é bastante usado, além de isótopos radiativos (Na24, Br82, P32) ou mesmo sal comum (NaCl). (SANTOS et al., 2001). 34 9.4 Medição com flutuadores Consiste na determinação da velocidade de deslocamento de um objeto flutuante, medindo o tempo necessário para que ele percorra um trecho de rio de comprimento conhecido. É geralmente empregado quando não se dispõe de outros tipos de equipamentos ou quando da ocorrência de vazões muito altas, que colocam em risco a medição por parte dos técnicos ou danificam os instrumentos. 9.5 Uso de dispositivos regulares Os vertedores triangulares (calhas Parshall), estabelece através de equações da hidráulica uma relação entre o nível e a vazão da água passa por ele, as quais foram determinadas teoricamente ou com experimentos em laboratório. Assim, em alguns casos pode-se optar por instalar esses tipos de dispositivos na seção transversal do rio, e através da observação do nível da água, calcular a vazão. FIG 16 - Vertedor triangular Um vertedor triangular de soleira delgada com ângulo de 90º (FIG 17) determina a relação entre cota e vazão pela seguinte equação: Q = 1,42. h. 2,5 35 Sendo Q a vazão em m3/s e h a carga hidráulica, ou seja a distância do vértice ao nível da água (FIG 17). Esta relação pode ser utilizada diretamente, embora na maioria dos casos seja desejável a verificação em laboratório. FIG 17 - Esquema representativo de vertedor triangular com soleira delgada de 90° 9.6 Medição do nível da água Para medição do nível da água é realizado através do uso de réguas linimétricas ou linígrafos. As réguas que consistem em hastes de madeira ou metal graduadas são instaladas ao longo da seção transversal e fixadas no leito e em uma das margens do rio e a leitura é feita diretamente por um observador, que comparece ao local periodicamente, para leitura uma ou duas leituras diárias, uma na parte da manhã e outra no começo da noite. Os linígrafos são instrumentos que registram de forma continua a variação do nível da água, podendo ser de dois tipos, os linígrafos de bóia e os de pressão. Os de bóia registram o nível da água através da movimentação de um flutuador preso a um cabo, enquanto o de pressão registra o nível da água em através de um medidor de pressão. Através desses medidores de cota do rio é possível a elaboração de um gráfico com a relação entre o nível da água e a vazão em uma seção transversal do rio, denominado de curva-chave. Logo, medindo-se o nível da água é possível se obter a vazão correspondente através de tal curva. 36 FIG 18 - Esquema representativo de um linígrafo 9.7 Curva Chave O ciclo hidrológico é um processo dinâmico, que possui etapas aleatórios, como a precipitação. A medição de vazão não é suficiente para caracterizar o comportamento hidrológico de uma bacia ou de um curso d’água, mas sim de uma série de medições. Logo se faz necessário que esta série de medições se estenda por alguns anos, e que o intervalo de tempo entre medições possibilite acompanhar os principais processos que ocorrem na bacia, ou seja, as cheias e estiagens. A exemplo disso, em um rio de grande extensão e de comportamento lento, a medição deve ser semanal. Já em um rio de menor área de drenagem, em uma região montanhosa, com rápidas respostas durante as chuvas, a medição deve ser a cada minuto. A medição de vazão, conforme descrita no item anterior, não é um processo barato, e isso impede que seja feita frequentemente. Pois a medição de vazão em rios exige uma equipe de técnicos qualificados e equipamentos caros. As medições de vazão têm como objetivo determinar a relação entre o nível da água do rio em uma seção e a sua vazão. Esta relação entre a cota (ou nível) e a vazão possibilita a plotagem da curva-chave do trecho estudado. Com a curva-chave é possível transformar medições diárias de cota, que são relativamente baratas, em medições diárias de vazão. No estudo do comportamento do escoamento de uma determinada seção transversal do rio é possível através da curva-chave, que constitui a relação entre a cota (nível da água) e a descarga (vazão) (FIG 19). A relação bijetora entre nível da água e vazão, ou seja, para cada vazão corresponde um único nível da água e vice-versa, sendo válida somente se o rio apresentar morfologia 37 constante e a geometria da seção transversal não se modifica ao longo do tempo. FIG 19 - Curva-chave de uma seção transversal de um rio 38 REFERÊNCIAS ANA, 2000. Agência Nacional de Águas. Página eletrônica (www.ana.gov.br). EPA, 1998. Stream Corridor Restoration – principles, processes and practices. Environmental Protection Agency, EUA. FORSDYKE, A.G. Previsão do tempo e clima. Trad. de Fernando de Castro Ferro. São Paulo: Melhoramentos, 1981. HOBECO, 2003. Catálogo eletrônico de instrumentos e telemetria de Hidrometeorogia. Hobeco Sudamericana Ltda, Rio de Janeiro. PINTO, N.; Holtz, A.; Martins, J.; Gomide, F., 1976. Hidrologia Básica. Ed. Edgard Blücher Ltda, MEC. ROSMAN, P., 1989. Modelos de Circulação em Corpos d’Água Rasos. In: Silva, R (ed.). Métodos Numéricos em Recursos Hídricos, vol. 1, ABRH. 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