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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA MÉTODOS EXTRATIVOS INFUSÃO E DECOCÇÃO / AMBURANA CEARENSIS – CUMARU FARMACOGNOSIA 1 PROFESSORA: LUZIA KALYNE ALMEIDA MOREIRA LEAL ANA BEATRIZ CAVALCANTI FERNANDES GIRAO – 474033 ANA PAULA VAZ CORDEIRO – 475544 DANILO DE ANDRADE ALVES – 476347 DAVID BRUNO DOMINGUES DE AMORIM – 471209 EDVALDO DOURADO DA CUNHA JUNIOR – 476788 ELLEN RABELO SILVA – 474085 MARIA RAYANE LIMA DA SILVA – 474130 RUTH PAULINO DOS ANJOS – 473045 VITORIA JANAINA SOUSA DE ASSIS NUNES – 476025 FORTALEZA / 2020 1. INTRODUÇÃO Desde os primórdios da civilização, as plantas têm sido utilizadas pelos seres humanos para diversas finalidades, não só para objetivos terapêuticos, mas também para utilização das propriedades delas em rituais de natureza religiosa ou “mágica”. Hodiernamente, o uso de medicamentos fitoterápicos, que são produzidos a partir de vegetais com ação terapêutica, tem aumentado, o que contribui para a pesquisa e para o desenvolvimento de técnicas que aprimorem a identificação e extração de princípios ativos das plantas medicinais. Neste relatório de prática, no qual a planta a ser utilizada é a Amburana cearensis (Cumaru-nordestino), os métodos escolhidos para realizar a extração da planta foram os de infusão e decocção. Em geral, os processos de extração de plantas visam à obtenção de certos princípios ativos de uma determinada planta, utilizando-se de meios que sejam convenientes e preservadores do princípio ativo previamente selecionado. Portanto, os métodos escolhidos contribuem imensamente para esta finalidade, devido a grande rapidez e facilidade com que se podem ser realizados, sendo a infusão útil para a extração com plantas ricas em princípios ativos voláteis, aromas delicados e sensíveis ao calor prolongado. Por outro lado, a decocção é útil para plantas com princípios ativos termo- estáveis, as quais necessitam de mais exposição a calor. Ademais, ao relacionar estes métodos com a planta Amburana cearensis - a qual é de extrema importância para a farmacognosia e farmacologia -, com princípios ativos de propriedades farmacológicas analgésicas, broncodilatadoras e anti-inflamatórias, os métodos de infusão e decocção contribuem para uma favorável extração destes, de maneira eficiente. Outra vantagem de se utilizar a planta citada, principalmente em se tratar do Ceará, é a sua abundância na caatinga e cerrado do nordeste brasileiro, facilitando a sua obtenção. Posteriormente à realização do extrato, este passará por etapas de controle de qualidade, padronização e pureza, como teor de umidade e granulometria. Além disso, qualificação e identificação da cumarina por cromatografia de camada delgada, quantificação de metabólicos do extrato por cromatografia líquida de alta eficiência e espectofotometria. - tudo como parte do controle de qualidade, afim de produzir um extrato padronizado. 2. OBJETIVO GERAL Analisar e produzir extratos por métodos extrativos diferentes da planta estudada, a Amburana cearensis. E utilizá-los em técnicas e análises quantitativas e qualitativas, a fim de obter a padronização do produto. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Avaliar a autenticidade e determinar a pureza das amostras de cascas do caule de Amburana cearensis; b) Determinar a granulometria das partículas do pó da casca do caule do cumaru; c) Produzir extratos por meio de infusão e decocção pela casca do caule do cumaru; d) Detectar a presença de cumarina nos extratos produzidos de Amburana cearensis por Cromatografia em Camada Delgada; e) Determinar a concentração de fenóis totais nos extratos produzidos de Amburana cearensis por espectrofotometria; f) Preparar e analisar a curva de calibração e identificar o teor de cumarina nos extratos de Amburana cearensis por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Materiais utilizados para o método infusão: - Béquer - Chapa - Funil - Papel de filtro - Proveta - Vidro de relógio ou placa de Petri - Bastão de vidro - Amostra (casca do caule do Cumaru) - Água destilada Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=na9j3mW7Nqw&ab_channel=FarmacognosiaUFC https://www.youtube.com/watch?v=na9j3mW7Nqw&ab_channel=FarmacognosiaUFC 4.2 Materiais utilizado para o método decocção: - Panela com tampa - Fogão - Funil - Papel de filtro - Proveta - Bastão de vidro - Amostra (casca do caule do Cumaru) - Água destilada Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=aNwicOLvw6Q&ab_channel=FarmacognosiaUFC MÉTODOS EXTRATIVOS Os métodos utilizados para a produção dos extratos foram a infusão e a decocção que têm como objetivo extrair princípios ativos da droga vegetal a partir do aquecimento. A infusão é um método empregado principalmente quando as partes da droga vegetal são menos rígidas como no caso das folhas, flores, frutos, e, também quando as substâncias ativas de interesse são termolábeis. Esse método consiste, basicamente, em verter a água potável fervente sobre a droga vegetal e deixar a água e a droga vegetal em um recipente abafado por algum tempo, depois coar e guardar o extrato em um frasco âmbar para, posteriormente, seguir com as análises. Já a decocção é empregada principalmente quando a parte da droga vegetal são mais rígidas como no caso das raízes, sementes, cascas, caules, folhas coriáceas e, ainda, quando as substâncias de interesse possuem baixa solubilidade em água. Esse método consiste, basicamente, em ferver a droga vegetal junto com a água em uma panela tampada por um determinado tempo. https://www.youtube.com/watch?v=aNwicOLvw6Q&ab_channel=FarmacognosiaUFC Para que esses preparos pudessem ser realizados com o objetivo de determinarmos o teor de princípio ativo de interesse extraído, deve-se pesar a droga vegetal e medir a quantidade de água para se ter uma padronização do extrato vegetal, que nesse caso, deseja-se ter a relação droga vegetal : derivado vegetal p/v (10/50). Dessa forma, foram pesados 10g de casca do caule do Cumaru e medidos 100 mL de água destilada para serem usados em cada um dos métodos. Esses extratos foram evaporados até o volume de 50 mL, coados com o auxílio do papel de filtro e, posteriormente, guardados em frascos âmbar. https://www.youtube.com/watch?v=na9j3mW7Nqw&ab_channel=FarmacognosiaUFC DETERMINAÇÃO DE FENÓIS TOTAIS 4.3 Materiais necessários: - Padrão de ácido gálico (SE-AG) - Água - Reagente de Folin-Ciocauteau - Balão volumétrico de 10 ml - Pipetas graduadas - Pipetas pasteur - Carbonato de sódio 10% - Extratos de cumaru - Espectrofotômetro - Béquer https://www.youtube.com/watch?v=na9j3mW7Nqw&ab_channel=FarmacognosiaUFC Os compostos fenólicos são amplamente conhecidos por sua característica antioxidante que tem se destacado por apresentar efeitos preventivos de doenças como o câncer, e outras doenças decorrentes de estresses oxidativos, por combaterem os radicais livres. Para a determinação dos fenóis totais dos extratos das cascas do caule de cumaru, realizou-se a pesquisa de marcadores por meio de espectrofotometria. A espectrofotometria é uma técnica analítica que nos permite medir concentrações de espécies químicas por meio da luz com base na absorção da energia eletromagnética por essas espécies, que varia de acordo com a concentração delas na solução e da estrutura química. A medição dessas concentrações só é possível devido à relação diretamente proporcional entre absorbância e concentração que é descrita pela Lei de Lambert Beer, que é representada pela seguinte fórmula: A = εbc, em que A é a absorbância, ε, a absortividade molar, b, a distância percorrida pela luz e, c, a concentração da solução. Espectrofotômetro Fonte: https://youtu.be/6HvIzoaRkN8O espectrofotômetro, aparelho utilizado para esse fim, apresenta no display o valor da absorbância, que facilmente é relacionada à concentração por meio da utilização da equação da reta do padrão. Para a determinação da concentração da substância de interesse no extrato, utiliza-se a curva do padrão, pois o padrão por ter concentração conhecida pode gerar um gráfico que relaciona a relação entre a concentração e a absorbância num determinado comprimento de onda que será importante para a determinação dessa substância na amostra. É importante destacar que, para a escolha desse padrão, é necessário que este possua comportamento no espectro de absorção de luz idêntico ao da substância de interesse para que a equação da reta gerada possa ser extrapolada para a análise do extrato. Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=6HvIzoaRkN8&feature=youtu.be Nessa prática foi-se utilizado como padrão o ácido gálico, devido à similaridade do comportamento diante do espectro de absorção de luz. Além disso, também foi utilizado o reagente Folin-Ciocalteau, como indicador de agentes redutores, pois este em contato com os polifenóis existentes na amostra forma uma solução cromófora que possui coloração mais intensa, azulada, quanto maior a concentração dos compostos fenólicos que são as substâncias de interesse nessa análise, permitindo ao espectrofotômetro detectar essa intensidade e assim, quantificá-la com relação à sua absorbância da luz da amostra analisada. Fonte: https://youtu.be/6HvIzoaRkN8 Amostras com concentrações diferentes de padrão com adição de Folin-Ciocalteau Cromatografia em Camada Delgada 4.4 Materiais - Acetato de etila PA - Béquer - Borrifador - Capilares - Cuba - Diclorometano PA - Funil - Hexano PA - Hidróxido de potássio PA - KOH 5% EtOH - Luz UV - Iodo PA - Cumarina (padrão) - Extrato de cumaru (amostra) - Papel filtro - Pinça - Placa de alumínio com sílica gel 60 tamanho 20 x 20 cm - Proveta - Régua Ainda para a caracterização do extrato de cumaru, foi empregada como técnica analítica para pesquisa de marcadores, a Cromatografia em Camada Delgada (CCD). A CCD é um método que consiste na separação e identificação de substâncias de uma amostra com base nas polaridades das substâncias constituintes da amostra. Esse método analítico é apenas qualitativo, não podendo ser utilizado para a quantificação das substâncias na amostra. Além disso, depende, de certa forma, da sensibilidade do analista, sendo assim, um método que deve ser feito com algumas atenções, mas apesar disso é amplamente utilizado pela sua replicabilidade, baixo custo, rapidez e confiabilidade se realizado da forma correta. Imagem representativa do funcionamento da corrida cromatográfica. Fonte: cempeqc O método da Cromatografia em Camada Delgada constitui-se de uma fase móvel, uma fase estacionária, padrão da substância que se deseja identificar na amostra, amostra a ser analisada e um revelador. A fase móvel trata-se de um reagente ou uma mistura de reagentes que variam de acordo com a polaridade das substâncias constituintes da amostra, de forma que, se a(s) substância(s) de interesse tiverem características polares, a fase móvel deve ser polar e a fase estacionária apolar, já se as substâncias de interesse tiverem características apolares, a fase móvel deve ser apolar e a fase estacionária deve ser polar. O padrão, por sua vez, tem o papel de fundamental importância, pois é por meio dele que é possível determinar o fator de retenção (Rf), uma propriedade física que permitirá a identificação da (s) substância(s) de interesse com base na distância percorrida pela(s) substância(s) na corrida cromatográfica. Essa propriedade pode ser calculada da seguinte forma: Rf = DA / DFM, onde DA é distância percorrida pela amostra e DFM é a Distância percorrida pela fase móvel. Na prática realizada, utilizamos como fase móvel Hexano:Acetato de etila (65:35), para fase estacionária, sílica gel fase normal e o padrão de cumarina. Além disso, foram utilizados como reveladores o KOH EtOH 5%, que foi borrifado sobre a cromatoplaca para tornar a cumarina apta a receber a luz UV e se tornar florescente e assim poder ser vista pelo analista. Revelador (KOH EtOH) Luz UV Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=wsJhzXkIjSk&feature=youtu.be Determinação da granulometria de pós vegetais 4.5 Materiais utilizados: - Agitador eletromagnético - Tamises - Balança analítica - Placa de petri - Espátula O objetivo é determinar as dimensões das partículas de pó da casca do caule do cumaru e suas respectivas porcentagens de ocorrência. Essas dimensões são expressas pela referência à abertura nominal da malha do tamis utilizado. O agitador eletromagnético é utilizado para agitar os tamises que consequentemente irá separar os pós de diferentes tamanhos. Além disso, os tamises são organizados no agitador eletromagnético de forma que o tamis superior seja o de maior abertura de malha e, sucessivamente de cima para baixo, a abertura diminui progressivamente. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hHSPRm5ykBQ&t=17s&ab_channel=FarmacognosiaUFC https://www.youtube.com/watch?v=hHSPRm5ykBQ&t=17s&ab_channel=FarmacognosiaUFC Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hHSPRm5ykBQ&t=17s&ab_channel=FarmacognosiaUFC Na análise realizada foram utilizados os seguintes tamises: Número do Tamis Orifício do Tamis 10 2 mm 25 710 μm 45 350 μm 60 250 μm 80 180 μm 120 125 μm Na descrição dos pós temos: - Pó grosso: partículas que passam em sua totalidade pelo tamis de abertura nominal de malha de 710 µm e, no máximo, 40% pelo tamis com abertura nominal de malha de 250 µm. - Pó semifino: partículas que passam em sua totalidade pelo tamis de abertura nominal de malha de 355 µm e, no máximo, 40% pelo tamis com abertura nominal de malha de 180 µm. - Pó fino: partículas que passam em sua totalidade pelo tamis de abertura nominal de malha de 180 µm. - Pó finíssimo: partículas que passam em sua totalidade pelo tamis de abertura nominal de malha de 125 µm. Para calcular o percentual retido em cada tamis utilizamos a seguinte equação: % 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑡𝑎𝑚𝑖𝑠 = 𝑃1 / 𝑃2 . 100 Onde: P1: peso da amostra retida em cada tamis (em gramas); https://www.youtube.com/watch?v=hHSPRm5ykBQ&t=17s&ab_channel=FarmacognosiaUFC P2 = soma dos pesos retidos em cada tamis e no coletor (em gramas); Análise de pureza de Matéria-Prima Vegetal: Determinação do teor de umidade 4.6 Materiais utilizados: - Balança analítica - Placas de Petri - Balança infravermelho - Amostra (Amburana cearensis) Materiais vegetais que possuem um índice elevado de umidade estão mais propensos a sofrerem contaminações ou ativar sistemas enzimáticos que podem levar a uma degradação química da planta alterando o teor dos seus princípios ativos. Segundo a Farmacopéia Brasileira, 6ª edição, ANVISA, 2019, o teor de umidade em uma droga vegetal deve estar compreendido na faixa de 8% a 14%. Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=S93g_K6w9SE&t=1215s&ab_channel=FarmacognosiaUFC A balança infravermelha foi ligada 30 minutos antes da análise e no seu interior foram colocados os 2 gramas pesados anteriormente em uma balança analítica. O equipamento foi programado para aquecimento até 105 °C durante 10 minutos. O seu funcionamento consiste na incidência de calor sobre a matéria prima que vai provocar a evaporação de toda a umidade e, ao final do tempo, no visor da balança constará o peso da amostra isento de umidade e a sua respectiva porcentagem de umidade. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 4.7 Materiais utilizados: - Acetonitrila(HPLC) - Clorofórmio PA - Água destilada - Etanol PA - Balão volumétrico 500mL - Filtro para seringa PTFE 0,45 um - Béquer - Kitassato - Bomba à vácuo - Membrana solvente orgânico - Metanol - Vial N9 Incolor Graduado 11,6x32mm-1,5mL - Placa de Petri 90x15mm - Proveta - Seringa - Sistema de filtração fase móvel - Sonicador É uma técnica de separação que consiste na distribuição dos componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis, a fase móvel, líquida, e a fase estacionária sólida. As separações são alcançadas por partição, adsorção, troca iônica, exclusão por tamanho ou interações estereoquímicas, dependendo do tipo de fase estacionária utilizada. Vários fatores químicos e físico-químicos influenciam na separação cromatográfica, os quais dependem da natureza química das substâncias a serem separadas, da composição e vazão da fase móvel e da composição e área superficial da fase estacionária. É uma técnica de separação mais precisa, porém mais cara devido ao uso de solventes específicos, além da manutenção periódica do equipamento. Farmacopéia Brasileira, 6ª edição, ANVISA, 2019. O equipamento consiste em um reservatório que contém a fase móvel, uma bomba que empurra a fase móvel pelo sistema cromatográfico, um injetor para induzir a amostra no sistema, uma coluna cromatográfica, um detector e um dispositivo de captura de dados, como um software. Os sistemas que consistem de fases estacionárias polares e fases móveis apolares são definidos como cromatografia em fase normal, enquanto o oposto, fases móveis polares e fases estacionárias apolares, são denominadas de cromatografia em fase reversa. A afinidade de uma substância pela fase estacionária e, consequentemente, seu tempo de retenção na coluna, é controlado pela polaridade da fase móvel. Os detectores mais utilizados para a CLAE são os espectrofotométricos (UV/vis). Estes são utilizados para detectar substâncias com grupamento cromóforo. Fonte: https://pt.slideshare.net/Julai1991/mtodos-cromatogrficos Quanto ao método e os componentes utilizados temos: COMPONENTES CUMARINA ANETOL Coluna C18 C18 Detector 259nm 259nm Fluxo 0,85mL/min 1mL/min Volume de Injeção 20uL 20uL Tempo de Corrida 10 minutos 10 minutos Fase móvel Acetonitrila:água(35:65) Metanol:água(85:15) Temperatura 37°C 37°C Diluente Fase móvel Fase móvel Eluição Isocrática Isocrática A preparação das amostras dos vários extratos de cumaru se deu da seguinte maneira: 1 mL do extrato do cumaru que foi completado em um balão volumétrico com volume final de 10mL, em seguida foi filtrado e colocado dentro do Vial, que foi levado para o HPLC onde, ao final da análise foi obtido o cromatograma. Para determinar qual a substância utilizando o método CLAE, calcula-se a área do pico da substância e em seguida, aplica-se o resultado na equação da reta de calibração obtida utilizando o padrão da substância (cumarina), esta é uma medida quantitativa. Paralelamente a isso, o tempo de eluição de cada substância na coluna cromatográfica consiste em uma medida qualitativa. 5. RESULTADO E DISCUSSÃO 5.1 Avaliação da autenticidade de plantas medicinais constituídas por flores e frutos e análise de pureza de matérias-primas vegetais: Considerando que a droga vegetal analisada tem como matéria-prima a espécie Amburana cearensis, que se caracteriza como não oficial mediante plataformas tal qual farmacopeias ou compêndios oficiais, é necessário que alguns critérios de identificação sejam estabelecidos para que assim, a autenticidade da espécie seja comprovada, visando a padronização do extrato gerado a partir da droga vegetal (ARARUNA, 2008). Desse modo a autenticidade requerida foi definida a partir do número de Exsicata obtida a partir de monografias, dissertações e produções acadêmicas. Para a espécie intitulada A. cearensis, os números de Exsicata colhidos e responsáveis pela identificação botânica da planta possuem como registro no herbário Prisco Bezerra da Universidade Federal do Ceará, sendo estes n° 837 e 847. Com base na certificação da identidade e autenticidade da espécie utilizada como matéria-prima vegetal, é possível avaliar como segundo parâmetro a pureza da droga vegetal constituída pela casca do caule do Cumaru (A. cearensis), visando compreender características da planta que podem indicar suscetibilidade a contaminações, prejudicando a análise e extração de determinados princípios ativos. Como resultado obtido a partir da análise do teor de umidade nas cascas do caule do Cumaru, a droga vegetal se mostrou oportuna para uso no ensaio, atingindo valores aproximados de 3,66%, conforme o estabelecido e indicado para evitar contaminações advindas de fungos, bactérias e atividade de enzimas capazes de comprometer constituintes químicos da planta (OLIVEIRA et al, 1998). 5.2 Determinação da granulometria de pós-vegetais: Assim como a autenticidade e a pureza, a granulometria contribui diretamente para a padronização do extrato vegetal, fornecendo informações cruciais acerca da característica do pó vegetal no que diz respeito às suas dimensões, o que auxilia na escolha de solventes e a concentração destes, de maneira a fornecer condições ideais para a extração. Os dados obtidos através ensaio realizado para a determinação da granulometria do pó da casca do caule do Cumaru são apresentados na tabela abaixo. N° do tamis Peso retido (gramas) % de massa retida 10 24,312 g 98,2% 25 0,423 g 1,74% 45 0 g 0,093% 60 0 g 0% 80 0 g 0% 120 0 g 0% Fundo 0 g 0% Tabela 1: dados referentes à análise de granulometria. Analisando os dados apresentados e utilizando como referência os números de tamis fornecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (1984), fica evidente que o pó analisado se caracteriza como pó grosso, aquele cujas partículas passam em sua totalidade pelo tamis com abertura nominal de malha de 1,70 mm e no máximo 40% pelo tamis com abertura nominal de malha 355 µm (Farmacopeia, 2014). A seguir são apresentadas as especificações cedidas pela ABNT. *O número do tamis corresponde à classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas — ABNT (1984), ISSO 33101: 2000. Por conseguinte, fica enfatizado que o pó da casca do caule do Cumaru (A. cearensis) se caracteriza como pó grosso, em conformidade com os critérios estabelecidos pela Farmacopéia Brasileira. Vale salientar que, um pó caracterizado como grosso apresenta dificuldades no que diz respeito a entrada do solvente na droga vegetal, comprometendo a capacidade extrativa do mesmo. 5.3 Produção de extratos vegetais Já no que diz respeito a produção de extratos vegetais, será abordado o método da infusão e decocção para a extração da cumarina, a qual é princípio ativo do cumaru. 5.3.1 Infusão Primeiramente, é válido ressaltar que as produções dos extratos aquosos devem ser a 20%, ou seja, proporção droga/solvente extrator sendo 10:50 (p/v). O primeiro resultado obtido foi um extrato aquoso de 54 ml, sendo necessário reduzir a 50 ml para obedecer a proporção, logo, um aquecimento foi feito e o resultado obtido passou a cumprir o previsto para o método. 5.3.2 Decocção Assim como na infusão, o método da decocção prevê o resultado a 20% na proporção 10:50 (p/v). Após o resfriamento do solvente na presença do extrato, foi medido um volume total de 56 ml, evidenciando a necessidade de reduzir a 50 ml para obedecer a proporção do método. Assim, por aquecimento, o volume foi reduzido a 50 ml na proporção prevista. 5.4 Cromatografia em camada delgada (CCD) Sobrea cromatografia em camada delgada (CCD), precisamos lembrar que diz respeito a uma análise qualitativa, ou seja, iremos abordar se há ou não a presença de cumarina, ou mais especificamente, marcadores bioativos, nos extratos de cumaru obtidos pela infusão e decocção. Isso é importante, pois, podemos tanto determinar a presença de algumas espécies tendo como fundamento a comparação com o padrão pré-determinado, assim como se o método extrativo atende as expectativas pelo o qual está sendo utilizado. Abaixo podemos visualizar a placa cromatográfica após a exposição à luz ultravioleta e a identificação das espécies contidas na fase estacionária pós eluição da fase móvel na cuba cromatográfica. A banda localizada à direita denominada como “P” consiste no padrão utilizado para Cumarina, já a banda identificada como “I” consiste na amostra referente ao extrato da casca do caule do Cumaru obtido por infusão e de forma análoga, a banda denominada “D” faz alusão ao extrato proveniente da casca do caule do Cumaru pelo método de decocção. Após a visualização da presença de Cumarina mesmo que fracamente obtida e demonstrada na placa ao lado, se fazem necessários cálculos para determinação de valores numérico através do valor de referência para o padrão e para substâncias identificadas na amostra. Vale salientar a importância do emprego do padrão para a CCD, visto que é apenas pela eluição do padrão que podemos assegurar a presença de cumarina e determinar os valores de referência (RF) que possibilitam a determinação do marcador ativo nas amostras. Como resultado nos cálculos para os métodos de infusão e decocção, que estão visualmente idênticos na altura de identificação das espécies analisadas, ambos possuem o mesmo valor de referência, determinado da seguinte maneira: RF = 𝑌 → RF = 6, 5 cm → RF = 0, 78 X 8, 3 cm De maneira análoga, o valor de referência do padrão utilizado também foi identificado como 0,78 tendo em vista a localização de ambas as amostras, determinando assim a presença de Cumarina nas amostras definidas como extratos aquosos provenientes dos métodos de infusão e decocção da casca do caule do Cumaru. 5.5 Espectrofotometria No que tangencia o método empregado, duas maneiras de análise foram efetivadas, uma de cunho qualitativo e outra de quantitativo. A primeira evidencia a presença ou ausência de compostos fenólicos por meio da reação entre o reagente de Folin-Ciocalteu e fenóis, em contrapartida o ensaio quantitativo determina o teor de fenóis bioativos nos extratos da droga vegetal por meio do espectrofotômetro. Inicialmente é realizada a construção de uma curva de calibração utilizando como base o ácido gálico pré-definido como padrão, visando avaliar a linearidade do método espectrofotométrico. A segunda parte do processo é realizada, as amostras provenientes dos diferentes extratos obtidos a partir dos métodos discutidos anteriormente, são preparadas com o uso do reagente de Folin-Ciocalteu, sendo submetidos à um ensaio colorimétrico e em seguida se estabelece uma leitura da preparação. Posteriormente, é efetivado o uso da curva de calibração que possibilita a determinação do teor de fenóis totais nos extratos analisados, este resultado deve ser expresso em microgramas de ácido gálico por mililitro. Vale salientar que a curva foi construída levando em conta a absorvância em função da concentração de ácido gálico, além disso, durante a preparação das amostras referentes à curva de ácido gálico a amostra intitulada como branco não apresentou mudanças ou alterações de coloração, garantindo assim que nenhum dos reagentes utilizados durante a formulação das soluções é capaz de influenciar na identificação de compostos fenólicos. A análise acima é definida como análise de regressão linear e identifica um método como linear ou não. Os dados obtidos compõe o gráfico refenrente ao ensaio, identifica e determina a linearidade do método, isto por meio de uma análise de absorvâncias mediante as concentrações e pela percepção atingida ao plotar um gráfico e ter acesso à equação da reta que o mesmo dispõe, tal como o valor de seu R2, que quanto mais próximo de 1, indica maior precisão do método. A seguir são apresentados os valores quantificados através do espectrofotômetro que compõem os dados referentes às amostras de extratos aquosos obtidos pelos métodos de infusão e decocção. Métodos extrativos Absorvância Infusão 0,129 Decocção 0,173 Com o auxílio da equação da reta obtida na construção da curva de calibração do ácido gálico, é possível obter o teor de compostos fenólicos contidos em cada um dos extratos aquosos descritos acima. • Cálculo do teor de fenóis do extrato aquoso proveniente do método de infusão da droga vegetal composta pela casca do caule do Cumaru (Amburana cearensis) Equação da reta: Y = 0,1095x + 0,0074 Como visualizado na tabela acima, a absorvância determinada para infusão foi de 0,129 (Y), desta forma: 0,129 = 0,1095x + 0,0074 0 0,121 0,233 0,338 0,442 0,553 y = 0,1095x + 0,0074 R² = 0,9994 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0 1 2 3 4 5 6 A b so rv ân ic a (A ) Concentrações de Ácido gálico µg/mL Absorvância x Concentrações de AG X = 0,129 – 0,0074 → X = 1,17 µg EAG / ml 0,1095 • Cálculo do teor de fenóis do extrato aquoso proveniente do método de decocção da droga vegetal composta pela casca do caule do Cumaru (Amburana cearensis) Equação da reta: Y = 0,1095x + 0,0074 Como visualizado na tabela acima, a absorvância determinada para infusão foi de 0,173 (Y), desta forma: 0,173 = 0,1095x + 0,0074 X = 0,173 – 0,0074 → X = 1,57 µg EAG / ml 0,1095 Em conformidade com a tabela apresentada, pode-se afirmar a presença de compostos fenólicos, visto que, estes são os princípios ativos procurados no ensaio, é importante sempre frisar o porquê das diferenças nas concentrações de fenóis totais mediante os métodos extrativos adotado, salientando o ambiente e o sistema no qual o método extrativo utiliza, como o solvente, se em algum momento o sistema foi submetido ao aquecimento ou agitação, que são fatores determinantes na extração de alguns princípios ativos. 5.6 Cromatografia Líquida de Alfa Eficiência (CLAE) No tocante a análise da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), ressaltamos a diferença em relação a cromatografia em camada delgada, sobretudo na quantificação do marcador ativo, no caso, a cumarina. Tal distinção pode ser justificada pela capacidade do sistema de gerar um cromatograma. Este, por sua vez, nos fornece tanto o parâmetro qualitativo, definido como tempo de retenção relacionado a cumarina, já o parâmetro quantitativo, é caracterizado pela área do pico fornecido durante análise. Vale ressaltar que o pico é gerado no momento de saída da cumarina da coluna até sua chegada ao detector, sendo válido tanto para os extratos como para o padrão. Na porção inicial da análise, foi construída uma curva de calibração da cumarina utilizando o sistema CLAE que visa a certificação do princípio de linearidade do método analítico, que tem como fundamento a proporcionalidade entre a concentração do marcador ativo e a área do pico. Diante do exposto acima, pode-se, primeiramente, concluir a legitimidade do método, uma vez que o R - quadrado é um valor próximo de 1 evidenciar a proporcionalidade da concentração de cumarina e da área do pico. Já no segundo momento, são abordados os cromatogramas, que ilustram não só os dados qualitativos, como também fornecem informações acerca dos dados quantitativos. Segue abaixo os cromatogramas da análise de cumarina do extrato padrão, de infusão e decocção, respectivamente. Método ExtrativoÁrea do Pico Infusão 71713 Decocção 385397 Para infusão: 𝑌 = 5 ∗ 107𝑋 − 189025 71713 = 5 ∗ 107 𝑋 − 189025 𝑋 = 5,2 ∗ 10 ˉ³ mg / ml Para decocção: 385397 = 5 ∗ 107𝑋 − 189025 𝑋 = 0,0115 mg / ml Portanto, a concentração de cumarina na solução obtida pelo método de infusão corresponde à 5,2 * 10 ˉ³ mg / ml. E a concentração de cumarina obtida pelo método de decocção corresponde à 0,0115 mg / ml. Com isso, pode-se compreender que ambos os métodos são eficazes para obtenção dos compostos fenólicos como a cumarina , contudo, os resultados apontam o decocto aquoso como o método mais eficaz para extração de uma maior de tais compostos. Isso se dá, principalmente, pela decocção manter os metabólitos por um maior tempo submetidos a uma maior energia cinética devido à temperatura mais elevada e pela polaridade de água, pois essa se liga a compostos hidrofílicos que compõem a droga analisada. No que diz respeito às suas dessemelhanças, pode-se citar o fato de que na infusão o solvente é fervido antes de entrar em contato com a droga vegetal, ao contrário da decocção que a droga é aquecida juntamente da água. Nisto o tempo é outro fator que apresenta diferenças, a infusão demora em torno de 1 hora enquanto a decocção demora de 5 minutos, influenciando diretamente na capacidade extrativa dos métodos. Além disso, pode-se citar que uma é indicada para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida, enquanto a outra é para drogas com consistências rígidas. Vale salientar que o fator agitação não se fez presente no procedimento, de maneira a não gerar efeitos positivos ou negativos na extração de compostos fenólicos. 6. CONCLUSÃO Mediante o trabalho de conclusão das práticas de farmacognosia 1, na qual foi utilizada a droga vegetal proveniente da casca do caule da A. cearensis, que tem como principal marcador a cumarina, foi possível adquirir valores que, posteriormente, foram comparados a monografias, dissertações e produções acadêmicas. Foi realizado uma análise de umidade, na qual a amostra apresentou valores aproximados de 3,66% e com esse valor, foi aprovado segundo valores estabelecidos anteriormente. Após a realização da granulometria, foi constatado que o pó se caracteriza como grosso, conforme dados obtidos da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Depois da produção dos extratos pelos métodos de infusão e decocção e da padronização destes, foi usado como técnica analítica para pesquisa de marcadores a cromatografia em camada delgada (CCD). Obtendo-se como valor de referência 0,78, a análise dos cromatogramas indica a presença de cumarina pelo valor referencial e localização da amostra padrão utilizada na placa cromatográfica para detectar cumarina. Assim, podemos dizer que as amostra dos extratos aquosos possuem o princípio ativo e estão dentro do padrão adequado. Logo após a construção da curva de calibração, baseado no ácido gálico definido previamente como padrão, para a realização da espectrofotometria, a preparação de amostra foi realizada usando o reagente Folin-Ciocalteu. Após a análise da regressão linear, foi possível observar que o valor do R² estava muito próximo de 1, indicando que a curva de calibração poderia ser usada para calcular os resultados. Com o auxílio da equação da reta obtida, foi possível observar que no extrato aquoso obtido pela infusão havia uma concentração de fenóis total de 1,17 µg EAG / ml. Já no extrato obtido pela decocção, foi obtido um valor de 1,57 µg EAG / ml. Por último, foi realizado um estudo dos cromatogramas da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Esse método analisa tanto indicadores qualitativos como quantitativos. Para isso, inicialmente foi construída uma curva de calibração e, como o R² obtido se mostrou muito próximo de 1, foi constatada a linearidade do método. No que diz respeito à análise dos cromatogramas, foi observado que o extrato obtido a partir da infusão apresentou uma área de pico de 71713. Já a área de pico do decocto aquoso obtida, foi de 385397. Com esses dados e com a equação da reta obtida, foi possível adquirir a concentração de cumarina dos dois extratos. O primeiro apresentou uma concentração que corresponde à 5,2 * 10 ˉ³ mg / ml. Já no segundo extrato, a concentração correspondia à 0,0115 mg / ml. Em virtude do que foi observado, é possível concluir que os dois métodos extrativos apresentados se mostraram satisfatórios na obtenção da cumarina, mas a decocção mostrou um maior aproveitamento na obtenção de compostos fenólicos. Como já foi dito anteriormente, a técnica mencionada é um método mais rigoroso e se mostra mais eficiente no preparo de extratos em que se usam cascas, raízes ou partes do caule. Tendo em vista que a droga vegetal utilizada é proveniente da casca do caule da A. Cearensis, pode-se destacar que esse foi um dos fatores que fez com que o decocto se mostrasse mais proveitoso. Por conseguinte, o estudo desses métodos se faz necessário para a compreensão da extração dos princípios ativos do cumaru, para que a técnica utilizada seja a mais eficiente e na busca de que cada etapa contribua na padronização do final do produto a fim de se manter o controle de qualidade, visto que cada processo irá promover uma melhora na eficácia e segurança da droga vegetal analisada, processo esse que se deve a função de cada prática. A análise de umidade, por exemplo, determina a presença de microrganismos que irão interferir a análise e extração de princípios ativos. A granulometria possibilita a melhor escolha de solventes e a quantidade adequada pra uma extração sustentável. O método de cromatografia em camada delgada possibilita a presença de marcadores bioativos e princípios ativos nas amostras analisadas, tendo como método a comparação de amostras com padrões já determinados. Na espectrofotometria podemos observar a presença ou ausência de compostos fenólicos por meio de reação com o reagente Folin-Ciocalteu ou por meio do espectrofotômetro e por último, com a Cromatografia Líquida de Alfa Eficiência (CLAE) conseguimos obter os valores de concentração dos princípios ativos devido a análises de cromatogramas. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6ª. ed. Brasília: ANVISA, v. I, 2019. ARARUNA, S. M. Desenvolvimento do extrato seco padronizado por spray drying de Amburana cearensis A.C. Smith (Cumaru): Otimização, caracterização e avaliação farmacológica. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, p. 50, 114. 2013. CANUTO, Kirley Marques, et al. “Estudo fitoquímico de espécimens cultivados de cumaru (Amburana cearensis A. C. Smith)”. Química Nova, vol. 33, no 3, 2010, p. 662–66. SciELO, doi:10.1590/S0100-40422010000300034 OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M.K. Farmacognosia. 1. Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 1996.
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