Buscar

NEGÓCIOS INTERNACIONAIS (1)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIA SOCIAIS APLICADAS 
Bacharelado em Administração 
Profº José Morais 
Arikan Jorian Mendes Martins 
Natanaelson Martins Mendes 
Marcos Vinícius Sampaio de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 BLOCOS ECONÔMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís, 
2018 
Apresentação 
Os Blocos Econômicos ou acordos comerciais foram criados com o intuito 
de facilitar o comércio entre os países membros com interesse mútuo de 
crescimento econômico. O primeiro bloco conhecido foi organizado nos fins da 
Segunda Guerra Mundial e foi integrado por Bélgica, Holanda e Luxemburgo. A 
chamada BENELUX acabou trazendo vantagens e foi capaz de atrair novos países 
europeus ao longo do tempo. 
A criação dos blocos econômicos teve de início o objetivo de recuperar o 
Velho Mundo após a segunda guerra, após isso acabou se tornando ferramenta de 
integração entre os países membros de forma a adotar medidas como redução ou 
isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em acordo para 
os problemas comerciais uma vez que foi notável o crescimento econômico, 
trabalhar em grupo passou a ser mais proveitoso trabalhar sozinho. 
Assim o processo de globalização contribuiu para estabelecer esses 
processos de transações comerciais e diminuir as fronteiras entre os países, as 
grandes nações capitalistas tomaram como prática a consolidação de acordos que 
viabilizassem a obtenção de matérias-primas e a garantia de novos mercados 
consumidores de produtos Industrializados. Os blocos econômicos são zonas de 
livre comércio, que apresentam união aduaneira, mercado comum e união 
econômica e monetária. 
Atualmente existem muitos blocos econômicos, assim, neste trabalho tem 
por objetivo descrever os quatro principais de forma a entender o impacto que cada 
um exerce para os países membros e para o mundo. Atualmente o maior bloco 
econômico é a União Europeia que obtém economia forte conseguiu resistir à crise 
econômica mundial. O Bloco em que o Brasil se insere é o MERCOSUL, um bloco 
promissor, composto por países da América Latina, como Brasil e Argentina. 
 
 
 
 
Formação dos Blocos Econômicos e a importância deles na globalização 
A formação de um bloco econômico ocorre com intuito de promover um 
acordo comercial entre os países membros. Com o processo intenso de globalização 
e em um cenário de crise econômico-financeira, os países buscam a proteção dos 
interesses comuns e concessão de vantagens comerciais entre eles. 
Devido à dificuldade em conciliar os interesses das partes, as soluções 
são buscadas por meio das relações comerciais, que podem ser classificadas em 
quatro grupos: zonas de livre comércio: que tem como característica a eliminação 
gradativa de barreiras comerciais entre os membros, como exemplo o NAFTA; união 
aduaneira: que possui uma área de livre comércio entre eles e o estabelecimento de 
uma tarifa aduaneira única, com aplicação aos produtos exteriores ao grupo, o 
MERCOSUL é um ente pertencente a esse tipo de grupo; mercado comum: é a 
união aduaneira, somado com regulamentação comum de produtos e a prerrogativa 
de preservação da liberdade de circulação de trabalho, bens, serviços e capital entre 
os participantes, a União Europeia é um exemplo; e por fim, a união econômica e 
monetária: que facilita a integração econômica, com o uso de uma mesma política 
monetária, a zona do euro possui o perfil desse bloco 
A globalização é a integração econômica, política e cultural entre os 
países. Acrescido pelo progresso nos meios de comunicação e transporte. Tal 
processo permitiu a queda das fronteiras, com a facilitação da circulação de bens e 
serviços, e o crescimento econômico por meio da disposição de um mercado mais 
amplo para as empresas. 
Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico 
aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos 
são formados por países vizinhos, com possuam afinidades culturais ou comerciais. 
Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre os blocos 
cresce e tem como principal objetivo, o fortalecimento da economia e ao mesmo 
tempo adaptação aos avanços do mercado. 
 
 
 
Principais blocos econômicos 
 
 ALCA 
A sigla corresponde por Acordo de Livre Comércio das Américas, que 
surgiu em 1994 como forma de eliminar barreiras alfandegárias entre os 34 países 
americanos, com exceção de Cuba. Possui um PIB de aproximadamente de 12,5 
trilhões de dólares, em que os países pertencentes a esse bloco somam uma 
população de 790 milhões de habitantes. Na prática, sua formação visa abortar os 
projetos de crescimento do MERCOSUL e ampliar o NAFTA para o restante das 
Américas. 
O país mais interessado em fechar o acordo são os Estados Unidos. Além 
de participar de vários blocos comerciais, registrou um déficit comercial de 
aproximadamente 480 bilhões de dólares, em 2000. Portanto, precisa exportar mais 
para ter superávit em sua balança comercial. Uma área livre de impostos de 
importação, ajudaria os norte-americanos a suprirem as demais nações da América 
com suas mercadorias. Apesar da livre circulação de mercadorias, as barreiras não-
tarifárias que são aplicadas pelos EUA continuariam a dificultar a entrada de 
produtos provenientes da América Latina no mercado norte-americano, por conta 
disso, parte dos governos dos países que irão fazer parte da ALCA estão 
preocupados. 
APEC 
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico foi criada em 1989 na 
Austrália. Porém, somente ano de 1994 passou a ser considerado um bloco 
econômico na Conferência de Seattle, quando os países membros se 
comprometeram a transformar o Pacífico em uma área de livre comércio. Surgiu 
devido a um forte progresso econômico na região da Ásia e do Pacífico, propiciando 
uma abertura de mercado entre 20 países mais Hong Kong (China), além da 
transformação da área do sudeste asiático em uma área de livre comércio nos anos 
que antecederam a formação da APEC, causando um grande impacto na economia 
mundial. 
Tomado por uma visão estratégica de aliança, a aproximação da 
economia norte-americana dos países do Pacífico, busca formar uma frente contra 
as economias do Japão e de Hong Kong. 
Os países que fazem parte da APEC, além de produzirem sua 
mercadoria, detém 46% das exportações mundiais, somado à aproximação entre a 
economia norte americana e os países do Pacífico e o crescimento da Austrália 
como exportadora de matérias primas para outros países membros do bloco. 
Como aspectos negativos, a dificuldade eminente está em conciliar os 
divergentes interesses dos países membros e daqueles que estão ligados ao bloco, 
como Peru, Nova Zelândia, Filipinas e Canadá. Além de ter pouco valor em relação 
a Organização Mundial do Comércio, mesmo possuindo uma posição favorável 
quanto a movimentação no comércio mundial. 
MERCOSUL 
O Mercado Comum do Sul foi criado em 1991, composto por Paraguai, 
Uruguai, Argentina, Brasil e Venezuela, países que adotam políticas de integração 
econômica e aduaneira. Sua origem está nos acordos comerciais entre Brasil e 
Argentina elaborados em meados dos anos 80. A partir do início da década de 90, a 
junção do Paraguai e Uruguai ao grupo, torna a proposta de integração mais 
abrangente. Em 1995 instala-se uma zona de livre comércio. 
Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros podem 
ser comercializadas internamente sem tarifa de importação. Alguns setores, porém, 
mantém barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente.Além da extinção de tarifas internas, o MERCOSUL estipula a união aduaneira, com 
a padronização das tarifas externas para diversos itens. 
O grupo totaliza uma população de 206 milhões de habitantes e um PIB 
de 1,1 trilhão de dólares. Sua sede está na capital do Uruguai, Montevidéu. Chile e 
Bolívia são membros associados, assinando tratado para a formação de zona de 
livre comércio, mas não entram na união aduaneira. 
 
 
NAFTA 
Acordo de Livre Comércio da América do Norte, formado por EUA, 
Canadá e México. Sua base vem do tratado de livre comércio assinado por norte-
americanos e canadenses em 1988, ao qual os mexicanos aderem em 1992. 
A ratificação do NAFTA, em 1993, vem para consolidar o intenso 
comércio regional já existente na América do Norte e para enfrentar a concorrência 
representada pela União Europeia. Entra em vigor em 1994, estabelecendo o prazo 
de 15 anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países. 
Seu mais importante resultado até hoje é a ajuda financeira prestada pelos EUA ao 
México durante a crise cambial de 1994, que teve grande repercussão na economia 
global. 
UE 
Conhecido inicialmente como Comunidade Econômica Europeia (CEE), o 
bloco econômico formado por 15 países da Europa Ocidental passa formalmente a 
ser chamada de UNIÃO EUROPÉIA (EU) em 1993, quando o Tratado de Maastricht 
entra em vigor. É o segundo maior bloco econômico do mundo em termos de PIB, 
com uma população de 374 milhões de pessoas. A história de formação do grupo é 
assim descrita: em 1951 foi criada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço; em 
1957 foi feito o Tratado de Roma; em 1992 houve a Consolidação do Mercado 
Comum Europeu, com a eliminação das barreiras alfandegárias; e em 1993 o 
Tratado de Maastricht entra em vigor. Países como França, Itália, Luxemburgo, 
Holanda, Bélgica, Alemanha fazem parte desse grupo. 
CEI 
A Comunidade dos Estados Independentes originou-se em 1991, 
constituído por 12 das 15 repúblicas que formavam a URSS. Com exclusão de 
apenas três Estados bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Sediada em Minsk, capital 
da Belarus, organiza-se em uma confederação de Estados, preservando a soberania 
de cada um. Sua estrutura abriga dois conselhos: um formado pelos chefes de 
Estados, e outro pelos chefes de Governo, que se encontram de três em três meses. 
No ato de criação, a comunidade prevê a centralização das Forças 
Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. Na prática, porém, as ex-
repúblicas não chegam a um consenso sobre integração político-econômica. 
Somente em 1997 todos os membros, exceto a Geórgia, assinam um acordo para 
estabelecer uma união alfandegária e dobrar o comércio interno até o ano de 2000. 
GRUPO DOS 8 
O G-8 é formado pelos 8 países mais industrializados do mundo e tem 
como objetivo coordenar a política econômica e monetária mundial. Em reunião 
realizada em 1997, em Denver (EUA), a Federação Russa é admitida como país-
membro, mas não participa das discussões econômicas. O G-8 realiza três 
encontros anuais, sendo o mais importante a reunião de chefes de governo e de 
Estado, quando os dirigentes assinam um documento final que deve nortear as 
ações dos países membros. 
O grupo nasce em 1975 da iniciativa do então primeiro-ministro alemão 
Helmut Schmidt e do presidente francês Valéry Giscard d'Estaign. Eles reúnem-se 
com líderes dos EUA, do Japão e da Grã-Bretanha para discutir a situação da 
política econômica internacional. 
A partir dos anos 80, esses países passam a discutir também temas 
gerais, como drogas, democracia e corrupção. Com a admissão da Itália e Canadá, 
passa a ser chamado de Grupo dos Sete. O presidente russo Boris Iéltsin participa 
como convidado especial da reunião do G-7 desde 1992. A oficialização da entrada 
da Federação Russa pelo presidente dos EUA, Bill Clinton, é uma resposta ao fato 
de Iélsin ter aceitado o ingresso dos países da ex-URSS na OTAN. 
OMC 
Com sede em Genebra, na Suíça, a OMC visa promover e regular o 
comércio entre as nações. É criada em 1995, em substituição ao Acordo Geral de 
Tarifas e Comércio (GATT), que já realizara várias rodadas de negociação 
multilaterais para a redução de barreiras comerciais. Em 1998, a OMC conta com 
132 membros. 
Em 2002, a China, que possui a maior população do planeta e o 6 maior 
PIB mundial, ingressa na OMC, o que implicaria na aplicação das regras mundiais 
do comércio internacional com a China. 
 
ONU 
A ONU é o organismo internacional que surge no final da II Guerra 
Mundial em substituição à Liga das Nações. Tem como objetivos manter a paz, 
defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o 
desenvolvimento dos países em escala mundial. Sua primeira carta é assinada em 
junho de 1945, por 50 países, em San Francisco, nos EUA. 
Atualmente, a ONU é integrada por 185 dos 192 Estados do mundo. Nos 
últimos anos enfrenta uma crise financeira e política. Vários países-membros têm 
atrasado o pagamento das contribuições acumulando uma dívida total de US$2,5 
bilhões, dos quais US$1,5 bilhão só dos EUA, o maior devedor. 
A crise política está relacionada à necessidade de redefinição de seu 
papel no mundo pós-guerra Fria. Em 1997, um plano de reforma apresentado pela 
Secretaria Geral da entidade propõe a redução radical do número de 
departamentos, funcionários e funções da organização. O objetivo é concentrar suas 
atividades nos processos de paz e no desenvolvimento geral das nações. 
Cinco órgãos principais compõe a ONU: a Assembleia Geral, o Conselho 
de Segurança, a Secretaria Geral, o Conselho Econômico e Social e a Corte 
Internacional de Justiça. Há ainda o Conselho de Tutela, instituído para 
supervisionar os territórios que se encontravam sob administração e proteção da 
organização. Desativado em 1997, três anos após a independência da última 
colônia, Palau, só se reúne em caso de necessidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
Desde o momento em que as definições de importação e exportação 
estejam equivalentes entre os países do bloco, o crescimento aparece como um 
todo. É difícil pensar que um exporta ou importa mais ou menos, o que se leva em 
conta é saber o que um tem excedente para exportar e aquilo que necessita 
importar. Se os bens ou produtos são existentes em qualquer um do bloco, deve ser 
adquirido deste e não de outro bloco. Muitas vezes o mesmo produto de outro bloco 
é mais barato, mas isso não deve ser levado em conta pelo simples fato de que a 
compensação entre vários produtos do mercado ajustará as partes. Toda vez que 
existe um produto excedente em dois, três ou mais países, então este é vendido 
para outros blocos com uma oferta segura que beneficiará a todos produtores; em 
contrapartida, quando há necessidade de importar algum produto de outro bloco e 
que este produto seja necessidade de um, dois ou mais, existe uma compra em 
maior quantidade e isso terá bons descontos pela quantidade, fazendo reduzir os 
preços que beneficiarão a todos. Em miúdos isso funciona como uma cooperativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Fonte: https://www.vestibular.com.br/articles/548/1/BLOCOS-ECONOMICOS---
Mercosul--Uniao-Europeia-Alca-Nafta-Apec/Paacutegina1.html 
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/os-atuais-blocos -economicos-do-mundo.html 
http://www.brasilescola.com/historiag/blocos-economicos.htm 
http://blocos-economicos.info/ 
Integração Regional - Os Blocos Econômicos nas Relações Internacionais 
Autor: Pio Penna Filho, Pio; Menezes, Alfredo da Mota 
Editora: Campus 
   
Blocos Econômicos e Integração na América Latina , África e Ásia 
Autor:Mercadante, Araminta de Azeved; Celli Jr., Umberto 
Editora: Jurua

Continue navegando