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Avaliação do Somatotipo


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1 
 
TEXTO 6 
AVALIAÇÃO DO SOMATÓTIPO 
 
 A análise do somatótipo constitui-se em um recurso extremamente útil 
direcionado à detecção e ao acompanhamento das repercussões associadas à variação da 
forma corporal que podem surgir em razão dos processos de crescimento físico e de 
maturação biológica e na monitoração das adaptações de cunho morfológico 
provenientes de intervenções dietéticas e de programas de exercícios físicos. 
 Em linhas gerais, o somatótipo caracteriza-se como técnica derivada da área 
biotipológica voltada à descrição e à interpretação da configuração morfológica exterior 
ou da complexão física apresentada pelo avaliado na classificação de seu tipo físico. 
 
Correntes biotipológicas 
 
 O interesse e a necessidade em classificar o tipo físico de acordo com a forma 
corporal vêm desde dos tempos da Grécia Antiga. A primeira proposta de classificação 
do tipo físico de que se tem conhecimento parece ter sido apresentada por Hipócrates 
(460 - 370 a.C.) sob duas denominações básicas: habitus ptisicus (sujeito magro, com 
predominância do eixo longitudinal, de cor pálida e com tendência à introversão) e 
habitus apopleticus
 (sujeito com formas de predomínio do eixo transversal, tronco em 
proporções iguais ou maiores que os membros, musculoso, de cor avermelhada e com 
comportamento ativo e extrovertido. As classificações dos tipos físicos eram alicerçadas 
em observações e conceitos baseados em pressupostos filosóficos em que predominava 
o empirismo típico da época). 
 Desde então, a preocupação em classificar biotipologicamente o corpo humano 
tem despertado enorme atenção dos estudiosos da área. Contudo, somente no início do 
século XX surgiram as primeiras definições científicas voltadas à distinção dos 
diferentes tipos físicos. Nessa época, de acordo com os indicadores utilizados na 
classificação do tipo físico (anatômico, somático, psíquico ou somático-psíquico) 
podem-se identificar diferentes correntes de classificação biotipológica. Em razão da 
nacionalidade de seus idealizadores, estas correntes biotipológicas também são 
denominadas por escola francesa, escola italiana e escola alemã. 
 A corrente biotipológica com base em elementos anatômicos foi desenvolvida 
por volta de 1910 pelo francês Sigaud e procura descrever quatro tipos básicos, 
determinados pelo predomínio das regiões cefálica, torácica ou abdominal � é a escola 
francesa: 
Tipo respiratório: 
 
Tipo digestivo: 
 
Tipo muscular: 
Tipo cerebral: 
tórax dominando o abdome, com predominância da 
porção média da face; 
abdome dominando o tórax e maior projeção da 
porção inferior da face; 
tronco e face proporcionalmente desenvolvidos; e 
predomínio dos membros, da caixa craniana e da 
porção superior da face. 
 
Baseando-se em eventuais associações entre as incidências e os agravos de 
disfunções psíquicas e a forma do corpo, o psiquiatra alemão Ernst Kretschmer, em 
1926, sugeriu nova classificação do tipo físico como resultado da observação dos 
hábitos e do caráter psíquico dos pacientes � é a escola alemã. Inicialmente sua 
classificação contemplava três tipos físicos: 
 2 
Leptossônico: 
 
 
Pícnico: 
 
 
 
Atlético: 
elevada estatura, magro, ombros estreitos, 
temperamento introvertido, distante da realidade, 
metafísico, com tendência à esquizofrenia; 
elevado peso corporal, musculatura flácida, tórax e 
abdome largos e profundos, temperamento 
extrovertido, realista, espontâneo, com tendência à 
psicose maníaco-depressiva; e 
tipo físico harmoniosamente proporcional, 
esqueleto bem desenvolvido, musculoso, com 
temperamento que tende a evoluir para a epilepsia. 
 
 Na seqüência, passou-se a aceitar um quarto tipo físico, considerado patológico: 
 
Displásico: sujeito atípico, disforme, temperamento com 
tendência à oligofrenia. 
 
 A terceira corrente biotipológica, surgida em 1933 e fundamentada em medidas 
antropométricas, tem como principal representante o pesquisador italiano Viola. Por 
este método, tendo como referência a estatura, desenvolvem-se análises comparativas 
entre as dimensões antropométricas associadas ao tronco e aos membros e definem-se 
três tipos morfológicos � é a escola italiana: 
Normolíneo: 
 
Brevilíneo: 
 
Longilíneo: 
desenvolvimento harmônico entre as dimensões do 
tronco e dos membros; 
predomínio das dimensões do tronco sobre as dos 
membros; e 
predomínio das dimensões dos membros sobre as 
do tronco. 
 
 Com base em adaptações nos métodos propostos por Viola, Nicola Pende, outro 
estudioso italiano, criou novo método antropométrico de classificação do tipo físico. Por 
este método, admite-se que a forma corporal é resultado de componentes genéticos 
(herança morfológica, fisiológica e psicológica) associados ao ambiente, dos quais 
surgem quatro grupos de tipos físicos fundamentais: 
Longilíneo estênico: 
 
 
 
 
Longilíneo astênico: 
 
 
 
 
Brevilíneo estênico: 
 
 
Brevilíneo astênico: 
 
estatura e peso corporal discretamente inferiores à 
média, magro, esqueleto e musculatura 
desenvolvida, predomínio das dimensões do tronco 
sobre as dos membros, crânio mesocéfalo ou 
braquicéfalo; 
estatura superior ou inferior à média, peso corporal 
deficiente, músculos e esqueleto frágeis, 
predomínio das dimensões dos membros 
(sobretudo dos membros inferiores, sobre as do 
tronco), tórax e abdome achatados; 
estatura inferior à média, peso corporal elevado, 
esqueleto e musculatura desenvolvidos, tronco 
largo e maciço, membros inferiores curtos; e 
estatura superior ou inferior à média, peso corporal 
elevado, menores dimensões dos membros 
inferiores, tronco curto, abdome grande, tecido 
adiposo abundante, flácido, atônico. 
 3 
 
Surgimento e evolução do somatótipo 
 
 Grande avanço na área da biotipologia humana ocorreu na década de 1940, 
quando Sheldon e sua equipe propuseram nova classificação do tipo físico com base na 
origem embrionária dos tecidos. Esta nova proposta surgiu de estudos que visavam a 
classificar grande número de sujeitos nos tipos físicos sugeridos pelas escolas alemã e 
italiana. Destes, após o tratamento recomendado das informações, não foi possível 
classificar mais que um pequeno número de sujeitos como pertencentes nitidamente a 
determinado tipo físico. Na grande maioria dos sujeitos analisados constatou-se grande 
miscelânea de características atribuídas aos diferentes tipos físicos até então 
preconizados. Em vista disso, prontamente levantou-se a hipótese de que, embora 
possam existir tipos físicos básicos, um mesmo sujeito pode apresentar simultaneamente 
quantidades variadas ou características comuns aos diferentes tipos físicos 16. 
Essas evidências permitiram estabelecer o conceito de que enquadrar qualquer 
sujeito em determinado tipo físico específico pode ocasionar graves deturpações de 
classificação. Em assim sendo, na tentativa de minimizar eventuais distorções de 
interpretação recomendou-se a utilização de uma escala de medida na identificação de 
cada um dos tipos físicos. 
Com base nesses novos conhecimentos surgiu o termo “somatótipo” �
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a princípio como “quantificação dos três componentes primários, voltados à 
determinação da estrutura morfológica do sujeito expresso em uma série seqüencial de 
três numerais em uma mesma ordem e separados por hífen, em que o primeiro refere-se 
à endomorfia, o segundo à mesomorfia, e o terceiro à ectomorfia”. 
A denominação dos três componentes primários na determinação do somatótipo 
foi derivada das três camadas do embrião: endoderme, mesoderme e ectoderme. A 
endomorfia relaciona-se à participação da adiposidade no estabelecimento do tipo 
físico, a mesomorfia reflete a influência do desenvolvimento músculo-esquelético e a 
ectomorfia traduz o envolvimento do aspecto delinearidade relativa do tipo físico. 
Originalmente, admitia-se a existência de relação entre a tendência comportamental e os 
componentes primários, mas nenhuma influência de atributos associados ao ambiente 
no perfil somatotipológico. 
O surgimento do somatótipo tornou disponível nova opção de classificação do 
tipo físico por meio de uma escala numérica contínua, o que, até então, era realizado por 
intermédio de julgamento empírico. Conseqüentemente, os alicerces da técnica do 
somatótipo baseiam-se no quanto cada avaliado apresenta de endomorfismo, 
mesomorfismo e ectomorfismo. Por exemplo: admitindo um somatótipo equivalente à 
seqüência numérica 4-3-1, as características morfológicas associadas à endomorfia (4) 
tornam-se predominantes e acompanhadas das características morfológicas relacionadas 
à mesomorfia (3) e à ectomorfia (1). 
A maior inovação na proposta do somatótipo refere-se, de maneira contrária ao 
que as técnicas anteriores sugeriam, ao fato de que de seus procedimentos não resultam 
de categorias mutuamente exclusivas. Neste caso, cada avaliado é classificado nos três 
componentes simultaneamente, porém com intensidade de participação variável de cada 
um deles. Assim sendo, o numeral equivalente a um componente apresentado 
isoladamente não informa as características do somatótipo, por isso é necessário obter 
os três numerais para conhecer e interpretar a morfologia do avaliado. 
O método proposto pela equipe de Sheldon para determinação do somatótipo 
consiste em fotografar o avaliado com a técnica definida em três planos: frontal, dorsal 
e lateral. Depois, com os negativos das fotos procede-se à divisão do corpo em cinco 
 4 
regiões (cabeça e pescoço, tórax, membros superiores, abdome e membros inferiores) e 
estabelecem-se 17 medidas expressas em porcentagem da estatura. Este conjunto de 
procedimentos fotoscópico denomina-se de somatoscopia. 
Para a interpretação dos resultados busca-se pontuar cada um dos componentes 
com uma escala de medida que oscila entre valores inteiros de 1 a 7, conforme sua 
predominância, limitando-se a soma dos três componentes a uma variação entre 9 e 12 
pontos com base nos modelos contidos em um atlas de tipos físicos idealizado pelos 
autores da proposta. Deste modo, com fulcro nas combinações dos valores atribuídos a 
cada um dos componentes do somatótipo torna-se possível identificar o tipo físico que 
mais proximamente atende às formas corpóreas apresentadas pelo avaliado. A figura 
6.63 procura ilustrar dois modelos de somatótipos contidos no atlas de tipo físico: 
 
 
INSERIR FIGURA 6.63 
 
Figura 6.63 � ������������fffi���flffffi� �fl!#" ótipo 2-1-7 (A) e 1-7-1 (B) contidos no atlas do tipo 
físico. Adaptado de Sheldon 16 
 
A proposição do atlas de tipos físicos, o que se denominou Atlas Humano, 
baseia-se em levantamento fotoscópico realizado em aproximadamente 4 mil sujeitos. 
No entanto, apesar de ser possível reunir um conjunto bastante numeroso de opções 
teóricas de somatótipos (73 = 343), na realidade o atlas originalmente proposto faz 
menção à existência de apenas 76 somatótipos possíveis. Posteriormente, nova versão 
do atlas de tipos físicos, que procurava contemplar mais detalhadamente os tipos físicos 
de crianças e adolescentes, refere-se a 107 possibilidades de somatótipos. 
Com o passar dos anos, em razão da complexidade com que os componentes do 
somatótipo vinham sen $�%'& (*),+#-.&0/�&01�2�$3%4(65 7'8�9.:;:=<?>�@�>�AB>�C.DFEHGI9�Jfl:0C�EI7�DLK�:;A0M�E,7ON09PD*E,7Q:
demanda elevada de tempo, além das possíveis deficiências na coleta e análise das 
informações e, principalmente, estabelecia limites de variação para cada componente 
entre 1 e 7, o que não se apl R�S�TUTLV,W3X�W�YZW�YZT#[4T0\HR�T0X�W�YZ]^[ árias outras propostas foram 
desenvolvidas com o fim de simplificar o método idealizado inicialmente por Sheldon e 
oferecer maior praticidade e objetividade à técnica. 
 A proposta de Cureton sugere estabelecer os componentes do somatótipo com 
uma combinação de fotografias, palpação da musculatura e informações quanto às 
medidas de força muscular e de capacidade vital do avaliado 3. Na seqüência, Hooton 
elimina o limite máximo de 9 a 12 pontos para o somatório dos três componentes 
somatotipológicos 12. Parnel sugeriu um procedimento denominado de Carta de 
Derivação M4, que adicionava o uso de medidas antropométricas 14. Heath, baseando-se 
nas seguidas modificações sugeridas com o fim de atender às limitações do método 
sheldiano e em suas próprias investigações de campo, promoveu sucessivas e profundas 
modificações nos conceitos e nos procedimentos até então associados ao somatótipo 9 e, 
em colaboração com Carter, propôs e validou uma metodologia inovadora que permitia 
até mesmo a determinação do somatótipo com o uso exclusivo de medidas 
antropométricas 10. 
 O método para determinação do somatótipo proposto por Heath a Carter, no 
que se refere à coleta e ao tratamento das informações, em comparação com os demais 
métodos, torna-se extremamente vantajoso. Em vista disso, tem sido amplamente aceito 
e utilizado em larga escala na área da educação física. 
 
 5 
Método antropométrico de Heath-Carter 
 
 Diferentemente dos conceitos apresentados por outras propostas, o método 
antropométrico de Heath-Carter admite influência significativa de fatores exógenos na 
determinação do somatótipo. Enquanto as demais propostas preconizam que as 
características somatotipológicas são estabelecidas exclusivamente por indicadores 
genéticos, o método antropométrico oferece maior ênfase ao fenótipo ou às 
propriedades visíveis do organismo resultantes da interação entre o genótipo e as 
condições ambientais, sobretudo a alimentação e a atividade física. Assim, seus 
idealizadores abandonaram a perspectiva de um tipo físico fixo ao longo de toda a vida 
e passaram a sustentar o conceito associado à instabilidade e à plasticidade da 
morfologia humana. 
 Em conseqüência dessas modificações conceituais, o somatótipo passou a ser 
definido como a “descrição quantitativa da configuração morfológica presente”, ou seja, 
o tipo físico do avaliado, naquele dado momento, que pode traduzir, com particular 
propriedade, eventuais modificações que porventura possam vir a ocorrer, induzidas, 
por exemplo, pela maturação biológica, pelos hábitos alimentares ou pela prática de 
atividades físicas. 
 Outra diferença acentuada entre os procedimentos sugeridos por Heath-Carter e 
os demais métodos refere-se à escala de medida que procura quantificar os três 
componentes. Os métodos anteriormente propostos preconizam uma escala de medida 
idêntica à da versão original (valores inteiros entre 1 e 7); contudo, em segmentos 
específicos da população este procedimento pode apresentar baixa capacidade 
discriminatória, e o limite máximo de 7 unidades torna-se insuficiente para a 
classificação dos tipos morfológicos extremos. Assim, o método de Heath-Carter sugere 
abertura unilateral das escalas de medida, que se inicia no ponto zero, sem limite 
máximo definido, e envolve definições decimais de medida. Esta modificação descarta 
os limites de 9 e 12 unidades para a soma dos três componentes. 
 Embora o método sugerido por Heath-Carter possa ser operacionalizado por 
meio de três procedimentos _a`Ibdceb3f�g áfico, antropométrico e combinação de ambos —, 
a determinação do somatótipo com o uso das medidas antropométricas torna-se 
extremamente vantajosa, considerando a rapidez e a simplicidade na coleta das 
informações, a agilidade nos cálculos matemáticos dos componentes e, 
fundamentalmente, a maior aceitação dos avaliados quando submetidos aos seus 
procedimentos. No entanto, para que estas vantagens possam ser realmente desfrutadas, 
as medidas antropométricas devem ser realizadas de maneira rigorosamente acurada 
segundo o protocolo proposto, e os modelos matemáticos idealizados para cálculodos 
componentes devem ser aplicados com a maior definição de medida possível. 
 
Protocolo das medidas antropométricas 
 A determinação do somatótipo mediante os procedimentos antropométricos 
deverá solicitar o envolvimento de 10 medidas antropométricas: 
 
Estatura (cm) 
Peso corporal (kg) 
Espessuras de dobras cutâneas (mm) 
 Tricipital 
 Subescapular 
 Supra-ilíaca 
 Perna medial 
 6 
Diâmetros ósseos 
 Biepicondilar do úmero 
 Biepicondilar do fêmur 
Perímetros 
 Braço flexionado e tenso 
 Perna medial 
 
 As informações com relação aos instrumentos de medida a serem utilizados 
quando da coleta das informações antropométricas são apresentadas na tabela 6.28. Em 
razão de as características dos compassos disponíveis para realização das medidas de 
espessura das dobras cutâneas influenciarem em suas dimensões, chama-se a atenção 
para o tipo de compasso preconizado para a utilização nos cálculos do somatótipo 
(compasso do tipo Lange). 
 hjilk4m�n�ipo
q rtsvu wIxPy
ze{
|�}fl~lx3zI�y€�~p}fl~0€.‚�€�ƒ„|�z…‚�†‡‚‰ˆ ƒ�€��yŁx.ƒŒ‹�3†�~#z,ƒ€�ƒdyŽ‚�x.I {I}flƒ ções 
antropométricas associadas ao somatótipo: 
 
Dimensões 
antropométricas 
Instrumentos de 
medida 
Definições de 
medidas 
Estatura 
Peso corporal 
Espessuras de dobras cutâneas 
Diâmetros ósseos 
Perímetros 
Estadiômetro 
Balança antropométrica 
Compasso específico Lange 
Compasso de barras 
Fita métrica flexível não-elástica 
0,1cm 
100g 
1mm 
0,1cm 
0,1cm 
 
 Os procedimentos a serem adotados quando da realização das medidas 
antropométricas foram detalhadamente descritos no capítulo referente à avaliação do 
crescimento físico (Capítulo 2). No entanto, optou-se por retomar a descrição das 
técnicas de medidas em razão de particularidades metodológicas observadas 
especificamente quando da determinação do somatótipo. 
 Para a realização das medidas antropométricas, o avaliado deverá estar descalço 
e com o mínimo de roupas possível, quando for o caso, sobre a pele nua. 
 Em relação à medida da estatura, esta deverá ser realizada com o avaliado 
posicionado em pé, de forma ereta, os membros superiores pendentes ao lado do corpo, 
os pés unidos e as superfícies posteriores dos calcanhares, das nádegas, da cintura 
escapular e da região occipital em contato com a escala de medida. No momento de 
definição da medida, o avaliado deverá colocar-se em inspiração máxima, acompanhada 
da melhor postura corporal, o peso corporal distribuído igualmente sobre ambos os pés e 
a cabeça orientada no plano de Frankfurt paralelo ao solo, procurando alcançar sua 
estatura máxima  ‘
’�“ ”�•
–Z—t˜ —�™.–3˜ 
 Para a medida do peso corporal, o avaliado deverá colocar-se em pé, no centro 
da plataforma da balança, em posição ereta, de costas para a escala de medida, os 
membros superiores pendentes ao lado do corpo, os pés afastados à largura dos quadris, 
o peso distribuído igualmente em ambos os pés e o olhar em um ponto fixo à sua frente 
de modo a evitar oscilações na leitura da medida š›‘
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INSERIR FIGURA 6.64 
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²,¯#²H³�´F¯Z«Z­�«¶µ4«d°ffi·¹¸�· ´…µ.· ´
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para os cálculos do somatótipo. 
 7 
 
 No que se refere às medidas de espessura das dobras cutâneas, com exceção da 
medida observada na região da perna medial, as demais deverão ser realizadas com o 
avaliado em pé, em posição ereta, os membros superiores pendentes ao lado do corpo, 
os pés afastados à mesma distância dos quadris, o peso corporal distribuído igualmente 
em ambos os pés e a cabeça orientada no plano de Frankfurt. 
 Na região tricipital, a dobra cutânea deverá ser definida paralelamente ao eixo 
longitudinal do braço em sua face posterior, na distância média entre o bordo súpero-
lateral do acrômio e o processo do olécrano da ulna. A dobra cutânea equivalente à 
região subescapular deverá ser definida cerca de 1cm abaixo do ângulo inferior da 
escápula, obliquamente ao eixo longitudinal, no sentido descendente e lateral formando 
ângulo de aproximadamente 45o, o que equivale à orientação dos arcos costais. Para a 
medida de espessura da dobra cutânea aferida na região supra-ilíaca, o avaliado deverá 
ser instruído a posicionar a mão direita sobre a cabeça e a realizar uma inspiração 
média. A dobra cutânea deverá ser definida cerca de 3 a 5cm acima da espinha ilíaca 
ântero-superior direita, na altura do prolongamento da linha axilar anterior, de modo a 
acompanhar o sentido oblíquo ao eixo longitudinal do corpo de aproximadamente 45o. 
Por outro lado, para a medida de espessura da dobra cutânea na região da perna medial, 
o avaliado deverá posicionar-se sentado, com os joelhos flexionados de modo que a 
perna e a coxa formem um ângulo próximo a 90o, e os pés não-apoiados no solo. A 
dobra cutânea deverá ser destacada medialmente à altura da maior circunferência 
longitudinal da perna, de modo que venha a acompanhar o sentido paralelo ao eixo 
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INSERIR FIGURA 6.65 
 
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ção anatômica e medidas de espessuras das dobras cutâneas 
tricipital, subescapular, supra-ilíaca e da perna medial direcionadas aos cálculos do 
somatótipo. 
 
 Para a medida do diâmetro biepicondilar do fêmur, o avaliado deverá colocar-se 
em posição idêntica àquela estabelecida para a medida de espessura da dobra cutânea da 
perna medial. As pontas das hastes do compasso deverão ser ajustadas e pressionadas à 
altura dos pontos aparentes mais mediais e laterais dos côndilos femorais. No caso do 
diâmetro biepicondilar do úmero, o avaliado deverá posicionar-se sentado, o braço 
estendido horizontalmente à frente à altura do ombro, o antebraço elevado com o 
cotovelo e o ombro em flexão de 90o, a palma da mão voltada para o rosto. A medida 
corresponde à distância projetada entre os bordos mais extremos dos epicôndilos umeral 
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INSERIR FIGURA 6.66 
 
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ção anatômica e medidas dos diâmetros biepicondilar do fêmur 
e do úmero direcionadas aos cálculos do somatótipo. 
 
 8 
 Quanto à medida de perímetro do braço, o avaliado deverá coloca-se em pé, o 
braço direito elevado à frente à altura do ombro, o antebraço supinado e os cotovelo e os 
ombros fletidos em 90o. Com a mão esquerda segura internamente o punho direito, de 
modo a opor resistência a este, enquanto realiza contração isométrica máxima da 
musculatura flexora do braço. A medida deverá ser definida no ponto de maior 
circunferência perpendicular ao eixo longitudinal do braço. Para a medida do perímetro 
da perna medial, o avaliado também se posiciona em pé, em posição ereta, os membros 
superiores pendentes ao lado do corpo, a cabeça orientada no plano de Frankfurt e o 
peso corporal igualmente distribuído entre ambos os pés afastados à mesma distância 
dos quadris. A fita métrica deverá ser posicionada à altura da região geminal, no ponto 
de seu maior volume transverso, de modo que fique paralela ao solo e perpendicular ao 
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INSERIR FIGURA 6.67 
 
 
Figura 6.67 � ����� þ
	�ú�� þ ção anatômica e medidas de perímetro do braço flexionado 
tenso e da perna medial direcionadas aos cálculos do somatótipo. 
 
Cálculo dos componentes somatotipológicos 
 Os procedimentos quanto aos cálculos dos três componentes associados ao 
somatótipo antropométrico podem ser desenvolvidos com o uso de tabelas construídas 
especificamente para essa finalidade ou por intermédio da utilização de equações de 
regressão. Se, por um lado, o métodotabular evita o envolvimento de recursos 
matemáticos mais complexos, por outro se torna uma tarefa extremamente exaustiva �
sobretudo quando existe grande número de avaliados a serem acompanhados � 
apresenta limitações quanto à capacidade discriminatória de seus resultados tendo em 
vista que apresenta valores com definição de apenas 0,5 unidade de medida e em 
amplitude de variação previamente estabelecida: endomorfia de 1 a 12, mesomorfia de 
0,5 a 9 e ectomorfia de 0,5 a 9 unidades somatotipológicas. 
 No entanto, mais recentemente, com a maior aplicação e disseminação dos 
recursos da microinformática no campo da educação física, a utilização de equações de 
regressão passou a simplificar sobremaneira a determinação dos componentes do 
somatótipo e a potencializar a precisão de seus cálculos. Desta forma, de acordo com a 
disponibilidade de recursos, o avaliador poderá recorrer a um ou a outro método, mas 
deverá ter sempre em mente eventuais limitações associadas ao método tabular. Na 
tentativa de tornar o método tabular mais acessível, os idealizadores da técnica 
antropométrica para o cálculo do somatótipo propuseram instrumento específico para 
esta finalidade ��� ú�û ü�ý
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INSERIR FIGURA 6.68 
 
 
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� ífico para o cálculo dos componentes do somatótipo pelo 
método tabular. 
 
 9 
 Para o cálculo do componente endomorfo, o primeiro passo é realizar o 
somatório das espessuras das dobras cutâneas medidas nas regiões tricipital, 
subescapular e supra-ilíaca. Posteriormente, estabelece-se a correção desse valor 
mediante a estratégia de proporcionalidade corporal com o fim de evitar viés ao 
comparar avaliados que apresentam diferentes estaturas. Para tanto, recorre-se à relação 
matemática: 
 
 170,18 
Xc = ∑dc (-------------) 
 Estatura 
em que: 
Xc : 
 
∑dc : 
 
Estatura : 
170,18 : 
 
somatório das espessuras de dobras cutâneas corrigido pela estatura do 
avaliado; 
somatório das espessuras de dobras cutâneas medidas nas regiões 
tricipital, subescapular e supra-ilíaca (mm); 
medida de estatura do avaliado (cm); e 
constante correspondente à estatura do modelo teórico de referência 
Phantom.
 
 
 De acordo com o método tabular, para estabelecer a magnitude do componente 
de endomorfia o valor correspondente a Xc deverá ser lido na tabela de valores 
padronizados fl ffi �"!�#%$&�('�) *�+�) 
No caso de se optar pelo cálculo do componente de endomorfia mediante a 
utilização da equação de regressão, recorre-se ao modelo matemático: 
 
Endo = 0,1451(Xc) – 0,00068(Xc)2 + 0,0000014 (Xc)3 + 0,7182 
 ,
�-!.#/$0�1'2) *�+43 576/809;:=<?>@</ACB�DFE.6/80<-G�H <?>@6%9
componente de endomorfia de acordo com o 
somatório das espessuras de dobras cutâneas corrigido pela estatura do avaliado (Xc): 
 
Somatório das espessuras de dobras 
cutâneas corrigido pela estatura 
Dimensão do componente 
de endomorfia 
7,0 - 10,9 
11,0 - 14,9 
15,0 - 18,9 
19,0 - 22,9 
23,0 - 26,9 
27,0 - 31,2 
31,3 - 35,8 
35,9 - 40,7 
40,8 - 46,2 
46,3 - 52,2 
52,3 - 58,7 
58,8 - 65,7 
65,8 - 73,2 
73,3 - 81,2 
81,3 - 89,7 
89,8 - 98,9 
99,0 - 08,9 
109,0 - 119,7 
0,5 
1,0 
1,5 
2,0 
2,5 
3,0 
3,5 
4,0 
4,5 
5,0 
5,5 
6,0 
6,5 
7,0 
7,5 
8,0 
8,5 
9,0 
 10 
119,8 - 131,2 
131,3 - 143,7 
143,8 - 157,2 
157,3 - 171,9 
172,0 - 187,9 
188,0 - 204,0 
9,5 
10,0 
10,5 
11,0 
11,5 
12,0 
 
 Quanto ao cálculo do componente mesomorfo, inicialmente faz-se o ajuste para 
as medidas de perímetros. Estes ajustes são sugeridos com o fim de minimizar a 
participação da gordura corporal localizada nos tecidos subcutâneos nas medidas dos 
perímetros para melhor representar o desenvolvimento músculo-esquelético. Para tanto, 
devem-se subtrair as medidas equivalentes às espessuras das dobras cutâneas IKJ;L�MON&P�Q
R
nas regiões tricipital e da perna medial I PSQ?RUT=V?R=W.V/X-MYN[Z.Q?R]\]V%P�N0PSQ?RUQ
R^R^J�X?N&Q%PSQ?RUQ/JSR
perímetros do braço flexionado e tenso e da perna medial. Chama-se a atenção para a 
necessidade de estabelecer equivalências quanto às medidas de espessura das dobras 
cutâneas e de perímetros. Neste caso, as medidas de espessura das dobras cutâneas 
deverão ser expressas em cm: 
 
PBTajustado = PBT – DCTR 
 
PPMajustado = PPM – DCPM 
 em que: 
PBTajustado: 
PBT: 
DCTR: 
PPMajustado: 
PPM: 
DCPM: 
perímetro ajustado do braço flexionado e tenso (cm); 
perímetro do braço flexionado e tenso (cm); 
espessura da dobra cutânea medida na região tricipital (cm); 
perímetro ajustado de perna medial (cm); 
perímetro da perna medial (cm); e 
espessura da dobra cutânea medida na região da perna medial (cm). 
 
 Na seqüência, a magnitude do componente mesomorfo mediante o método 
tabular é estabelecida por meio da seguinte relação matemática: 
 
 D 
Meso = (------) + 4 
 8 
 
em que D representa a soma algébrica dos desvios positivos ou negativos que cada uma 
das medidas de diâmetro ósseo (biepicondilar de úmero e fêmur) e de perímetro 
ajustado (braço flexionado e tenso e perna medial) apresenta em relação à medida 
equivalente à estatura do avaliado, de acordo com disposição apresentada na tabela de 
Z.Q%_&J
T=V
R`W.Q/PCT=J;a�N�b?Q/P�JSR@I c d"e�f%g&dih�j kSl�jnmnd-o=dqp�r�sfip�tSducYd-e.f/g0d
vwd
s`xyf%t�z0tSd?s@tSfqt�z
âmetros 
ósseos e de perímetros localizadas acima da linha projetada à direita equivalente à 
medida de estatura correspondem aos desvios positivos. Em contrapartida, as medidas 
de diâmetros ósseos e de perímetros localizadas abaixo da linha projetada à direita, 
equivalente à medida de estatura do avaliado, correspondem aos desvios negativos. 
Na eventualidade de recorrer ao uso da equação de regressão para o cálculo do 
componente de mesomorfia, aplica-se o modelo: 
 
Meso = 4,50 + 0,858(U) + 0,601(F) + 0,188(PBTajustado) + 0,161(PPMajustado) – 
0,131(Estatura) 
 11 
 
em que: 
U: 
F: 
PBTajustado: 
PPMajustado: 
Estatura: 
diâmetro biepicondilar do úmero (cm); 
diâmetro biepicondilar do fêmur (cm); 
perímetro ajustado de braço flexionado e tenso (cm); 
perímetro ajustado de perna medial (cm); e 
estatura (cm). 
 
Tab {/|0}�~� €Cƒ‚ „7}%|&…;†‡{
ˆ padronizados para o cálculo do componente de mesomorfia 
equivalentes as medidas dos diâmetros biepicondilar do úmero (U) e do fêmur (F), 
perímetros ajustados de braço flexionado e tenso (PBTajustado) e de perna medial 
(PPMajustado) em relação à estatura do avaliado: 
 
Estatura (cm) U (cm) F (cm) PBTajustado (cm) PPMajustado (cm) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
227,3 
223,5 
219,7 
215,9 
212,1 
208,3 
204,5 
200,7 
196,8 
193,0 
179,2 
185,4 
181,6 
177,8 
174,0 
170,2 
166,4 
162,6 
158,7 
154,9 
151,1 
147,3 
10,59 
10,44 
10,30 
10,15 
10,01 
9,86 
9,71 
9,57 
9,42 
9,28 
9,13 
8,99 
8,84 
8,69 
8,55 
8,40 
8,26 
8,11 
7,97 
7,82 
7,67 
7,53 
7,38 
7,24 
7,09 
6,95 
6,80 
6,65 
6,51 
6,36 
6,22 
6,07 
5,93 
5,78 
5,63 
5,49 
15,10 
14,90 
14,69 
14,48 
14,27 
14,06 
13,86 
13,65 
13,44 
13,23 
13,03 
12,82 
12,61 
12,40 
12,19 
11,99 
11,78 
11,57 
11,36 
11,15 
10,95 
10,74 
10,53 
10,32 
10,12 
9,91 
9,70 
9,49 
9,28 
9,08 
8,87 
8,66 
8,45 
8,24 
8,04 
7,83 
48,3 
47,5 
46,9 
46,3 
45,5 
44,9 
44,3 
43,6 
43,0 
42,3 
41,6 
41,0 
40,3 
39,6 
39,0 
38,3 
37,6 
37,0 
36,3 
35,6 
35,0 
34,3 
33,7 
33,0 
32,3 
31,7 
31,0 
30,3 
29,7 
29,0 
28,3 
27,727,0 
26,3 
25,7 
25,0 
56,5 
55,7 
55,0 
54,2 
53,4 
52,6 
51,9 
51,1 
50,3 
49,5 
48,7 
48,0 
47,2 
46,4 
45,6 
44,9 
44,1 
43,4 
42,5 
41,7 
41,0 
40,2 
39,4 
38,6 
37,9 
37,1 
36,3 
35,5 
34,7 
34,0 
33,2 
32,4 
31,6 
30,9 
30,1 
29,3 
 12 
143,5 
139,7 
135,9 
132,1 
128,3 
124,5 
120,6 
116,8 
113,0 
109,2 
105,4 
101,6 
97,8 
94,0 
90,2 
86,4 
 
5,34 
5,20 
5,05 
4,91 
4,76 
4,61 
4,47 
4,32 
4,18 
4,03 
3,89 
3,74 
3,59 
3,45 
3,30 
3,16 
3,01 
2,87 
7,62 
7,41 
7,21 
7,00 
6,79 
6,58 
6,37 
6,17 
5,36 
5,75 
5,54 
5,33 
5,13 
4,92 
4,71 
4,50 
4,30 
4,09 
24,4 
23,7 
23,0 
22,4 
21,7 
21,0 
20,4 
19,7 
19,0 
18,4 
17,7 
17,0 
16,4 
15,7 
15,1 
14,4 
13,7 
13,1 
28,5 
27,7 
27,0 
26,2 
25,4 
24,5 
23,9 
23,1 
22,3 
21,5 
20,7 
20,0 
19,2 
18,4 
17,6 
16,9 
16,1 
15,3 
 
 O componente ectomorfo é estabelecido com base no cálculo do índice ponderal 
(IP) ou na razão entre a medida de estatura expressa em cm e a raiz cúbica da medida do 
peso corporal em kg: 
 Estatura 
IP = -------------------- 
 3
 Peso corporal 
 
 Com a utilização de nomograma (figura 6.69), o índice ponderal pode ser 
estabelecido no cruzamento da linha transversal que une os pontos situados nas colunas 
laterais equivalentes às medidas da estatura e do peso corporal. 
 
 
INSERIR FIGURA 6.69 
 ‰nŁ0‹;ŒSŽ@
‘
S’q“ ”@•
–—•�˜C™š-–yš`›�š"™=š@œ?=ž Ÿ[–]š žOŸ[¡.š@¢�•
índice ponderal com base nas medidas 
de estatura e peso corporal. 
 
 Ao recorrer ao método tabular, a magnitude do componente ectomorfo deverá 
ser estabelecida por meio da leitura n
š£žYš-¤.œ/¥0š@¢Sœ£¡.š%¥&•;™=œ?¦›�š%¢�™‡•;§�Ÿ[¨
š%¢S•�(© ªY«"¬�­%®&«@¯
° ±³²C°
No entanto, para envolver as equações de regressão, existem três possíveis opções para 
seu cálculo. O valor encontrado para o índice ponderal (IP) é o que deverá indicar o 
modelo matemático a ser empregado. 
Na possibilidade de IP ≥ 40,75: 
 
Ecto = (IP x 0,732) – 28,58 
 Se 38,25 < IP < 40,75 
 
Ecto = (IP x 0,463) – 17,63 
 Contudo, se IP ≤ 38,25, admite-se o valor mínimo consignado arbitrariamente 
para a ectomorfia, ou seja, 0,1. 
 13 
 ´�µ-¶.·/¸0µ1¹
º »½¼U¾ ¿
µ?¸�À�Á·?Â`·/ÃCÄ�ÅFÆ.µ%¸&·%Ç�È
es ao componente de ectomorfia de acordo com o 
índice ponderal: 
 
 
Índice ponderal 
Dimensão do componente de 
ectomorfia 
< 39,65 
39,66 - 40,74 
40,75 - 41,43 
41,44 - 42,13 
42,14 - 42,82 
42,83 - 43,48 
43,49 - 44,18 
44,19 - 44,84 
44,85 - 45,53 
45,54 - 46,23 
46,24 - 46,92 
46,93 - 47,58 
47,59 - 48,25 
48,26 - 48,94 
48,95 - 49,63 
49,64 - 50,33 
50,34 - 50,99 
51,00 - 51,68 
0,5 
1,0 
1,5 
2,0 
2,5 
3,0 
3,5 
4,0 
4,5 
5,0 
5,5 
6,0 
6,5 
7,0 
7,5 
8,0 
8,5 
9,0 
 
 
Categorias do somatótipo 
 Com base nos valores calculados para cada um dos componentes e de acordo 
com a ordem de distribuição quanto às magnitudes encontradas, torna-se possível 
classificar o somatótipo do avaliado em diferentes categorias. Em teoria, torna-se 
possível estabelecer combinações entre os três componentes, o que resulta na definição 
de 13 categorias do somatótipo mutuamente exclusivas. De maneira descritiva, as 
categorias do somatótipo são caracterizadas pelas seguintes combinações de distribuição 
dos componentes: 
 
 
Endomorfo balanceado: 
 
 
 
Meso-endomorfo: 
 
 
Endomorfo-mesomorfo: 
 
 
 
Endo-mesomorfo: 
 
 
A endomorfia é dominante, e a mesomorfia e a 
ectomorfia são iguais ou não diferem em mais de 0,5 
unidade. Exemplo: 4-2-2. 
 
A endomorfia é dominante, e a mesomorfia é maior 
que a ectomorfia. Exemplo: 4-3-2. 
 
A endomorfia e a mesomorfia são iguais ou não 
diferem em mais de 0,5 unidade, e a ectomorfia é 
menor. Exemplo: 4-4-2. 
 
A mesomorfia é dominante, e a endomorfia é maior 
que a ectomorfia. Exemplo: 3-4-2. 
 
 14 
Mesomorfo-balanceado: 
 
 
 
Ecto-mesomorfo: 
 
 
Mesomorfo-ectomorfo: 
 
 
 
Meso-ectomorfo: 
 
 
Ectomorfo-balanceado: 
 
 
 
Endo-ectomorfo: 
 
 
Endomorfo-ectomorfo: 
 
 
 
Ecto-endomorfo: 
 
 
Central: 
A mesomorfia é dominante, e a endomorfia e a 
ectomorfia são iguais ou não diferem em mais de 0,5 
unidade. Exemplo: 2-4-2. 
 
A mesomorfia é dominante, e a ectomorfia é maior 
que a endomorfia. Exemplo: 2-4-3. 
 
A mesomorfia e a ectomorfia são iguais ou não 
diferem em mais de 0,5 unidade, e a endomorfia é 
menor. Exemplo: 2-4-4. 
 
A ectomorfia é dominante, e a mesomorfia é maior 
que a endomorfia. Exemplo: 2-3-4. 
 
A ectomorfia é dominante, e a endomorfia e a 
mesomorfia são iguais ou não diferem em mais de 
0,5 unidade. Exemplo: 2-2-4. 
 
A ectomorfia é dominante, e a endomorfia é maior 
que a mesomorfia. Exemplo: 3-2-4. 
 
A endomorfia e a ectomorfia são iguais ou não 
diferem em mais de 0,5 unidade, e a mesomorfia é 
menor. Exemplo: 4-2-4. 
 
A endomorfia é dominante, e a ectomorfia é maior 
que a mesomorfia. Exemplo: 4-2-3. 
 
Nenhum componente difere em mais de 0,5 unidade 
dos outros dois componentes: trata-se apenas de 
valores 3 e 4. Exemplo: 3-3-3; 4-4-4. 
 
 Representação gráfica do somatótipo 
 De posse dos valores correspondentes a cada um dos componentes do 
somatótipo, a próxima preocupação será dispor de recurso visual que possa 
complementar as informações obtidas. Neste particular, chama-se a atenção para a 
necessidade de atender à premissa básica dos conceitos associados ao somatótipo, que é 
a interdependência dos componentes. Ou seja, qualquer modelo gráfico a ser empregado 
na representação do somatótipo deverá considerar simultaneamente os três componentes 
somatotipológicos. A apresentação isolada dos componentes pode levar a graves 
deturpações quando da análise das informações, visto que o somatótipo caracteriza-se 
pelo estabelecimento dos três componentes como um conjunto indissociável, e não pelas 
dimensões equivalentes à endomorfia, à mesomorfia e à ectomorfia separadamente. 
Exemplificando: o valor 4 estabelecido para a endomorfia deverá ter representatividade 
diferente nos somatótipos 4-6-4 e 4-2-1 e não deve ser considerado exclusivamente 
quanto à sua magnitude, mas, sobretudo, de modo relativo aos demais componentes. 
 A fim de atender ao conceito de integralidade do somatótipo, a opção mais 
freqüentemente empregada na apresentação gráfica de seus componentes é o 
somatotipograma, também denominado de somatocarta. No entanto, opção também 
muito empregada na representação gráfica do somatótipo é o compograma. 
 15 
 O somatotipograma se caracteriza por um triângulo eqüilátero de lados curvos 
que correspondem a arcos de circunferências com centros em seus vértices (triângulo de 
Reuleaux), dividido por três eixos que se interceptam no centro, formando ângulos de 
120o. Cada uma das áreas formadas pela bissetriz dos ângulos representa setores de 
predominância relativa de um dos componentes. Neste caso, a endomorfia localiza-se à 
esquerda, a mesomorfia na parte superior e a ectomorfia à direita. Externamente ao 
triângulo curvo são traçadas duas coordenadas (X e Y). A abscissa e a ordenada das 
coordenadas apresentam escalas diferentes com relação à amplitude de cada unidade, 
com Y = X √ 3 por cada unidade na escala. A intersecção dos três eixos no centro do 
triângulo representa o ponto zero de ambas as coordenadas: a coordenada Y apresenta 
as dimensões entre +16 e –10 e a coordenada X entre +9 e –9. Na coordenada X, o 
vértice equivalente à endomorfia representa o ponto –6, e o vértice equivalente à 
ectomorfia representa o ponto +6, enquanto na coordenadaY o vértice equivalente à 
endomorfia também representa o ponto –6; no entanto, o vértice equivalente à 
ÉyÊ?Ë^Ì;ɗÌ
Í=ΏÏ&ЦÍ=Ê"ÑS͏Ê;ËfiÊ"Ò�ÓYÐÔÌÕÑ�Ì;Ò�Ó ÌÕÖØ× Ù@Ú�Î Ï&Û;Ü�Í=Ð(Ý�Þ ß�à�Þ
 
 
 
INSERIR FIGURA 6.70 
 
 á
Ï0Û;ÜS͏ÐâÝ2Þ ßSà`Ú ã.ä
å]æ çYä
çè[é�äCê;ë=æ"å]æ�ì%ëí
î"ïSë=ð^äâñ�èòð=ï.æ/ó�ï�çOè0óôè[õ
æ%öSäÕé�æ"ë=æØë‡í-é�ë=í
ðfií"÷�çYæ%ënê;ë=æ%øè&î%æ-åyí"÷�çYí
os somatótipos. 
 
 Cada somatótipo deverá localizar-se em um único ponto do somatotipograma, o 
que se denomina somatoponto. Para tanto, os valores equivalentes aos três componentes 
do somatótipo deverão ajustar-se às coordenadas X e Y e, desta maneira, estabelecer a 
posição do somatoponto que indica a localização do somatótipo: 
 
X = III – I 
 
Y = 2II – (III + I) 
 
em que: 
I: 
II: 
III: 
valor equivalente ao componente de endomorfia; 
valor equivalente ao componente de mesomorfia; e 
valor equivalente ao componente de ectomorfia. 
 
 Abrindo um parêntese em relação à utilização do somatotipograma, em tese é 
possível que alguns somatótipos, mesmo com magnitude diferente de valores em cada 
componente, possam ser representados por coordenadas X e Y idênticas, o que permite, 
portanto, sua localização em um mesmo somatoponto. É o caso, por exemplo, de dois 
avaliados com somatótipos 3-5-3 e 4-6-4, respectivamente. Ao calcular as coordenadas, 
observa-se que estas são idênticas, X = 0 e Y = 4: 
 
Somatótipo 3-5-3: 
 X = III – I Y = 2II – (III + I) 
 = 3 – 3 = 2(5) – (3 + 3) 
 = 0 = 10 – 6 
 = 4 
 16 
Somatótipo 4-6-4: 
 X = III – I Y = 2II – (III + I) 
 = 4 – 4 = 2(6) – (4 + 4) 
 = 0 = 12 – 8 
 = 4 
 
Dessa forma, os somatótipos desses avaliados deverão ser representados em um 
mesmo ponto do somatotipograma e indicar, em princípio, similaridades entre o tipo 
físico de ambos avaliados. 
 Essa situação deverá ocorrer sempre que os somatótipos em questão forem 
classificados nas categorias “balanceado” ou “central”. Em vista disso, com intenção de 
evitar eventuais deturpações em sua análise, sugere-se que, quando da apresentação dos 
resultados mediante o somatotipograma, seja informada a categoria em que se enquadra 
o somatótipo do avaliado. 
 Outra opção empregada quando da representação gráfica do somatótipo é o 
compograma. Para alguns estudiosos da área, o compograma demonstra ser o recurso 
voltado à análise gráfica do somatótipo mais indicado que o somatotipograma na 
medida em que apresenta, pelas próprias características, completa especificidade dos 
componentes do somatótipo, independentemente de qualquer outro tipo de informação 1. 
 Para a construção do compograma projetam-se três eixos verticais escalonados e 
eqüidistantes, representando os componentes de endomorfia, mesomorfia e ectomorfia, 
respectivamente. A proporção recomendada para as distâncias entre os eixos verticais e 
a distância de uma unidade nas escalas dos componentes é de 5:2 ùûúü0ý;þ�ß��
��� �����
	
�"����
plotagem do somatótipo por este método, o valor equivalente a cada componente é 
demarcado em sua respectiva escala, conectando-se posteriormente esses valores por 
meio de linhas 2. 
 
 
INSERIR FIGURA 6.71 
 
 
ü0ý;þSß��
��� ���
ù ���������������ff�fi�ffifl��� 
!
urso visual utilizado para representar graficamente os 
somatótipos. 
 
Análise do somatótipo antropométrico 
 Embora a simples observação quanto à magnitude e à distribuição dos 
componentes possa, muitas vezes, atender às expectativas acerca da avaliação do 
somatótipo, freqüentemente é desejável complementar as informações mediante análises 
comparativas com indicadores referenciais ou de resultados obtidos pelo mesmo 
avaliado em momentos anteriores. 
Em assim sendo, a preocupação fundamental neste tipo de análise refere-se ao 
quanto o somatótipo do avaliado, em dado momento, possa eventualmente se 
diferenciar do somatótipo apresentado em momentos anteriores ou do somatótipo de 
referencia. Neste caso, considerando que é necessário manter o conceito de 
integralidade do somatótipo " #�$&%('()+*�,�-.'/%(-.#10
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componentes distintos estes deverão ser tratados de maneira a preservar a unidade do 
conceito, para realizar as análises comparativas entre os somatótipos D '9-E*
-�F�#�%G#ffi%
casos podem ser disponibilizados dois critérios específicos: a distância de dispersão e a 
distância espacial entre somatótipos. 
 17 
A primeira opção, a distância de dispersão entre os somatótipos (DDS), do 
original Somatotype Dispersion Distance H SDD, apresenta quão distante um 
somatoponto se localiza do outro quando plotados no somatotipograma 15. Na realidade, 
este modelo de análise origina-se do cálculo de distâncias entre dois pontos em um 
sistema de coordenadas X e Y, modificando-se apenas no que caracteriza a relação entre 
a proporção de unidades X e Y equivalente ao somatotipograma, que é √ 3. Assim: 
 
DDS = √ 3(X1 – X2)2 + (Y1 – Y2)2 
 
em que 
X1 e Y1: 
 
X2 e Y2: 
 
√ 3: 
coordenadas de localização no somatotipograma de um dos somatótipos 
a ser comparado; 
coordenadas de localização no somatotipograma do outro somatótipo a 
ser comparado; e 
constante que transforma as unidades da coordenada X em unidades da 
coordenada Y. 
 
 Para a interpretação dos valores calculados da DDS foi proposto, 
arbitrariamente, que as diferenças entre dois somatótipos comparados deverão ser 
consideradas significativas quando DDS ≥ 2,00, o que corresponde à variação igual ou 
superior a uma unidade em um dos componentes 11. 
 No entanto, convém ressaltar que esse critério de análise (DDS ≥ 2,00) não tem 
capacidade de discriminar onde se encontram as diferenças, por isso é utilizado somente 
para indicar que os somatótipos comparados não são similares. Para apontar onde se 
encontram as diferenças, a análise comparativa deverá ser complementada com uma 
confrontação de cada componente individualmente. 
 Outra opção para o desenvolvimento de análises comparativas entre dois 
somatótipos é o emprego da distância espacial entre eles (DES). Este critério surgiu da 
necessidade de atender aos vieses induzidos pela abordagem bidimensional associada à 
DDS, inerente à condensação dos três componentes do somatótipo em um sistema de 
duas coordenadas X-Y. Em assim sendo, idealizou-se um novo modelo voltado à 
comparação de somatótipos com base em uma visão tridimensional que envolve valores 
dos próprios componentes em vez dos respectivos pontos de localização X-Y no 
somatotipograma 6. 
 Esse modelo tridimensional de análise é referendado na literatura como 
Somatotype Attitudinal Distance H SAD; sua tradução literal, porém, não indica 
adequadamente a finalidade a que se presta. Por este motivo, tem sido proposta a 
expressão “distância espacial entre os somatótipos”, por esta apresentar o sentido 
biológico mais apropriado à língua portuguesa e sugerir mais claramente a análise a 
realizar. Para seus cálculos, utiliza-se a relação matemática: 
 
DES = √ (IA – IB)2 + (IIA – IIB)2 + (IIIA – IIIB)2 
 
em que I, II e III se referem aos valores equivalente à endomorfia, à mesomorfia e à 
ectomorfia, respectivamente. Os subíndices A e B oferecem indicações de dois 
somatótipos a serem comparados. 
 De maneira análoga ao modelo bidimensionalrepresentado pela DDS, quanto 
maiores os valores da DES, maiores as diferenças entre os somatótipos comparados. 
Neste sentido, pode-se demonstrar em linguagem matemática que variações iguais ou 
 18 
superiores a uma unidade em um dos componentes representam valores de DES ≥ 1, 
contra DDS ≥ 2 1. 
A proposição de indicadores que possam ser utilizados como somatótipo de 
referência e permitam análises comparativas de avaliados em fase de crescimento físico 
infelizmente é quase inexistente na literatura. Esta importante lacuna no campo do 
conhecimento associado à morfologia humana limita enormemente o desenvolvimento 
de avaliações voltadas ao somatótipo e obriga o profissional da educação física a 
considerar valores médios provenientes de estudos amostrais em populações específicas 
como somatótipo de referência. 
Além disso, ao considerar os valores de média como indicadores referenciais 
torna-se necessário levar em conta a homogeneidade dos dados pertencentes ao grupo 
amostral envolvido no tratamento estatístico. Admitindo-se a necessidade de garantir o 
conceito de integralidade entre os componentes do somatótipo, a variabilidade dos 
somatótipos individuais em relação ao somatótipo médio do grupo amostral considerado 
é estabelecida pelo índice de dispersão dos somatótipos (IDS), no caso da abordagem 
bidimensional, e por intermédio do índice de dispersão espacial dos somatótipos 
(IDES), no caso da abordagem tridimensional. 
Conceitualmente, o IDS refere-se à média das DDSs estabelecida entre as 
informações apresentadas pelo somatótipo de cada sujeito pertencente à amostra e o 
somatótipo médio calculado: 
 
 
∑
 DDS 
IDS = ------------ 
 n 
 
 De maneira similar, no caso da DES, o IDES é referendado na literatura como 
Somatotype Attitudinal Mean I SAM
 e expresso pelo modelo: 
 
 ∑ DES 
IDES = ------------ 
 n 
 
 Com relação à interpretação, em situação similar ao uso do desvio-padrão como 
parâmetro estatístico, quanto menores eram os valores do IDS ou do IDES, menores 
diferenças ocorreram entre os somatótipos individuais e o somatótipo médio calculado 
no grupo amostral; portanto, a amostra considerada para proposição do somatótipo de 
referência foi mais homogênea. 
 A tabela 6.32 apresenta informações quanto aos valores médios de cada 
componente e ao IDES reunidas em estudo com amostras de sujeitos do município de 
Londrina, Paraná, Brasil 7, 8. Comparativamente com outros estudos disponíveis na 
literatura 5, 13, e embora possa ser possível identificar discretas diferenças não-
sistematizadas quanto às dimensões dos componentes de endomorfia e de mesomorfia, 
verificam-se importantes coincidências quanto à ordem de distribuição dos 
componentes. Em assim sendo, apesar das limitações inerentes à proposição de 
indicadores referenciais baseados em estudos regionalizados parece que, na ausência de 
outra opção, essas informações podem ser úteis na análise do somatótipo de sujeitos 
jovens. 
 
 19 
JLK9M>NPOQK R�S T=U V WYXffiZY[�\�].K
ções quanto aos valores médios dos componentes 
somatotipológicos e dos índices de dispersão espacial dos somatótipos (IDES) de 
sujeitos do município de Londrina, Paraná, Brasil: 
 
Grupo Endomorfia Mesomorfia Ectomorfia IDES 
etário Moças Rapazes Moças Rapazes Moças Rapazes Moças Rapazes 
7 anos 
8 anos 
9 anos 
10 anos 
11 anos 
12 anos 
13 anos 
14 anos 
15 anos 
16 anos 
17 anos 
18-25 
3,80 
3,90 
3,89 
3,63 
3,84 
4,06 
3,93 
4,11 
4,71 
4,83 
4,26 
4,09 
2,93 
2,90 
2,81 
3,02 
3,06 
2,88 
2,72 
2,47 
2,62 
2,41 
2,93 
2,93 
 4,06 
3,85 
3,76 
3,63 
3,22 
3,21 
3,07 
3,01 
3,45 
3,29 
2,92 
3,76 
4,40 
4,23 
4,04 
4,23 
4,04 
3,95 
3,99 
3,89 
3,62 
3,53 
3,75 
4,80 
 2,70 
2,76 
3,09 
3,31 
3,50 
3,52 
3,50 
3,24 
2,71 
2,67 
3,33 
2,11 
2,69 
2,86 
3,37 
3,18 
3,48 
3,74 
3,73 
3,98 
3,99 
4,03 
3,35 
2,27 
 1,87 
1,80 
1,74 
1,55 
2,01 
2,25 
2,06 
1,67 
2,15 
2,12 
1,57 
2,05 
1,17 
1,28 
1,51 
1,63 
1,81 
1,69 
1,58 
1,57 
1,69 
2,02 
1,98 
2,14 
 
Para confrontação do somatótipo apresentado pelo avaliado com o somatótipo de 
referência proposto com base em valores médios, tendo em vista a necessidade de levar 
em conta a variabilidade estatística em torno da média, sugere-se considerar a existência 
de eventuais diferenças somente quando a distância espacial entre os somatótipos 
individuais e médio (DESA–B) se apresentar maior que o IDES correspondente à idade e 
ao sexo do avaliado. Na eventualidade de a DESA–B se mostrar igual ou menor ao IDES, 
deve-se considerar que o somatótipo do avaliado se aproxima do somatótipo de 
referência considerado. 
 Nos casos de análises comparativas com o somatótipo de referência, esta prática 
representa avanço estatístico em relação à interpretação da DDS = 2 ou da DES = 1 na 
medida em que esta considera não somente a distância entre os dois somatótipos, mas 
também V K/^_^5`@]EaP[b]fi[c[=a
[�\�\�NdX�K�N/^�eYKfe ística inferencial V Khg>Kff\�`QKPM>`7Oi`7jffiKPjffiNkjffiK�K9].[�^�el\�K
que deu origem ao somatótipo de referência. 
 Para exemplificar os procedimentos quanto à análise do somatótipo, considera-
se, hipoteticamente, um avaliado do sexo masculino, com 17 anos de idade e as 
seguintes medidas antropométricas: 
 
Estatura: 
Peso corporal: 
Espessuras de dobras cutâneas 
Tricipital: 
Subescapular: 
Supra-ilíaca 
Perna medial: 
Diâmetros ósseos 
Biepicondilar do úmero: 
Biepicondilar do fêmur: 
Perímetros 
Braço flexionado e tenso: 
Perna medial: 
175,0cm 
76,7kg 
 
10,3mm 
8,5mm 
18,9mm 
7,4mm 
 
6,1cm 
9,0cm 
 
29,6cm 
34,8cm 
 
 20 
 Para o cálculo do componente endomorfo, inicialmente somam-se as espessuras 
das dobras cutâneas medidas nas regiões tricipital, subescapular e supra-ilíaca: 
 
∑dc = 10,3 + 8,5 + 18,9 
∑dc = 37,7mm 
 
 Depois, aplica-se a correção para a medida de estatura: 
 
 170,18 
Xc = ∑dc (-------------) 
 Estatura 
 
 170,18 
 = 37,7 (------------) 
 175,0 
 
 = 37,7 (0,9725) 
 
 Xc = 36,66mm 
 
 Posteriormente, de posse da medida ajustada pela estatura equivalente ao 
somatório de espessura das dobras cutâneas (Xc), ao aplicar modelo matemático, 
encontra-se: 
 Xc = 36,66 Xc2 = 1343,96 Xc3 = 49269,41 
 
 Endo = 0,1451 (Xc) – 0,00068 (Xc)2 + 0,0000014 (Xc)3 + 0,7182 
 = 0,1451(36,66) – 0,00068 (1343,96) + 0,0000014 (49269,41) + 0,7182 
 = 5,3194 – 0,9139 + 0,0690 + 0,7182 
 = 3,76 
 
 Ao se recorrer ao método tabular, uma consulta à tabela 6.29 mostra que a 
medida ajustada equivalente ao somatório das espessuras das dobras cutâneas corrigido 
pela estatura (36,66 mm) está situada no intervalo 35,9 - 40,7, o que corresponde a um 
valor de endomorfia de 4 unidades somatotipológicas. 
 Para cálculo do componente mesomorfo, de início m n
o�prq5s@t�u
v�wffp�t�oyx=z>u{w�q
dimensões de espessura das dobras cutâneas são expressas em mm e as de perímetros 
uff|}n9|}m uf~�siq�Yu€p>uPn
ubq5qsQt�w
t�u‚t�u‚zffip�sQƒ�s7n
w9v„wbq…z�prs@t�w/t�u/q:t�u€|�u/t�sAtffiw�q…uffpffi†�o=‡@†3sQt�w/q9ˆŁ‰‹o�v
questãode conveniência nos cálculos, utiliza-se a transformação das medidas de 
espessura das dobras cutâneas de mm para cm. Neste caso, a medida de espessura da 
dobra cutânea tricipital equivalente a 10,3mm passa a ser expressa na forma de 1,0cm, e 
a medida de espessura da dobra cutânea da perna media equivalente a 7,4mm passa a ser 
expressa na forma de 0,74cm. 
 
PBTajustado = PBT – DCTR 
 = 29,6 – 1,03 
 = 28,57cm 
 
PPMajustado = PPM – DCPM 
 = 34,8 – 0,74 
 PPMajustado = 34,06cm 
 21 
 
 Na seqüência, considerando o modelo matemático: 
 
Meso = 4,50+0,858(U) + 0,601(F) + 0,188(PBTajustado) + 0,161(PPMajustado) – 0,131(Est) 
 = 4,50 + 0,858(6,1) + 0,601(9,0) + 0,188(28,57) + 0,161(34,06) – 0,131(175,0) 
 = 4,50 + 5,234 + 5,409 + 5,371 + 5,484 – 22,925 
 = 3,07 
 
 Com base no método tabular, estabelecem-se os desvios que cada medida de 
diâmetro ósseo (biepicondilar do úmero e do fêmur) e de perímetros ajustados (braço 
flexionado e tenso e perna medial) apresentam em relação à estatura (tabela 6.30). 
Como passo inicial, assinala-se na primeira coluna o valor tabelado de estatura que mais 
se aproxima da medida real de estatura do avaliado. No exemplo considerado, a medida 
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Depois, considera-se que os valores tabelados correspondentes às medidas de diâmetro 
biepicondilar do úmero e do fêmur e dos perímetros do braço flexionado e tenso e da 
perna medial que se encontram nesta mesma linha projetada à direita apresentam desvio 
zero em relação à estatura. As medidas para aqueles indicadores antropométricos que se 
situam acima da linha projetada de estatura apresentam desvios positivos, e as que se 
situam abaixo da linha projetada de estatura apresentam desvios negativos. No exemplo 
trabalhado encontram-se os desvios: 
 
Variável antropométrica Medida Desvio 
Diâmetro epicondilar do úmero: 
Diâmetro epicondilar do fêmur: 
Perímetro: braço flexionado tensoajustado: 
Perímetro da perna medialajustado: 
6,1cm 
9,0cm 
28,57cm 
34,06cm 
– 3 
–1 
– 2 
– 1 
 
 Aplicando-se o modelo matemático: 
 D 
Meso = (------) + 4 
 8 
 
 (–3) + (–1) + (–2) + (–1) 
 = (-----------------------------) + 4 
 8 
 –7 
 = (------) + 4 
 8 
 = – 0,88 + 4 
 = 3,12 
 
 Para o cálculo do componente ectomorfo, primeiramente se determina o índice 
ponderal (IP): 
 Estatura 
IP = -------------------- 
 3√ Peso corporal 
 
 
 
 22 
 175,0 
 = ------------ 
 
3√
 76,7 
 
 175,0 
 = ------------ 
 4,25 
 
 = 41,18cm/kg 
 
 Considerando IP ≥ 40,75, utiliza-se o modelo: 
 
Ecto = (IP x 0,732) – 28,58 
 = (41,18 x 0,732) – 28,58 
 Ecto = 1,56 
 
 Com base no método tabular, uma consulta à tabela 6.31 mostra que o valor do 
índice ponderal (41,18cm/kg) está situado no intervalo 40,75 – 41,43, o que corresponde 
a uma ectomorfia de 1,5. A figura 6.72 ilustra o cálculo dos componentes do somatótipo 
mediante o método tabular com a proposta de Heath e Carter. 
 
 
INSERIR FIGURA 6.72 
 
 «‹¬Q­�®�¯�°G±�² ³=´�µ·¶
álculo dos componentes do somatótipo mediante o método tabular. 
 
Em assim sendo, o tipo físico do avaliado considerado no exemplo caracteriza-se 
por um somatótipo expresso pelos valores 3,76-3,07-1,56, ou seja, meso-endomorfo, 
com predominância do componente endomorfo, e mesomorfia superior à ectomorfia. 
Supondo-se que este mesmo avaliado, aos 16 anos, apresentava somatótipo representado 
pelos valores 3,59-3,01-1,96, após utilização dos procedimentos matemáticos 
recomendados constata-se uma DDS = 1,05 e uma DES = 0,44. 
 
 Estabelecendo-se as coordenadas X-Y: 
 
 X = III – I 
 
 X16 anos = 1,96 – 3,59 
 X16 anos = -1,63 
 
 
 X17 anos = 1,56 – 3,76 
 X17 anos = - 2,20 
 
Y = 2II – (III + I) 
 
Y16 anos = 2(3,01)-(1,96 + 3,59) 
 = 6,02 – 5,55 
X16 anos = 0,47 
 
Y17 anos = 2(3,07)-(1,56 + 3,76) 
 = 6,14 – 5,32 
X16 anos = 0,82 
 
 
 
 
 23 
 Calculando-se a DDS entre os somatótipos equivalentes aos 16 e aos 17 anos: 
 
 DDS = √ 3(X1 – X2)2 + (Y1 – Y2)2 
 
 = √ 3((-1,63) – (-2,20))2 + (0,47 – 0,82)2 
 = √ 3(-0,57)2 + (- 0,35)2 
 = √ 3(0,3249) + (0,1225) 
 = √ 0,9747 + 0,1225 
 = √ 1,0972 
DDS16-17 anos = 1,05 
 
 Calculando-se a DES entre os somatótipos equivalentes aos 16 e aos 17 anos: 
 
 DES = √ (IA – IB)2 + (IIA – IIB)2 + (IIIA – IIIB)2 
 
 = √ (3,59 – 3,76)2 + (3,01 – 3,07)2 + (1,96 – 1,56)2 
 = √ (-0,17)2 + (-0,06)2 + (0,40)2 
 = √ 0,0289 + 0,0036 + 0,1600 
 = √ 0,1925 
DES16-17 anos = 0,44 
 
 Ainda, comparativamente com o somatótipo de referência para a idade e o sexo 
apresentado na tabela 6.32 (16 anos: 2,41 – 3,53 – 4,03; 17 anos: 2,93 – 3,75 – 3,35) 
calcula-se a DES entre o somotótipo do avaliado nos dois momentos e os somatótipos 
de referência: 
 
DES16 anos-referência = √ (3,59 – 2,41 )2 + (3,01 – 3,53 )2 + (1,96 – 4,03 )2 
 = √ (1,18)2 + (-0,52)2 + (-2,07)2 
 = √ 1,3924 + 0,2704 + 4,2849 
 = √ 5,9477 
DES16 anos-referência = 2,44 
 
 
DES17 anos-referência = √ (3,76 – 2,93 )2 + (3,07 – 3,75 )2 + (1,56 – 3,35 )2 
 = √ (0,83)2 + (-0,68)2 + (-1,79)2 
 = √ 0,6889 + 0,4624 + 3,2041 
 = √ 4,3554 
DES17 anos-referência = 2,09 
 
 Ao verificar que, em ambos os casos, a DES (16 anos = 2,44; 17 anos = 2,09) foi 
superior aos respectivos IDES (16 anos = 2,02; 17 anos = 1,98), conclui-se que, nas 
duas idades consideradas, o somatótipo apresentado pelo avaliado se diferencia do 
somatótipo de referência. 
Pela análise individual dos componentes constata-se que o avaliado apresenta 
componente de endomorfia superior (1,18 aos 16 anos e 0,83 aos 17 anos), o que sugeretipo físico associado à maior proporção de gordura corporal relativa em comparação 
com a referência. Na seqüência, observam-se menores valores equivalentes à 
mesomorfia (-0,52 aos 16 anos e –0,68 aos 17 anos), o que traduz déficit no 
desenvolvimento músculo-esquelético. De maneira especulativa, provavelmente em 
 24 
conseqüência do maior peso corporal resultante dos valores mais elevados observados 
no componente de endomorfia, as dimensões equivalentes à ectomorfia do avaliado nos 
dois momentos apresentaram-se menores (-2,07 aos 16 anos e -1,79 aos 17 anos) que a 
proposta de referência. 
A figura 6.73 procura ilustrar a disposição dos somatótipos do avaliado e dos 
somatótipos de referência em ambas as idades consideradas. 
 
 
INSERIR FIGURA 6.73 
 
 
Figura 6.73 – Apresentação gráfica dos somatótipos do avaliado e dos somatótipos de 
referência em ambas as idades consideradas. Exemplo hipotético. 
 
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