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FILOSOFIA DO DIREITO

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FILOSOFIA DO DIREITO 
	Proposição
	Escola Clássica 
	Escola Positiva
	Delito
	É uma entidade jurídica que deve estar contida na lei promulgada, tornada pública para que todos sintam ameaça de pena proporcionalmente retributiva, também contida em lei. 
	É um fato humano e social. Um fenômeno produzido por causas biológicas, físicas e sociais.
	Delinquente 
	É um componente indistinto na sociedade, igual a qualquer ser humano, não havendo falar-se em diferença de caráter. 
	Há variedades, tipológicas de delinquentes. Estes são diversificados por seus estados psíquicos e biológicos, e considerados anormais. Por isso, eles são distintos dos homens normais.
	Fatores Criminógenos 
	Não há de se falar em fatores Criminógenos. O homem não é impelido ao crime por fatores de ordem física, ambiental, biológica e social. 
	O homem é votado ao crime, impelido por fatores geradores do comportamento criminoso. 
	Arbítrio 
	O homem é dotado de livre arbítrio, isto é, dotado de inteligência e consciência livres e em condições de discernir e escolher o bem e o mal. Se torna criminoso é porque quer. Se pratica o crime é porque quer. 
	O homem não tem vontade e a inteligência livre e autônomas, para a escolha de soluções contrárias, como bem e o mal. São fatores internos ou externos (que determinem o crime). São fatores físicos, biológicos e sociais que influenciam o psiquismo e o comportamento do criminoso.
	Responsabilidade
	A responsabilidade penal tem por fundamento a responsabilidade moral que advém da imputabilidade moral que deriva, por sua vez, do livre arbítrio. 
	O homem é responsável porque vive em sociedade. Pelo fato de conviver em sociedade ele se faz sujeito de direitos e deveres, e por isso, é responsável. 
	Pena 
	É retributiva, aflitiva, intimidativa e expiatória. Um mal tem que ser pago com outro mal. 
	É uma reação social contra o crime. Se o homem coexiste e convive a sociedade e a perturba com a prática de crimes, esta mesma sociedade se defende com a pena contra o criminoso. 
	Preocupação
	A doutrina clássica se preocupa com a legalidade e a justiça, principalmente a penal. 
	A doutrina positivista se preocupa com a pessoa do criminoso, buscando saber quais os fatores que o levaram ao crime e o estado perigoso em que ele se encontra. 
	Medida da Pena
	A gravidade dos elementos, material e moral, é o que determina a proporção da pena. A pena tem que ser proporcional ao crime. 
	O grau de periculosidade e temibilidade é que determina a gravidade da pena. 
	O Juiz 
	O juiz não deve ser mais do que a boca que pronuncia a lei. É a expressão da lei. 
	O juiz deve individualizar a pena, isto é, deve levar em consideração a periculosidade (ou o estado perigoso) para a aplicação da pena. 
	Método 
	Apriorístico, metafisico, dedutivo ou lógico abstrato. 
	Positivo, Indutivo ou experimental. 
TEMAS RELEVANTES 
A Filosofia do Direito possui metas e tarefas que estão compreendidas em suas perspectivas de investigação como – otimizar e atualizar os conceitos, hábitos e práticas habituais, objetivando a melhoria do sistema-jurídico, investigar as causas de destruturação, enfraquecimento ou extinção de um sistema-jurídico. Depurar a linguagem jurídica, os conceitos filosóficos e científicos do direito, bem como analisar sua estrutura lógica.
PARA PLATÃO o governo deve ser regido por pessoas sabias, que para ele eram os filósofos, para que o bem comum seja atingido. Dessa maneira, o governo seria justo e conseguiria o apoio das pessoas, não a partir da força, mas através da razão.
A justiça distributiva é a que se observa na distribuição pela polis, isto é, pelo Estado, de bens, honrarias, cargos, assim como responsabilidades, deveres e impostos (BITTAR, 2010, p. 133). Conforme dito pelo próprio Filósofo, na Ética:
“Uma das espécies de justiça em sentido estrito e do que é justo na acepção que lhe corresponde, é a que se manifesta na distribuição de funções elevadas de governo, ou de dinheiro, ou das outras coisas que devem ser divididas entre os cidadãos que compartilham dos benefícios outorgados pela constituição da cidade, pois em tais coisas uma pessoa pode ter participação desigual ou igual à de outra pessoa. ” (ARISTÓTELES, 1996, p. 197)
Nessa perspectiva, conforme doutrinado por Bittar (2010) o injusto seria o desigual quando há o recebimento de benefícios e encargos em quantia menor ou maior ao que lhe é devido.
“O justo nesta acepção é, portanto, o proporcional, e o injusto é o que viola a proporcionalidade. Neste último caso, um quinhão se torna muito grande e outro muito pequeno, como realmente acontece na prática, pois a pessoa que age injustamente fica com um quinhão muito grande do que é bom e a pessoa que é tratada injustamente fica com um quinhão muito pequeno. No caso do mal o inverso é verdadeiro, pois o mal maior, já que o mal menor deve ser escolhido em preferência ao maior, e o que é digno de escolha é um bem, e o que é mais digno de escolha é um bem ainda maior. ” (ARISTÓTELES, 1996, p. 199).
Em suma, a justiça distributiva é um meio termo com quatro termos na relação: dois sujeitos comparados entre si e dois objetos. Será justo, portanto se atingir a finalidade de dar a cada um aquilo que lhe é devido, na medida de seus méritos.
  A justiça corretiva se difere da distributiva no sentido de que esta utiliza como critério de justa repartição aos indivíduos os méritos de cada um, enquanto aquela visa o “restabelecimento do equilíbrio rompido entre os particulares: a igualdade aritmética. ” (BITTAR, 2010, p. 135).
Conforme os ensinamentos do Filósofo, a justiça corretiva
“é a que desempenha função corretiva nas relações entre as pessoas. Esta última se subdivide em duas: algumas relações são voluntárias e outras são involuntárias; são voluntárias a venda, a compra, o empréstimo a juros, o penhor, o empréstimo sem juros, o depósito e a locação (estas relações são chamadas voluntárias porque sua origem é voluntária); das involuntárias, algumas são sub-reptícias (como o furto, o adultério, o envenamento, o lenocínio, o desvio de escravos, o assassino  traiçoeiro, o falso testemunho), e outras são violentas, como o assalto, a prisão, o homicídio, o roubo, a mutilação, a injúria e o ultraje.” (ARISTÓTELES, 1996, p. 197).
A aplicação da justiça corretiva fica ao encargo do juiz (dikastés), que é o mediador de todo o processo. O juiz é considerado para Aristóteles, a personificação da justiça, pois, “ir ao juiz é ir à justiça, porque se quer que o juiz seja como se fosse a própria justiça viva (...) é uma pessoa equidistante e, em algumas cidades são chamados de ‘mediadores’, no pressuposto de que, se as pessoas obtêm o meio-termo, elas obtêm o que é justo. ” (ARISTÓTELES, 1996, p. 200).
As principais características do Direito Natural são a estabilidade e imutabilidade. Ou seja, não sofre alterações ao longo da história e do desenvolvimento da sociedade, diferente das teorias do direito posteriores.
O Direito Natural antecede todas as outras teorias do direito, deve ser maior até que o poder do Estado, e nenhuma lei pode ir contra este ordenamento. 
Os sofistas trouxeram grandes contribuições para a educação, tal como, os próprios fundamentos da pedagogia moderna. A sofística constituiu um fenômeno com um alto significado na história da educação, pois foi com os sofistas que a Paidéia ganhou um sentido e um significado mais profundo, isto é, a educação passou a ser tratada de forma mais consciente e racional. Dessa maneira, este artigo busca uma interpretação positiva do movimento sofístico, diferente daquela deixada pela tradição socrático-platônica.
Em sua obra “Política”, Aristóteles distingue regimes políticos e formas ou modos de governo. O primeiro termo refere-se ao critério que separa quem governa e o número de governantes. Temos, pois, três regimes políticos: a monarquia (poder de um só), a oligarquia (poder de alguns poucos) e a democracia (poder de todos). O segundo (as formas de governo) refere-se a emvista de quê eles governam, ou seja, com qual finalidade. Para o filósofo, os governos devem governar em vista do que é justo, de interesse geral, o bem comum. Sendo assim, são classificadas seis formas de governo: aquele que é um só para todos (realeza), de alguns para todos (aristocracia) e de todos para todos (regime constitucional). Os outros três modos (tirania, oligarquia e democracia) são deturpações, degenerações dos anteriores, ou seja, não governam em vista do bem comum.
Aristóteles faz uma análise crítica do meio pelo qual é distribuído o poder nas cidades (a cada um é dado o poder proporcional que lhe cabe). Para aqueles que assim pensam, a cidade se torna um modo doloroso da vida individual. Aristóteles, ao contrário, acredita que a coexistência política é o maior bem. Para os oligarcas e os democratas, “melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff). A cidade se baseia na amizade e na não afeição, e não em um meio de defesa, pois não se trata do interesse de cada um, mas da felicidade de todos.
Aristóteles propõe então cinco possibilidades de candidatos ao poder: a massa (pobre), a classe possuidora, os homens de valor, o melhor homem e o tirano. Este é descartado por seu poder ser baseado na força. A massa poderia privar os outros em nome de si. A minoria possuidora governaria por interesses próprios. Os homens virtuosos ou mesmo o melhor homem excluiria os outros da decisão. A princípio, Aristóteles acredita que o poder deve ser de todos os cidadãos. Mas essa democracia tem algumas restrições.
Na democracia do tipo aristotélica, o povo é soberano. Todavia, existe uma restrição no conceito de liberdade, pois viver como bem entender contraria esse conceito para Aristóteles. As leis são a liberdade, a salvação, pois a partir do momento em que o povo faz o que quer, como se nada fosse impossível, a democracia se torna uma tirania. Viver como bem entender torna a democracia um individualismo, contrário ao que é o bem comum.
A democracia segundo Aristóteles deve então ser totalmente soberana, mas com duas limitações: não deve ir além dos órgãos de deliberação e julgamento, pois estes são poderes coletivos expressos em uma constituição (o conjunto do povo é superior a cada um dos indivíduos) e não exigem competência técnica; a segunda limitação é o dever de agir de acordo com as leis.
O filósofo põe em questão dois pontos:
I - O homem excepcional (o rei);
II - A regra geral (as leis).
O rei está sujeito às paixões, mas pode se adaptar aos casos particulares; já as leis são fixas, racionais, mas não se adaptam a todas as situações em particular.
Assim, Aristóteles mantém a ideia de que o povo delibera e julga melhor que o indivíduo, mas com o pré-requisito de que exista um número suficiente de homens de bem para qualificar as decisões, caso contrário, a realeza se mostra necessária.
Filosofia Aristóteles – Jusnaturalista. 
Diz que as pessoas são forçadas naturalmente a formar a sociedade.
O estado se forma pela divisão de função, assim surge o mercado – Platão. 
Origem do Estado: Natural 
Funções: proporcionar condições para que o indivíduo se realize em sua plenitude;
Devolva todas as suas potencialidades;
Visa o bem-estar geral. 
Tipos de Justiça 
1º Justiça distributiva – Vem a ser a reta distribuição de bens, serviços, riquezas, ônus, honras e bônus. De acordo com o mérito e a necessidade de cada um. A cada um segundo os seus méritos.
2º Justiça Corretiva – Papel do Estado vem a ser a aplicação de pena de acordo com a gravidade do delito, bem como a restituição ao verdadeiro dono a bem do qual foi tomado. 
3º Justiça Judicialista – Aquela que diz respeito às questões comerciais, de troca e contratos. 
TOMÁS DE AQUINO (1225 – 1274) 
1º Lei Eterna – Defende a legitima defesa, desde que haja moderação no uso da força. 
Deus é racional. A razão é pura! Deus tem planos nós temos razão, pois ele dê para nós a luz e a razão e cada um detém dela.
BITTAN (2000) – vai enumerar as ideias de Tomás de Aquino. 
Legitima Defesa;
Pena de Morte – desde que seja realizada pelo estado em situações especiais.
Castigos Físicos – permitido usar para corrigi-lo e não para extravasá-los usado por pais e senhores.
Amputação de Membros – A automutilação.
Roubo e furto – como fonte de saciar vai pegar de quem tem. 
Platão e a Cidade Ideal 
A cidade ideal perfeita idealizada por plantão baseada no conceito de justiça.
A velha política tendo a oratória e a oratória como base.
O protocontratualismo platônico.
Ninguém se basta;
A divisão de distribuição e tarefa;
 A figura do especialista. 
Divisão da sociedade em classes – a partir do mérito.
Guerreiros;
Trabalhadores;
Magistrados.
Imperência estatal no plano familiar 
Na ramira visando a engenia;
Na educação objetivando o aproveitamento dos membros societais.
Formas possíveis de governo 
Filosofia Rei;
Lei que governa segundo as leis;
Cristocracia;
Monarquia;
Tomocracia;
Oligarquia;
Democracia.

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