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PARCIAL 2 Psicologia Aplicada a Área da Saude

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FACULDADE PITÁGORAS DE SÃO LUIS - TURU
CURSO DE FISIOTERAPIA – N
PSICOLOGIA APLICADA Á SAÚDE
CLEUDIONE MENDES
FABRÍCIO SEBASTIÃO A. DOS SANTOS
FRANCIELLE PEREIRA MENDES
GÉLVICA DO CARMO GARCÊS
MAYARA DA SILVA MATOS
TATIANE BARRETO DE ARAUJO
IDENTIDADE E TRABALHO
A relação que as pessoas estabelecem com o trabalho
São Luis, MA
Maio - 2018
	
CLEUDIONE MENDES
FABRÍCIO SEBASTIÃO A. DOS SANTOS
FRANCIELLI PEREIRA MENDES
GÉLVICA DO CARMO GARCÊS
MAYARA DA SILVA MATOS
TATIANE BARRETO DE ARAUJO MORAES
		
IDENTIDADE E TRABALHO
A relação que as pessoas estabelecem com o trabalho
Atividade apresentada ao Curso de Fisioterapia da Faculdade Pitágoras de São Luis - Turu, como requisito à obtenção de nota Parcial 2 da disciplina Psicologia Aplicada à Saúde.
Profa. Alice Parentes da Silva Santos
São Luis, MA
Maio - 2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 4
OBJETIVOS ............................................................................................................. 5
Geral ............................................................................................................... 5
Específicos ..................................................................................................... 6
REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 6
O homem e o trabalho na contemporaneidade.................................................6
O trabalho e o seu papel na vida do homem .................................................. 8
Identidade e trabalho .................................................................................... 10
ENTREVISTAS ...................................................................................................... 13
Metodologia da entrevista ............................................................................. 13
Entrevista 1 ( até 5 anos de trabalho) ........................................................... 13
Entrevista 2 (mais de 15 anos de trabalho) .................................................. 16
DISCURSÃO........................................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 20
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 22
APÊNDICE A – Questionário de informações individuais ........................................... 23
APÊNDICE B – Roteiro de entrevista ........................................................................... 24
INTRODUÇÃO
Constantemente, a sociedade sofre transformações em sua estrutura. Ultimamente, temos notado uma série de mudanças no mundo das organizações e do trabalho. Na envergadura dessas mudanças podemos observar um movimento crescente de envolvimento das pessoas com o seu trabalho e a vida profissional, o que cria um cenário perfeito para disseminação dos diversos aspectos da globalização. O acesso a informação influencia a vida cotidiana, pois dessa forma temos fácil acesso às bibliotecas online, podemos assistir documentários, conhecer estrangeiros, manter amizades com pessoas que mudaram de país, entre outras atividades que parecem ser tão corriqueiras atualmente.
O dia a dia corrido e a falta de tempo, muito em função da jornada excessiva de trabalho, o estresse, entre outros fatores, têm levado o homem a procurar maneiras práticas de sobrevivência biopsicossocial. Assim, notamos que os profissionais de modo geral têm cada vez mais se adaptados às suas rotinas de trabalho de maneira a prestar um trabalho de qualidade, onde para tal se esforçam para fazer muitas tarefas ao mesmo tempo.
No período anterior à globalização, as coisas não eram bem assim, principalmente na vida dos profissionais as coisas não aconteciam de forma rápida e com integralidade. Portanto, observar-se que a história moldou as profissões e nas últimas décadas o trabalho sofreu profundas transformações decorrentes da globalização da economia. Hoje, o trabalhador lida com as mudanças e exigências relativas à produtividade e necessidade de adaptar-se ao novo, ou seja, o trabalhador tem que se reinventar continuamente para atender as exigências do mercado competitivo.
Sabemos que hoje em dia segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) saúde não é simplesmente a ausência de doença, mas um produto da qualidade de vida. Sendo assim, devemos compreender o indivíduo inserido em um referencial sociocultural, voltando o olhar para a família, moradia e para a sociedade em que ele vive. Sendo assim, o profissional da área da saúde, que tem seu trabalho caracterizado pelo atendimento às necessidades complexas e diversificadas, preciso olhar para o usuário como um indivíduo único.
De acordo com o modelo biopsicossocial, um bom atendimento leva em conta a relação interpessoal, em que existe respeito aos desejos do usuário e as suas preferências. Porém para cuidar bem de um paciente, devemos cuidar de nós mesmo, ou seja, levar com afinco a frase: “cuidar de quem cuida”.
O profissional da área da saúde, em seu ambiente de trabalho, depara-se com sua limitação diante da dor, do sofrimento e da morte de quem cuida. São fatores que refletem no emocional do profissional e quando acentuado geram falhas, atrasos e até mesmo afastamentos do trabalho. Os aspectos biopsicossociais que atuam como determinantes da saúde estão presentes na vida humana desde sua concepção. Além das características biológicas, com a concepção da vida inicia-se também a construção da vida psíquica. Tais aspectos serão manifestados em um contexto social com cultura e valores específicos. Essas três esferas se entrelaçam, constituem a essência do indivíduo e determinam a saúde ou a vulnerabilidade para o adoecimento.
O trabalho atribui identidade ao homem e pode ser tanto fonte de prazer quanto fonte de sofrimento (Dejours, 2013). A qualidade de vida no trabalho visa melhorar o ambiente por meio da adequação das atividades do trabalhador e das relações interpessoais.
Diante deste contexto, este trabalho irá abordar a literatura científica sobre a relação que as pessoas estabelecem como trabalho, explorando a relação entre identidade e trabalho. Para esclarecer esse ponto, discorreremos primeiramente sobre o trabalho e o seu papel na vida do homem, em seguida abordaremos a relação entre o prazer e aborrecimento no trabalho, bem como seu relacionamento e convívio com seus colegas de trabalho, além de fazer um breve apanhado na sua satisfação como profissional, abordando ainda a relação saúde versus trabalho. 
A proposta principal do estudo é apresentar de forma explicita sobre como as pessoas representam o trabalho, e para complementar apresentará entrevistas profissionais envolvendo 02 (dois) funcionários, sendo um de empresa privada e outro de empresa pública, ambos selecionados pela equipe de trabalho, que de forma voluntária aceitaram participar deste estudo, sendo que o primeiro com até 05 (cinco) anos de trabalho e o segundo com mais de 15 (quinze) anos de serviço.
OBJETIVOS
Geral 
Analisar e discutir sobre o homem e sua relação com o trabalho que exerce.
Específicos
Identificar formas de relacionamentos estabelecidos entre as pessoas e o trabalho;
Recolher a importância do trabalho na vida do homem;
Identificar o grau de satisfação do empregado com o seu trabalho e consequentemente com a empresa;
Analisar características sociodemográficas e culturais do trabalhador contemporâneo;
Refletir como o trabalho em equipe é a chave para um ambiente de trabalho positivo e produtivo;
Identificar expectativas do trabalhador quanto à sua profissão.
REFERENCIAL TEÓRICO
A RELAÇÃO DO HOMEM COM O TRABALHO NA CONTEMPORANEIDADE
O cenário das organizaçõese do trabalho passou por inúmeras mudanças ao longo dos tempos. Na Idade Moderna, século XVII, a sociedade mercantilista já está desenvolvida. Os segmentos dos antigos servos dão origem ao surgimento da burguesia, o início da valorização do trabalho e da crítica à vida ociosa. Até então, o trabalho era considerado uma atividade inferior e desvalorizado, destinado aos escravos. No século XVII, com os avanços científicos da passagem do feudalismo ao capitalismo e mudanças sócio-históricas daí advindas, a prática do trabalho se consolida na sociedade. 
Com a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, surge o processo de industrialização e a começo de um exemplo de trabalho mecanizado um grande ponto de referência na história do trabalho. A partir daí, surge alguns fenômenos como a alienação no trabalho. Este foi um dos principais conceitos desenvolvidos na obra de Karl Marx e que se refere tanto à perda pelo trabalhador do direito à propriedade do produto, quanto à separação entre a concepção e a execução do trabalho. 
Assim como os modelos sociais e econômicos, com o passar dos anos, o modelo de gestão trabalhista e das organizações vem passando por mudanças revolucionárias. O capitalismo desenvolve um modelo liberal indicado a abertura de mercado e ao aumento da competitividade. Fórmulas como a economia liberal, mercado globalizado e competitivo, avanço tecnológico e a velocidade na transmissão e comercialização de tecnologia resultam em necessidades apoiada nas pessoas como solução para obter um diferencial de competitividade, evoluindo para modelos administrativos com posturas participativas, que buscam envolver o trabalhador nas decisões da empresa. 
Assim, surge o comprometimento organizacional como variável que ganha importância nos estudos da psicologia organizacional nos anos 80, auge do movimento de globalização e liberalização da economia. Estes estudos foram situados no âmbito do comportamento humano no trabalho, ou seja, em uma subárea nomeada “atitudes em relação ao trabalho” e são constituídas em tecnologias gerenciais para lidar com o elemento humano nas organizações.
Dentre os vários tipos de comprometimento descritos na literatura, destacamos aqui o comprometimento afetivo definido como: a força relativa da identificação e envolvimento com os objetivos e valores da organização em que alguém trabalha (MOWDAY, PORTER; STEERS, 1982, apud OLIVEIRA, 1998). Envolve o sentimento de orgulho, autoestima e desejo de afiliação.
Os autores consideram quatro características que são comuns aos indivíduos comprometidos com suas organizações (MOWDAY et al., 1979):
1) Internalizarão dos objetivos e valores da organização; 
2) Envolvimento com o papel organizacional no contexto desses objetivos e valores;
3) Desejo de permanecer na organização por um longo período para o alcance dos objetivos e valores;
4) Prontidão para exercer esforços para o alcance dos objetivos e valores
Ainda segundo Alvim (2000, p.39), pode definir cultura organizacional como um conjunto de modos de pensar, sentir e agir o qual tem uma função integradora, que envolve subjetividade e diferenças, formando um todo complexo e multidimensional composto por elementos que estão em relação dialética constante e que tem um sentido de identidade sustentado e mantido por elementos universais. 
O interesse pelo tema da Cultura Organizacional também surge nesse contexto. Esta foi à grande estrela da Administração nos anos 80 e inclui uma vertente teórica forte, que investiga a possibilidade de manipular e gerenciar a cultura das organizações. Tal tendência encara a cultura organizacional como uma variável e está mais interessada em princípios de predição, causalidade e controle. Traz um discurso muitas vezes messiânico, que postula moldar a cultura para se adaptar aos fins estratégicos da organização (ALVIM, 2000).
Nasce do solo fertilizado pela Fenomenologia e o Existencialismo a Gestalt-Terapia. Husserl, grande desenvolvedor desse método, buscou trabalhar aquilo que se manifesta, rompendo com a pretensão de pensar a coisa em si como anteriormente se fazia. Seu método consiste em dois pontos iniciais: a via negativa e a positiva. A primeira propõe uma epoché, suspensão de juízo, para analisar a coisa como é conhecida, como aparece ao sujeito. A segunda é o movimento próprio de dirigir-se a coisa após essa suspensão. 
Segundo estudos relacionados ao comportamento humano, os consultórios estão cheios de pessoas angustiadas com seus trabalhos, suas escolhas profissionais. Adoecidas pelo trabalho. Retrofletindo, introjetando. Lutando com o controle de dentro e o controle de fora. Hipnotizadas pelo espetáculo do qual fazem parte. O trabalho é constituinte do sujeito. Tomar consciência de si, de suas necessidades, de sua vocação e de suas escolhas pode acordar o indivíduo desse sono e o implicar com seu desejo e sua vocação reais, o que pode permitir a ele trilhar um encontro mais verdadeiro e prazeroso com o trabalho, revestindo-o de significado e sentido. Contato, enquanto relação eu-trabalho-mundo. 
O TRABALHO E O SEU PAPEL NA VIDA DO HOMEM
Existem aceitáveis dados da experiência cuja explanação com fundamento em conhecimentos apriorísticos leva a concluir que, outras coisas permanecendo iguais, o ser humano prefere o lazer – ausência da necessidade de se dedicar ao trabalho – como condição mais desejável que a de despender esforços em trabalho. Para assegurar o ócio, os homens estão dispostos a abrir mão de vantagens que poderiam obter por meio de mais trabalho; inclusive estão dispostos a fazer sacrifícios em benefício da folga. 
Deste modo, se conclui que o lazer é valorizado como um bem e o trabalho visto como fardo. O trabalho é visto, então, como meio, não um fim em si mesmo. As pessoas trabalham somente quando consideram o retorno do trabalho como mais elevado que o decréscimo de satisfação provocado pela restrição do ócio. 
Ao avaliar a necessidade de consumo de empenhos em trabalho, o homem averigua não somente se não existe um fim mais desejável para o emprego do trabalho em questão, mas investiga não menos se não seria mais benéfico abster-se do trabalho. 
Pode-se expressar este fato dizendo que a obtenção de ócio é um fim da ação humana, ou um bem econômico de primeira ordem. Isto explica porque, no curso da história humana, concomitantemente ao progressivo aumento da produtividade do trabalho decorrente das melhorias tecnológicas e de um afluxo mais abundante de capital, desenvolveu-se de forma geral uma tendência à redução das horas de trabalho. Entre as amenidades de que o homem civilizado pode gozar de maneira mais abundante que seus antepassados está o gozo de maior tempo de ócio. Nesse sentido é possível responder à questão levantada por filósofos e filantropos se o progresso econômico fez ou não os homens mais felizes. Se a produtividade do trabalho fosse menor do que é hoje no mundo civilizado, o indivíduo seria forçado a trabalhar mais ou desistir de muitas amenidades. Dizer isso não significa afirmar que o único meio de alcançar a felicidade é gozar de maior conforto material, viver no luxo ou ter mais tempo para o ócio. Significa somente dar foro de verdade à afirmação de que as pessoas hoje estão em melhor situação de se prover com o que consideram necessário do que as pessoas no passado. 
O fundamental dessa análise é extensão da conclusão mais geral de que os homens preferem o que os satisfaz mais àquilo que os satisfaz menos, que valorizam as coisas com fundamento na utilidade que atribuem a elas. O trabalho é preferido ao ócio na medida em que o rendimento do trabalho é mais urgentemente desejado que o gozo do ócio. O homem se entrega ao desconforto do trabalho na medida em que com isso evita um desconforto maior no futuro. 
Há diferenças entre os diversos tipos de trabalho a que um homem pode dedicar tempo. Seja, por exemplo, o trabalho de um professor de Física que decide executar ele mesmo a instalação elétrica de sua residência, comparado ao trabalho de um eletricista que oprofessor porventura decidisse contratar. A execução da instalação elétrica pelo professor é um trabalho que lhe proporciona gratificação imediata, que com o trabalho obtém duplo resultado: a consecução de um fim (instalação elétrica em funcionamento) e a satisfação de se dedicar a um trabalho que não lhe é imposto por imperativo de seu papel social (mesmo que o execute não pelo prazer de se ocupar com algo de que goste, mas para poupar o dinheiro que teria de pagar a um eletricista). A execução da instalação elétrica pelo eletricista é para este um trabalho que lhe proporciona gratificação mediata; em troca de executar o trabalho, o eletricista é pago pelo professor. O produto do trabalho do eletricista é usufruído pelo professor, o pagamento que este faz ao eletricista é usufruído por este na aquisição de meios para fins que não são da conta do professor. 
Para os estudos de economia interessa somente o trabalho que proporciona gratificação mediata. É somente a essa categoria de trabalho que os tratados de economia e de teoria das organizações costumam se referir. 
IDENTIDADE E TRABALHO 
Identidade é a localização do sujeito em dado mundo. A identidade é também uma experiência de metamorfose (mudança) que representa o indivíduo e o constitui. Sua construção se inicia nos primeiros dias de vida e se consolida ao longo da existência a partir do eu e da relação com o outro e também com o trabalho, pois este é um elemento da identidade do adulto. Para Dejours (1999), o trabalho permite desenvolver confiança em si mesmo e é assim que constitui a identidade. O mundo contemporâneo exige que as pessoas se identifiquem, continuamente, com algo novo, pois as mudanças no mercado de RH solicitam novas competências para manter a empregabilidade em alta. Esse contexto leva as pessoas a enfrentar mudanças em seu cotidiano e, desta forma, a reescrever suas histórias de vida e suas identidades.
O trabalho é compreendido de diferentes formas (Rosal, 2016). Na literatura encontramos autores que entenda que o trabalho é o meio necessário à sobrevivência, totalmente desvinculado do prazer. Outros o percebem como um elemento que fornece sentido à própria existência, entre tantos outros significados atribuídos. De acordo com Dejours (1998 apud LHUILIER, 2013), o trabalho ainda é o principal elo de integração e da coesão social, da identidade e da realização de si. Ao adquirir um sentido particular para cada indivíduo, revela sua dimensão subjetiva. Para Dejours (1994), o trabalho tanto pode ser fonte de prazer e um meio pelo qual ocorre a consolidação da identidade, como também pode ser fonte de adoecimento ao frustrar o prazer e as expectativas do indivíduo.
Na história o trabalho percorreu longa trajetória. Distanciando-se do predomínio das atividades até chegar às atividades mediadas pela tecnologia, característica fortemente presente nas organizações contemporâneas. As atividades eram repetitivas, as organizações se responsabilizavam pelo desenvolvimento de seus empregados, as mudanças ocorriam lentamente e os trabalhadores permaneciam por longos anos no mesmo emprego, não raro desenvolvendo a mesma atividade. 
Segundo Rosal (2016) a globalização da ecomonia trouxe profundas transformações ao trabalho. Essas mudanças econômicas, sociais, foram intensificadas a partir dos anos 1980, produzindo dinamismo e flexibilidade aos ambientes organizacionais. Lhuilier (2013) compara o trabalhador do mundo globalizado ao jogador de basquete que desempenha diversos papéis (ataca, defende, marca e bloqueia) durante uma partida, o que requer muitas habilidades ou competências. 
Dadas às características das organizações atuais, a Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) busca compreender os aspectos psicossociológicos, ocupando-se da dinâmica das organizações na sociedade em oposição à função inicial quando se restringia a selecionar o trabalhador que desempenhasse mais e melhor durante a jornada de trabalho. De acordo com Orlandini (2008 apud CAMPOS et al., 2011, p. 705).
O trabalho é fonte de desutilidade do ponto de vista econômico. Ele será preferido ao ócio unicamente na medida em que seu rendimento for mais urgentemente desejado que o gozo do ócio. Mas, à parte dessa desutilidade, que impõe ao homem o desejo de reduzir o tempo despendido em trabalho mesmo que sua capacidade de trabalhar não estivesse limitada e ele fosse capaz de trabalhar sem limites, muitas vezes surgem alguns especiais fenômenos emocionais, sentimentos de prazer e de tédio, que acompanham a execução de certos tipos de trabalho. Esse prazer e esse tédio estão ambos num domínio diferente daquele em que se encontra a desutilidade do trabalho. O prazer relacionado ao trabalho – prazer este que não deve ser confundido com gratificação imediata – não pode atenuar nem eliminar essa desutilidade. 
Segundo Dejours a organização científica do trabalho constituiu-se numa nova tecnologia de submissão e disciplinarização do corpo, geradora de exigências fisiológicas, até então desconhecidas, especialmente as exigências de tempo e ritmo de trabalho. Justifica tal assertiva afirmando que, para o operário-artesão pré-tayloriano, tudo se passava como se a atividade motora fosse regulada, modulada, repartida e equilibrada em função das suas aptidões e de seu cansaço, por meio da programação intelectual espontânea do trabalho. Em outras palavras, o corpo obedecia ao pensamento que, por sua vez, era controlado pelo aparelho psíquico, lugar do desejo e do prazer, da imaginação e dos afetos. Dessa forma, o corpo aparece como o principal ponto de impacto dos prejuízos provenientes do trabalho taylorizado, em decorrência das novas performances exigidas. 
Desse modo, não é o aparelho psíquico que aparece como vítima do sistema, mas sobretudo o corpo dócil e disciplinado, entregue sem obstáculos á injunção da organização do trabalho e á direção hierarquizada do comando: corpo sem defesa, corpo explorado,.corpo fragilizado pela privação de seu protetor natural que é o aparelho mental. 
No referencial da cooperação social, o prazer relacionado ao trabalho se manifesta quando (1) o indivíduo sente-se bem por manter uma posição na sociedade e de executar serviços que outras pessoas apreciam, seja comprando-lhe o produto, seja pagando-lhe pelo trabalho executado. O trabalhador se alegra porque tem reforçadas sua autoestima e a consciência de estar provendo seu próprio sustento e de seus dependentes sem recorrer à caridade alheia; (2) o trabalhador faz apreciação estética de sua habilidade e dos produtos desta. Não é o mero prazer contemplativo de alguém que vê o resultado do trabalho de outras pessoas, mas o orgulho de alguém em condições de dizer ‘Eu sei como fazer isso; este é o meu trabalho!’; (3) o sentimento que se segue à conclusão bem sucedida de um trabalho árduo ou desafiador, que leva o indivíduo a dizer ‘Eu consegui fazer bem esse trabalho!’; (4) o trabalho atende a algumas inclinações especiais, conscientes ou inconscientes. Fetichismo, sadomasoquismo, vontade de morrer, crueldade, sede de sangue e inúmeras outras tendências pervertidas vicejam luxuriantemente sob certos disfarces ocupacionais. 
Exceto no último caso, o prazer relacionado ao trabalho depende em boa extensão de fatores ideológicos e, igualmente por influências ideológicas, pode ser eliminado e dar lugar ao tédio ocupacional. O trabalhador começará a odiar o trabalho que executa se for persuadido de que trabalha não porque esteja atribuindo à compensação que terá por fazer renúncia temporária ao ócio valor superior ao que atribui a este, mas tão somente porque é vítima indefesa de um sistema social injusto. Observadores profundos da alma humana sempre tiveram intenção de estimular o prazer relacionado ao trabalho porque as pessoas que se sentem alegres na execução de suas tarefas tornam-se mais cordiais, reforçam suas energias e forças vitais e os laços de cooperação com seus semelhantes. Sentir-se entediadas enquanto trabalham faz as pessoas morosas e neuróticas. Mas, com respeito àsfontes volitivas para superar a desutilidade do trabalho, o papel desempenhado pelo prazer e pelo tédio é meramente acidental. Não pode haver nenhuma questão digna de análise sobre como fazer as pessoas trabalharem apenas pela mera perspectiva de sentirem prazer em fazê-lo. O prazer de se dedicar ao trabalho não substitui as compensações concretas que cabem ao trabalhador. A única maneira de induzir uma pessoa a trabalhar mais, melhor e com prazer é oferecer-lhe recompensas compatíveis; é inútil querer fisgá-la com a ideia de trabalhar meramente por prazer. 
ENTREVISTAS 
O estudo apresentará a transcrição das entrevistas coletas, conforme proposto na estrutura do trabalho escrito, onde serão apresentados os resultados em função da ordem descrita no método, iniciando-se, portanto, com as informações do funcionário com até 05 anos de trabalho, seguido pelo trabalhador com mais de 15 anos de trabalho.
METODOLOGIA DA ENTREVISTA
As entrevistas foram realizadas junto a profissionais da área de informática e segurança pública, com a aquiescência dos entrevistados. A transcrição das informações prestadas deu-se na íntegra, para garantir a máxima fidelidade à ideia dos profissionais entrevistados. Cada entrevista deve duração entre um mínimo de 20 e o máximo de 30 minutos cada.
A interferência do entrevistador foi mínima, ocorrendo quando da realização de nova pergunta ou para, esporadicamente, um redirecionamento ao assunto, quando considerado pertinente, durante a exposição de fatos ou minúcias de detalhamento que se afastassem dos objetivos principais do presente estudo. 
Ao final de cada entrevista, eram realizadas novas perguntas, com base no roteiro de questões fechadas elaboradas pela equipe de trabalho, para a obtenção de dados julgados necessários à pesquisa e para caracterização dos sujeitos entrevistados. 
ENTREVISTA 1 - FUNCIONÁRIO COM ATÉ 05 ANOS DE TRABALHO
Fale sobre a sua empresa.
(Questões relacionadas à como você chegou até essa empresa – por anuncio na internet ou indicação.) 
RESPOSTA: Conheci a empresa em que atualmente trabalho através da indicação de um amigo próximo para assumir o cargo no qual ele trabalhava, pois estava de mudança para outro cargo. 
Fale sobre o seu trabalho.
(Questões relacionadas ao tempo de serviço. E como você chegou nessa profissão. A função que exerce hoje é a que você esperava quando foi contratado pela empresa. Fale sobre as suas ferramentas de trabalho -relacionadas ao material que você usa para trabalhar, são suficientes ou precisa passar por melhorias/qualificação por parte da empresa).
RESPOSTA: Comecei a trabalhar no setor após fazer alguns cursos voltados para área da informática, é uma área na qual sempre me identifiquei. A função na qual eu exerço é exatamente na qual fui contratado, todo o material necessário foi cedido pela empresa assim que fui contratado. A empresa sempre me fornece tudo que for necessário para execução do serviço. 
Fale sobre os fatores que causam prazer e frustração no seu trabalho.
(Questões relacionadas às suas expectativas se foram alcançadas. Como você se sente? Quais as emoções, angústias e desejos presentes? Houve alguma vez em que você teve que concordar com uma decisão contra sua vontade? Por que você concordou?).
RESPOSTA: Não tinha muitas expectativas quando entrei na empresa, pois vinha de uma empresa onde fui muito frustrado, mas após um primeiro momento sinto que os objetivos iniciais foram sim alcançados e no momento estou trançando novos objetivos.
Fale sobre você e a sua empresa.
(Seus superiores hierárquicos dentro da empresa são de fácil acesso. Eles têm manifestado interesse em se manter aberto ao diálogo e mostrado que os funcionários podem buscar apoio sempre que entenderem necessário. Se é realizado algum tipo de entretenimento para facilitar o convívio e aliviar o estresse da rotina de trabalho).
RESPOSTA: Sim, o meu superior imediato é de fácil acesso e está sempre disponível para o diálogo. Ele sempre ouve sugestões e conversamos sobre se serão aproveitadas ou não.
Fale sobre as motivações que levam você a permanecer no trabalho.
(Questões relacionadas ao piso salário, aprovação da família, convívio com superiores hierárquicos – gerente, diretores, convívio com a equipe de trabalho).
RESPOSTA: O ambiente de trabalho é ótimo e isso que mais me motiva a permanecer no trabalho. 
Todos temos pessoas que não odiamos, mas não gostamos. Já aconteceu de você não gostar de algum colega de trabalho e como você lidou com ele/ela?
(Questões relacionadas ao trabalho em equipe onde as personalidades são diferentes. Falar sobre como você lida com uma pessoa que não gosta, mas que precisa interagir).
RESPOSTA: No emprego atual não tenho esse tipo relacionamento com ninguém, mas se tivesse agiria de forma natural para que o trabalho não fosse afetado de forma alguma.
Já adquiriu algum tipo de doença por conta do seu trabalho? Quais?
(Questões relacionadas a doenças ocupacionais. Se sim, nos conte qual foi à reação dos seus superiores com a notícia. Recebeu apoio da empresa? E seu colegas da equipe de trabalho como reagiram?).
RESPOSTA: Não
Conte-nos sobre como você enfrentou um problema pessoal durante o expediente de trabalho. 
(Questões relacionadas ao seu nível de profissionalismo. Se sabe separar a vida pessoal da profissional).
RESPOSTA: Os problemas pessoais eu costumo evitar de trazer para o ambiente de trabalho para não misturar as coisas. 
Conte-nos uma história sobre como você resolveu um conflito, ou desacordo, entre você e seu colega ou ex-colega de trabalho.
(Questões relacionadas a desentendimento, brigas, gritarias no ambiente de trabalho. Como resolveu a situação).
RESPOSTA: Tendo sempre resolver os problemas com uma boa conversa, em todas as situações de conflito tanto na profissional quanto no pessoal. Evitar o desgaste é a melhor saída 
Sobre a sua profissão, como a descreve aos futuros profissionais?
(Questões relacionadas à facilidade ou não das ofertas de emprego. O que vem a mente ao pensar na sua profissão futuramente, o que espera que melhore, ou seja, valorizado. Se pudesse começar de novo a carreira faria algo de diferente?)
RESPOSTA: Os profissionais de T.I. enfrentam muitos problemas, somo tratados como parte dispensável da empresa, mas hoje em dia isso já melhorou bastante e a tendência é que as pessoas entendam nós somos parte importante da máquina organizacional e a tendência é que a cada dia isso melhore ainda mais. 
ENTREVISTA 2 - FUNCIONÁRIO COM MAIS DE 15 ANOS DE TRABALHO
Fale sobre a sua empresa.
(Questões relacionadas à como você chegou até essa empresa – por anuncio na internet ou indicação)
RESPOSTA: Trabalho numa Instituição pública que tem o papel importante que é proteger o cidadão, sociedade e os bens públicos e privados, coibindo os ilícitos penais e as infrações administrativas. Ingressei na PM através de concurso público realizado em 1993 e convocado em 14 de março de 1994.
Fale sobre o seu trabalho.
(Questões relacionadas ao tempo de serviço. E como você chegou nessa profissão. A função que exerce hoje é a que você esperava quando foi contratado pela empresa. Fale sobre as suas ferramenta de trabalho - relacionadas ao material que você usa para trabalhar, são suficientes ou precisa passar por melhorias/qualificação por parte da empresa).
RESPOSTA: Ingressei na Instituição através de concurso público realizado em 1993 e convocado em 14 de março de 1994, após o Curso de Formação de Soldado – CFSd/PM com duração de 06 (seis), formado com Soldado PM, e com o passar do tempo, fui promovido às graduações de Cabo, 3º Sargento e atualmente sou 2º Sargento. Passei por várias unidades da Capital e atualmente servindo no BPRV, que tem como objetivo maior a preservação da vida, coibindo a perigosa mistura de álcool e direção, onde usamos o aparelho chamado Etilômetro (aparelho de medir a concentração de álcool etílico na corrente sanguínea de uma pessoa), muito conhecido como bafômetro, que é utilizadopara verificar se o condutor ingeriu algum tipo de bebida alcoólica, usamos também aparelho de celular chamado de talonário, que é utilizado para fazer consultas referente a veículos e condutores, também usado para notificação, em caso de inflação.
Fale sobre os fatores que causam prazer e frustração no seu trabalho.
(Questões relacionadas às suas expectativas se foram alcançadas. Como você se sente? Quais as emoções, angústias e desejos presentes? Houve alguma vez em que você teve que concordar com uma decisão contra sua vontade? Por que você concordou?).
RESPOSTA: O principal fator que me dá prazer é saber que o tipo de serviço que faço pode salvar vidas, tirando o condutor que está em estado de embriagues da direção do veículo. Minha frustração é quando tem algum tipo de acidente grave e eu não pude impedir, porque o condutor não passou a blitz que estava sendo feito por mim.
Fale sobre você e a sua empresa.
(Seus superiores hierárquicos dentro da empresa são de fácil acesso. Eles têm manifestado interesse em se manter aberto ao diálogo e mostrado que os funcionários podem buscar apoio sempre que entenderem necessário. Se é realizado algum tipo de entretenimento para facilitar o convívio e aliviar o estresse da rotina de trabalho).
RESPOSTA: Recentemente na minha unidade, houve mudança de comando, onde o atual comandante sempre procura ouvir seus subordinados, ajudando da melhor maneira possível. Esporadicamente, fazemos algum tipo de treinamento para pode ser empregado no serviço rotineiro.
Fale sobre as motivações que levam você a permanecer no trabalho. 
(Questões relacionadas ao piso salário, aprovação da família, convívio com superiores hierárquicos – gerente, diretores, convívio com a equipe de trabalho).
RESPOSTA: Sou militar por ser um sonho de criança, mas minha motivação seria melhor se o nosso piso salarial fosse no mesmo nível da Polícia Militar do Distrito Federal – PMDF, que é um sonho de muitos policiais militares. Seria ainda mais motivante, porque eu e minha esposa somos militares da mesma instituição. 
Todos temos pessoas que não odiamos, mas não gostamos. Já aconteceu de você não gostar de algum colega de trabalho e como você lidou com ele/ela?
(Questões relacionadas ao trabalho em equipe onde as personalidades são diferentes. Falar sobre como você lida com uma pessoa que não gosta, mas que precisa interagir).
RESPOSTA: Já aconteceu sim, e eu evitava passar por essa pessoa para não falar com ela.
Já adquiriu algum tipo de doença por conta do seu trabalho? Quais? 
(Questões relacionadas a doenças ocupacionais. Se sim, nos conte qual foi à reação dos seus superiores com a notícia. Recebeu apoio da empresa? E seu colegas da equipe de trabalho como reagiram?).
RESPOSTA: Tenho uma lesão no dedo grande do pé direito, devido a uma queda de motocicleta durante uma ocorrência. Na época, não foi tomado nenhum tipo de providencias por conta dos meus superiores, eu por conta própria que procurei médico e fiz exames.
Conte-nos sobre como você enfrentou um problema pessoal durante o expediente de trabalho. 
(Questões relacionadas ao seu nível de profissionalismo. Se sabe separar a vida pessoal da profissional).
RESPOSTA: A melhor maneira de se enfrentar um problema pessoal no trabalho é não levar o problema para a vida profissional, sabendo deixar cada um no seu âmbito.
Conte-nos uma história sobre como você resolveu um conflito, ou desacordo, entre você e seu colega ou ex-colega de trabalho.
(Questões relacionadas a desentendimento, brigas, gritarias no ambiente de trabalho. Como resolveu a situação).
RESPOSTA: Minha melhor resolução foi quando eu chamei a pessoa no particular para esclarecer o motivo do conflito, assim causando harmonia entre as partes. 
Sobre a sua profissão, como a descreve aos futuros profissionais?
(Questões relacionadas à facilidade ou não das ofertas de emprego. O que vem a mente ao pensar na sua profissão futuramente, o que espera que melhore, ou seja, valorizado. Se pudesse começar de novo a carreira faria algo de diferente?)
RESPOSTA: Estando a pouco tempo da minha aposentadoria, pretendo em fazer um curso superior na área de saúde, pois assim terei outra ocupação, se eu pudesse mudar, teria feito o curso na área de saúde há muito tempo atrás.
DA DISCURSÃO
Atualmente os profissionais inseridos do mercado de trabalho são identificados por características especificas. Cada trabalhador expressa seus anseios e grau de satisfação com o trabalho de forma distinta. Portanto, ainda percebe-se que o trabalhador com mais tempo de trabalho ele lança na empresa um olhar mais clínico, enquanto o recém contratado tem expectativas deslumbrantes em relação a profissão e o trabalho.
Assim, visando facilitar a análise das repostas e compreender o questionamento proposto por este estudo, elaboramos um questionário composto em 02 quadros (segue abaixo) no intuito de auxiliar na reflexão quanto ao perfil dos profissionais entrevistados, segue os 02 quadros com as especificações das características sociodemográficas, culturais, doenças e expectativas quanto ao trabalho.
Quadro 1 - Questionário – Características sociodemográficas, culturais, doenças e expectativas quanto ao trabalho - Funcionário com até 5 anos de trabalho. 
	Identificação
	Nome completo
	H. R. Pinto
	
	Endereço
	Pq. Timbira
	
	Telefone(s)
	(98) xxxx-xx53
	Sociodemográficas
	Idade: 
	29 anos
	
	Escolaridade
	3° grau completo
	
	Ocupação 
	Profissional da área de informática 
	
	Renda mensal
	R$ 1500,00
	
	Estado civil
	Solteiro
	
	Raça 
	(X) Branca () Negra () Parda () Amarela () Indígena
	Cultural
	Religião
	Não possuo uma religião definida
	Trabalho
	Profissão
	Técnico de surporte
	
	Empresa que trabalha
	xxxxxxxxTecnologia
	
	Tempo de serviço 
	1 ano e 2 meses
	Saúde 
	Doenças Ocupacionais
	( ) Sim (x ) Não
Tipo:
( )Doenças psicossociais(depressão, estresse,ataques de ansiedade, síndrome do pânico)
( )Doenças Cardíacas (Arritimia, pressão alta, paraDA cardíaca, insuficiência cardíaca, derrame)
( )Doenças músculos- esqueléticas (artrose, LER/DORT, busite, tendinite, Osteoartrite, lombalgia)
(x) Doenças de visão (catarata, desgaste da visão)
( ) Doenças de pele (Cancer de pele, dermatose, 
( )Doenças auditivas (surdez, zumbido)
( )Doenças respitatórias(asma, silicose, antracose, bissinose, siderose)
	Expectativas
	Objetivos alcançados
	()Sim (x)Não () outros
	
	Pontuação da empresa
	() Ruim () Regular () Boa (x) Excelente
	
	Pontuação da carreira
	() Ruim () Regular (x) Boa() Excelente
Com relação ao profissional do Quadro 1, onde está relacionado ao trabalhador com até 5 anos de trabalho, notamos que conheceu a empresa por indicação de amigos, mas para crescer profissionalmente teve que se adaptar ao cenário globalizado do trabalho contemporânea. Observamos ainda que o profissional mesmo tendo seus projetos iniciais alcançados, já traça novos objetivos. Quanto à empresa, o profissional não relatou ter problemas com a equipe de trabalho e ainda complementou ter livre acesso aos seus superiores, um diferencial que merece destaque. Como ponto negativo cita que dentro da empresa os profissionais da área de tecnologia da Informação são tratados como parte dispensável, lamentavelmente, tendo em vista que a ciência tecnológica e a informação são peças fundamentais da vida humana na sociedade global.
Quadro 2 - Questionário – Características sociodemográficas, culturais, doenças e expectativas quanto ao trabalho - Funcionário com mais de 15 anos de trabalho. 
	Identificação
	Nome completo
	A. J. S.D.
	
	Endereço
	São José de Ribamar/MA
	
	Telefone(s)
	(98) xxxx-xx03
	Sociodemográficas
	Idade: 
	43 anos
	
	Escolaridade
	Pós Graduado
	
	Ocupação 
	Funcionário Público
	
	Renda mensal
	5.000
	
	Estado civil
	Casado
	
	Raça 
	( ) Branca ( )Negra ( X )Parda ( )Amarela ( ) Indígena
	Cultural
	Religião
	EvangélicoTrabalho
	Profissão
	Funcionário Público
	
	Empresa que trabalha
	PM
	
	Tempo de serviço 
	24 anos e 02 meses
	Saúde 
	Doenças Ocupacionais
	( ) Sim ( X ) Não
Tipo:
( ) Doenças psicossociais (depressão, estresse, ataques de ansiedade, síndrome do pânico)
( )Doenças Cardíacas (Arritimia, pressão alta, paraDA cardíaca, insuficiência cardíaca, derrame)
( ) Doenças músculos- esqueléticas (artrose, LER/DORT, busite, tendinite, Osteoartrite, lombalgia)
( ) Doenças de visão (catarata, desgaste da visão)
( ) Doenças de pele (Cancer de pele, dermatose, 
( ) Doenças auditivas (surdez, zumbido)
( ) Doenças respitatórias (asma, silicose, antracose, bissinose, siderose)
	Expectativas
	Objetivos alcançados
	( ) Sim ( ) Não ( ) outros
	
	Pontuação da empresa
	( ) Ruim ( )Regular ( )Boa ( ) Excelente
	
	Pontuação da carreira
	( ) Ruim ( )Regular ( )Boa ( ) Excelente
Fonte: Adaptado pelos autores, 2018.
A análise feita do profissional do Quadro 2, referente ao trabalhador com mais de 15 anos de trabalho, observamos que trata-se de um funcionário público, apaixonado por sua profissão e pelo que faz. Mesmo assim sonha em parte para outra área de trabalho.
Em ambas as entrevistas foram consideradas concepções subjetivas pra justificar a importância do seu trabalho. Notamos que os entrevistados, por algum momento profissional, vivenciaram sofrimentos relacionados ao trabalho.
Rosal (2019), nos trás a reflexão que “o trabalhador hoje enfrenta como modo de trabalho operatório, que limita o agir por conta própria, o suas vontades e desejos são oprimidas”. Métodos estes que vão e encontro com os anseios e perspectivas do trabalhador globalizado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo nos mostrou que o trabalho sempre foi para o ser humano muito importante sobre vários aspectos, sendo imprescindível para subsistência. Notamos que a organização do trabalho exerce sobre o homem gerando um impacto sobre o aparelho psíquico. 
Observamos que o trabalho em diversas ocasiões exerce um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual (projetos, esperanças e desejos) e sua parcial ou total ignorância por parte da organização do trabalho. Este sofrimento de natureza mental começa quando a relação homem-trabalho é bloqueada, ou seja, o homem no trabalho já não pode fazer nenhuma modificação na sua tarefa no sentido de torná-la mais adequada as suas necessidades. 
Assim, vimos que o trabalho é muitas vezes imposto de forma que o indivíduo fica impossibilitado de aproveitar sua aptidão criativa, onde suas ideias não são consideradas dentro da empresa. Estes fatores atrofiam diversos potenciais do ser humano, que por sua vez, começa a executar seu trabalho de forma repetitiva e de certa forma, até mal remunerado, passando a conviver com a ameaça de ser substituído, motivando assim um processo de insatisfação e aborrecimento, e consequentemente uma porta aberta ao adoecimento, o desequilíbrio mental ou as doenças somáticas. Deste modo, disfarçando, mascarando ou enganando o sofrimento, o sujeito vai criando uma desestruturação que reflete na sua saúde física e mental. 
Vimos que a relação do homem com a organização do trabalho quando é favorável ao invés de ser conflituosa, é por que há um respeito e consideração pela pessoa do trabalhador, onde o trabalho por mais simples que seja é valorizado. E assim, o trabalhador rende mais na realização das suas tarefas e poderá sentir satisfação na realização de seu trabalho. 
 Com o passar da história, notamos a necessidade do homem em adaptar-se as mudanças sofridas diariamente, aproveitando as oportunidades como forma de adquirir maturidades e experiências. Foi incumbido a ele como profissional ter flexibilidades para acompanha às mudanças caso contrario ficaria obsoleto.
Como sugestão, estudos futuros poderiam centrar esforços na evolução do trabalho com a globalização com enfoque no homem biopsicossocial, ou seja, um indivíduo com necessidades físicas, psíquicas, sociais e econômicas.
REFERÊNCIAS 
Alvim, M.B. Contato e cultura organizacional: ensaio para um modelo psicológico de análise organizacional na perspectiva da abordagem gestáltica. 2000. 263 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília-UnB, Brasília.
A Fenomenologia de Husserl. Apontamentos sobre fenomenologia husserliana. Disponível em: < http://www.psicologiamsn.com/2012/04/fenomenologia-de-husserl.html>. Acesso em: 06 mai. 2018.
 A relação das pessoas com o trabalho: algumas implicações para projetos de (re)estruturação de organizações. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/266675934_A_relacao_das_pessoas_com_o_trabalho_algumas_implicacoes_para_projetos_de_reestruturacao_de_organizacoes>. Acesso em: 05 mai. 2018.
CAMPOS, Keli Cristina de Lara et al. Psicologia Organizacional e do trabalho – Retrato de produção científica na última década. Psicologia: ciência e profissão, v. 31, n. 4, p. 702-717, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v31n4/v31n4a04>. Acesso em: 06 mai. 2018.
Codo, W; Sampaio; J.J.C.; Hitomi, A.H. Indivíduo, trabalho e sofrimento. Petrópolis: Vozes, 1992.
DEJOURS, Christophe. A sublimação, entre sofrimento e prazer no trabalho. Revista
Portuguesa de Psicanálise, v. 33, n. 2, p. 9-28, 2013. Disponível em: <http://sppsicanalise. pt/wp-content/uploads/2014/04/SUBLIMA%C3%87%C3%83O-ENTRE-SOFRIMENTOE-PRAZER-NO-TRABALHO.pdf>. Acesso em: 06 mai. 2018.
DEJOURS, C. Entre o desespero e a esperança: como reencantar o trabalho? Entrevista à revista Cult. Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/reencantaro-trabalho/>. Acesso em 01 mai. 2018.
LHUILIER, D. (2013). Trabalho. Psicologia & Sociedade, v. 25, n. 3, p. 483-492, 2013.
Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerpsicsoc/ojs2/index.php/seerpsicsoc/article/
view/3642/2260>. Acesso em: 05 mai. 2018.
Mowday, R.; Steers, R.; Porter, L. The measurement of organizational commitment. 
Journal of Vocational Psychology, v. 14, p. 224-247, 1979.
ROSAL, A. S. R. Psicologia aplicada à saúde. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. 216 p.
WANDELLI, L. Da psicodinâmica do trabalho ao direito fundamental ao conteúdo do
próprio trabalho e ao meio ambiente organizacional saudável. Revista Eletrônica do
Curso de Direito. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
revistadireito/article/view/19239/pdf#.VjzmwrerR1s>. Acesso em: 06 mai. 2018.
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO 
	Identificação
	Nome completo
	
	
	Endereço
	
	
	Telefone(s)
	
	Sociodemográficas
	Idade: 
	
	
	Escolaridade
	
	
	Ocupação 
	
	
	Renda mensal
	
	
	Estado civil
	
	
	Raça 
	( ) Branca ( )Negra ( )Parda ( )Amarela ( ) Indígena
	Cultural
	Religião
	
	Trabalho
	Profissão
	
	
	Empresa que trabalha
	
	
	Tempo de serviço 
	
	Saúde 
	Doenças Ocupacionais
	( ) Sim ( ) Não
Tipo:
( ) Doenças psicossociais (depressão, estresse, ataques de ansiedade, síndrome do pânico)
( )Doenças Cardíacas (Arritimia, pressão alta, paraDA cardíaca, insuficiência cardíaca, derrame)
( ) Doenças músculos- esqueléticas (artrose, LER/DORT, busite, tendinite, Osteoartrite, lombalgia)
( ) Doenças de visão (catarata, desgaste da visão)
( ) Doenças de pele (Cancer de pele, dermatose, 
( ) Doenças auditivas (surdez, zumbido)
( ) Doenças respitatórias (asma, silicose, antracose, bissinose, siderose)
	Expectativas
	Objetivos alcançados
	( ) Sim ( ) Não ( ) outros
	
	Pontuação da empresa
	( ) Ruim ( )Regular ( )Boa ( ) Excelente
	
	Pontuação da carreira
	( ) Ruim ( )Regular ( )Boa ( ) Excelente
  
APÊNDICE B - ROTEIRO DE ENTREVISTA 
Fale sobre a sua empresa.
(Questões relacionadas à como você chegou até essa empresa – por anuncio na internet ou indicação)
RESPOSTA:
Fale sobre o seu trabalho.
(Questõesrelacionadas ao tempo de serviço. E como você chegou nessa profissão. A função que exerce hoje é a que você esperava quando foi contratado pela empresa. Fale sobre as suas ferramenta de trabalho (relacionadas ao material que você usa para trabalhar – tecnologias (acesso a internet, sistemas de computadores...), veículos, se são suficientes ou precisa passar por melhorias/qualificação por parte da empresa).
RESPOSTA:
Fale sobre os fatores que causam prazer e frustração no seu trabalho.
(Questões relacionadas às suas expectativas, se foram alcançadas. Como você se sente? Quais as emoções, angústias e desejos presentes? Houve alguma vez em que você teve que concordar com uma decisão contra sua vontade? Por que você concordou?).
RESPOSTA:
Fale sobre você e a sua empresa.
(Seus superiores hierárquicos dentro da empresa são de fácil acesso. Eles têm manifestado interesse em se manter aberto ao diálogo e mostrado que os funcionários podem buscar apoio sempre que entenderem necessário. Se é realizado algum tipo de entretenimento para facilitar o convívio e aliviar o estresse da rotina de trabalho).
RESPOSTA:
Fale sobre as motivações que levam você a permanecer no trabalho. 
(Questões relacionadas ao piso salário, aprovação da família, convívio com superiores hierárquicos – gerente, diretores, convívio com a equipe de trabalho).
RESPOSTA:
Todos temos pessoas que não odiamos, mas não gostamos. Já aconteceu de você não gostar de algum colega de trabalho e como você lidou com ele/ela?
(Questões relacionadas ao trabalho em equipe onde as personalidades são diferentes. Falar sobre como você lida com uma pessoa que não gosta, mas que precisa interagir).
RESPOSTA:
Já adquiriu algum tipo de doença por conta do seu trabalho? Quais? 
(Questões relacionadas a doenças ocupacionais. Se sim, nos conte qual foi à reação dos seus superiores com a notícia. Recebeu apoio da empresa? E seu colegas da equipe de trabalho como reagiram?).
RESPOSTA:
Conte-nos sobre como você enfrentou um problema pessoal durante o expediente de trabalho.
(Questões relacionadas ao seu nível de profissionalismo. Se sabe parar a vida pessoal da profissional).
RESPOSTA:
Conte-nos uma história sobre como você resolveu um conflito, ou desacordo, entre você e seu colega ou ex-colega de trabalho.
(Questões relacionadas a desentendimento, brigas, gritarias no ambiente de trabalho. Como resolveu a situação).
RESPOSTA:
Sobre a sua profissão, como a descreve aos futuros profissionais?
(Questões relacionadas à facilidade ou não das ofertas de emprego. O que vem a mente ao pensar na sua profissão futuramente, o que espera que melhore, ou seja, valorizado. Se pudesse começar de novo a carreira faria algo de diferente?)
RESPOSTA:

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