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1/2 Papel do sistema límbico para o comportamento emocional O termo sistema límbico foi popularizado por Paul Mc Lean, em 1952, que difundiu no meio científico que a evolução de um sistema límbico havia permitido que os animais pudessem experimentar e exprimir emoções, permitindo a libertação dos comportamentos puramente estereotipados coordenados pelo tronco encefálico. Antes de Mc Lean divulgar suas proposições, James Papez, na década de 1930, propôs um circuito fechado de comunicação que levaria à construção de nossas respostas emocionais. Veja na figura uma representação esquemática do circuito: Para Papez, estímulos sensoriais de fundo emocional ao chegar ao tálamo seriam direcionados ao córtex cerebral e ao hipotálamo. Ele propôs uma série de ligações do hipotálamo com o tálamo anterior (1) e deste com córtex cingulado (2). As experiências emocionais, portanto, aconteceriam caso o córtex cingulado integrasse as informações provenientes do hipotálamo com aquelas do córtex sensitivo (3). O controle central das emoções se daria por uma eferência do giro do cíngulo para hipocampo e hipotálamo (4). Hoje, sabemos que os processos emocionais não podem ser resumidos a um sistema fechado, mas muito ainda precisa ser estudado para que se possa afirmar detalhadamente o papel de cada uma dessas estruturas no processo. As emoções positivas causam, por exemplo, elevação do batimento cardíaco, da frequência respiratória e rubor da face. As negativas também promovem os dois primeiros efeitos citados, no entanto, não verificamos rubor, e, sim, palidez. Todas essas respostas são autônomas e envolvem praticamente todo o nosso organismo. Outras repostas importantes são as motoras, que compreendem reflexos estereotipados (expressão facial de medo, por exemplo) ou ações voluntárias e bem planejadas (“saída pela direita/esquerda”...). Todas essas respostas são imediatas ao estímulo. Além das respostas imediatas, podemos desenvolver respostas prolongadas (quando o estímulo permanece ou em pessoas portadoras de distúrbios afetivos) nestes casos, hormônios corticóides são liberados na circulação sanguínea permitindo uma liberação energética maior, no entanto, eles causam redução de nosso sistema imunológico, deixando o organismo suscetível a invasores (bactéria, vírus e etc.). 2/3 As pesquisas, no entanto, já esclareceram algumas questões que vamos estudar a seguir.
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