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Relatório de Farmacognosia. Extração do óleo essencia do funcho (Foeniculum vulgare) por hidrodestilação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM – 
FFOE 
 
BÁRBARA LUIZA DANTAS COSTA 
EMMANUELLE GAMA DA CUNHA 
LÍVIA PEREIRA MOURA MARINHO 
 
 
 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ANETOL NO ÓLEO ESSENCIAL DO 
FRUTO DO FUNCHO (Foeniculum vulgare Miller) POR MEIO DA 
HIDRODESTILAÇÃO/COOBAÇÃO E RECONHECIMENTO DE 
AUTENTICIDADE E PUREZA POR MEIO DE ANÁLISES 
QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS. 
 
 
Fortaleza 
2018 
BÁRBARA LUIZA DANTAS COSTA 
EMMANUELLE GAMA DA CUNHA 
LÍVIA PEREIRA MOURA MARINHO 
 
 
 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ANETOL NO ÓLEO ESSENCIAL DO 
FRUTO DO FUNCHO (Foeniculum vulgare Miller) POR MEIO DA 
HIDRODESTILAÇÃO/COOBAÇÃO E RECONHECIMENTO DE 
AUTENTICIDADE E PUREZA POR MEIO DE ANÁLISES 
QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS. 
 
 
 
 
 
Professora da disciplina: Dra. Luzia Kalyne A. M. Leal 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza 
2018 
Relatório de aulas práticas da 
disciplina de Farmacognosia I 
como parte dos requisitos para 
a conclusão da disciplina. 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Funcho (Foeniculum vulgare Miller.) 
2. OBJETIVOS 
2.1 Objetivo geral 
2.2 Objetivos específicos 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1 Teste de autenticidade 
3.2 Análise de pureza 
3.3 Método extrativo 
3.4 Cromatografia em Camada Delgada (CCD) 
3.5 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
4. Resultados e Discussões 
4.1 Teste de autenticidade 
4.2 Análise de pureza 
4.3 Método extrativo 
4.4 Cromatografia em Camada Delgada (CCD) 
4.5 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
5. CONCLUSÃO 
6. REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Funcho (Foeniculum vulgare Miller.). 
O funcho é uma planta herbácea perene, de caules eretos 
múltiplos, com até dois metros de altura (mas em geral com menos de 
80 centímetros), de cor verde intenso, por vezes glauco, tornando-se 
azulada quando em locais expostos à secura e a intensa radiação solar. 
Popularmente conhecida como “funcho” ou “falsa erva doce” devido a 
constante confusão botânica causada pela semelhança de seu fruto com 
o fruto da espécie Pinmpinella anisum L. 
As folhas são longas (até 40 cm) e delgadas, finamente 
dissecadas, terminando em segmentos filiformes a aciculares (com 
cerca de 0,5 mm de diâmetro), muito flexíveis, mas que, quando 
expostos à secura, endurecem exteriormente para evitar a perda de 
água. 
Produz inflorescências terminais compostas, umbeliformes, com 5 
a 15 cm de diâmetro, contendo 20 a 50 flores pediceladas inseridas num 
único ponto do ápice da inflorescência, sobre pedúnculos curtos. As 
flores são minúsculas têm de 2 a 5 mm de diâmetro, amarelo a amarelo-
esverdeadas. 
O fruto é uma semente seca, fortemente aromática, ovoide, de 4 a 
9 mm de comprimento e 2 a 4 mm de largura, achatada e com entalhes 
longitudinais simétricos em ambos os lados. A raiz é rizomatosa, 
esbranquiçada e muito suculenta, armazenado grande quantidade de 
água. O cheiro e sabor característicos (em geral designados por "anis" 
ou "erva-doce") resultam da presença de anetol, um composto 
fortemente aromatizante. 
Os componentes químicos de Foeniculum vulgare estão descritos 
em diferentes estudos, sendo encontrados: polifenois; ácidos graxos, 
esteróis e furanocumarinas; flavonoides, tocoferois; e óleos essenciais 
com a presença de fenilpropanoides como o trans-anetol, estragol e 
apiol, monoterpenos oxigenados como fenchona e timol, e 
hidrocarbonetos monoterpenicos, entre os quais o α-pineno, mirceno, α-
felandreno, limoneno, ρ-cimeno e γ-terpineno. 
O funcho é tradicionalmente utilizado como condimento para 
aromatização de alimentos, seu cheiro forte e aromático é devido ao seu 
óleo essencial anetol-trans-1-metoxi-4-(prop-1-enil) benzeno que 
também é utilizado na produção de cosméticos. Além disso, a medicina 
popular o utiliza para tratamento de doenças digestivas, problemas 
menstruais e também como anti-inflamatório e analgésico. 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Estrutura química 
do aneto l,% Fonte: 
http://repositorio.ufsm.br/bit
stream/handle/1/6650/SILV
A 20DENISE%20DA.pdf 
Figura 2: funcho (Foeniculum 
vulgare Miller.). Fonte: Arquivo 
próprio. 
2. OBJETIVOS 
2.1 Objetivo geral: 
Obter o óleo essencial dos frutos do funcho (Foeniculum vulgare 
Mill) pelo método extrativo da hidrodestilação através da técnica da 
coobação e reconhecimento de autenticidade e pureza por meio de 
análises qualitativas e quantitativas. 
2.2 Objetivos específicos: 
2.2.1 Teste de Autenticidade: 
Analisar a autenticidade da amostra comercial do fruto de 
Foeniculum vulgare 
2.2.2 Análise de Pureza: 
Verificar a análise da pureza do funcho com auxílio de métodos 
farmacopeicos. 
2.2.3 Método Extrativo: 
Produzir o extrato do fruto do funcho empregando o método de 
hidrodestilação/coobação e suceder pesquisas do princípio ativo. 
2.2.4 Cromatografia em Camada Delgada: 
Identificar a presença de anetol no produto derivado obtido a partir 
do fruto do funcho através da Cromatografia em Camada Delgada 
(CCD). 
2.2.5 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência 
Realizar a dosagem de anetol no óleo essencial do funcho 
(Foeniculum vulgare), em diferentes concentrações, obtido pelo método 
de coobação, por meio da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE 
ou HPLC) 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
Para qualificar e quantificar o anetol no fruto do funcho e produzir o 
óleo essencial foram realizados os seguintes métodos: 
3.1 Teste de Autenticidade: 
O teste de autenticidade de uma amostra vegetal é dado pelos 
parâmetros de identidade botânica através de análises macroscópicas, 
microscópicas e organolépticas com o apoio em monografias a título de 
comparação, podendo ser feita também através da análise dos 
constituintes químicos ativos. 
3.1.1 Amostra: fruto do funcho – Foeniculum vulgare 
3.1.2 Materiais utilizados: 
 Amostra certificada comercial do fruto; 
 Lupa; 
 Microscópio; 
 Lâmina prepara com corte transversal do funcho; 
 Monografia do fruto presente em OLIVEIRA, Fernando de; 
AKISUE, Gokithi; AKISUE, Maria Kubota. Farmacognosia. 
São Paulo: Atheneu, 2007. 412 p. 
 
3.1.3 Metodologia 
O teste de autenticidade do funcho foi feito comparando a amostra 
coletada com a monografia do fruto presente em OLIVEIRA, et al. 2007. 
Por meio dos seguintes métodos descritos na farmacopeia brasileira: 
 Análise microscópica do fruto do funcho; 
 Análise macroscópica; 
 Análise organoléptica; 
 Análise final da autenticidade de uma amostra. 
3.2 Análise de Pureza 
Os ensaios de pureza são responsáveis por fixar os limites das 
quantidades aceitáveis de impurezas presentes no material a ser 
avaliado. Para testarmos o nível de pureza do fruto do funcho 
(Foeniculum vulgare) foi utilizada a determinação de material estranho. 
3.2.1 Amostra: fruto do funcho – Foeniculum vulgare 
(embalagem comercial) que já foi entregue com o 
quarteamento feito. 
3.2.2 Materiais utilizados: 
 Balança; 
 Lupa; 
 Placa de Petri; 
 Pinça; 
 Vidro de relógio. 
 
3.2.3 Metodologia: 
Inicialmente foi colocada 5,031 gramas de funcho sobre a placa de 
Petri no qual foi distribuído de forma homogênea na vidraria. Em 
seguida foram separados, por meio do uso de uma pinça, os materiais 
estranhos (flor, folhas, caule, insetos) tanto a olho nu quanto com o 
auxílio de uma lupa visando retirar com a pinça todas as impurezas 
menores. Todo material estranho foi colocado no vidro de relógio e 
pesado. 
 
 
 
3.3 Métodoextrativo 
3.3.1 Amostra: fruto do funcho – Foeniculum vulgare 
3.3.2 Materiais utilizados: 
 Aparelho de Clevenger; 
 Manta aquecedora; 
 Balão de fundo redondo; 
 Água destilada. 
3.3.3 Metodologia 
No início, foram colocados 150,6263 gramas de funcho no balão de 
fundo redondo com 500 mL de água destilada. Logo após, o material foi 
colocado em manta aquecedora. Utilizando o aparelho de Clevenger, a 
amostra foi imersa na água e o vapor d’água arrastava o óleo passando 
por um condensador. Foi observada, então, a ebulição da água por, 
aproximadamente, 50 minutos. Já que o óleo é menos denso que a 
água, eles se separam em uma escala volumétrica existente no 
aparelho. 
Figura 3: Análise de Pureza. 
Fonte: Arquivo Próprio 
 
 
 
 
Figura 4: Início do Método 
Extrativo. Fonte: Arquivo 
Próprio 
 
Figura 5: Água Destilada no 
Balão de Fundo Redondo. 
Fonte: Arquivo Próprio 
Figura 6: Aparelho de 
Clevenger com amostra de 
funcho. Fonte: Arquivo próprio. 
3.4 Cromatografia em Camada Delgada (CCD) 
3.4.1 Amostra: extrato fruto do funcho – Foeniculum vulgare 
obtido na extração 
3.4.2 Materiais utilizados: 
 Cuba cromatográfica; 
 Placa de sílica-gel fase fixa (fase polar); 
 Solvente fase móvel (apolar): etanol puro ou misturado com 
água (acetona e acetato de etila 50:50) 
 Capilar; 
 Solução padrão de anetol 5% 
 Óleo essencial obtido na hidrodestilação/coobação 
 
3.4.3 Metodologia 
Foi marcado, sob a placa de sílica-gel, o limite superior, no qual o 
solvente deverá atingir. A amostra a ser analisada por CCD deve ser 
aplicada a cerca de 1 cm da base inferior da placa, com a ajuda de um 
capilar. Utilizando o capilar, foram aplicados dois spots em 
sobreposição, tanto da solução padrão quanto, do extrato oleoso com 
distância de 1,5 cm entre as amostras, depois desse processo, a placa é 
colocada na cuba cromatográfica, no qual o eluente sobe por 
capilaridade na placa até atingir o limite estabelecido, ao atingi-lo a 
placa é retirada da cuba cromatográfica e deve sofrer secagem. Como a 
maioria dos compostos orgânicos é incolor, foi necessário, depois do fim 
dessa etapa, a utilização de um processo de revelação com o intuito de 
obter melhor análise do resultado. Na etapa de revelação, foi utilizado o 
Iodo em uma câmara, obtendo a revelação através de pontos 
amarronzados. Através desses pontos, foi possível determinar o RF 
(fator de retenção) do padrão e da amostra e compará-los. 
 
 
 
 
 
Figura 7: marcação dos spots 
na placa de sílica. Fonte: 
acervo próprio. 
Figura 8: Placa de sílica em 
cuba cromatográfica. Fonte: 
Acervo Próprio 
Figura 9: Marcação dos 
espaçamentos. Fonte: acervo 
próprio. 
 
3.5 Cromatografia em Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
3.5.1 Amostra: extrato fruto do funcho – Foeniculum vulgare 
obtido na extração 
3.5.2 Materiais utilizados: 
 Pipetas; 
 Balão de 5mL; 
 Filtro 
 Vial; 
 Seringa; 
 Diluentes (etanol 30% e etanol absoluto); 
 Soluções padrões: 0,005; 0,02; 0,05; 0,1; 0,15 mg/mL 
 Solução mãe do óleo essencial de anetol extraído por meio 
de método de coobação 
 
 
3.5.3 Metodologia 
Para essa análise foram preparados dois tipos de solução: uma 
contendo diferentes concentrações da solução padrão de anetol, que foi 
Figura 10: Resultado da CCD. 
Fonte: arquivo próprio. 
utilizada como padrão, e uma contendo o extrato de funcho, o qual foi 
obtido pelo método de coobação, sendo, então a solução amostra. 
Para a preparação das soluções padrões, a partir da solução mãe 
de anetol com concentração aproximadamente de 1,0 mg/mL, foram 
produzidas 5 soluções padrões com concentrações de 0,005mg/mL; 
0,02 mg/mL; 0,05mg/mL; 0,1mg/mL; 0,15mg/mL. As soluções foram 
diluídas com etanol 30% e filtradas diretamente no vial que foi 
devidamente identificado para posterior análise no CLAE. 
Para o preparo da solução contendo extrato do funcho foi 
transferido 50 mL do óleo essencial do funcho para um balão 
volumétrico de 5mL e aferiu o volume com o diluente (etanol absoluto). 
A solução foi filtrada diretamente no vial, com ajuda de uma seringa e 
identificada para a análise em HPLC em determinadas condições 
descritas na tabela abaixo: 
 
 
Coluna C18 
Detector 259 ƞm 
Fluxo 1 mL/min 
Volume de Injeção 20 μL 
Tempo de corrida 7 min 
Fase móvel 
metanol : água 
(85:15) 
Temperatura 37° C 
Diluente Etanol 30 % 
Tabela 1 – Condições para análise em HPLC 
 
 
 
 
 
 
Figura 11: Aparelho de CLAE. 
Fonte: Arquivo Próprio. 
Figura 12: Vial utilizado na 
CLAE. Fonte: Arquivo Próprio. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
4.1 Teste de autenticidade 
No que se refere à descrição macroscópica os frutos apresentaram 
forma oblonga, quase cilíndrica com uma base arredondada e ápice 
estreito com um curto estilopódio bifurcado, simétrico, com arestas e 
valéculas paralelas ao seu comprimento. Quanto às características 
organolépticas, o funcho apresentou coloração verde pardacenta, odor e 
sabor adocicado. Já na descrição microscópica, o epicarpo é constituído 
por uma camada de células poligonais, com cutículas lisas e estômatos, 
enquanto o mesocarpo é formado por um parênquima de células 
irregulares. Há também a presença de canais secretores abaixo das 
valéculas, estilopódio bifurcado e arestas vasculares em feixes. A 
amostra do funcho (Foeniculum vulgare) se mostrou autêntica em todas 
as características organolépticas, macroscópicas e microscópicas. Foi 
condizente à monografia oficial. 
 
4.2 Análise de pureza 
De acordo com a Farmacopeia Brasileira 1º Volume, 5ª Edição, a 
porcentagem de elementos estranhos não deve ser superior 
à 2%m/m. Na amostra que foi analisada foram encontrados 
0,062gramas de materiais estranhos em 5,031gramas de amostra, o que 
equivale à 1,123% de impureza. A partir desse resultado pode-se 
afirmar que a amostra analisada é pura em relação à presença de 
materiais estranhos. 
4.3 Método extrativo 
A extração do óleo essencial do funcho foi feita utilizando a 
hidrodestilação por meio do método de coobação (recirculação de águas 
condensadas), utilizando o Aparelho de Clevenger (que se baseia na 
solubilização de óleos essenciais em água pelo aumento de temperatura 
ao ponto de ebulição e também na volatilidade desses óleos e de suas 
densidades). Sabendo que, com apoio em farmacopeias e monografias 
o valor esperado de extração de óleo essencial para o fruto do funcho 
em 100 g é de 3 ml e que foi utilizada uma amostra de 150 g, seria 
esperado um resultado de 4,5 ml. Entretanto, foi obtido apenas 1,2 ml de 
óleo essencial em consequência, provavelmente do pouco tempo 
utilizado na prática e também do fato de a torneira do Aparelho de 
Clevenger ter ficado aberta por alguns minutos. (deixando escapar um 
pouco de óleo). Devido a isso, obteve-se como rendimento 26,6 %. 
4.4 Cromatografia em Camada Delgada (CCD) 
Após todo o processo técnico da CCD realizado é possível então ir 
para o cálculo do RF, que é um parâmetro físico da substância e pode 
ser utilizados para sua identificação. A fórmula é a seguinte: 
 RF= 
deslocamento da amostra
deslocamento do solvente
 
 
O deslocamento do solvente foi 9,2cm. O padrão percorreu 5.8cm 
logo, com o cálculo, o seu rf foi 0,63. Já o extrato testado correu 6,0cm e 
o seu rf foi 0,65. 
O valor ideal do RF é entre 0,4 e 0,6. Os valores obtidos podem 
estar atrelados aos erros técnicos como excesso de fase móvel ou 
movimento realizado em cuba cromatográfica. Os desvios obtidos foram 
mínimos e por isso a amostraencaixa-se no padrão de idealidade. 
4.4 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
Após a elaboração da curva de calibração foi obtido um valor e 
0,9873 para coeficiente de determinação, o que demonstra que o 
método adotado vai gerar valores confiáveis. 
Como a área do pico corresponde à absorbância e esta é 
diretamente proporcional à concentração de anetol, é possível 
estabelecer a relação demonstrada no gráfico construído. Para o óleo 
essencial produzido por coobação foi observado o seguinte gráfico: 
 
 
 
 
 
 
A área do pico foi encontrada a partir do cromatograma, onde foi 
obtido um valor de 2088747µVsec. 
Utilizando a equação da reta fornecida pelo gráfico foi realizado o 
seguinte cálculo: 
 
 
Durante o experimento, foi realizada a diluição da amostra, 
portanto, deve-se levar em consideração o fator de diluição, o qual foi 
𝑦 = 6𝐸 + 0,7𝑥 − 837113 
Logo, X= 0,0487643333 
Gráfico 1: Curva de calibração para HPLC realizada com óleo 
essencial do funcho. 
Figura 13: Área do pico do anetol. Fonte: Fornecido pela Dra. Bianca. 
igual a 100. Dessa forma, multiplica-se o valor encontrado pelo fator de 
diluição, obtemos 4,87643333, ou seja, o óleo essencial do funcho, 
obtido pelo método de coobação, possui uma concentração de 
4,87463333 mg/mL de anetol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONCLUSÕES: 
 
5.1 Conclusão Geral: 
Foi possível desenvolver, caracterizar, quantificar um extrato do 
óleo essencial dos frutos do Funcho (Foeniculum vulgare Mill.) 
preparado pelo método extrativo da Coobação. Para isso, foi observada 
a autenticidade e a pureza da matéria–prima, bem como a integridade 
do extrato do óleo essencial o funcho. 
5.2 Conclusões específicas 
5.2.1 Teste de Autenticidade: 
A amostra comercial do fruto de funcho – Foeniculum vulgare se 
mostrou autêntica. 
5.2.2 Análise de Pureza: 
O resultado obtido no ensaio de pureza de determinação de 
matérial estranho para amostra do fruto do funcho (Foeniculum vulgare) 
se mostrou satisfatório, pois obtivemos valores abaixo dos limites 
estabelecidos pelos métodos farmacopeicos. O que foi importante para 
os processo e resultados posteriores. 
5.2.3 Métodos Extrativos: 
No caso do funcho (Foeniculum vulgare) a coobação não foi um 
método eficaz, porque o processo não apresentou uma quantidade 
satisfatória de óleo essencial, em consequência, provavelmente, do 
pouco tempo utilizado na prática e também do fato de a torneira do 
Aparaelho de Clevenger ter ficado aberta por alguns minutos. 
5.2.4 Cromatografia em Camada Delgada: 
Buscou-se a presença de anetol no produto derivado obtido a 
partir do fruto do funcho (Foeniculum vulgare), por Cromatografia em 
Camada Delgada (CCD) e foi confirmada a presença deste na amostra. 
 
 
5.2.5 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
Realizada a dosagem de anetol no extrato do funcho, por meio da 
técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE ou HPLC), foi 
possível observar uma concentração satisfatória no óleo essencial dos 
frutos do funcho, o qual foi obtido através da coobação, já que a CLAE é 
uma metodologia muito sensível e consegue detectar baixas 
concentrações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 
Farmacopeia Brasileira, volume 1. 5ª Edição. Brasília, 2010b. 
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 
Farmacopeia Brasileira, volume 2. 4ª Edição. Brasília, 2000. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada RDC 26 de 13 de 
maio de 2014. Diário Oficial da União de 14 de Maio de 2014. Brasília. 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2
014.pdf. Acessado em 16 de junho de 2018. 
PAULA, J.; SOUSA R. A. et al. Univap, São José dos Campos-SP-
Brasil, v. 19, n. 33, set.2013. ISSN 2237-1753. AVALIAÇÃO DA 
QUALIDADE DOS FRUTOS DE FUNCHO (Foeniculum vulgare Mill.) 
UTILIZADOS NO PREPARO DE CHÁS. Disponível em: 
http://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/viewFile/112/143. 
Acessado em 10 de abril de 2018.

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