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Curso de Graduação Faculdade de Engenharia Civil Complemento de mecânica dos solos e fundações Profa. Bruna Bassoli. M. Pelissari Fundações Rasas TERRENO (maciço de solo) ELEMENTO ESTRUTURAL DE FUNDAÇÃO + “Transmitir as cargas de uma edificação para uma camada resistente do solo”. Não romper Não recalcar excessivamente Ser segura Econômica (funcionalidade/durabilidade) O que é uma fundação? O que é uma fundação? Projeto de fundações Mecânica dos solos Resistência Compressibilidade Permeabilidade Análise Estrutural Tipo e uso Sistema estrutural Cargas “A concepção de fundações é, na realidade, um misto de ciência e arte.” Velloso e Lopes ABNT A NBR 6484:2001: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio. Esta Norma prescreve o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT, cujas finalidades, para aplicações em Engenharia Civil, são: a) Determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência; b) A posição do nível-d’água; e c) Os índices de resistência à penetração (N) a cada metro. A ABNT NBR 6122:2010 norma pertinente a projeto e execução de fundações, apresenta os termos e definições utilizados nessa área da engenharia com as informações necessárias para realização de investigações geotécnicas e geológicas com os tipos de ensaios e as ações nas fundações das quais as mesma devem suportar com os valores mínimos dentro dos parâmetros de segurança. Planta de locação e carga nos pilares. Projeto de Sondagem Projeto de Sondagem h tt p :/ /e q u ip e d e o b ra .p in i. c o m .b r/ c o n s tr u c a o -r e fo rm a /4 0 /a rt ig o 2 3 6 1 8 1 -1 .a s p x Quais os tipos de fundações? SUPERFICIAIS (rasas ou diretas) PROFUNDAS (indiretas) Quais os tipos de fundações? Segundo a NBR 6122:2010, em função da profundidade da cota de apoio, as fundações classificam-se em: Fundação superficial: Elemento de fundação em que a ação é transmitida predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Este tipo de fundação também é chamada de rasa ou direta. Fundação rasa: H ≤ 2xB Fundação profunda: H ≥ 2xB Não é capaz de transferir atrito lateral. Quais os tipos de fundações rasas? Os blocos são classificados como uma fundação rasa. São dimensionados de tal maneira que resistem apenas à compressão, ou seja, não é necessário o emprego de armadura. É uma estrutura apenas com tensão simples, a altura calculada deve ser suficientemente grande, para que as tensões de tração sejam absorvidas pelo concreto. O radier é um “elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo os carregamentos”. Esse tipo de estrutura é como uma laje, uma placa de concreto armado com uma de suas dimensões relativamente pequena (altura) em relação as outras duas (comprimento e largura). Quais os tipos de fundações rasas? As sapatas são estruturas sujeitas a flexão composta. Assim, faz-se necessário a utilização da armadura, pois só o concreto não é suficiente para resistir aos esforços de tração na qual estão sendo solicitadas. Nesse caso, a forma geométrica desse elemento permite que sua altura seja inferior ao de um bloco. Para o seu dimensionamento, o centro de gravidade da fundação deve coincidir com o centro de gravidade do elemento transmissor de carga. Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Rigidez B b d ≥ B−b 4d < B−b 4 Rígida Flexível Sapatas flexíveis: São de uso mais raro, sendo mais utilizadas em fundações sujeitas a pequenas cargas. Outro fator que determina a escolha por sapatas flexíveis é a resistência do solo. As sapatas flexíveis apresentam o comportamento estrutural de uma peça fletida, trabalhando à flexão nas duas direções ortogonais. Portanto, as sapatas são dimensionadas ao momento fletor e à força cortante, da mesma forma vista para as lajes maciças. A verificação da punção em sapatas flexíveis é necessária, pois são mais críticas a esse fenômeno quando comparadas às sapatas rígidas. Sapatas rígidas: São comumente adotadas como elementos de fundações em terrenos que possuem boa resistência em camadas próximas da superfície. As tensões de cisalhamento devem ser verificadas, em particular a ruptura por compressão diagonal do concreto na ligação laje (sapata) – pilar. A verificação da punção é desnecessária, pois a sapata rígida situa-se inteiramente dentro do cone hipotético de punção, não havendo possibilidade física de ocorrência de tal fenômeno. Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Rigidez Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Posição Sapatas Isoladas Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Posição Sapata Corrida Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Posição A viga que une os pilares de modo a permitir que a sapata trabalhe com tensão constante denomina-se viga de rigidez. “Jogar com os valores dos balanços de modo que a ordem de grandeza dos momentos negativos e positivos estejam próximas.” Cargas diferentes Solução: Sapata Associada Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Posição Transmitem as ações de dois ou mais pilares adjacentes. São utilizadas quando não é possível a utilização de sapatas isoladas para cada pilar, por estarem muito próximas entre si, o que provocaria a superposição de suas bases (em planta) ou dos bulbos de pressões. Neste caso convém empregar uma única sapata para receber as ações de dois ou mais pilares. O centro de gravidade da sapata normalmente coincide com o centro de aplicação das cargas dos pilares. Para condições de carregamento uniformes e simétricas, as sapatas associadas resultam em uma sapata corrida simples, entretanto, quando as cargas dos pilares apresentam diferentes relevantes, a imposição de coincidir o centroide da sapata com o centro das cargas dos pilares conduz ou a uma sapata de base trapezoidal (em planta) ou a sapatas retangulares com balanços livres diferentes (em planta). Digite a equação aqui. Classificação das sapatas - Posição A viga de equilíbrio, tem a função de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro da sapata. Sapata de divisa Curso de Graduação Faculdade de Engenharia Civil Complemento de mecânica dos solos e fundações Capacidade de carga de Fundações Diretas Capacidade de carga de um solo - σr É a pressão, que aplicada ao solo através de uma fundação direta causa ruptura. Alcançada essa pressão, a ruptura é caracterizada por recalques incessantes, sem que haja aumento da pressão aplicada. Tensão admissível - σadm NBR 6122/96 “Tensão admissível em fundações por sapatas é a tensão aplicada ao solo que provoca apenas recalques que a construção pode suportar sem inconvenientes e que oferece, simultaneamente, segurança satisfatória contra a ruptura ou o escoamento do solo ou do elemento de fundação”. Modos de Ruptura Critério de ruptura de Terzaghi Solos muito compressíveis (fofos ou moles). Solos pouco compressíveis (compactos ou rijos). Tensões de cisalhamento maiores que a resistência ao cisalhamento do solo Deslocamentodo solo. Modos de Ruptura Ruptura Geral: Nos solos de ruptura tipo C1, à medida que a carga (ou pressão) aumenta, o material resiste, deformando-se relativamente pouco, vindo a ruptura acontecer quase que bruscamente. É como se toda a massa rompesse a um só tempo, generalizadamente. A pressão de ruptura é, nesse caso, bem definida, dado pelo valor pr do gráfico. Quando atingida, os recalques tornam-se incessantes e é denominada por ruptura generalizada, sendo típica de solos pouco compressíveis (compactos ou rijos). Ruptura Local: Nos solos de ruptura tipo C2, as deformações são sempre grandes e aceleradamente crescentes. Não há uma ruptura definida. É como se o processo de ruptura fosse dado paulatina e constantemente, desde o início do carregamento, em regiões localizadas e dispersas na massa do solo. A pressão de ruptura para este caso é dada por p’r que, segundo Terzaghi, corresponde ao ponto “a”, em que há uma mudança no gráfico, com passagem da curva inicial para um trecho aproximadamente retilíneo final. Este tipo de ruptura é denominado por ruptura localizada, sendo típica de solos muito compressíveis (fofos ou moles). Ruptura Puncionamento: com a aplicação da carga, o elemento estrutural de fundação tende a afundar, em decorrência da compressão do solo subjacente. Não há movimento do solo na superfície. Modos de Ruptura Métodos para Estimar a Capacidade de Carga – Fundações Rasas 1º Método: Através de fórmulas teóricas 2° Método: Através de provas de carga 3º Adoção de valores de experiências acumulado – Semi-empírico 4º Através de métodos Empíricos Métodos Semi-empírico σr ≤ 𝛼 ∙ ∁ ∙ 𝑁𝑝 Onde: α : coeficiente de redução ∁ : fator característico do solo Np : valor médio de resistência á penetração na base do elemento estrutural de fundação, obtido a partir de três valores: o correspondente à cota da base, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior. Com fator de segurança (FSG) = 4 σadm = σr 4 Métodos Semi-empírico Onde: α : coeficiente de redução ∁ : fator característico do solo Np : valor médio de resistência á penetração na base do elemento estrutural de fundação, obtido a partir de três valores: o correspondente à cota da base, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior. Método empírico baseado no SPT Onde: q: tensão geostática na camada de apoio (MPa) O valor da resistência à penetração ( Nspt ) deve ser o valor médio representativo da camada de apoio, estimado dentro da profundidade do bulbo de tensões da sapata em torno de: 1,5 ∙B. σadm = Nspt 50 + 𝑞 5 ≤ 𝑁𝑠𝑝𝑡 ≤ 20 Métodos Empíricos - NBR 6122
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