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ESCOLA DE ENGENHARIAS E TI CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Construção Civil I (2018.2) Aula 01 – Introdução aos materiais de engenharia e propriedades OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: - Reconhecer a importância dos conhecimentos dos materiais de construção civil para o sucesso de seus projetos. - Conhecer, classificar, interpretar e investigar as propriedades físicas e mecânicas dos materiais PROGRAMAÇÃO: 1.0 – INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE ENGENHARIA 1.1 – Importância; 1.2 – Normalização; 2.0 – PROPRIEDADES DOS MATERIAIS 2.1 – Propriedades físicas dos materiais; 2.2 – Propriedades térmicas dos materiais; 2.3 – Propriedades mecânicas dos materiais; Fonte: http://jornalibia.com.br/montenegro/cresc e-em-10-as-vendas-no-varejo-de-material- de-construcao/ Contextualização: Qual a importância de se conhecer os materiais de engenharia ? C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale 2 23 A indústria da construção civil e dos materiais Não existe atividade humana em que a construção civil não esteja presente para suprir a demanda por maior quantidade de bens e serviços requeridos pela crescente população mundial. CURVA DO CRESCIMENTO EXPONENCIAL DA POPULAÇÃO (BRAGA et al, 2006, p.3) – ADAPTADO PELO AUTOR 2011 1760 - 1960 EM 250 ANOS, APROXIMADAMENTE, A POPULAÇÃO MUNDIAL CRESCEU 6 BILHÕES DE HABITANTES 1.1 Importância Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 3 23 NORMA TÉCNICA Documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Tipos (i) Procedimento Exemplo ABNT NBR 6118:2007 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento Aplicação da NBR 6118:2007 7.5 Detalhamento das armaduras 7.5.1 (...) 7.5.2 Para garantir um bom adensamento é vital prever no detalhamento da disposição das armaduras espaço suficiente para entrada da agulha do vibrador. (ii) Especificações (iii) Métodos de ensaio (iv) Padronizações (v) Terminologias (vi) Simbologia (vii) Classificação 1.2 Normalização C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 4 23 1.2 Normalização C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 5 23 1.2 Normalização C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades Inovação de sistemas construtivos na habitação Carta de Istambul (Conferência do Habitat II/1996) SiAC Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil SiMaC Sistema de Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos SiNAT Sistema Nacional de avaliação Técnica de produtos Inovadores Instrumento do Governo Brasileiro Melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva Ações de combate a não- conformidade - Programas Setoriais da Qualidade (PSQs). Avaliar novos produtos utilizados nos processos de construção – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. 6 23 C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades Inovação de sistemas construtivos na habitação Documento de avaliação Técnica - DATec no 009B 7 23 C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades Inovação de sistemas construtivos na habitação Documento de avaliação Técnica - DATec no 013 2.0 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS 8 23 2.1.1 Massa específica e Massa específica aparente MASSA ESPECÍFICA é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo os poros permeáveis (ABNT NBR MN 52, 2009). As propriedades dos materiais dependem da natureza do material, composição química e microestrutura. 2.1 Propriedades físicas C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 9 23 AGREGADO MIÚDO SOLTO AGREGADO GRAÚDO SOLTO RAZÃO ENTRE A MASSA DE TODOS OS GRÃOS PELO VOLUME “REUNIR TODOS OS GRÃOS”MASSA ESPECÍFICA “REUNIR TODOS OS GRÃOS” MASSA ESPECÍFICA RAZÃO ENTRE A MASSA DE TODOS OS GRÃOS PELO VOLUME 2.1.1 Massa específica e Massa específica aparente C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 10 23 MASSA ESPECÍFICA APARENTE é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, incluindo os poros permeáveis (ABNT NBR MN 52, 2009). Ensaio de massa específica aparente Carrinho de medida 2.1.1 Massa específica e Massa específica aparente C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 11 23 2.2.1 Calor específico Quantidade de calor que é necessário fornecer a um corpo para elevar 1oC a temperatura de sua unidade de massa. Exemplos: Madeira = 1755 J/ kg . oC Ferro = 460 J/ kg . oC Concreto = varia entre 840 e 1170 J/ kg . oC 2.2 Propriedades térmicas C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 12 23 É necessário o controle da temperatura do concreto em obras com grandes volumes ou grandes áreas superficiais. EFEITO DOS MATERIAIS CONSTITUINTES NA TEMPERATURA DO CONCRETO AGREGADOS CIMENTO Areia c = 0,92 KJ / Kg . K Brita c = 4,184 KJ / Kg . K ÁGUA CONCRETO 2.2.1 Calor específico C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 13 23 2.2.1 Calor específico C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 14 23 2.2.2 Condutividade térmica Capacidade que um dado material possui em transferir calor. q = - k . A . dT dx Onde: q = fluxo de calor por unidade de tempo por unidade de área perpendicular à direção do fluxo (kcal / m² . h); K = condutividade térmica (kcal / m² . h . oC); A = seção transversal do corpo perpendicular ao fluxo de calor (m²); dT = gradiente de temperatura através do corpo. dx IMPORTANTE: MAU CONDUTOR DE CALOR = BOM ISOLANTE TÉRMICO C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 15 23 2.2.3 Expansão térmica Propriedade relacionada com a expansão e a contração sofrida pelos sólidos, quando submetidos a um aquecimento e um resfriamento, respectivamente. αL = lf – li = ∆l li (Tf – Ti) li ∆T Onde: αL = coeficiente de dilatação térmica linear; li = comprimento inicial; lf = comprimento final; Ti = temperatura inicial; Tf = temperatura final; ∆l = l . αL . ∆T C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 16 23 Definindo alguns termos da engenharia: a) TENSÃO É a relação entre o esforço aplicado e a área da seção resistente. Geralmente é medida em MPa. IMPORTANTE: Toda tensão gera uma deformação que pode ser elástica ou plástica. 2.3 Propriedades mecânicas Vídeo Ruptura CAR C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 17 23Definindo alguns termos da engenharia: LEI DE HOOKE Exprime a proporcionalidade existente entre a tensão e a deformação de um material dentro do regime elástico. C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 18 23 Definindo alguns termos da engenharia: c) DEFORMAÇÃO PLÁSTICA É a deformação permanente provocada por Tensões que ultrapassam o limite de elasticidade. Não há a proporcionalidade entre a tensão e a deformação, logo, a Lei de Hooke não é mais válida. b) DEFORMAÇÃO ELÁSTICA É reversível, desaparece quando a Tensão é removida. É diretamente proporcional à Tensão. C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 19 23 2.3.1 Resistência mecânica Definem o comportamento do material quando sujeito a esforços de natureza mecânica e correspondem as propriedades que, num determinado material, indicam a sua capacidade de transmitir e resistir aos esforços que lhe são aplicados. Pode-se conceituar resistência mecânica como sendo, a capacidade dos materiais de resistir a esforços de natureza mecânica, como tração, compressão, cisalhamento, torção, flexão e outros sem romper e/ou deformar-se. C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 20 23 2.3.2 Elasticidade É a capacidade que o material apresenta de deformar-se elasticamente. A deformação elástica de um material, acontece quando o material é submetido a um esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é cessado o material volta as suas dimensões iniciais. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO REPRESENTANDO UMA DEFORMAÇÃO ELÁSTICA C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 21 23 2.3.3 Ductilidade e/ou Plasticidade É a capacidade que o material apresenta de deformar-se plasticamente ou permanentemente antes de sua ruptura. A deformação plástica de um material, ocorre quando o material é submetido a um esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é cessado o material permanece com as dimensões finais. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO REPRESENTANDO UMA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO TÍPICO DE UM AÇO LAMINADO A QUENTE C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 22 23 2.3.4 Dureza É uma medida da resistência do material a deformações plásticas localizadas. Associada a essa propriedade, temos a resistência ao desgaste e a resistência a abrasão. 2.3.5 Resiliência É a capacidade do material absorver e devolver energia sem deformação permanente. Essa propriedade tem validade no campo elástico. PEÇA CERÂMICA ASSENTADA EM ÁREA RESIDENCIAL. C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades 23 23 2.3.6 Tenacidade É a capacidade do material de absorver energia antes de sua ruptura, ou seja, o material resiste a esforços de impacto. 2.3.7 Fadiga A ruptura de um material pode ocorrer por fadiga, quando este é submetido repetidas vezes a um carregamento, e a tensão atuante no material não ultrapasse a tensão de escoamento (σe ). ROMPIMENTO POR FADIGA EM BARRA DE AÇO C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale Aula 02 – Introdução aos mat. de engenharia e propriedades FIM C o n stru ção C ivil I l P ro f. Ítalo V ale
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