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2018-2 Evolucao Pensamento Administrativo Tema 10

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Teoria Burocrática
Kelly Aparecida Torres
Introdução
O sóciologo Max Weber (2004) apresentou uma nova abordagem para a administração das 
organizações, sob a perspectiva da burocracia. Na sua obra, a eficiência é alcançada por meio das 
regras e dos procedimentos lógicos. Nesta aula, estudaremos os conceitos desenvolvidos por 
Weber e a importância da Teoria Burocrática. Vamos lá?
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • conhecer as principais contribuições de Weber para a Teoria Burocrática;
 • identificar as contribuições da Teoria Burocrática para a evolução do pensamento 
administrativo e as principais críticas a este modelo.
1 O modelo teórico de Weber
O economista, sociólogo e jurista Max Weber (1864-1920), durante a maior parte da sua vida, tra-
balhou como docente na área de Economia. Em seus estudos, procurou analisar as mudanças sociais 
que se desenvolviam em função da Revolução Industrial.
Figura 1 – Teoria
Fonte: Wittayayut/Shutterstock.com
No conceito apresentado por Weber (2004 apud Chiavenato, 2011), a burocracia zela pela 
eficiência da organização por meio da análise, com antecedência, de todos os detalhes formais 
relacionados a ela. Evita, assim, que interferências pessoais atrapalhem seu desenvolvimento.
Segundo Motta e Vasconcelos (2009), estudando as relações entre a Economia e a socie-
dade, Weber também fundamentou o exercício e definiu as diversas formas de autoridade, exis-
tentes naquela época. 
FIQUE ATENTO!
Os tipos de autoridade apresentados por Weber fundamentam os aspectos de do-
minação que, atualmente, ainda estão presentes na realidade organizacional.
Tipos de autoridade apresentadas por Weber: 
 • tradicional - baseada nos costumes e tradições de uma cultura;
 • carismática - baseada em características individuais;
 • racional-legal - baseada nas regras e normas estabelecidas por um regulamento reco-
nhecido e aceito por todos os membros de uma comunidade. 
EXEMPLO
Como exemplo de autoridade tradicional, temos o senhor de escravos; de autoridade 
carismática, Lampião, o Rei do Cangaço; e de autoridade racional-legal, qualquer go-
vernante eleito.
SAIBA MAIS!
O artigo “O conceito de dominação em Max Weber: um estudo sobre a legitimidade 
do poder”, de Daniel da Rosa Eslabão, oferece mais detalhes sobre os tipos de 
autoridades apresentados na Teoria Burocrática. Disponível em: <http://cifmp.ufpel.
edu.br/anais/2/cdrom/mesas/mesa5/04.pdf>. 
2 Organizações orgânicas e mecanicistas
Max Weber defendia que o trabalho deveria ser fracionado e segmentado. Cada empregado 
ficaria responsável por uma determinada atividade. Nesse caso, a organização burocrática se 
assemelhava a uma máquina.
Figura 2 – Mecanicismo
Fonte: Sapunkele/Shutterstock.com 
O conceito de divisão do trabalho defendido por Weber favorecia alguns aspectos, tais como: 
 • especialização do empregado;
 • papéis e tarefas determinados;
 • padronização;
 • hierarquização;
 • centralização;
 • controle organizacional.
Os conceitos relacionados à divisão do trabalho foram sendo redesenhados e as organiza-
ções passaram a centralizar suas ações em:
 • comunicação horizontal entre todos os subsistemas da empresa; 
 • conhecimento do início-meio-fim dos processos; 
 • formação de equipes multidisciplinares; 
 • implementação de rodízio nas funções; 
 • horizontalização e flexibilização das estruturas organizacionais, tornando a empresa 
mais ágil; 
 • melhor agrupamento das atividades;
 • sinergia.
EXEMPLO
Os trabalhadores de algumas franquias na area de alimentação (sanduicherias) 
sentem o impacto de uma organização com uma estrutura mecanizada, onde não é 
possível criar e inovar. As estruturas organizacionais evoluíram e o administrador deve 
se adaptar a novas realidades.
SAIBA MAIS!
No artigo “Organizações mecanicistas X orgânicas”, de Douglas Caccianiga, é possível 
aprender um pouco mais sobre esse aspectos organizacionais. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/organizacoes-mecanicistas-
x-organicas/26330/>.
3 Contribuições da Teoria Burocrática
Para Max Weber, a burocracia ideal deveria garantir a estabilidade, a previsibilidade e a padro-
nização de comportamentos, buscando a eficiência a partir das seguintes dimensões: 
 • normas e regulamentos; 
 • divisão do trabalho; 
 • hierarquia da autoridade; 
 • relações impessoais; 
 • especialização da administração; 
 • formalismo das comunicações; 
 • rotinas e procedimentos; 
 • profissionalização do participante; 
 • previsibilidade do funcionamento;
 • competência técnica.
FIQUE ATENTO!
Nesse momento, é importante você entender quais são as dimensões da Teoria 
Burocrática apresentadas por Weber.
Figura 3 – Somando para melhorar
Fonte: alphaspirit/Shutterstock.com
Weber também enfatizava que o poder da autoridade manifestava-se nos cargos ocupados 
pelas pessoas de acordo com a sua área de competência. Já os cargos deveriam ser distribuídos 
de acordo com o princípio hierárquico, garantindo assim o estabelecimento de autoridade dentro 
das faixas de cada chefia.
O pensador Max Weber menciona três fatores essenciais para o desenvolvimento da 
burocracia: 
 • evolução da economia monetária; 
 • crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado Moderno;
 • superioridade técnica do modelo burocrático.
Weber apontou muitas razões que justificavam a defesa da burocracia: racionalidade em rela-
ção ao alcance dos objetivos da organização; precisão na definição do cargo a ser ocupado pelo 
empregado; rapidez nas decisões; univocidade de interpretação, já que a informação deveria ser 
direcionada aos que iriam recebê-la; uniformidade de rotinas e procedimentos; continuidade da 
organização através da manutenção do cargo independente de quem o ocupasse; redução de 
atrito entre as pessoas; constância nas decisões; confiabilidade, já que os negócios são condu-
zidos com regras; benefícios para as pessoas, já que, na hierarquia formalizada, o trabalho seria 
dividido de maneira ordenada entre todos os empregados. (CHIAVENATO, 2012).
4 Disfunções burocráticas e críticas à 
Teoria Burocrática 
4.1 As disfunções da burocracia
Na perspectiva de Weber, a burocracia é uma organização que busca a eficiência a partir do 
controle (previsibilidade) de seu funcionamento. Porém, ao estudar as consequências previstas, 
Merton (1966) descobriu as consequências imprevistas que levavam justamente à ineficiência e 
imperfeições na organização. A estas consequências imprevistas Merton deu o nome de disfun-
ções da burocracia.
Vamos conhecer as disfunções da burocracia apontadas por Merton (1966 apud Chiavenato, 
2012):
 • internalização das regras e apego aos regulamentos - as normas ganham mais rele-
vância na burocracia;
 • excesso de formalismo e de papelório - a burocracia prioriza a necessidade de documen-
tos e formalizações para que todas as comunicações sejam testemunhadas por escrito;
 • resistência às mudanças - a burocracia é desenvolvida dentro de rotinas e padroni-
zações que acabam por engessar o processo, fazendo com que os funcionários se 
tornem resistentes a qualquer proposta de mudança;
 • despersonalização do relacionamento - a impessoalidade é uma das características 
fundamentais da burocracia, por isso ela enfatiza os cargos e não as pessoas. Esta 
forma de atuação faz com que ocorra a diminuição das relações personalizadas entre 
as pessoas, assim elas passam a ser reconhecidas pelos cargos que ocupam;
 • categorização como base do processo decisório - a burocracia possui uma base hie-
rárquica de autoridade rígida; ou seja, em qualquer situação, as decisões serão toma-
das pela pessoa que ocupar o cargo mais elevado na hierarquia;
 • superconformidade às rotinas e aos procedimentos - as rotinas e procedimentossão 
bem vistos na burocracia porque são formas de garantir que os funcionários façam 
exatamente o que se espera deles;
 • exibição de sinais de autoridade - com o objetivo de enfatizar o sistema hierárquico, a 
burocracia utiliza de alguns sinais claros para demonstrá-la como, por exemplo, uniformes;
 • dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público - na burocracia o 
funcionário está mais focado nas normas e regulamentos internos da organização, 
visando uma boa avaliação de seu superior hierárquico, do que no cliente. 
4.2 Críticas à Teoria Burocrática
Como em todas as teorias, a burocracia tem defensores e opositores; porém, é inegável sua 
característica de promover a organização das pessoas e das atividades de forma racional para que 
os objetivos sejam alcançados.
Figura 4 – Fatores de oposição
Fonte: michaeljung/Shutterstock.com 
Segundo Chiavenato (2012), as principais críticas à Teoria Burocrática são:
 • excesso de racionalismo - autores como Katz e Kahn consideram as organizações 
burocráticas super-racionalizadas, por isso tendem a não considerar as condições do 
ambiente ao seu redor;
 • mecanismo e limitações da Teoria da Máquina - assim como Taylor e Fayol, Weber 
focou sua teoria apenas nas estruturas internas da organização;
 • conservantismo - a burocracia é um processo extremamente conservador por ser tão 
fiel às normas e regulamentações. Este processo não favorece a inovação e nenhum 
tipo de mudança radical no comportamento administrativo e no comportamento das 
equipes; 
 • sistema fechado - é voltado para as certezas e, por isso, não tende a absorver as novas 
tecnologias;
 • apresenta uma abordagem descritiva explicativa - a Teoria Burocrática se limita a des-
crever, analisar e explicar a organização para que o administrador possa fazer as melho-
res escolhas, mas não ressalta como o administrador deve lidar com a organização.
FIQUE ATENTO!
A Teoria da Máquina está relacionada com o tipo de produção realizada pelos em-
pregados que, considerando a divisão das tarefas e as atividades rotineiras, se as-
semelhava a uma máquina.
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
 • conhecer um pouco mais sobre o modelo teórico de burocracia e os tipos de autoridade 
apresentado por Max Weber;
 • aprender sobre as diferenças entre organizações mecanicistas e orgânicas;
 • identificar as principais contribuições da Teoria Burocrática para o desenvolvimento do 
pensamento administrativo;
 • conhecer a definição de disfunções burocráticas e as principais críticas à Teoria 
Burocrática.
Referências 
ANDRADE, Rui Otavio Bernardes de; AMBONI, Nerio. Teoria geral da administração. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2011.
BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo Cavalheiro. Teoria geral da administração. São Paulo: 
Saraiva, 2006.
CACCIANIGA, Douglas. Organizações mecanicistas X orgânicas. Comunidade Adm. 2008. Dispo-
nivel em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/organizacoes-mecanicistas-x-or-
ganicas/26330/>. Acesso em: 31 jan. 2017.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2011.
ESLABÃO, Daniel da Rosa. O conceito de dominação em Max Weber: um estudo sobre a legiti-
midade do poder. Anais UFPEL. Disponível em: <http://cifmp.ufpel.edu.br/anais/2/cdrom/mesas/
mesa5/04.pdf>. Acesso em 31 jan. 2017.
MERTON, Robert. Estrutura burocrática e personalidade. In: Campos, Edmundo – org. Sociologia 
da burocracia. Rio de Janeiro, Zahar. 1966.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2013. Edição Executiva.
MOTTA, Fernando Cláudio Prestes; VASCONCELOS, Isabela. Teoria Geral da Administração. 3. ed. 
São Paulo: Thomson, 2013. 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria geral da administração: uma abordagem prática. 
3. ed.. São Paulo: Atlas, 2012.
RIBEIRO, Antonio de Lima. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2003
WEBER, Max. Economia e Sociedade: Fundamentos da sociologia compreensiva. Vol. 2. Trad. 
Regis Barbosa e Karen lsabe Barbosa. São Paulo: Editora UnB, Imprensa Oficial, 2004.

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