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Identificação de Alcaloides em Anadenanthera colubrina var. cebil

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Sociedade Brasileira de Química (SBQ) 
37a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química 
 
Alcaloides das cascas do caule de Anadenanthera colubrina var. cebil 
Romézio Alves Carvalho da Silva1 (PG), Taciana Oliveira de Sousa2 (PG), Maria do Carmo Gomes 
Lustosa3 (FM), Antônia Maria das Graças Lopes Citó3 (PQ) 
 
*romezioh@yahoo.com.br 
1Instituto Federal do Piauí – Campus Piripiri 
2Instituto Federal do Maranhão – Campus Zé Doca 
3Universidade Federal do Piauí – Laboratório de Produtos Naturais 
 
Palavras Chave: Anadenanthera colubrina, alcaloides. 
Introdução 
A espécie Anadenanthera colubrina var. cebil 
(Griseb) Altschul pertence à família Fabaceae e 
pode ser encontrada na Argentina, Bolívia, Paraguai 
e Brasil. Esta variedade é a mais comumente 
encontrada na caatinga, em altitudes que variam de 
300 a 800 m, ocorrendo principalmente na caatinga 
arbórea, onde é uma das plantas dominantes. 
Dependendo da região a A. colubrina é conhecida 
como angico, angico-verdadeiro, angico preto, 
angico-vermelho, angico de casca1. 
Alcaloides são bases orgânicas nitrogenadas 
amplamente encontradas na natureza e são 
classificados de acordo com o aminoácido 
precursor. Os alcaloides indólicos são os derivados 
do L-triptofano, que é originado a partir da rota do 
chiquimato via ácido antranílico. Os alcaloides 
indólicos apresentam um amplo espectro de 
atividades farmacológicas, tais como analgésica, 
anti-inflamatória, bactericida, estrogênica, 
estimulante e depressora do sistema nervoso 
central, dentre outras2. 
Resultados e Discussão 
As cascas do caule de A. colubrina var. cebil foram 
coletadas no Parque da Cidade de Teresina-PI e foi 
depositada uma exsicata no herbário Graziela 
Barroso com a identificação TEPB 27.881. Em 
seguida, as cascas foram secas, moídas e 
maceradas com etanol, obtendo-se o extrato 
etanólico (EE). O EE das cascas do caule (15,0 g) 
foram submetidos à extração ácido-base conforme 
descrito por Silva (2009)3. 
 
Figura 1. Alcaloides identificados na fração 
clorofórmio do EE das cascas do caule de A. 
colubrina var. cebil. 
 
 
 
 
N,N-dimetiltriptamina (DMT) 
 
 
Elaeagnina 
 
Figura 2. Obtenção dos alcaloides do EE da A. 
colubrina var. cebil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os dois alcaloides identificados na fração 
clorofórmica do EE das cascas do caule de A. 
colubrina var. cebil apresentam um núcleo indólico. 
A elaeagnina apresenta, além do núcleo indólico, um 
anel piridínico hidrogenado. 
Conclusões 
Na investigação da composição em alcaloides, das 
cascas do caule foram identificadas a N,N-
dimetiltriptamina (DMT) e a elaeagnina da fração 
clorofórmica das cascas do caule. 
Agradecimentos 
UFPI e IFPI 
____________________ 
 
1
 QUEIROZ, L. P. Leguminosas da caatinga. Universidade Estadual de 
Feira de Santana, 2009, 467 p. 
2
 DEWICK, P. M. Medicinal natural products: a biosynthetic approach. 
3 ed. John Wiley e Sons Ltd, 2009, 546 p. 
3SILVA, M. S. S. Alcaloides de plantas da família Amaryllidaceae: 
isolamento, caracterização e testes de inibição de acetilcolinesterase. 
2009. 233 f. Tese (Doutorado em Ciências) - Universidade Estadual em 
Campinas, Campinas. 2009. 
4. Partição com CHCl3 
5. Lavagem com solução saturada 
de NaCl; Seca com Na2SO4; 
Evaporação do solvente 
Fr. CHCl3 mcaule = 0,02 
g 
Análise por CG/EM 
Sol. Aq. Básica II Sol. CHCl3 
3. Adição de NaHCO3(s) até pH 
8 
Sol. Aq. Básica I pH 8 
1. Adição de HOAc 10%, agitação 
2. Filtração 
Resíduo Sol. Aq. ácida 
15,0 g do EE 
NH
NH
NH
N(CH3)2

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