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CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE BRAZ DE AGUIAR APERFEIÇOAMENTO PARA OFICIAL DE NÁUTICA - APNT ABDO MENEZES HUGO LUCIANDRO PAZOS CARLOS PROBLEMAS COMERCIAIS EM NAVIOS TANQUE Belém - Pará 2018 Grupo 3 1 Nas operações de carga e descarga Na lei brasileira, o Código Civil Brasileiro no capítulo XIV seção 3 prevê as regras para o transporte de coisas e inclui prazo para reclamação de avarias e responsabilidades do transportador. Essa se inicia "quando ele ou seus prepostos recebem a coisa" e termina "quando é entregue ao destinatário". Ou seja, na operação de carga o Comandante já é responsável pela carga quando essa entra no navio. O primeiro problema observável, de longe o mais frequente ocorrido em operações envolvendo navios tanque é a diferença ocorrida entre carga fornecida e carga recebida, seja navio tanque- instalação ou instalação- navio tanque. O diferencial máximo permitido entre o que foi recebido e o que foi transferido deve obedecer uma porcentagem máxima estabelecida entre os envolvidos na operação comercial. Caso hajam problemas ou divergências nessa questão, os envolvidos devem emitir cartas protesto. Essas cartas são documentos que contestam por escrito fatos ocorridos durante a operação. Esses fatos não se atém somente às divergências citadas mas também a outros problemas ocorridos que podem acarretar em prejuízo ou contestações dos clientes ou envolvidos, em nome do armador. Como preposto do armador o Comandante tem essa responsabilidade e autoridade. Outros problemas que podem ocorrer são atrasos, demora em liberação de documentação, arranjo de amarração de barcaça de má qualidade, etc. Atualmente, o que tem ocorrido em barcaças e tem sido algo verificado com extrema força em alguns países como Singapura e Malásia, é o roubo de carga. Infelizmente o comandante da embarcação pode ser vítima desses ocorridos, porém também foram registrados casos onde o próprio está envolvido. Um dos focos da autoridade marítima de Singapura tem sido a verificação do arranjo de coleta de amostra e oleômetro nas embarcações e é uma lição a ser aprendida pelos Comandantes e chefes de máquina. A figura mostra que o coletor de amostra está posicionado após o oleômetro. Logo, durante o carregamento, o recebedor ou fornecedor está sujeito a roubo de carga. Caso a tripulação deixe o coletor aberto e desvie a carga, ainda sim o oleômetro marcará o recebimento total da carga. Ao final do carregamento ou descarregamento, o lado que efetuou o furto conseguirá apresentar evidências que recebeu a totalidade da carga porém o furto estará feito. Já existem empresas que desenvolvem soluções para isso além de existirem operadores que tripulam os navios com os seus inspetores durante a operação de carga e descarga. Para o Comandante isso é uma vantagem enorme pois esse inspetor é o profissional treinado e capacitado, já acostumado com casos de fraude e desvio de combustível que o Comandante estaria passível de ser alvo de retaliações. É também recomendável que as quantidades sejam conferidas com sondagens manuais sempre. A ABS divulgou em 2012 um guia para orientar comandantes sobre possíveis práticas ilegais cometidas e como os mesmos podiam se defender. Entre outras estão presentes a inserção de ar na rede de descarga e o selamento dos tubos de sondagem com lacres e recusa do fornecedor em realizar sondagens manuais para que os lacres não sejam rompidos sob o pretexto de pouca quantidade de lacres. Nesses casos a carta protesto deve ser emitida. A carta protesto é um subterfúgio importantíssimo para o Comandante se resguardar de imputação de culpa em casos similares e vale ser lembrado que o afretador pode e deve reportar avarias, faltas e excessos à Receita Federal como prevê o Decreto 6759/2009 da Casa Civil. Porém ainda o comandante pode estar envolvido como no caso da embarcação Sentek 33 detida em águas malaias fornecendo óleo diesel para um barco de pesca, sem nenhuma ciência das autoridades malaias e sem nenhuma documentação prevista para tal. Hoje o número de equipamentos obrigatórios a bordo que possuem a capacidade de transmitir a posição do navio é grande. Tanto LRIT quanto AIS possuem essa capacidade e sites da internet como Marinetraffic divulgam essas informações livremente. Além disso, os registros dos carregamentos registrados nos Livros de Registro de Óleo parte 1 e 2 devem ser mantidos e podem ser pedidos pelas autoridades e checados contra outras documentações como os recibos de óleo, entradas no diário e documentos oficiais de carga. O manual internacional ISGOTT é a referência de segurança para as operações de carga e descarga em navios tanque. Suas observações devem ser seguidas, senão pela garantia da segurança e da integridade dos tripulantes e do navio, porque acidentes e incidentes levam a investigações e a potenciais atrasos e imbrólios na carga e descarga das embarcações. 2 No despacho do navio, documentação e cumprimento de exigências legais Existem diversos documentos que o navio deve manter para sua operação comercial entre certificados e isenções e notas. Porém quanto às operações comerciais, os dois mais importantes são o contrato e o “ Bill of Lading". Atualmente ele ainda precisa ser emitido fisicamente e exige um manuseio especial por parte das empresas de navegação. O trâmite é feito entre o fretador, afretador e o comprador da carga, e durante todo esse processo, do afretador até o comprador, apenas documentos originais são permitidos. Isso serve para diminuir os possíveis casos de falsificação de documentos e forjamento de números. Porém o formato físico possui algumas complicações: - Perda e extravio: se por um algum motivo o B/L for extraviado no meio do trânsito do navio, quando este chegar ao porto, a descarga será apenas possível quando uma nova B/L for emitida, e isso leva tempo e custa dinheiro. -Demora: como a documentação é despachada por transporte físico, existem prazos de entrega, embaraços alfandegários, greves de transportadoras, e outros revezes afins que podem causar embaraços na carga e descarga do navio. -Custo: hoje milhares de documentos atravessam milhares de milhas em segundos e com poucos custos através da internet. Porém devido a possibilidade de falsificação e forjamento de números, esse meio ainda não é usado. Ou se é usado, a confiança no sistema é pouca. O e-mail impresso ainda não permite recursos como marcas d’água, adesivos certificados e alto relevo. Hoje estuda-se usar criptografia e blockchain para emissão e Bill of Lading. Isso faria com que o processo fosse feito pela internet e a própria arquitetura blockchain não permite fraudes, já que os próprios participantes dos trâmites seriam os habilitadores doprocesso. Outro problema no despacho do navio é a confusa lei aduaneira no Brasil. A Receita Federal do Brasil (RFB) age como órgão regulador porém não presta papel consultivo. Apenas pune quando encontra anormalidade e os participantes do processo de frete ficam sujeitos às interpretações de cada fiscal da RFB. Infelizmente isso pode fazer com que fretadores, afretadores, despachantes e compradores da carga estejam todos em sintonia quanto a documentação e taxas porém quando da carga ou descarga do navio, o processo seja barrado por uma interpretação diferente daquela que os participantes julgaram ser a correta. Infelizmente a medida mitigatória para esse risco é simplesmente a contratação de despachantes que tenham experiência no trato com a RFB e mesmo assim um novo fiscal ou uma nova portaria ou simplesmente o humor de quem avalia a documentação ainda pode causar entraves e prejuízos no processo aduaneiro. Ainda existem registros de arrestamentos de navios sem provas. O tráfico de petróleo na Líbia é um problema sério e as autoridades tem fortificado as intervenções a navios tanque em sua costa. O problema é o seguinte: as autoridades tem arestado navios sem ter evidências de contrabando. Mesmo após a documentação ter sido apresentada, as autoridades ainda podem querer que o navio e sua tripulação sejam investigadas e isso pode levar anos, de acordo com a seguradora GARD. A medida mitigatória recomendada pela mesma é navegar fora da zona de 40 milhas náuticas quando passando por território líbio já que os arrestamentos tem acontecido no limite de 25 milhas da costa. Até 2020, todos os navios deverão reduzir suas emissões de enxofre para no máximo 0,5%m.m. Para tal, adaptações já tem sido feitas nas frotas e seguradoras como a Gard e sociedades classificadoras como a DNV tem emitido guias e pareceres para esclarecer como o processo pode ser feito. Porém as soluções possíveis apesar de serem de fácil entendimento são complicadas e caras. Existem basicamente 2 opções disponíveis: -trocar o combustível que o navio usa, passando de um óleo pesado para um óleo leve ou gás. Os custos aí são tremendos porém é a maneira mais garantida de cumprir com a lei. -instalar removedores de enxofre nas exaustões de gás. Essa é a saída mais barata, já que o navio poderá continuar queimando um combustível pesado e não precisará de mudanças bruscas nos sistema de combustível. Porém é a solução menos confiável já que a remoção do enxofre se dará por um equipamento que como qualquer outro, precisa de diversas manutenções e pode dar defeito. Ainda por cima sua instalação deverá ser feita na exaustão de gás do navio, que implica em local de difícil acesso. O que armadores como a Starbulk tem feito é a aquisição dos removedores de enxofre em lotes de grande quantidade para baratear ainda mais o custo. Os problemas comerciais que podem advir do cumprimento de exigências legais, na parte que compete ao capitão se referem na verdade ao atraso causado pelas inspeções e em caso do navio sofrer AS nas inspeções de flag e port state. Esses atrasos não são justificáveis e as seguradoras caso sejam acionadas cobrarão da empresa fretadora o ressarcimento já que o navio deve estar pronto a operar sempre. 3 Manutenção, conservação e reparo Podemos dizer que há duas grandes frentes de trabalho para manutenção, conservação e reparo: 1- Com o navio em operação: - Feita pela tripulação a bordo, durante a viagem. Na maioria das vezes não impacta em prejuízos financeiros - Estadia no porto: Quando utiliza empresas terceirizadas, equipamentos. Nesse caso, tendo em vista a imprevisibilidade dos reparos, ocorre downtime, ou seja, perca financeira para a empresa, pressão do cliente para que o navio esteja pronto a operar. 2- Com navio parado- DOCAGEM Evento de suma importância para sua vida operacional e ocorre por força de cumprimento de normas e regulamentos a cada dois anos e meio (intermediárias) e a cada 5 anos, de acordo com a Sociedade Classificadora Essas paradas, são devido ao fato dessas intervenções ou reparos não poderem ser realizados durante o período em que o navio ficou em operação. Por exemplo, em navio tanque a limpeza dos tanques é feita na docagem, pois os tanques precisam ser inspecionados, preparando-os, tornando-os GAS FREE, ou seja, livre de hidrocarbonetos e acessível ao homem. A docagem ocorre bem antes do navio entrar no dique. Sendo necessário um grande planejamento. O planejamento é um período anterior a docagem, em que será feita a preparação do navio para o dique. Também será necessário negociar a retirada da operação do navio com todos os interessados, conciliando todas as consequências oriundas dessa desativação. Também é necessário identificar todos os serviços que serão executados, bem como os estaleiros capazes de atender aos requisitos. A correta identificação dos serviços é incerta, pois como o navio está em operação não é possível a realização de uma inspeção detalhada em todo o navio. Por fim, o estaleiro escolhido pode não receber ou postergar o recebimento, se o navio não estiver disponível para a manutenção na data acordada, pois normalmente a demanda pelos serviços do estaleiro, é maior do que a oferta A retirada de um navio tanque de operação influenciará a gestão de toda a frota, podendo sobrecarregar uma embarcação ou até mesmo a paralisação da prestação de serviço em algum porto ou produto. 4 Praticagem O serviço de praticagem no Brasil é regido pela NORMAM 12 (Normas da Autoridade Marítima) NORMAM 12- Regulamenta o serviço de praticagem em AJB. DOS DEVERES DO PRÁTICO - Compete ao Prático no desempenho das suas funções: • Assessorar o Comandante da embarcação na condução da faina de praticagem, atendendo, com presteza e de forma eficiente, as exigências do Serviço de Praticagem; • Manter-se apto a prestar o Serviço de Praticagem. • Apresentar-se para a faina de praticagem em perfeitas condições de higidez física e mental, não tendo ingerido substâncias ou medicamentos que possam vir a comprometer o desempenho de suas atividades, especialmente o tempo de reação e de julgamento. − Executar as atividades do Serviço de Praticagem, mesmo quando em divergência com a empresa de navegação ou seu representante legal, devendo os questionamentos serem debatidos nos foros competentes, sem qualquer prejuízo para a continuidade do Serviço. Divergências relativas a assuntos técnico-operacionais referentes à segurança do tráfego aquaviário, à salvaguarda da vida humana nas águas e à prevenção da poluição hídrica serão dirimidas pela Autoridade Marítima; DOS DEVERES DO COMANDANTE DA EMBARCAÇÃO COM RELAÇÃO AO PRÁTICO -A presença do Prático a bordo não desobriga o Comandante e sua tripulação dosseus deveres e obrigações para com a segurança da embarcação, devendo as ações do Prático serem monitoradas permanentemente. - Compete ao Comandante da embarcação, quando utilizando o Serviço de Praticagem: 1) Informar ao Prático sobre as condições de manobra da embarcação; 2) Fornecer ao Prático todos os elementos materiais e as informações necessárias para o desempenho de seu serviço, particularmente o calado de navegação; − Dispensar a assessoria do Prático quando convencido que o mesmo está orientando a faina de praticagem de forma perigosa, solicitando, imediatamente, um Prático substituto. Comunicar à CP/DL/AG, formalmente, no prazo máximo de 24 horas após a ocorrência do fato, as razões de ordem técnica que o levaram a essa decisão. CONAPRA- CONSELHO NACIONAL DE PRATICAGEM O CONAPRA quando determinado pela DPC, ira: − Auxiliar como assessor/moderador nos acordos regionais sobre fixação de preços de praticagem nas diversas ZP; PREÇOS DOS SERVIÇOS DE PRATICAGEM - FIXAÇÃO DOS PREÇOS A fixação dos preços dos serviços de praticagem, pela DPC, dar-se-á na conformidade das disposições estabelecidas pelo Decreto 7860, de 6 de dezembro de 2012. CONSIDERAÇÕES FINAIS - Em relação a praticagem em navios tanques a preocupação é maior tendo em vista a carga ser petróleo. - Qualquer acidente por menor que seja, causará algum tipo de derramamento de óleo, sendo prejudicial ao meio ambiente, muitas vezes irreparáveis. - Um dos problemas comerciais em relação ao NT e praticagem se diz respeito ao custo da manobra. Muitas vezes por pressão da empresa, o CMT do navio tentará reduzir os custos para a empresa diminuindo o número de rebocadores ou tentando fazer uma manobra de atracação/ desatracação rápida. Porém esse tipo de economia na segurança da navegação é o menos eficaz. Ex: NPCP:Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos do Amapá Anexo 1B, item 3- restrições a manobras MANOBRAS RECOMENDADAS- A atracação e desatracação de navios petroleiros ou navios transportando cargas perigosas, por bombordo ou boreste, deverá sempre ser auxiliada por dois rebocadores azimutais. 5 Atracação, desatracação e rebocadores Troca de Informações do Terminal para o Navio: - Profundidade no berço por ocasião da baixa-mar e salinidade da água. - Disponibilidade de rebocadores e equipamento de atracação. - Se serão usados cabos do navio ou dos rebocadores. - Cabos de amarração e acessórios necessários de propriedade do navio para todas as operações de atracação. - Número e a dimensão das conexões dos mangotes/tomadas de carga. - Particularidades do berço e bóias de amarração essenciais para conhecimento prévio do navio. - Velocidade máxima permitida e ângulo de aproximação do cais. - Códigos de sinais visuais ou sonoros para uso durante a atracação. - Disposição do espaço para colocação da prancha no berço ou disponibilidade de equipamento de acesso ao Terminal. - Informação prévia sobre a operação proposta para manuseio da carga ou mudanças nos planos existentes para manuseio da carga. - Se os tanques devem estar desgaseificados para carregamento de produtos não voláteis acumuladores de eletricidade estática. - Notificação sobre restrições ambientais e de carga aplicáveis ao berço. Preparação para a Chegada - O terminal deve assegurar ao navio informações gerais sobre o porto tão breve quanto possível. - Antes da atracação o terminal deve fornecer ao comandante do navio, através do piloto (prático) detalhes do plano de atracação. O procedimento de atracação deve ser revisto pelo comandante e o piloto (prático) e acordado entre ambos. Atracação - Preferencialmente todos do mesmo material e construção. Para navios de grande porte, cabos de aço são recomendados. Cabos de diferentes elasticidades nunca devem ser usados juntos na mesma direção. NORMAM 08 Capítulo 04 Seção 01 REGRA 0402 0402 - SERVIÇO DE REBOCADORES b) Nas situações de maior risco à segurança da navegação, deverão ser apresentadas nas NPCP as recomendações sobre o tipo, o método de utilização dos rebocadores (rebocadores operando com cabo de reboque da proa ou popa do navio, no costado ou uma combinação entre os dois métodos) e/ou número mínimo de rebocadores, para atendimento, entre outras, das seguintes necessidades: - Atracação/desatracação de navios tanque, de navios transportando produtos químicos e cargas perigosas, etc; Por exemplo na NPCP do Rio de janeiro: SEÇÃO III SERVIÇO DE REBOCADORES 0317 – EMPREGO OBRIGATÓRIO DE REBOCADORES O emprego de rebocadores pode ser obrigatório ou facultativo, de acordo com o estabelecido para cada porto/terminal da jurisdição, como previsto no capítulo 4 desta NPCP. O Anexo E apresenta as recomendações a serem observadas pelo Comandante do navio quanto ao número de rebocadores recomendado, para aquelas situações não detalhadas no Capítulo 4 ou determinadas pela CPRJ em casos não previstos e especiais. 0318 - REQUISITOS PARA OPERAR Todas as embarcações classificadas quanto ao serviço e/ou atividade como rebocadores, com potência instalada superior a 500 HP, deverão possuir o Certificado de Tração Estática Longitudinal, homologado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) de acordo com instruções específicas. Os rebocadores serão reconhecidos pelos valores nominais constantes neste Certificado. No caso da mudança dos rebocadores para outros portos, seja da jurisdição desta Capitania dos Portos ou de outra qualquer, será necessária, apenas, a comunicação do fato à Capitania ou Delegacia que detém o seu cadastro e àquela da nova área de jurisdição, desde que seja classificado como de navegação de Mar Aberto. Os rebocadores com potência instalada igual ou inferior a 500 HP não terão necessidade de possuir o Certificado de Tração Estática Longitudinal; eles serão reconhecidos pelo “BOLLARD PULL” estimado, isto é, utilizando a regra prática de correspondência de uma tonelada métrica de força de tração para cada 100 HP de potência do motor. Para efeito de segurança da navegação, o emprego de rebocadores em operação de reboque, somente poderá ser realizado caso os mesmos possuam o referido Certificado de Tração Estática, homologado pela DPC. As manobras em águas interiores com plataformas ou embarcações especiais no que diz respeito a comprimento total, boca, altura, calado e outras características especiais são consideradas especiais e deverão ser planejadas com antecedência entre os armadores e/ou agentes marítimos e seus prestadores de serviços; como medida preventiva de segurança, o Capitão dos Portos, Agente ou Delegado poderá avaliar a necessidade de um rebocador de alto mar acompanhar todas as manobras realizadas pelos demais rebocadores. Nas manobras de atracação, desatracação e reboque de navios e plataformas é obrigatório a utilização de cabos de reboque do rebocador certificados para faina de reboque.0319 - APLICAÇÃO Caberá ao Armador ou seu preposto Agente Marítimo requisitar os rebocadores necessários às manobras a serem efetuadas; por ocasião da manobra, o Comandante da embarcação decidirá o dispositivo para o reboque, isto é, o número de rebocadores e seus posicionamentos para formarem o necessário binário de forças, sendo recomendável ouvir a sugestão do Prático se o serviço de praticagem estiver sendo usado; ressalvados os casos específicos e os de força maior, reuniões para manobras especiais e os abatimentos dos valores de “BOLLARD PULL” previstos no parágrafo seguinte. Não poderá o Comandante da embarcação, quando o emprego for obrigatório deixar de utilizá-lo. As embarcações que possuírem dispositivo de “BOW THRUSTER” e/ou “STERN THRUSTER” em perfeitas condições de funcionamento poderão reduzir os valores requeridos de “BOLLARD PULL”, em função do dobro dos valores nominais das potências dos seus dispositivos orgânicos, seguindo-se a regra prática de correspondência (subtrai-se do “BOLLARD PULL” requerido o dobro da potência do “THRUSTER” dividido por 100). Os cabos de reboque e outros materiais a serem utilizados nas manobras com os rebocadores deverão ser certificados aos requisitos de segurança para a manobra; o seu fornecimento deverá ser produto de acordo entre o contratante, Armador ou Agente, e o contratado de empresa de rebocadores. Ao Comandante do navio caberá a decisão final quanto à utilização dos materiais adequados à manobra e dispositivos. 0320 - SITUAÇÕES DE FORÇA MAIOR Em casos de força maior, o Capitão dos Portos ou Delegado poderá autorizar manobras fora das regras estabelecidas por esta NPCP, através de requerimento do Armador ou responsável pela embarcação, com a concordância do Comandante; a autorização que será concedida, tendo sempre em vista os requisitos de segurança da navegação, não eximirá seus requerentes, Armador e/ou Agente Marítimo, e seu executante, o Comandante, de suas responsabilidades legais. Entende-se como força maior, neste caso, as situações em que não haja disponibilidade ou a quantidade exigida de rebocadores, bem como o “BOLLARD PULL” existente seja inferior ao desejável, por motivos que não se possam evitar ou impedir. 0321 - DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES Nenhum Comandante autorizará uma manobra com o navio, sob seu comando e responsabilidade, se não estiver convicto de que estão resguardadas as condições satisfatórias de segurança da navegação. Recomenda-se que o Comandante troque informações prévias com a praticagem (se estiver sendo usada) e/ou com os mestres dos rebocadores sobre a manobra a ser feita, a bacia de evolução e as características do próprio navio. A Força de Tração Estática Longitudinal (BOLLARD PULL) dos rebocadores será medida e atestada conforme instruções específicas baixadas pela Diretoria de Portos e Costas. Nas manobras de rebocadores, junto à proa dos navios, é proibida a passagem do cabo de reboque arriando-o pela proa para ser apanhado com croque pela guarnição do rebocador; a passagem do cabo deverá ser feita através de retinida, lançada a partir do castelo de proa em direção ao convés do rebocador, de modo a evitar a excessiva aproximação rebocador/navio, reduzindo os efeitos da interação hidrodinâmica entre as embarcações. PROBLEMAS EVENTUAIS NA MANOBRA COM NAVIOS TANQUES DURANTE A ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO , E USO DOS REBOCADORES 1 – Falta de planejamento para uma futura atracação / desatracação Comunicação entre as autoridades competentes, rebocadores, terminais … 2 - Cálculo errado de “BOLLARD PULL” para determinar quais e quantos rebocador usar na manobra de atracação/desatracação. Deve seguir o Anexo E da NPCP – RJ. ANEXO E SUGESTÃO DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE TONELAGEM DE PORTE BRUTO (TPB) DA EMBARCAÇÃO COM A FORÇA DE TRAÇÃO ESTÁTICA LONGITUDINAL (BOLLARD PULL) DOS REBOCADORES 3 - Falta de pontualidade dos membros da manobra (praticagem , tripulação, rebocadores e terminais). PORTO DO MUCURIPE - CE 6 Alimentação e Material de Limpeza Sobre alimentação a bordo de navio tanques, faz necessário um gestor para controle de entrada e consumo de alimentos na embarcação . O estudo do que a tripulação consome de grande volume para não ter prejuízos financeiros. A questão do controle das datas de vencimentos dos produtos alimentício ,e a reposição e descarte dos mesmos, seguindo a política da ANVISA e normas marítimas (MARPOL) para descarte de lixo a bordo. Outro fato importante é a higienização dos alimentos para o consumo , seguindo algumas políticas como por exemplo a Política de boas práticas imposta nas embarcações. A contaminação desses alimentos com o meio externo; a não refrigeração adequada para cada alimento necessário , estimulando presença de animais causadores de doença. O armazenamento desses materiais ( alimentos e materiais de limpeza) em lugares adequados chamados paióis. O controle de materiais de limpeza através de uma lista existente juntamente com a FISQ , a qual descreve os risco que pode causar e como manipular esse material. Atraso das requisições de alimentos e materiais de limpeza. Falta de uma logística aprimorada para pedido desses materiais, ocasionando falta de alimento e materiais de limpeza a bordo , e subsequente os serviços de limpeza a bordo fica a desejar juntamente com falta de alimento necessário para o com vivo a bordo e futuramente afetar a saúde a bordo. CONTROLE DE ALIMENTOS: Recebimento – os alimentos são adquiridos de fornecedores cadastrados . São recebidos os produtos sem defeitos físicos ou mecânicos, ausência de sujeiras , corpos estranhos e insetos.Estes são recebidos a temperatura ambiente. Armazenamento – em embalagem de acordo com cada tipo de alimento com a etiqueta do controle sanitário. PROCESSO DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS: 1 – Descongelamento 2 – Usa-se a água a uma temperatura até 5°C ou água sobre fervura para consumo imediato. 3 – Temperatura durante a manipulação. 4 – Desinfecção de vegetais – utiliza água corrente e produto de higienização apropriado. PREVENINDO A CONTAMINAÇÃO CRUZADA: 1 – Separar os utensílios sujos dos limpos 2 – Higienizar as mãos . bancadas de trabalho e utensílios entre uma atividade e outra ; 3 – Manter o alimento , maior tempo possível , dentro dos refrigeradores , no caso alimentos refrigerados , ou banho- maria acima de 60°C , no caso alimentos quentes . 4 – Os alimentos preparados pelo Cozinheiro nas embarcações deverão ser devidamentes armazenados e etiquetados. LEIS , DECRETOS E PORTARIAS PARA ÁREA DE ALIMENTO E MATERIAIS DE LIMPEZA - Ministério da Saúde : Normas técnicas “CODEX ALIMENTARUS” FAO ; HACCP – Hazard Analysis Critical Control Point – OMS ; Manual de boas práticas de Fabricação para - ANVISA : Resolução RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004 ; Resolução RDC nº 72 de 29 de dezembro de 2009. - Segurança e Medicina do Trabalho: Lei 6514 de 22/12/77. - Secretaria de Vigilância Sanitária : Portaria nº 89 de 25/08/2004. 7 Abastecimento de água potávele combustível Geralmente o abastecimento de água e combustível fica a cargo do CFM (Chefe de Máquinas), que junto com o CMT coordenam a operação. Água: Os maiores problemas que podem ocorrer no abastecimento de água são: ● Má qualidade da água que será recebida: Antes de receber a água que será usada pela tripulação, deve-se recolher uma amostra do produto e enviá-la para análise, para saber se está em conformidade e não está contaminada. Também é necessário checar o documento enviado de terra (que vem junto com o responsável pelo abastecimento) que diz as propriedades da água que será mandada para bordo. ● Problemas com sistema de tubulação usado para receber a água: É necessário manter o plano de manutenção de bordo em dia. Isso inclui manutenção das redes de água potável. Checa-se as condições das redes de bordo. ● Estado do tanque designado: De tempo sem tempos checa-se a condição dos tanques designados para armazenamento de água potável. Tira-se a ferrugem que houver e o tanque é pintado. Combustível: A respeito do abastecimento de combustível, os maiores problemas são: ● A qualidade do combustível: Assim como a água potável, para confirmar se o combustível não está contaminado, o combustível que será recebido também precisa de uma amostra que será recebida do abastecedor antes da operação. Também existe uma amostra que vem da fonte do combustível, que precisa estar dentro do prazo de validade. Também é preciso que o recipiente onde será coletada a amostra seja lacrado e identificado com os dados do produto. ● Manutenção do sistema: Deve-se seguir a risca o plano de manutenção para que não haja contaminação do sistema por alguma impureza indevida do combustível recebido, e principalmente uma contaminação do meio ambiente. ● Problemas com o separador de água e óleo: Ocasionalmente o separador pode sofrer algum problemas ou algum dano. Se isso ocorrer, o diesel pode ir com água para o motor. ISO 8217: Especifica os requisitos para combustíveis de petróleo para uso em motores a diesel e caldeiras, antes do tratamento adequado. Precauções a tomar: ● Mantenha os separadores de acordo às instruções dos fabricantes, usando peças de reposição aprovadas. ● Garantir uma centrifugação eficiente através de separadores FO, o que reduzir o conteúdo de Al + Si para níveis aceitáveis (reduzido taxa de transferência e temperatura em torno de 98 ° C). ● Separação completa necessária mesmo se o combustível dentro de especificação (as catfinas instalam-se no tanque e podem ser fornecidas ao sistema FO durante o mau tempo). ● Considere reduzir o consumo / velocidade para garantir um fluxo reduzido através do separador. ● Verifique a eficiência do sistema de combustível tomando amostras antes e depois separador, para avaliar a qualidade do óleo combustível, em intervalos de 4 a 6 meses. ● Também pegue amostras antes da entrada do motor, para avaliar se os requisitos dos fabricantes são cumpridos. ● Limpar os tanques de armazenamento, decantação e manutenção em intervalos regulares. ● Treinar pessoal para a operação e manutenção de separadores. Dicas ● Solicite combustível para o grau ISO desejado e descreva-o no regulamento; bem como na requisição ao fornecedor. ● Insista no combustível que atenda às especificações estabelecidas ISO8217 (2010). ● Leve amostras representativas no momento da entrega. Garanta que as amostras tomadas estão devidamente rotuladas. ● Se o fornecedor receber outras amostras no momento da entrega, atente para estabelecer como e quando foram obtidos. ● Faça uso de serviços de teste de combustível confiáveis. ● Separe o novo combustível do que está a bordo (nem sempre possível). ● Evite usar combustível novo até que os resultados da análise tenham sido examinados e foi estabelecido que é adequado. ● Manter registros de operações anteriores de bunkering, incluindo BDN (Bunkering Delivery Notice) e / ou relatórios de amostragem. ● Manter registos diários fiáveis e cuidadosos dos conteúdos e consumo de cada tanque de combustível. ● Garantir uma boa manutenção e os registros de calibração são mantidos para todos máquinas ● Certifique-se de que os livros de registro do motor registram adequadamente todas as temperaturas, pressões e observações do desempenho do motor diariamente. ● Considerar a remoção de bunker de bunkers fora das especificações, se não for adequado para uso. ● Se for necessário usar bunkers de qualidade inferior, os afretadores (se adquirido o combustível) e o fornecedor do bunker deve ser informado e colocar em aviso por possíveis danos. As seguradoras também devem ser informado. ● Entre em contato com o fabricante do motor para aconselhamento, dependendo do parâmetro se está fora da especificação e / ou qual é o problema específico é (o grau de desvio de qualidade da especificação deve ser considerado). 8 Pagamento da tripulação Todos os dias, a ITF (International Transport Workers Federation) fica sabendo de tripulações que tem para receber grandes somas de dinheiro. Algumas equipes simplesmente não são pagas. Alguns só descobrem que as empresas atrasam ou deixam de fazer pagamentos para suas famílias quando querem enviar dinheiro para casa. Em muitos casos, passam meses sem qualquer sinal do dinheiro prometido aos marítimos. Sem pagamento, eles não podem nem mesmo fugir e voltar para casa. Um dos aspectos mais importantes do trabalho dos inspetores da ITF é conseguir o dinheiro de volta para os marítimos. De 2011 a 2013, US$ 103 milhões foram recuperados pela ITF para tripulações que não haviam sido pagas - uma média de US$ 34,3 milhões por ano. Muitas embarcações de bandeira de conveniência são agora cobertas por acordos da ITF, dando proteção direta a mais de 250.000 marítimos. Aqui no Brasil, existem inúmeras embarcações de bandeira de conveniência. A cada dia as empresas apelam para esse tipo de embarcação, pois um dos objetivos seria diminuir os impostos. Antigamente, grande parte do pagamento vinha por fora do contracheque, como pagamentos avulsos como diárias de viagens (geralmente em dólar), que vinham a bordo na famosa “mala preta”. Essas quantias vinham livres de impostos pois, como eram pagos em mãos, muitas vezes não eram declaradas no imposto de renda. Além disso, encargos como férias, 13o salário, FGTS, entre outros não eram pagos ao trabalhador. 9 Treinamentos a Bordo de Navios-Tanque Os navios estão sujeitos à ocorrência de acidentes e/ou incidentes a bordo. Na busca de evitar ou mitigar danos causados por eventos indesejáveis, todo marítimo deve priorizar a segurança nas operações. Um sinistro pode ser responsável por diversos problemas A segurança a bordo dos Navios Mercantes corresponde ao conjunto de procedimentos adotados pelos Tripulantes, que visam mitigaros riscos da ocorrência de acidentes pessoais, materiais e da carga. Para tanto faz-se necessário a execução de treinamentos em assuntos tais como técnicas de sobrevivência pessoal, o combate a incêndios, a operação de embarcações de salvamento, as técnicas de busca e salvamento, os primeiros socorros, a segurança no trabalho, a segurança da navegação, a proteção do meio ambiente, etc. Os marítimos devem, à todo o momento de sua estadia a bordo, assumir uma postura profissional em todas as vertentes do seu trabalho. Devem adotar todos os procedimentos de segurança, conhecer todos os materiais e recursos disponíveis e obedecer as regras básicas de segurança que buscam evitar situações que possam pôr em risco os companheiros de trabalho, passageiros, a própria embarcação e as embarcações ao redor. Todo profissional marítimo é formado baseado em Legislação Internacional (Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução, Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos – STCW/78). Sendo assim deve trazer consigo o treinamento necessário para sua formação e utilizar o conhecimento adquirido para desempenhar suas atividades laborais de maneira segura. Como treinamentos (Cursos) obrigatórios temos: - Curso especial Básico de Navios-tanque Petroleiro e para Produtos Químicos – EBPQ: Este curso destina-se à instrução básica de Oficiais e Subalternos da Marinha Mercante, designados para assumir atribuições e responsabilidades específicas relacionadas com a carga ou com os equipamentos de carga em navios-tanque petroleiro e para produtos químicos, com arqueação bruta igual ou superior a 500 toneladas, empregados na navegação em mar aberto. - Curso Especial Básico de Navios-tanque para Gás Liquefeito – EBGL: Destina-se a qualificar oficiais e subalternos em conformidade com os padrões de competência e habilidades básicas exigidas na Regra V/1-2 da Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução, Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos (STCW-78, como emendada). Foca no transporte de petróleo e derivados, produtos químicos e gases liquefeitos por navios. Tem como objetivo oferecer conhecimentos básicos sobre as operações e o transporte de gases liquefeitos a granel por navios, bem como e dos sistemas operacionais existentes a bordo. - Curso Especial de Segurança em Operações de Carga em Navios Gaseiro – ESOG: Destina-se à instrução avançada de Comandantes, Oficiais e outros tripulantes designados para assumirem atribuições e responsabilidades imediatas no carregamento, na descarga, nos cuidados durante o transporte, no manuseio da carga, na limpeza de tanques ou outras operações relacionadas à carga ou aos equipamentos de carga em Navios-Tanque para gás liquefeito, com arqueação bruta igual ou superior a 500, empregados na navegação em mar aberto. - Curso Especial de Segurança em Operações de Carga em Navios Petroleiros – ESOP: Destina-se à instrução avançada de Comandantes, Oficiais e outros tripulantes designados para assumirem atribuições e responsabilidades imediatas no carregamento, na descarga, nos cuidados durante o transporte, no manuseio da carga, na limpeza de tanques ou outras operações relacionadas à carga ou aos equipamentos de carga em Navios-Tanque petroleiros, com arqueação bruta igual ou superior a 500, empregados na navegação em mar aberto. - Curso Especial de Segurança em Operações de Carga em Navios Químicos – ESOQ: Destina-se à instrução avançada de Comandantes, Oficiais e outros tripulantes designados para assumirem atribuições e responsabilidades imediatas no carregamento, na descarga, nos cuidados durante o transporte, no manuseio da carga, na limpeza de tanques ou outras operações relacionadas à carga ou aos equipamentos de carga em Navios-Tanque petroleiro e para produtos químicos, com arqueação bruta igual ou superior a 500, empregados na navegação em mar aberto. Além dos cursos obrigatórios, os tripulantes de navios-tanques devem participar de treinamentos a bordo a fim de se familiarizarem com os procedimentos operacionais. Todos os envolvidos devem estar devidamente familiarizados com os equipamentos de carga de bordo e cientes de suas funções. Para tanto 10 Cumprimento da documentação do transporte marítimo (frete) Devido à dinâmica da negociação no mercado de afretamento, faz-se necessária a utilização de contratos padrão para cada fechamento, sem que haja necessidade de confeccionar um contrato novo a cada navio fechado. Nos dias de hoje, está havendo uma tendência de um maior rigor com relação à segurança da navegação. Empresas que contratam os navios, desejam conhecer previamente estes navios e armadores que estejam participando do processo de negociação de frete, utilizando políticas de vetting (do inglês “analisar”, falso cognato de “vetar”) estão cada vez mais estruturadas e rigorosas. Empresas estão trabalhando em conjunto, utilizando a política de vetting (análise), disponibilizando e compartilhando informações de maneira a tornar a informação acerca dos navios o mais transparente possível. (Ver questionário de vetting da transpetro). O sistema SIRE da OCIMF (Oil Companies International Marine Forum) é um bom exemplo desse ambiente colaborativo. Empresas que fazem inspeções a bordo dos navios disponibilizam os relatórios, que têm padrão pré-definido, e qualquer outro afretador que esteja afiliado ao sistema terá acesso a tal relatório. Empresas que gerenciam terminais também estão tomando muita cautela ao permitir que navios de terceiros atraquem em suas instalações, fazendo também uma avaliação prévia das condições das embarcações e empresas que as gerenciam. Atualmente, acidentes que têm consequências ambientais não tem poupado nenhuma das empresas envolvidas, motivo de tanta cautela. Referências https://portogente.com.br/portopedia/73158-conhecimento-de-embarque-mar itimo-bill-of-lading http://www.rochalog.com.br/bill-lading-sea-waybill-e-receita-federal-brasil-po r-samir-keedi/ https://medium.com/cargoxio/top-5-issues-of-cargo-shippers-and-carriers-re garding-the-bill-of-lading-6d5117b45a8e http://tradewaysace.com.br/blog/tire-suas-duvidas-sobre-o-bill-of-lading/ https://www.maritime-executive.com/article/gard-tankers-face-risk-of-arrest-o ff-libya https://shipandbunker.com/news/world/338605-star-bulk-to-install-scrubbers -across-entire-fleet https://www.marineinsight.com/guidelines/common-maritime-frauds-and-ille gal-activities-on-board-ships/ https://shipandbunker.com/news/world/457180-bad-bunkers-what-can-be-do ne-to-protect-a-shipowners-charterers-fleet https://shipandbunker.com/news/apac/424797-singapore-bunker-tanker-stop ped-in-malaysian-waters https://shipandbunker.com/news/features/bunker-quality-quantity/289677-ma ss-flow-meter-malpractice-this-is-what-weve-seen-in-singapore-and-what-you-can-d o-to-protect-yourself-pictures http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000003/000003c5.pdf https://www.ocimf.org/sire/about-sire/
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