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REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 21 Os compostos aromáticos apresentam alta estabilidade o que os tornam pouco reativos. Todavia, em condições apropriadas o benzeno age como um nucleófilo na presença de certos eletrófilos levando a produtos de substituição com o anel aromático preservado. A reação característica dos hidrocarbonetos aromáticos é a SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA AROMÁTICA – um átomo de hidrogênio do anel aromático é substituído por um eletrófilo. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 21 Reações de substituição eletrofílica aromática a) Halogenação b) Nitração c) Sulfonação d) Alquilação e) Acilação 4 Reação de substituição eletrofílica Reação Geral 1. Formação do íon arênio (etapa lenta) Íon arênio 2. Eliminação próton e restauração do sistema (etapa rápida) REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 5 Reação de substituição eletrofílica REAÇÃO DE HALOGENAÇÃO Br2 é um eletrófilo fraco para reagir com o benzeno, logo há a necessidade de uma espécie que atue como um ácido de Lewis aumentando o caráter eletrofílico do Br2 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS FORMAÇÃO DO ELETRÓLIFO 6 Reação de substituição eletrofílica MECANISMO DE HALOGENAÇÃO REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 7 Reação de substituição eletrofílica REAÇÃO DE NITRAÇÃO NO2 + é o eletrófilo da reação de nitração gerado a partir de ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4). REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS FORMAÇÃO DO ELETRÓLIFO 8 Reação de substituição eletrofílicaREAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS MECANISMO DA NITRAÇÃO 9 Reação de substituição eletrofílica REAÇÃO DE SULFONAÇÃO Ácido sulfúrico fumegante é a combinação H2SO4 e gás SO3 que é a fonte da espécie eletrofílica -SO3H. Nessa reação o eletrófilo reativo pode ser HSO3 + ou SO3 neutro. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS FORMAÇÃO DO ELETRÓLIFO 10 Reação de substituição eletrofílica MECANISMO DE SULFONAÇÃO REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS - SO3 é o eletrófilo e reage com o benzeno formando o íon arênio - Remoção de próton do íon arênio gerando o íon benzenossulfônico - Protonação do íon benzenossulfônico 11 Reação de substituição eletrofílica REAÇÃO DE SULFONAÇÃO Todas as etapas da reação estão em equilíbrio, a posição do equilíbrio é influenciada pelas condições de reação. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 12 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS Na alquilação de Friedel-Crafts o centro eletrofílico é o carbono, publicada por Charles Friedel e James Carft em 1877. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Embora os haletos de alquila usados na alquilação de Friedel- Crafts apresentem centro eletrofílico, não são suficientemente reativos para reagir com o benzeno. 13 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS A presença de ácidos de Lewis como o tricloreto de alumínio converte o haleto de alquila a um carbocátion. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS MECANISMO DA ALQUILAÇÃO 1 - Formação do carbocátion 14 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 2 – Substituição eletrofílica no anel aromático 15 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Limitações das reações de Friedel-Crafts 1. Haletos de alquila primários são pouco reativos, devido a estabilidade desse tipo carbocátion. Essas espécies podem sofrer rearranjos levando a formação de mistura de produtos. 16 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 3. Carbocátions vinílicos e arílicos não são sufucientemente estáveis para serem formados sob essas condições. 4. A presença de certos grupos no anel aromático diminuem a reatividade do anel, impossibilitando a alquilação de Friedel-Craft. 17 Reação de substituição eletrofílica ALQUILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 3. Alquilação aumenta a reatividade do anel aromático tornado possível ã substituição de grupos alquila em mais de uma posição 18 Reação de substituição eletrofílica ACILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS Reação semelhante a alquilação de Friedel-Craft pode ser usada para inserir grupos acila no anel aromático. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 19 Reação de substituição eletrofílica MECANISMO DE ACILAÇÃO REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS - Formação do eletrófilo - Ataque nucleofílico 20 Reação de substituição eletrofílica ACILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS O produto da acilação de Friedel-Crafts pode ser reduzido através de uma reação chamada Redução de Clemmensen. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 21 Reação de substituição eletrofílica ESTRATÉGIAS DE SÍNTESE DE BENZENOS MONOSSUBSTITUÍDOS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 22 Reação de substituição eletrofílica BENZENOS SUBSTITUÍDOS Benzenos substituídos também podem sofrer reações de substituição eletrofílica. Os substituintes mais comuns são OH, NH2, grupos alquila e derivados carbonílicos. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Esses substituintes podem influenciar a reatividade do anel aromático, aumentando ou diminuindo o caráter nucleofílico do anel. O tipo de influência do substituinte dependerá de efeitos indutivos e de ressonância que os grupos tem sobre o anel. 23 Reação de substituição eletrofílica 1. Efeitos indutivos Efeitos que resultam da eletronegatividade do substituinte ou da polarizabilidade do grupo. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Efeito indutivo retirador: átomos mais eletronegativos que o carbono como -N, -O e –X retiram elétrons e exercem efeito indutivo retirador do anel aromático. Efeito indutivo doador: grupos alquila polarizados aumentam a densidade eletrônica no anel, exercendo efeito indutivo doador de elétrons. 24 Reação de substituição eletrofílica 2. Efeitos de ressonância REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Efeito retirador de elétrons 25 REATIVIDADE GRUPOS ATIVANTES GRUPOS DESATIVANTES Influência de grupos substituintes: importantes efeitos nas reações de substituição em hidrocarbonetos aromáticos substituídos. REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 26 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Nitração do tolueno: o tolueno sofre nitração 25 vezes mais rápido que o benzeno. 1. GRUPOS ATIVANTES 27 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Regioquímica da nitração do tolueno: pode ser justufucada pela análise da estabilidade do complexo sigma dos três produtos. 28 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Diagramas de energia dos complexos sigma A comparação dos diagramas de energia dos complexos sigma revela que o grupo metila é um grupo direcionados orto-para. 29 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Nitração do anisol: 400 vezes mais rápido que o benzeno ▪ Um grupo metoxi é retirador de elérons por indução, pois o oxigênio é mais eletronegativo que o carbono. ▪ Por ressonância o grupo metoxi doa densidade eletrônica para o anel aromático. 30 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 31 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 32 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Diagramas de energia dos complexos sigma A comparação dos diagramas de energia dos complexos sigma revela que o grupo metoxi é um grupo direcionados orto-para. 33 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Grupo nitro: desativa o anel tanto por efeito de indução como de ressonância. 2. GRUPOS DESATIVANTES34 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Diagramas de energia dos intermediários da nitração do nitrobenzeno Quando a substituição ocorre na posição meta, o carbono ao qual o substituinte desativante está ligado não apresenta carga positiva. 35 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Os halogênios (incluindo Cl, Br e I) são orientadores orto-para, apesar do fato de que eles são desativadores. 36 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Tanto os ativadores quanto os desativadores podem ser classificados como forte, moderado e fraco Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Ativadores fortes: caracterizados pela presença de um par de elétrons isolado imediatamente adjacente ao anel aromático. 37 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Ativadores moderados: apresentam um par de elétrons isolado que já está deslocalizado fora do anel. 38 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Ativadores fracos: grupos alquila ativam fracamente o anel aromático devido a efeitos de indução. 39 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Desativadores fracos: efeitos eletrônicos de indução e de ressonância nos halogênios competem ocorrendo favorecimento do efeito de indução retirador, o que torna esses átomos fracos desativadores. 40 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Desativadores moderados: grupos que apresentam uma ligação com um átomo eletronegativo, onde a ligação é conjugada com o anel aromático 41 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Determinação dos efeitos de orientação de um substituinte Desativadores fortes 42 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 43 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 44 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Quando vários substituintes estão presentes em um anel, os efeitos de orientação devem ser considerados. Múltiplos substituintes • Dirigentes orto-para sempre predominam sobre os dirigentes meta. NO2 Br2 AlBr3 NO2 Br NO2 Br NO2 Br 45 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Ex: Identifique, na substância vista a seguir, a posição que é mais provável de ser submetida a uma reação de substituição eletrofílica aromática. Múltiplos substituintes 46 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Quando um orientador orto-para está presente no anel, é difícil prever a proporção exata de produtos orto e para. Porém, na maioria dos casos: Efeitos estéricos 1. Para a maioria dos anéis aromáticos monossubstituídos, o produto para geralmente predomina em relação ao produto orto como consequência de impedimentos estéricos. 47 REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS 2. Para anéis aromáticos 1,4-dissubstituídos efeitos estéricos também devem ser considerados. 3. Para anéis aromáticos 1,3-dissubstituídos é extremamente improvável que a substituição possa ocorrer na posição entre os dois substituintes. 48 Reação de substituição eletrofílica ESTRATÉGIAS DE SÍNTESE DE BENZENOS DISSUBSTITUÍDOS REAÇÕES DE HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Partindo do benzeno e utilizando quaisquer outros reagentes necessários de sua escolha, projete uma síntese da substância vista a seguir:
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