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Mecânica dos Fluidos – Capítulo 04 Profº Msc. Rafael Costa dos Santos Oliveira Cinemática dos fluidos Objetivos Entender o papel da derivada material na transformação entre as descrições lagrangiana e euleriana. Distinguir entre diversos tipos de visualizações de escoamento e métodos de representação gráfica das características de um escoamento de fluido. Ter uma percepção das diversas maneiras pelas quais os fluidos se movem e se deformam. Entender a utilidade do teorema de transporte de Reynolds. Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Cinemática Movimento Cinemática dos fluidos Estudo de como os fluidos escoam e de como descrever seu movimento. Duas formas distintas de descrever o movimento. Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Descrição lagrangiana Seguir a trajetória de objetos individuais Leis de Newton Descrição do movimento Previsão com exatidão do movimento e das trocas de momento e energia cinética entre os objetos Cinemática Acompanhar o vetor posição e o vetor velocidade de cada objeto como funções do tempo. Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Descrição lagrangiana Análoga à análise de sistemas fechados A descrição de Lagrange nos obriga a seguir a posição e a velocidade de cada parcela individual de fluido, a qual nos referimos como uma partícula de fluido, que mantem a identidade fixa. Joseph Louis Lagrange (1736 – 1813) Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Descrição euleriana Leonhard Euler (1707 – 1783) Fluidos Visão macroscópica contínuo As interações entre as parcelas do fluido não são tão fáceis de descrever quanto as interações entre objetos distintos. Visão microscópica Um fluido é composto de bilhões de moléculas que estão continuamente se chocando mas a tarefa de acompanhar mesmo que um subconjunto dessas moléculas é muito difícil. Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Descrição euleriana Define-se um volume finito chamado domínio do escoamento ou volume de controle. Através deste volume finito o fluido escoa para dentro e para fora. Em vez de acompanhar partículas de fluido individuais, definem-se variáveis de campo, funções do espaço e do tempo, dentro do volume de controle. A variável de campo em um determinado local e em um determinado instante é o valor da variável para qualquer partícula de fluido que ocupar essa posição neste determinado instante. Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Descrição euleriana Campo de pressão variável de campo escalar Campo de velocidade variável de campo vetorial Campo de aceleração variável de campo vetorial Campo de escoamento tz,y,x,P P tz,y,x,v v tz,y,x,a a wv,u,v v ktz,y,x,wjtz,y,x,vitz,y,x,u Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Exemplo 4.1: Um campo de velocidade bidimensional, incompressível e estacionário é dado por na qual, as coordenadas x e y estão em metros e a velocidade está em m/s. Um ponto de estagnação é definido como um ponto no campo de escoamento no qual a velocidade é identicamente zero. (a) Determine se há algum ponto de estagnação nesse campo de escoamento e se sim, onde? (b) Esboce o vetor velocidade em diversos locais do domínio entre x = -2 m a 2 m e y = 0 m a 5 m; descreva qualitativamente o campo de escoamento. j0,8y-1,5i0,8x0,5 vu,v Cinemática dos fluidos Descrições lagrangiana e euleriana Exemplo 4.1: estagnação de Ponto 00,8x0,5u 00,8y1,5v m 1,875y m 0,625x Cinemática dos fluidos Campo de aceleração Sistema fechado x Sistema aberto (volume de controle) As equações das leis fundamentais devem ser reescritas para aplicação em diferentes formas de descrever o sistema. Descrição lagrangiana x Descrição euleriana Equações do movimento do escoamento de fluidos (ex. 2ª lei de Newton) Partícula material Vetor posição material tz,ty,tx partículapartículapartícula alagrangian Descrição euleriana Descrição smatemática esManipulaçõ Cinemática dos fluidos Campo de aceleração 2ª lei de Newton partículapartículapartícula amF dt vd a partículapartícula tz,ty,txvv partículapartículapartículapartícula dt vd a partículapartícula dt dz z v dt dy y v dt dx x v dt dt t va partícula partícula partícula partícula partícula partícula partícula dt vd dt t,z,y,xvd partículapartículapartícula Cinemática dos fluidos Campo de aceleração 2ª lei de Newton 1; dt dt z vw y vv x vu t vtz,y,x,a partícula dt vdtz,y,x,a partícula v; dt dypartícula w dt dzpartícula u; dt dxpartícula Cinemática dos fluidos Campo de aceleração 2ª lei de Newton vv t v dt vdtz,y,x,a z , y , x z uw y uv x uu t ua x z vw y vv x vu t va y z ww y wv x wu t wa z z k y j x i Cinemática dos fluidos Campo de aceleração Exemplo 4.2: Nadeen está lavando seu carro com um bocal semelhante àquele da figura. O bocal tem 3,90 in (0,325 ft) de comprimento, com um diâmetro de entrada de 0,420 in (0,0350 ft) e um diâmetro de saída de 0,182 in. A vazão de volume através da mangueira de jardim (e através do bocal) é V = 0,841 gal/min (0,00187 ft3/s) e o escoamento é estacionário. Estime o módulo da aceleração de uma partícula de fluido que se movimenta no eixo central do bocal. Cinemática dos fluidos Campo de aceleração Exemplo 4.2: entrada de Velocidade A Vuentrada A Método Δt Δua x B Método z uw y uv x uu t ua x Δx uu 2 uua entradasaídaentradasaídax 2 entradaDπ V4 2 3 2 fts ft 0,0350π 0,001874 s ft95,1 med entradasaída u Δx uu entradasaída entradasaída uu Δx2 uu Δx2 uu 2entrada 2 saída Δx Δuumed Δx2 uu 2entrada 2 saída Cinemática dos fluidos Campo de aceleração Exemplo 4.2: axial Aceleração Δx2 uua 2 entrada 2 saída x fts ft 0,3252 1,9510,4 2 222 2s ft160 Cinemática dos fluidos Derivada material Derivada material Aceleração material Derivada material da pressão v tdt d Dt D vv t v dt vd Dt vDtz,y,x,a Pv t P dt dP Dt DP Cinemática dos fluidos Derivada material Exemplo 4.3: Considere o campo de velocidade estacionário, incompressível e bidimensional do exemplo 4.1. (a) Calcule a aceleração material no ponto (x = 2 m, y = 3 m). (b) Represente os vetores aceleração material para o mesmo conjunto de valores x e y do exemplo 4.1. z uw y uv x uu t ua x z vw y vv x vu t va y 000,8y1,50,80,8x0,50a x 2x s m0,64x0,4a 00,80,8y1,500,8x0,50a y 2y s m0,64y1,2a Cinemática dos fluidos Derivada material Exemplo 4.3 2x s m0,64x0,4a 2y s m0,64y1,2a 2x s m68,1a 2y s m720,0a m 3ym, 2x Ponto Cinemática dos fluidos Padrões de escoamento e visualização de escoamentos Estudo quantitativo da dinâmica dos fluidos Matemática avançada Exame visual das características do campo de escoamento Visualização do escoamento Experimentos físicos Soluções numéricas A mente humana foi feita para processar rapidamente uma quantidade incrível de informações visuais. Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Uma linha de corrente é uma curva tangente em todos os pontos ao vetor velocidade local instantânea. São úteis como indicadores da direção instantânea do movimento do fluido em todo o campo do escoamento. Essas linhas não podem ser observadas experimentalmente, exceto nos campos de escoamento estacionário, nos quais elas coincidem com as linhas de trajetória e de emissão. Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Matematicamente, pode-se escrever uma expressão simples para uma linha de corrente com base em sua definição. Considere um comprimento de arco infinitesimal ao longo de uma linha de corrente kdzjdyidxrd local cidadevetor velo ao paraleloser deve rd kwjviuv Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente vrd kˆwjˆviˆuv kˆdzjˆdyiˆdxrd paralelos Vetores wu v dzdy dx kˆ jˆ iˆ vrd vrd kˆ u v dydx jˆ u w dzdx iˆ wv dzdy kˆudyvdxjˆudzwdxiˆvdzwdy 0vrd Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente kˆudyvdxjˆudzwdxiˆvdzwdy vrd 0vdzwdy 0udzwdx 0udyvdx vdzwdy w dz v dy udzwdx w dz u dx udyvdx v dy u dx Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Matematicamente, pode-se escrever uma expressão simples para uma linha de corrente com base em sua definição. Equação de uma linha de corrente Linha de corrente no plano xy w dz v dy u dx v rd u v dx dy corrente de linha uma de longo ao v dy u dx Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Exemplo 4.4: Para o campo de velocidade bidimensional, incompressível e estacionário do exemplo 4.1 trace várias linhas de corrente na metade direita do escoamento (x > 0) e as compare aos vetores velocidade da figura abaixo. Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Exemplo 4.4: u v dx dy 0,8x0,5 0,8y1,5 0,8x0,5 0,8y1,5 dx dy 0,8x0,5 dx 0,8y1,5 dy 0,8x0,5 dx 0,8y1,5 dy 1,8750,8x0,50,8 Cy Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Um tubo de corrente consiste em um conjunto de linhas de corrente. Como as linhas de corrente são paralelas em todos os pontos à velocidade local, o fluido não pode cruzar uma linha de corrente. O fluido dentro de um tubo de corrente deve permanecer lá e não pode cruzar a fronteira do tubo de corrente. Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Um tubo de corrente consiste em um conjunto de linhas de corrente. As linhas e tubos de corrente são quantidades instantâneas. Em um escoamento não estacionário, o padrão das linhas de corrente pode variar significativamente com o tempo. A qualquer instante, a vazão de massa através de qualquer corte seccional de um determinado tubo de corrente deve permanecer a mesma. Cinemática dos fluidos Linhas de corrente e tubos de corrente Em uma parte convergente de um campo de escoamento incompressível, o diâmetro do tubo de corrente deve diminuir à medida que a velocidade aumenta, de modo a conservar a massa. Da mesma forma, o diâmetro do tubo de corrente aumenta em pontos divergentes de um escoamento incompressível. Cinemática dos fluidos Linhas de trajetória Uma linha de trajetória é a trajetória real percorrida por uma partícula individual de fluido em um determinado período de tempo. Cinemática dos fluidos Linhas de emissão Uma linha de emissão é o conjunto das posições das partículas de fluido que passaram sequencialmente através de um determinado ponto do escoamento. Cinemática dos fluidos Linhas de tempo Uma linha de tempo é um conjunto de partículas de fluido adjacentes que foram marcadas no mesmo instante (anterior) do tempo. Cinemática dos fluidos Representação gráfica dos dados de escoamento de fluidos Forma de se obter resultados Analítica Experimental Computacional Representação gráfica Cinemática dos fluidos Gráficos de perfil Um gráfico de perfil indica como o valor de uma propriedade escalar varia ao longo de uma direção escolhida no campo de escoamento. Cinemática dos fluidos Gráficos vetoriais Um gráfico vetorial é uma matriz de setas que indicam o módulo e direção de uma propriedade vetorial em um determinado instante de tempo. Cinemática dos fluidos Gráfico de contorno Um gráfico de contorno mostra as curvas dos valores constantes de uma propriedade escalar (ou o módulo de uma propriedade vetorial) em determinado instante. Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Sistema fechado (sistema) Quantidade de matéria de identidade fixa. Tamanho e forma podem mudar durante um processo, mas nenhuma massa cruza suas fronteiras. Volume de controle (sistema aberto) Região no espaço selecionada para estudo. Permite que a massa escoe para dentro ou para fora de suas fronteiras (superfície de controle), também pode se movimentar e deformar. Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Princípios da mecânica dos fluidos Aproveitados da mecânica dos sólidos Leis da física tratam de taxas de variação no tempo de propriedades extensivas Leis da física expressas para sistemas Mecânica dos fluidos É mais conveniente trabalhar com volumes de controle. Necessidade de relacionar as variações em um volume de controle com as variações em um sistema. Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Relação entre as taxas de variação no tempo de uma propriedade extensiva para um sistema e para um volume de controle Expressa pelo teorema de transporte de Reynolds (TTR) Osbourne Reynolds (1842 – 1912) Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds extensiva epropriedadB intensiva epropriedad m Bb tVC,tsist, BB ttII,ttI,ttVC,ttsist, BBBB tsist,ttsist, BB ttII,ttI,tVC,ttVC,tsist,ttsist, BBBBBB tVC,ttII,ttI,ttVC, BBBB Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds t B t B t BB t BB ttII,ttI,tVC,ttVC,tsist,ttsist, Δtpor equação a Dividindo 0Δt :Limite Δt B lim Δt B lim Δt BB lim Δt BB lim ΔttII, 0Δt ΔttI, 0Δt tVC,ΔttVC, 0Δt tsist,Δttsist, 0Δt saídaentrada VCsist BB dt dB dt dB Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds entradaI ΔttI, 0Δt BB Δt B lim saídaII ΔttII, 0Δt BB Δt B lim 111ΔttI,1ΔttI,1ΔttI, ΔtAρvbρVbmbB 111 111 0Δtentrada Aρvb Δt ΔtAρvblimB 222ΔttII,2ΔttII,2ΔttII, ΔtAρvbρVbmbB 222 222 0Δtsaída Aρvb Δt ΔtAρvblimB Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds saídaentrada VCsist BB dt dB dt dB 22221111 VCsist AvρbAvρb dt dB dt dB controle. de superfície a atravessa que massa pela controle de volumedo fora B de totalfluxo o mais controle de volumeno B de tempono variaçãode taxaà igual é sistema no B epropriedad da tempono variaçãode A taxa Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds saídaentrada VCsist BB dt dB dt dB entradasaídatotal BBB SC dA nvρb exterior unitária normaln malinfinitesi superfície uma de áreadA dA de através b epropriedad da Vazão dA nvρb Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds nv cosθ n v cosθ v Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds VCVC dV ρbB saídaentrada VCsist BB dt dB dt dB VCVC dV ρbdt d dt dB .diminuição uma indica negativo valor um enquanto B, conteúdo de aumento um indica dt dB para positivo valor Um VC Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds SCVCsist dA nvρbdV ρbdt d dt dB saídaentrada VCsist BB dt dB dt dB VCVC dV ρbdt d dt dB SCtotal dA nvρbB fixo controle de volumeum para controle de volumepara sistema de çãoTransforma fixo VC TTR, Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Volume de controle fixo e não deformável Equação válida para o caso mais geral de um volume de controle móvel e/ou que deforma. Desde que a velocidade vetorial ( ) seja uma velocidade absoluta (como visto a partir de um sistema de referência fixo) SCVC sist dA nvρbdV ρb tdt dB fixo VC o,alternativ TTR v Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Volume de controle fixo e não deformável A equação também é válida para volumes de controle móveis e/ou deformantes. Desde que a velocidade absoluta do fluido ( ) do último termo seja substituída pela velocidade relativa ( ) Velocidade relativa fixo VC TTR, SCVCsist dA nvρbdV ρbdt d dt dB v rv SCr vvv Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Forma mais geral do teorema de transporte de Reynolds Escoamento em regime permanente SC rVCsist dA nvρbdV ρbdt d dt dB fixo não VC TTR, SCVC sist dA nvρbdV ρb tdt dB fixo não VC o,alternativ TTR SC rsist dA nvρbdt dB Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Aplicações práticas do TTR O fluido cruza a fronteira do volume de controle em um número finito de entradas e saídas bem definidas. É conveniente cortar a superfície de controle diretamente através de cada entrada e saída e substituir a integral de superfície pelas expressões algébricas aproximadas em cada entrada e saída com base nos valores médios das propriedades de fluido que cruzam a fronteira. Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Aplicações práticas do TTR SC rVCsist dA nvρbdV ρbdt d dt dB medr,rmedmed vv bb ρρ A r dA nvρb Amed dA bA 1b A rmed dA nvρb rmedmb Cinemática dos fluidos O teorema de transporte de Reynolds Aplicações práticas do TTR SC rVCsist dA nvρbdV ρbdt d dt dB e entrada cada para medr s saída cada para medrVC sist bmbmdV ρb dt d dt dB e entrada cada para medr,medmed s saída cada para medr,medmedVC sist AvbρAvbρdV ρb dt d dt dB Cinemática dos fluidos Relação entre a derivada material e o TTR
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